SÁBADO Á TARDE – 07 DE JULHO 2018 – INTRODUÇÃO – Ano Bíblico: Sl 135–139
VERSO PARA MEMORIZAR
“A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (At 2:32, 33).
LEITURAS DA SEMANA
At 2:1-13, 22-39; Jo 14:16; Jl 2:28-32; Sl 110:1-3
“Pentecostes” vem da palavra pent?kost?, o nome grego para a Festa das Semanas (Êx 34:22), também conhecida como a Festa das Primícias (Nm 28:26). O termo significa “quinquagésimo” e deve seu uso ao fato de que a festa era celebrada no quinquagésimo dia a partir da oferta do feixe de cevada, no primeiro dia após a Páscoa. Era um dia de alegria e ação de graças, em que o povo de Israel trazia diante do Senhor os “primeiros frutos da colheita do trigo” (Êx 34:22, NVI).
A festa então se tornou um símbolo apropriado da primeira colheita espiritual da igreja cristã, quando o Espírito Santo foi derramado mais abundantemente do que nunca, e 3 mil pessoas foram batizadas em um único dia (At 2:41). Tendo ocorrido após a ascensão de Jesus e Sua exaltação no Céu, esse derramamento do Espírito foi um acontecimento repentino e sobrenatural, que transformou os apóstolos de galileus simples e desconhecidos em homens de convicção e coragem que mudariam o mundo.
O Pentecostes é muitas vezes tido como a data de nascimento da igreja, a ocasião em que os seguidores de Cristo, judeus e (posteriormente) gentios, foram legitimados como a nova comunidade de Deus na Terra.
No mês de julho teremos a Semana de Oração Jovem. Prepare sua igreja, convide seus amigos e ore para que vidas sejam alcançadas pelo evangelho.
DOMINGO, 08 DE JULHO 2018 – A VINDA DO ESPÍRITO – Ano Bíblico: Sl 140–144
Em obediência à ordem de Jesus, os fiéis aguardaram em Jerusalém a promessa do Espírito, em meio a orações fervorosas, arrependimento sincero e louvor. Quando chegou o dia, “estavam todos reunidos no mesmo lugar” (At 2:1), provavelmente o mesmo cenáculo de Atos 1. Mas logo iriam para uma área mais pública (At 2:6-13).
1. Leia Atos 2:1-3. Quais elementos sobrenaturais acompanharam o derramamento do Espírito? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) O céu foi aberto, e a multidão viu os anjos cantando hinos de vitória.
B. ( ) Surgiu um som como de vento impetuoso e línguas de fogo.
A cena foi intensa. Primeiramente, houve um estrondo vindo do céu como o de um vento impetuoso que encheu todo o lugar e, em seguida, surgiram o que parecia ser chamas de fogo, que pousaram sobre os que estavam ali.
Nas Escrituras, vento e fogo são frequentemente associados a uma “teofania” ou manifestação divina (por exemplo, Êx 3:2, 19:18 e Dt 4:15). Além disso, vento e fogo também podem ser usados para representar o Espírito de Deus (Jo 3:8; Mt 3:11). No caso do Pentecostes, seja qual for o significado preciso desses fenômenos, eles eram sinais que inauguravam um momento único na história da salvação: o prometido derramamento do Espírito.
O Espírito sempre estivera em atuação. “Durante a era patriarcal, a influência do Espírito Santo tinha sido muitas vezes revelada de maneira muito notável, mas nunca em Sua plenitude. Agora, em obediência à palavra do Salvador, os discípulos faziam suas súplicas por esse dom e, no Céu, Cristo acrescentou Sua intercessão. Ele reclamou o dom do Espírito para que pudesse derramá-lo sobre Seu povo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 37).
João Batista profetizou que o Messias vindouro batizaria com o Espírito (Lc 3:16; compare com At 11:16), e o próprio Jesus Se referiu a esse batismo diversas vezes (Lc 24:49; At 1:8). O derramamento do Espírito no Pentecostes seria Seu primeiro ato de intercessão diante de Deus (Jo 14:16, 26; 15:26). Nessa ocasião, a promessa foi cumprida.
Embora o batismo do Espírito no Pentecostes tenha sido um evento singular relacionado à vitória de Jesus na cruz e à Sua exaltação no Céu, o ser cheio do Espírito é uma experiência que deve se repetir constantemente na vida do cristão (At 4:8, 31; 11:24; 13:9, 52; Ef 5:18).
Quais são as evidências da atuação do Espírito em sua vida?
SEGUNDA-FEIRA, 09 DE JULHO 2018 – O DOM DE LÍNGUAS – Ano Bíblico: Sl 145–150
Em Atos 2:4, o dom do Espírito se manifestou por meio do ato de falar em línguas. No entanto, esse dom foi apenas uma dentre as muitas diferentes manifestações do Espírito (At 10:45, 46; 19:6). Outras incluem previsão do futuro (At 11:28), visões (At 7:55), pregação inspirada (At 2:8; 28:25), cura (At 3:6, 12; 5:12, 16) e qualificação para o serviço (At 6:3, 5).
O dom de línguas no Pentecostes não ocorreu por ser supostamente a evidência típica ou mais importante da dotação do Espírito. Ele foi manifestado para dar início à missão mundial da igreja. Ou seja, o chamado feito em Atos 1:8 exigia o dom de línguas. Se os apóstolos tinham que atravessar barreiras culturais e alcançar os confins da Terra com o evangelho, eles precisavam ser capazes de falar nos idiomas daqueles que necessitavam ouvir o que eles tinham a dizer.
2. Leia Atos 2:5-12. Qual é a evidência de que, no Pentecostes, os apóstolos falaram em idiomas estrangeiros existentes?
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Estima-se que no primeiro século havia de oito a dez milhões de judeus no mundo, e que até 60% deles viviam fora da Judeia. No entanto, muitos que estavam em Jerusalém para a festa eram originários de terras estrangeiras e não podiam falar aramaico, a língua dos judeus que habitavam na Judeia naquele tempo.
Não há dúvida de que, em sua maioria, os conversos no Pentecostes eram judeus de várias nações que agora podiam ouvir o evangelho em seu próprio idioma nativo. Que os apóstolos falaram em idiomas estrangeiros existentes, e não em línguas extáticas e desconhecidas, é evidenciado pelo termo dialektos, que significa idioma de uma nação ou região (At 2:6, 8; compare com At 21:40; 22:2; 26:14). É evidente, portanto, que eles estavam falando nesses idiomas diferentes. O milagre era que aqueles simples galileus agora podiam falar idiomas que, até horas antes, não conheciam. Para os judeus locais que testemunhavam a cena, mas não estavam familiarizados com tais idiomas, a única explicação possível era que os apóstolos estavam bêbados, proferindo sons estranhos que não faziam sentido para eles. “Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!” (At 2:13).
Uma manifestação poderosa de Deus estava acontecendo diante de seus olhos e, no entanto, essas pessoas pensaram que era apenas embriaguez. Como podemos ter cuidado para não ser tão espiritualmente cegos?
TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO 2018 – O SERMÃO DE PEDRO – Ano Bíblico: Pv 1–3
A acusação de embriaguez deu a Pedro a oportunidade de explicar o que estava acontecendo. Em seu discurso, o apóstolo primeiramente fez alusão às Escrituras (At 2:16-21), descrevendo o derramamento do Espírito como o cumprimento de uma profecia.
3. Compare Atos 2:17 com Joel 2:28. Como Pedro entendeu o tempo do cumprimento da profecia de Joel?
A profecia de Joel tratava da futura era da salvação (Jl 2:32), que seria caracterizada por vários sinais no mundo natural e um abundante derramamento do Espírito (Jl 2:28-31). Ao interpretar o evento do Pentecostes à luz dessa profecia, Pedro pretendia enfatizar a relevância histórica do momento. Mas há uma diferença importante na maneira em que ele citou Joel. Em vez de citar a palavra introdutória “depois”, usada por Joel (Jl 2:28) e que apontava para um futuro indefinido, Pedro disse “nos últimos dias”
(At 2:17), indicando que o ato final no grande drama da salvação havia recém-começado. Certamente, essa não é uma descrição completa dos eventos finais, mas uma evidência do grande senso de urgência que distinguia a igreja primitiva. Eles não sabiam quando o fim viria, mas estavam convencidos de que não demoraria muito.
4. Leia Atos 2:22-32. Qual foi o ponto principal na apresentação de Pedro sobre o evangelho? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) A profecia das 2.300 tardes e manhãs.
B. ( ) A ressurreição de Cristo.
Após destacar o significado profético do Pentecostes, Pedro se voltou para os recentes acontecimentos da vida, morte e ressurreição de Jesus. A ressurreição, no entanto, recebeu maior ênfase, pois representava o fator decisivo na história do evangelho. Para Pedro, a ressurreição era a vindicação suprema de Jesus (At 2:22, 27), e ele citou as Escrituras para provar seu argumento quanto ao significado da ressurreição.
Visto que Jesus era o Messias, Ele não podia ser retido pela morte. Para Pedro e todos os outros escritores do Novo Testamento, portanto, a ressurreição de Jesus se tornou uma evidência poderosa, não apenas de Sua messianidade, mas também de toda a mensagem cristã de salvação.
Com a morte ao nosso redor, sempre nos ameaçando ou aos nossos entes queridos, por que a ressurreição de Jesus é uma verdade tão importante?
QUARTA-FEIRA, 11 DE JULHO 2018 – A EXALTAÇÃO DE JESUS – Ano Bíblico: Pv 4–7
“Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (At 2:33).
Na terceira parte do discurso, Pedro voltou à questão das línguas que, inicialmente, havia atraído as pessoas. Em vez de estarem embriagados, o que teria sido estranho às 9 horas da manhã (At 2:15), os fiéis falavam em línguas porque o Espírito Santo havia acabado de ser derramado do Céu.
5. Leia Atos 2:33-36. Qual é a relação entre a exaltação de Jesus, à destra de Deus, e o derramamento do Espírito?
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A destra de Deus é uma posição de autoridade (Sl 110:1-3). O argumento de Pedro, fundamentado nas Escrituras, era que Jesus derramou o Espírito sobre Seus seguidores porque havia sido elevado a essa posição no Céu. A exaltação não concedeu a Cristo um status que Ele não possuía antes (Jo 1:1-3; 17:5). Em vez disso, ela representou o supremo reconhecimento do Pai de Sua prerrogativa como Senhor e Salvador (At 2:36).
Na verdade, esse evento nos leva a um dos temas mais importantes da Bíblia: o conflito cósmico entre o bem e o mal. A questão é que o Espírito não poderia vir em Sua plenitude se Jesus não fosse exaltado (Jo 7:39), e Jesus não seria exaltado se não tivesse triunfado na cruz (Jo 17:4, 5). Em outras palavras, a exaltação de Cristo era a condição para a vinda do Espírito, pois ela significava a aprovação de Deus da Sua obra na cruz, incluindo a derrota daquele que usurpara o domínio deste mundo (Jo 12:31).
A entrada do pecado no mundo lançara uma sombra sobre Deus. A morte de Jesus era necessária, não só para redimir o ser humano, mas também para vindicar o nome de Deus e expor Satanás como um impostor. No ministério de Cristo, a era da salvação já estava em vigor (Lc 4:18-21). Ao expulsar demônios e perdoar pecados, Ele estava libertando cativos de Satanás. Entretanto, era a cruz que Lhe daria autoridade total para realizar essas coisas. Quando o sacrifício pessoal de Cristo foi autenticado no Céu, Satanás levou um golpe decisivo, e o Espírito estava sendo derramado para preparar um povo para a vinda de Jesus.
QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO 2018 – AS PRIMÍCIAS – Ano Bíblico: Pv 8–11
As palavras de Pedro compungiram o coração dos ouvintes. É possível que entre eles estivessem alguns que haviam pedido a crucificação de Jesus algumas semanas antes (Lc 23:13-25). Mas naquele momento, convencidos de que Jesus de Nazaré era de fato o Messias designado por Deus, eles clamaram, entristecidos: “Que faremos, irmãos?” (At 2:37).
6. Leia Atos 2:38. Quais são os dois requisitos básicos para receber o perdão? Complete as lacunas:
“Respondeu-lhes Pedro: ________________, e cada um de vós seja ________________ em nome de Jesus Cristo para ________________ dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38).
Arrependimento significa mudança radical de direção na vida, afastamento do pecado (At 3:19; 26:20), em vez de simples sentimento de tristeza ou remorso. Juntamente com a fé, o verdadeiro arrependimento é um dom de Deus, mas, como todos os dons, pode ser rejeitado (At 5:31-33; 26:19-21; Rm 2:4).
Desde os dias de João Batista, o arrependimento era associado ao batismo (Mc 1:4). Ou seja, o batismo se tornou uma expressão do arrependimento, um rito que simboliza a lavagem dos pecados e a regeneração moral produzida pelo Espírito Santo (At 2:38; 22:16; compare com Tt 3:5-7).
7. Leia Atos 2:38, 39. Qual promessa especial é dada aos que se arrependem e são batizados?
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As pessoas no Pentecostes receberam não apenas o perdão dos pecados, mas também a plenitude do Espírito para o crescimento pessoal, para o serviço na igreja e especialmente para a missão. Essa foi talvez a maior de todas as bênçãos, pois a principal razão da existência da igreja é compartilhar as boas-novas do evangelho (1Pe 2:9). A partir daquele momento, portanto, eles teriam a certeza da salvação e o poder do Espírito Santo, que lhes capacitaria a cumprir a missão para qual a igreja foi chamada.
Por que a compreensão de que recebemos a remissão dos pecados é tão importante para quem deseja proclamar o evangelho? Afinal, como podemos oferecer esperança em Jesus para os outros, se nós mesmos não a temos?
SEXTA-FEIRA, 13 DE JULHO 2018 – ESTUDO ADICIONAL – Ano Bíblico: Pv 12–15
O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes revelou uma verdade crucial sobre o que ocorreu no Céu e sobre como Deus, o Pai, aceitou o sacrifício de Cristo pelos pecados do mundo. O derramamento do Espírito mostrou, também, que a obra de Jesus no Céu em nosso favor, fundamentada em Seu sacrifício na Terra, foi então iniciada. Esses acontecimentos extraordinários são manifestações adicionais da maravilhosa verdade de que o Céu e a Terra estão ligados de uma maneira que simplesmente não podemos compreender agora.
“A ascensão de Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida. […] Ao atravessar os portais do Céu, Jesus foi entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi essa cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em abundantes torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi, de fato, glorificado com aquela glória que teve com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento do Pentecostes foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. Em conformidade com Sua promessa, Jesus enviou do Céu o Espírito Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei, recebera todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 38, 39).
Perguntas para discussão
1. Com relação ao Pentecostes, o que a igreja pode experimentar hoje? O que pode ser repetido e o que não pode?
2. Pedro fez da ressurreição de Jesus uma parte muito importante de sua mensagem no Pentecostes. O que tornou a ressurreição ainda mais extraordinária foi que, independentemente das expectativas messiânicas judaicas, ninguém naquela época esperava que o Messias fosse ressuscitado dos mortos. Isso nem passava pelo “radar espiritual” deles. Não era o que aqueles que aguardavam a vinda do Messias tinham previsto. Em vez de conhecer os mais recentes ensinamentos populares, nossa maior necessidade não é saber o que a Bíblia ensina?
3. Atos 2:38 fala sobre a necessidade do batismo. Isso significa que quem acreditava em Jesus, mas morreu antes de ser batizado, deve necessariamente estar perdido? Justifique sua resposta.
RESPOSTAS E ATIVIDADES DA SEMANA
1. B.
2. Discuta com os alunos sobre a má compreensão do dom de línguas. Quais passagens as pessoas costumam usar para provar que os apóstolos falaram línguas estranhas e não idiomas existentes? Como explicar essas passagens à luz de Atos 2?
3. Peça a um aluno que leia o texto bíblico e compartilhe sua resposta.
4. F; V.
5. A exaltação de Jesus representava o reconhecimento do Pai e a aceitação das obras de Cristo na cruz. Portanto, Jesus podia cumprir a promessa do derramamento do Espírito.
6. Arrependei-vos – batizado – remissão. 7. O recebimento do Espírito Santo.