quarta-feira, 26 de julho de 2017

Fé e Antigo Testamento Lição 5 22 a 29 de julho



Sábado à tarde
Verso para memorizar: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)” (Gl 3:13).

Leituras da semana: Gl 3:1-14; Rm 1:2; 4:3; Gn 15:6; 12:1-3; Lv 17:11; 2Co 5:21

Um garoto havia feito um pequeno barco, todo pintado e preparado com muita beleza. Certa vez, alguém roubou seu barco, e ele ficou angustiado. Um dia, ao passar por uma loja de penhores, ele viu seu barco. Com alegria, correu até o dono da loja e disse: ‘Aquele é o meu pequeno barco!’ ‘Não’, disse o homem, ‘ele é meu, porque eu o comprei’. ‘Sim’, disse o garoto, ‘mas ele é meu, porque eu o fiz.’ ‘Bem’, disse o comerciante, ‘se você me pagar dois dólares, pode levá-lo’. Como não tinha dinheiro, cortou grama, fez todo tipo de trabalhos pequenos, e logo obteve o dinheiro.
Ele entregou o dinheiro e recebeu o barco. Pegou o barco em seus braços, o beijou e disse: ‘Amo você, querido barquinho. Você é meu duas vezes. Eu fiz você, e agora eu comprei você.’
“Assim acontece conosco. Somos duas vezes do Senhor. Ele nos criou, e acabamos na casa de penhores do diabo. Então, Jesus veio ao mundo e nos comprou a um custo elevado. Não foi prata nem ouro, mas Seu precioso sangue. Somos do Senhor pela criação e pela redenção” (William Moses Tidwell, Pointed Illustrations [Ilustrações Selecionadas], Kansas City, Missouri: Beacon Hill Press, 1951, p. 97)

No dia 26 de agosto, realizaremos o Projeto Quebrando o Silêncio. Perto e longe tem gente sofrendo a dor da violência. O amor compartilhado restaura corações machucados e cura as nossas próprias feridas.  
Domingo, 23 de julho

Os insensatos gálatas


1. Leia Gálatas 3:1-5. Resuma abaixo o que Paulo disse a eles. Em que sentido podemos estar em perigo de cair na mesma armadilha espiritual, de começar bem e depois cair no legalismo?
Diversas traduções modernas têm tentado captar o sentido das palavras de Paulo no verso 1, sobre os gálatas “insensatos”. A palavra que Paulo usou, em grego, é ainda mais forte do que essa. Ela é anoetoi, que vem da palavra para designar “mente” (nous). Literalmente, significa “estúpido”. Os gálatas não estavam pensando. Paulo não parou por aí. Ele disse que, visto que eles estavam agindo de maneira tão insensata, ele queria saber se algum mágico havia lançado um feitiço sobre eles. “Quem os enfeitiçou?” Sua escolha de palavras aqui pode até sugerir que a principal fonte por trás da condição deles fosse o diabo (2Co 4:4).
O que deixou Paulo tão perplexo no tocante à apostasia dos gálatas em relação ao evangelho foi que eles sabiam que a salvação estava fundamentada na cruz de Cristo. Eles não poderiam ter dúvidas sobre isso. A palavra traduzida como “representado” (ARC) ou “exposto” (ARA), em Gálatas 3:1, significa literalmente “anunciado em cartaz”, ou “retratado”. Era usada para descrever todas as proclamações públicas. Paulo estava dizendo que a cruz era tão importante em sua pregação que os gálatas tinham, com efeito, visto o Cristo crucificado com os olhos da mente (1Co 1:23; 2:2). Em certo sentido, ele estava dizendo que, por suas ações, eles estavam se afastando da cruz.
Em seguida, Paulo comparou a experiência dos gálatas com a maneira pela qual eles, no começo, haviam experimentado a fé em Cristo. Para isso, ele fez algumas perguntas retóricas. Como eles haviam recebido o Espírito, ou seja, como eles haviam se tornado cristãos, no começo? E de uma perspectiva um pouco diferente, por que Deus havia concedido o Espírito? Foi porque eles haviam feito algo para merecê-Lo? Certamente, não! Em vez disso, foi porque eles haviam acreditado nas boas-novas do que Cristo já havia feito por eles. Tendo começado tão bem, o que faria com que eles pensassem que tinham que passar a confiar em seu próprio comportamento?
Você costuma ter estes pensamentos: “Estou me saindo muito bem”, “Sou um bom cristão, não faço isso, não faço aquilo […]”? Mesmo que de maneira sutil, você pensou que é suficientemente bom para ser salvo? O que há de errado com essa situação? 
Segunda-feira, 24 de julho

Fundamentado nas Escrituras


Até Gálatas 3:5, Paulo defendeu seu evangelho da justificação pela fé apelando ao acordo feito com os apóstolos em Jerusalém (Gl 2:1-10) e à experiência pessoal dos gálatas (Gl 3:1-5). A partir de Gálatas 3:6, Paulo se voltou para o testemunho das Escrituras para a confirmação final e principal do seu evangelho. Gálatas 3:6 a 4:31 é composto por argumentos progressivos fundamentados nas Escrituras.
2. O que Paulo quis dizer quando escreveu sobre as “Escrituras” em Gálatas 3:6-8? Assinale a alternativa correta, considerando Romanos 1:2; 4:3; 9:17.
A.( ) Ele se referiu aos apócrifos.
B.( ) Ele se referiu ao Antigo Testamento.
Na época em que Paulo escreveu a Epístola aos Gálatas não existia o “Novo Testamento”. Paulo foi o primeiro escritor do Novo Testamento. O Evangelho de Marcos provavelmente seja o mais antigo dos quatro evangelhos, mas possivelmente ele não tivesse sido escrito até por volta da época da morte de Paulo (65 d.C.), ou seja, cerca de quinze anos depois da carta de Paulo aos Gálatas. Assim, quando o apóstolo se referia às Escrituras, ele tinha em mente apenas o Antigo Testamento.
O Antigo Testamento desempenhou papel importante nos ensinamentos de Paulo. Ele não o via como palavras mortas, mas como a autorizada e viva Palavra de Deus. Em 2 Timóteo 3:16, ele escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus”. A palavra traduzida por “inspirada” é theopneustos. A primeira parte da palavra (theo) significa “Deus”, enquanto a segunda parte significa “inspirar”. A Escritura é “inspirada por Deus”. Paulo utilizou as Escrituras para demonstrar que Jesus é o Messias prometido (Rm 1:2), para dar instrução sobre a vida cristã (Rm 13:8-10) e para provar a validade de seus ensinamentos (Gl 3:8, 9).
Paulo citou o Antigo Testamento centenas de vezes em todas as suas cartas, exceto nas menores, Tito e Filemon.
3. Leia Gálatas 3:6-14. Identifique os trechos do Antigo Testamento citados nesses versos, relacionando-os com as colunas. Reflita sobre a autoridade do Antigo Testamento.
A.( ) Abraão creu “e isso lhe foi imputado para justiça”1. Gn 12:3.
B.( ) “Em ti, serão abençoados todos os povos”2. Dt 27:26.
C.( ) “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas” 3. Gn 15:6.
D.( ) “Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá”4. Dt 21:22, 23.
E.( ) “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”5. Lv 18:5.

Você já chegou a pensar que uma parte da Bíblia seja mais “inspirada” do que as outras? Diante da afirmação de Paulo em 2 Timóteo 3:16, qual é o perigo de seguir por esse caminho? 
Terça-feira, 25 de julho

Considerado justo


4. Por que Paulo apelou primeiramente a Abraão ao examinar as Escrituras em busca de confirmação para sua mensagem evangélica? Gl 3:6
Abraão é uma figura central no judaísmo. Não somente foi o pai do povo judeu, mas os judeus na época de Paulo também o consideravam o modelo de como deveria ser um verdadeiro judeu. Muitos não só acreditavam que sua característica essencial fosse a obediência, mas que Deus teria declarado que Abraão era justo por causa dessa obediência. Afinal, Abraão deixou sua terra natal e sua família, aceitou a circuncisão e estava disposto até a sacrificar seu filho, conforme a ordem de Deus. Isso é obediência! Insistindo na questão da circuncisão, os oponentes de Paulo certamente utilizaram esses mesmos argumentos.
Paulo, entretanto, respondeu com o mesmo argumento, apelando para Abraão nove vezes em Gálatas, mostrando que o patriarca havia sido um exemplo de fé, e não da observância da lei apenas.
5. O que significa ter a fé creditada [imputada] “como justiça”? Gn 15:6; Rm 4:3-6, 8-11, 22-24
Ao passo que justificação é uma metáfora tirada do mundo jurídico, a palavra contada e considerada é uma metáfora tirada do mundo dos negócios. Pode significar “creditar” ou “colocar algo na conta de alguém”. Não é utilizada em referência a Abraão apenas em Gálatas 3:6, mas ocorre outras onze vezes em conexão com o patriarca. Algumas versões da Bíblia a traduzem como contado, considerado ou imputado.
De acordo com a metáfora de Paulo, a justiça é colocada em nossa conta. Contudo, a questão é: Em qual base Deus nos considera justos? Certamente, não pode ser na base da obediência, apesar do que os adversários de Paulo alegavam. Não importa o que eles disseram sobre a obediência de Abraão, as Escrituras afirmam que Deus o justificou por causa de sua fé.
A Bíblia é clara: a obediência de Abraão não foi o fundamento de sua justificação; ela foi, em vez disso, o resultado. Ele não fez as coisas que fez a fim de ser justificado; fez porque já havia sido justificado. Justificação conduz à obediência, e não o contrário.

Você não é justificado pelas coisas que faz, mas somente pelo que Cristo fez em seu favor. O que esse fato significa para você? Por que essa é uma notícia tão boa? Como tornar essa verdade parte da sua vida, ou seja, acreditar que ela se aplica a você, pessoalmente, não importando suas lutas do passado e do presente? 
Quarta-feira, 26 de julho

O evangelho no Antigo Testamento


Em Gálatas 3:8, Paulo disse: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos” (Gl 3:8). Paulo escreveu que não somente o evangelho foi pregado a Abraão, mas que foi pregado por Deus; assim, esse foi o verdadeiro evangelho. Mas, quando Deus pregou o evangelho a Abraão? A citação de Paulo de Gênesis 12:3 indica que ele tinha em mente a aliança que Deus fez com Abraão quando o chamou em Gênesis 12:1-3.
6.De acordo com Gênesis 12:1-3, qual era a natureza da aliança que Deus fez com Abraão? Assinale a alternativa correta:
A.( ) A aliança foi baseada em promessas da parte de Deus e envolvia a fé e a obediência.
B.( ) A aliança foi anulada com a morte de Cristo e com a infidelidade dos judeus.
A base da aliança de Deus com Abraão estava centralizada nas promessas de Deus a ele. Deus fez quatro promessas a Abraão. As promessas do Senhor a Abraão foram incríveis porque foram completamente unilaterais. Deus fez todas as promessas. Abraão não prometeu nada. A maioria das pessoas tenta se relacionar com Deus de maneira contrária. Nós geralmente prometemos que O serviremos, somente se Ele, em troca, fizer alguma coisa por nós. Mas isso é legalismo. Deus não pediu que Abraão prometesse nada, mas que aceitasse Suas promessas pela fé. Claro, isso não foi uma decisão fácil, porque Abraão teve que aprender a confiar totalmente em Deus e não em si mesmo (Gn 22). O chamado de Abraão ilustra, portanto, a essência do evangelho, que é a salvação pela fé.
Alguns erroneamente concluem que a Bíblia ensina duas formas de salvação. Eles afirmam que, nos tempos do Antigo Testamento, a salvação era fundamentada na guarda dos mandamentos; então, como isso não deu muito certo, Deus aboliu a lei e tornou possível a salvação pela fé. Nada poderia estar mais longe da verdade! Como Paulo escreveu em Gálatas 1:7, há apenas um evangelho.
7. Quais outros exemplos podemos encontrar no Antigo Testamento sobre salvação unicamente pela fé? Lv 17:11; Sl 32:1-5; 2Sm 12:1-13; Zc 3:1-4

Muitas vezes ouvimos a expressão “graça barata”. Contudo, esse termo é incorreto. A graça não é barata, é gratuita (pelo menos para nós). Mas nós a arruinamos, quando pensamos que, por meio de nossas obras, podemos adicionar algo a ela, ou quando pensamos que podemos usá-la como desculpa para o pecado. Em sua própria experiência, para qual desses dois caminhos você está mais inclinado a se dirigir? Como você pode mudar de direção? 
Quinta-feira, 27 de julho

Resgatados da maldição (Gl 3:9-14)


Os oponentes de Paulo ficaram, sem dúvida, espantados com suas ousadas palavras em Gálatas 3:10. Eles certamente não pensavam que estivessem sob maldição. Se havia algo que eles podiam esperar, era o recebimento das bênçãos por sua obediência. No entanto, Paulo foi claro: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl 3:10).
Paulo contrastou duas alternativas completamente diferentes: salvação pela fé e salvação pelas obras. As bênçãos e maldições da aliança descritas em Deuteronômio 27 e 28 foram diretas. Aqueles que obedecessem seriam abençoados, e os que desobedecessem seriam amaldiçoados. Isso significa que, se uma pessoa quisesse confiar na obediência à lei para ser aceito por Deus, então toda a lei devia ser guardada. Não temos a liberdade de escolher aquilo que queremos seguir, nem deveríamos supor que Deus esteja disposto a deixar passar alguns erros aqui e ali. É tudo ou nada!
Essa foi, naturalmente, a má notícia, não apenas para os gentios, mas também para os adversários legalistas de Paulo, porque “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23, ARC). Não importa quanto tentemos ser bons, a lei só pode nos condenar como transgressores.
8. De acordo com Gálatas 3:13 e 2 Coríntios 5:21, como Cristo nos libertou da maldição da lei?
Paulo introduziu outra metáfora para explicar o que Deus fez por nós em Cristo. A palavra redimir significa “comprar de volta”. Ela representa o ato de pagar o preço do resgate para libertar reféns ou escravos. Visto que o salário do pecado é a morte, a maldição por não guardar a lei era frequentemente a sentença de morte. O resgate pago pela nossa salvação não foi insignificante: custou a Deus a vida de Seu próprio Filho (Jo 3:16). Jesus nos resgatou da maldição, tornando-Se nosso portador de pecados (1Co 6:20; 7:23). Ele voluntariamente tomou sobre Si nossa maldição e sofreu em nosso favor toda a penalidade do pecado (2Co 5:21).
Paulo citou Deuteronômio 21:23 como prova bíblica. Segundo o costume judaico, uma pessoa estava sob a maldição de Deus se, após a execução, o corpo fosse pendurado num madeiro. A morte de Jesus na cruz foi vista como um exemplo dessa maldição (At 5:30; 1Pe 2:24).
Não é de admirar, então, que a cruz tenha sido uma pedra de tropeço para alguns judeus que não podiam conceber a ideia de que o Messias fosse amaldiçoado por Deus. Mas esse foi exatamente o plano de Deus. Sim, o Messias sofreu a maldição; mas ela não era dEle, era nossa!
Sexta-feira, 28 de julho


Estudo adicional



Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos redimir da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava sobre Seu coração. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a vida de Seu Filho. Em toda a Sua vida, Cristo havia anunciado ao mundo caído as boas-novas da misericórdia do Pai e de Seu amor perdoador. A salvação para o maior pecador foi Seu tema. Agora, porém, com o terrível peso de culpa que carregava, não pôde ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou Seu coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).
“Entrou Lutero, então, ousadamente, em sua obra como campeão da verdade. Sua voz era ouvida do púlpito em advertência ardorosa e solene. Expôs ao povo o caráter ofensivo do pecado, ensinando ser impossível ao homem, por suas próprias obras, atenuar a culpa ou fugir do castigo. Nada, a não ser o arrependimento para com Deus e a fé em Cristo, pode salvar o pecador. A graça de Cristo não pode ser comprada; é um dom gratuito. Aconselhava o povo a não comprar indulgências, mas a olhar com fé para um Redentor crucificado” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 129).
Perguntas para reflexão
1. Alguns têm dificuldade em aceitar a salvação unicamente pela fé, e que a graça de Deus nos salva por meio de Cristo, à parte de nossas obras. O que está por trás dessa hesitação em aceitar essa verdade fundamental?
2. Paulo falou de maneira muito forte sobre o erro teológico da salvação pelas obras. Qual é a importância da teologia correta? Por que devemos nos levantar vigorosamente, se necessário, quando o erro estiver sendo ensinado entre nós?
Resumo: A base da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Foi por causa da fé que Abraão teve nas promessas de Deus que ele foi considerado justo, e esse mesmo dom de justiça está disponível a todo aquele que partilhar da fé de Abraão. A única razão pela qual não somos condenados pelos nossos erros é que Jesus pagou o preço dos nossos pecados, ao morrer em nosso lugar.
Respostas e atividades da semana: 1. Divida a classe em grupos e peça aos alunos que reflitam sobre os perigos de cair no legalismo. Apresentem medidas por meio das quais podemos nos prevenir de cair nessa armadilha. 2. B. 3. A (3); B (1); C (2); D (5); E (4). 4. Peça a opinião dos alunos. 5. Peça a opinião dos alunos. 6. A. 7. Com antecedência, selecione 4 alunos para estudar as passagens sugeridas. Peça a eles que sintetizem esses exemplos no sábado, em classe. 8. Peça a opinião dos alunos.


Fé e Antigo Testamento

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Lição 4 15 a 22 de julho Justificação pela fé

Sábado à tarde


Verso para memorizar: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2:20, ARC).

Leituras da semana: Gl 2:15-21; Ef 2:12; Fp 3:9; Rm 3:10-20; Gn 15:5, 6; Rm 3:8

Como vimos na semana passada, Paulo confrontou Pedro publicamente em Antioquia pela falta de coerência entre a fé que ele defendia e o comportamento que ele apresentou. Na melhor das hipóteses, a decisão de Pedro de não mais comer com antigos pagãos sugeria que eles eram cristãos de segunda categoria. As ações de Pedro davam a entender que, se eles realmente quisessem fazer parte da família de Deus e desfrutar as bênçãos provenientes da completa comunhão, deviam primeiro se submeter ao rito da circuncisão.

O que Paulo realmente disse a Pedro naquela ocasião tensa? Na lição desta semana, estudaremos o que provavelmente seja um resumo do que se passou. Essa passagem contém algumas das expressões mais compactadas no Novo Testamento, o que é extremamente importante porque, pela primeira vez, são apresentadas várias palavras e frases fundamentais, tanto para a compreensão do evangelho quanto do restante da Epístola de Paulo aos Gálatas. Essas palavras-chave incluem justificação, justiça, obras da lei, crença e a fé de Jesus, não apenas fé.
O que Paulo quis dizer com esses termos? O que eles nos ensinam sobre o plano da salvação?
 Nos meses de julho, agosto e setembro, será realizado o Projeto Maná, uma oportunidade para que todos façam a assinatura da Lição da Escola Sabatina. Participe! 
Domingo, 16 de julho


A questão da “justificação”


1. Em Gálatas 2:15, Paulo escreveu: “Nós, judeus de nascimento e não ‘gentios pecadores´” (NVI). O que ele quis dizer com essas palavras?

As palavras de Paulo devem ser entendidas no seu contexto. Na tentativa de conquistar os judeus cristãos para seu lado, Paulo começou com um raciocínio que eles aceitariam, a tradicional distinção entre judeus e gentios. Os judeus eram os eleitos de Deus, aos quais havia sido confiada Sua lei, e desfrutavam os benefícios da relação de aliança com Ele. Os gentios, no entanto, eram pecadores. A lei de Deus não restringia seu comportamento, e eles estavam fora das alianças da promessa (Ef 2:12; Rm 2:14). Embora os gentios, obviamente, fossem “pecadores”, no verso 16 Paulo advertiu os cristãos judeus de que seus privilégios espirituais não os tornavam mais aceitáveis a Deus, porque ninguém é justificado pelas “obras da lei”.

2. Paulo usou a palavra justificado quatro vezes em Gálatas 2:16, 17. O que ele queria dizer por “justificação”? Considere os seguintes textos bíblicos (Êx 23:7 e Dt 25:1) e complete as lacunas.

Justificar, para ____________________, significava __________________________ ou ______________________________ alguém; tornar alguém reto.

O verbo justificar era um termo-chave para Paulo. Das 39 vezes em que ele ocorre no Novo Testamento, 27 estão nas cartas de Paulo. Ele o usou oito vezes em Gálatas, incluindo quatro referências em Gálatas 2:16, 17. Justificação é um termo legal, usado nos tribunais. Está relacionado com o veredito que um juiz pronuncia quando uma pessoa é declarada inocente das acusações apresentadas contra ela. É o oposto de condenação. Além disso, visto que as palavras justo e reto vêm da mesma palavra grega, o fato de alguém “ser justificado” significa que ele também é considerado “reto”. Assim, justificação envolve mais do que simplesmente absolvição ou perdão. É uma declaração afirmativa de que a pessoa é reta.

Para alguns cristãos judeus, no entanto, justificação também tinha caráter relacional. Ela envolvia seu relacionamento com Deus e Sua aliança. Ser “justificado” também significava ser considerado um membro fiel da comunidade da aliança divina, a família de Abraão.
 Leia Gálatas 2:15-17. O que Paulo disse nesses versos? Como você pode aplicar essas palavras à sua experiência?
Segunda-feira, 17 de julho


Obras da lei


3. Paulo disse três vezes em Gálatas 2:16 que uma pessoa não é justificada por “obras da lei”. O que ele quis dizer com a expressão “obras da lei”? O que os seguintes textos revelam sobre essa questão? Gl 2:16, 17; 3:2, 5, 10; Rm 3:20, 28. Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Obediência; prática da lei.

B.(  ) Obediência que dá direito à salvação.

Antes de entender a expressão “as obras da lei”, precisamos entender o que Paulo quis dizer com a palavra lei. A palavra lei (nomos, em grego) é encontrada 121 vezes nas cartas de Paulo. Ela pode se referir a uma série de coisas diferentes, inclusive a vontade de Deus para Seu povo, os primeiros cinco livros de Moisés, todo o Antigo Testamento, ou apenas um princípio geral. No entanto, a principal maneira pela qual Paulo usou a palavra se refere a toda a coleção dos mandamentos de Deus dada ao Seu povo por meio de Moisés.

A expressão “as obras da lei” provavelmente envolva, portanto, todos os requisitos encontrados nos mandamentos dados por Deus por intermédio de Moisés, sejam morais ou cerimoniais. O raciocínio de Paulo é que, não importa o quanto nos esforcemos para seguir e obedecer à lei de Deus, nossa obediência nunca será suficientemente boa para que Deus nos justifique, para que nos declare justos diante dEle. Isso porque Sua lei exige absoluta fidelidade de pensamento e ação, não apenas por algum tempo, mas o tempo todo, e não apenas a alguns de Seus mandamentos, mas a todos eles.

Embora a expressão “obras da lei” não ocorra no Antigo Testamento e não seja encontrada no Novo Testamento, exceto nos escritos de Paulo, uma impressionante confirmação de seu significado surgiu em 1947, com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, uma coleção de textos copiados por um grupo de judeus, chamados essênios, que viveram na época de Jesus. Embora escritos em hebraico, um dos manuscritos contém essa mesma expressão. O título do manuscrito é Miqsat Ma’as Ha-Torah, que pode ser traduzido como “Importantes obras da lei”. O documento descreve uma série de questões com base na lei bíblica em relação à prevenção da contaminação das coisas santas, inclusive algumas que designavam os judeus como distintos dos gentios. No fim, o autor escreveu o seguinte: se essas “obras da lei” forem seguidas, “você será considerado justo” diante de Deus. Ao contrário de Paulo, o autor não oferece ao leitor a justiça fundamentada na fé, mas no comportamento.
 Você guarda a lei de Deus de maneira satisfatória? Você realmente sente que a obedece tão bem que pode ser justificado diante de Deus com base na guarda da lei? (Rm 3:10-20). Se não, por quê? Como sua resposta ajuda a compreender o conceito de Paulo sobre o tema?
Terça-feira, 18 de julho


A base da nossa justificação


“E ser encontrado nEle, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé” (Fp 3:9, NVI).

Os judeus cristãos não sugeriram que a fé em Cristo não fosse importante; afinal, eles tinham fé em Jesus e acreditavam nEle. Contudo, eles sentiam que a fé não era suficiente; ela devia ser complementada com a obediência, como se a obediência acrescentasse algo ao ato da justificação. No raciocínio deles, justificação era tanto pela fé quanto pelas obras. A maneira pela qual Paulo repetidamente contrastou a fé em Cristo com as obras da lei indica sua oposição a esse tipo de abordagem que incluía “ambos” os aspectos. Fé, somente a fé, é a base da justificação.

Para Paulo, igualmente, a fé não era apenas um conceito abstrato; ela estava inseparavelmente ligada a Jesus. Na verdade, a expressão traduzida duas vezes como “fé em Cristo”, em Gálatas 2:16, tem muito mais significado do que qualquer tradução pode realmente abranger. A expressão em grego é traduzida literalmente como “a fé” ou “fidelidade” de Jesus. Essa tradução literal revela o forte contraste que Paulo estabeleceu entre as obras da lei que nós fazemos e a obra de Cristo realizada em nosso favor, a obra que Ele, mediante Sua fidelidade (por isso, a “fidelidade de Jesus”), tem feito por nós.

É importante lembrar que a fé nada acrescenta à justificação, como se tivesse mérito em si mesma. A fé é, em vez disso, o meio pelo qual nos apegamos a Cristo e Sua obra em nosso favor. Não somos justificados com base em nossa fé, mas com base na fidelidade de Cristo por nós, que reivindicamos para nós por meio da fé.

Cristo fez o que todos deixaram de fazer: só Ele foi fiel a Deus em tudo que fez. Nossa esperança está na fidelidade de Cristo, não na nossa. Essa é a grande e importante verdade que, dentre outras, inflamou a Reforma Protestante, uma verdade que continua sendo tão crucial hoje quanto foi no tempo em que Martinho Lutero começou a pregá-la há séculos.

Uma primitiva tradução siríaca de Gálatas 2:16 comunica bem o pensamento de Paulo: “Portanto, sabemos que um homem não é justificado a partir das obras da lei, mas pela fé de Jesus, o Messias, e cremos nEle, em Jesus, o Messias, que por causa de Sua fé, a fé do Messias, podemos ser justificados, e não pelas obras da lei”.

4. Leia Romanos 3:22, 26; Gálatas 3:22; Efésios 3:12; e Filipenses 3:9. Qual é a única base para nossa salvação? Assinale a melhor resposta:

A.( ) Nossa obediência à lei e o sacrifício de Cristo.

B.( ) A fidelidade de Cristo por nós e Sua perfeita obediência, aceitas pela fé.
Entender esse assunto causa alguma surpresa a você? Você sente alegria ou decepção? 
Quarta-feira, 19 de julho


A obediência da fé


Paulo deixou claro que a fé é absolutamente fundamental para a vida cristã. É o meio pelo qual lançamos mão das promessas que temos em Cristo. Mas o que é fé, exatamente? O que ela envolve?

5. De acordo com Gênesis 15:5, 6; João 3:14-16; 2 Coríntios 5:14, 15 e Gálatas 5:6, qual é a origem da fé? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) A fé provém do esforço humano.

B.( ) A fé é uma resposta humana a uma iniciativa divina.

C.( ) A fé possui uma origem mística.

A genuína fé bíblica é sempre uma resposta ao Senhor. A fé não é algum tipo de sentimento ou atitude que a pessoa decide tomar, em algum momento, porque Deus exige. Ao contrário, a verdadeira fé se origina em um coração tocado por um sentimento de gratidão e amor pela bondade de Deus. Por isso, quando a Bíblia fala sobre fé, essa fé sempre provém de iniciativas que Deus tem tomado. No caso de Abraão, por exemplo, a fé foi sua resposta às promessas maravilhosas que Deus tinha feito a ele (Gn 15:5, 6). Já no Novo Testamento, Paulo disse que, em última análise, a fé está enraizada na nossa percepção do que Cristo fez por nós na cruz.

6. Se a fé é uma resposta ao Senhor, o que essa resposta deve incluir? O que podemos entender sobre a natureza da fé? Jo 8:32, 36; At 10:43; Rm 1:5, 8; 6:17; Hb 11:6; Tg 2:19

Muitas pessoas definem fé como “crença”. Essa definição é problemática, pois em grego a palavra para “fé” é simplesmente a forma substantivada do verbo “crer”. Usar uma forma para definir a outra é como dizer que “fé é ter fé”. Isso não diz nada.

Um exame cuidadoso das Escrituras revela que a fé envolve não só o conhecimento sobre Deus, mas um consentimento mental ou aceitação desse conhecimento. Essa é uma razão pela qual é tão importante ter uma imagem correta de Deus. Ideias distorcidas sobre o caráter de Deus podem tornar mais difícil o exercício da fé. Mas uma aceitação intelectual do evangelho não é suficiente, pois, nesse sentido, “até os demônios creem” (Tg 2:19). A verdadeira fé também afeta nosso modo de vida. Em Romanos 1:5, Paulo escreveu sobre a “obediência que vem pela fé” (NVI). Paulo não disse que a obediência é o mesmo que fé. Ele quis dizer que a verdadeira fé afeta toda a vida de uma pessoa, não apenas a mente. Ela envolve compromisso com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e não apenas uma lista de regras. A fé abrange o que fazemos, nossa maneira de viver, em quem confiamos e também aquilo em que acreditamos.
Quinta-feira, 20 de julho


A fé promove o pecado?


Uma das principais acusações contra Paulo era a de que seu evangelho da justificação pela fé apenas encorajava as pessoas a pecar (Rm 3:8; 6:1). Sem dúvida, os acusadores argumentavam que, se as pessoas não têm que cumprir a lei para ser aceitas por Deus, por que deviam se preocupar com sua maneira de viver? Lutero também enfrentou acusações semelhantes.

7. De acordo com Gálatas 2:17, 18, como Paulo respondeu à acusação de que a doutrina da justificação pela fé apenas encorajava o comportamento pecaminoso? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Reconheceu que a fé estimulava o pecado, e acabou abandonando o evangelho.

B.( ) Disse que Cristo não é ministro do pecado, mas nos leva à obediência.

Paulo respondeu às acusações de seus adversários nos termos mais fortes possíveis: “De maneira nenhuma”! (ARC). Embora seja possível que uma pessoa caia em pecado após ir a Cristo, a responsabilidade certamente não seria de Cristo. Se transgredimos a lei, nós mesmos somos os transgressores.

8. Como Paulo descreveu sua união com Jesus Cristo? Como essa descrição refuta as objeções levantadas por seus adversários? Gl 2:19-21

Paulo considerou o raciocínio de seus opositores simplesmente absurdo. Aceitar Cristo pela fé não é algo trivial, não é um jogo de faz de conta celestial, em que Deus considera a pessoa como justa enquanto não há mudança real na sua maneira de viver. Ao contrário, aceitar Cristo pela fé é extremamente radical. Envolve uma completa união com Ele, uma união em Sua morte e ressurreição. Espiritualmente falando, Paulo disse que somos crucificados com Cristo, e morrem nossos velhos hábitos pecaminosos, enraizados no egoísmo (Rm 6:5-14). Fizemos uma ruptura radical com o passado. Todas as coisas são novas (2Co 5:17). Também fomos ressuscitados para uma vida nova em Cristo. O Cristo ressuscitado vive dentro de nós, tornando-nos diariamente mais e mais semelhantes a Ele mesmo.

Portanto, a fé em Cristo não é um pretexto para o pecado, mas um chamado a um relacionamento mais profundo e mais rico com Cristo do que jamais poderia ser encontrado numa religião fundamentada na lei.
Como você se relaciona com o conceito de salvação unicamente pela fé, sem as obras da lei? Você tem medo, pensando que isso pode ser uma desculpa para o pecado, ou se alegra nele? O que sua resposta diz sobre sua compreensão da salvação? 
Sexta-feira, 21 de julho


Estudo adicional


A lei de Deus tem sido considerada longamente. Ela tem sido apresentada às congregações de modo quase tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como ocorreu com a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às ideias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo […].

“Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais frequência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de que o ser humano caído mereça alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 18, 19).

“A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas ele é incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e a ama como ama Seu Filho” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 367).

Perguntas para reflexão

1. Ellen G. White disse que nenhum assunto precisa ser mais enfatizado do que a justificação pela fé. Esses comentários são aplicáveis a nós hoje? Por quê?

2. Pense na Reforma Protestante e em Lutero. Embora a época, o lugar e as circunstâncias tenham sido diferentes, por que a mensagem apresentada por Paulo foi tão crucial para libertar milhões de pessoas do cativeiro espiritual romano?

Resumo: O comportamento de Pedro em Antioquia sugeriu que os conversos do paganismo não podiam ser verdadeiros cristãos, a menos que fossem circuncidados. Paulo destacou o engano de tal pensamento. Deus não pode declarar justa nenhuma pessoa com base em seu comportamento, pois nem mesmo os melhores seres humanos são perfeitos. Somente aceitando o que Deus fez por nós em Cristo, os pecadores podem ser justificados diante dEle.

Respostas e atividades da semana: 1. Com uma semana de antecedência, peça aos alunos que estudem o contexto em que viviam os judeus, bem como os cristãos gentios antes da sua conversão. Em classe, discutam as possíveis respostas para essa pergunta. 2. Paulo – absolver – inocentar. 3. A. 4. B. 5. F; V; F. 6. Divida a classe em dois grupos e incentive-­os a refletir sobre a natureza da fé. Por fim, escolha um representante de cada grupo para que apresente a sua resposta. 7. B. 8. Peça aos alunos que relacionem a união de Paulo com Cristo com as objeções dos seus adversários. Em classe, peça que dois ou três alunos compartilhem suas respostas com o restante da classe.
Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/  

sexta-feira, 14 de julho de 2017

terça-feira, 4 de julho de 2017

Lição 2 01 a 08 de julho A autoridade de Paulo e o evangelho




Sábado à tarde


Verso para memorizar: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1:10).
Leituras da semana: 2Pe 3:15, 16; Gl 1; Fp 1:1; Gl 5:12
Estudantes de uma universidade construíram um centro em seu campus, onde todos seriam bem-vindos, independentemente da etnia, gênero, status social ou crenças religiosas. Imagine se, anos mais tarde, esses alunos retornassem ao campus e descobrissem que outros estudantes haviam redesenhado o centro. Em lugar da sala grande com bastante espaço para socialização, concebida para proporcionar um sentido de unidade a todos ali, o local tivesse sido subdividido em várias salas menores, com restrições à entrada com base na cor da pele, no gênero, na religião, e assim por diante. Os alunos responsáveis pelo novo desenho poderiam ter argumentado que sua autoridade para fazer essas mudanças vinha de uma prática estabelecida há vários séculos.
Isso é algo parecido com a situação que Paulo enfrentou quando escreveu sua carta às igrejas da Galácia. Seu plano, segundo o qual os gentios podiam se unir à igreja com base unicamente na fé, estava sendo desafiado por falsos mestres, que insistiam na ideia de que os gentios também deviam ser circuncidados antes de se tornarem membros da igreja. A carta aos Gálatas é uma resposta a esse engano.
 Convide seus amigos e vizinhos para que participem da semana de oração jovem. Ore suplicando que esses convidados recebam milagres espirituais. 
Domingo, 02 de julho

Paulo, o escritor de cartas

1. Leia 2 Pedro 3:15, 16. Como a igreja primitiva considerava os escritos de Paulo? O que isso nos ensina sobre a inspiração? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Difíceis. Apesar da origem divina da mensagem, os profetas e apóstolos escreveram com suas próprias palavras, segundo sua bagagem cultural e intelectual.
B.( ) Fáceis. Deus tem uma linguagem simples, por isso, Ele ditou cada palavra a Paulo.
Quando Paulo escreveu aos gálatas, sob a orientação do Espírito Santo, tratou de situações específicas que o envolviam e também aos cristãos da Galácia.
Cartas como a Epístola aos Gálatas desempenharam papel importante no ministério de Paulo. Sendo o missionário enviado aos gentios, ele fundou igrejas ao redor do Mediterrâneo. Embora visitasse essas igrejas sempre que possível, ele não podia ficar em um lugar por muito tempo. Para compensar sua ausência, Paulo escrevia cartas às igrejas a fim de lhes dar orientação. Com o tempo, cópias das suas cartas foram compartilhadas com outras igrejas (Cl 4:16). Embora algumas dessas cartas tenham se perdido, pelo menos treze delas no Novo Testamento levam seu nome. Além disso, como mostram as palavras de Pedro, os escritos de Paulo passaram a ser vistos como parte das Escrituras. Isso mostra quanta autoridade seu ministério ganhou nos primórdios da história da igreja.
Antigamente, alguns cristãos acreditavam que o formato das cartas de Paulo fosse único, especialmente criado pelo Espírito a fim de conter a Palavra inspirada de Deus. Essa visão mudou quando dois jovens estudantes de Oxford, Bernard Grenfell e Arthur Hunt, descobriram no Egito cerca de 500 mil fragmentos de papiros antigos (documentos escritos em papiro, um material popular para escrita, usado vários séculos antes e depois de Cristo). Além de encontrar algumas das cópias mais antigas do Novo Testamento, eles encontraram também notas fiscais, declarações de renda, recibos e cartas pessoais.
Para surpresa de todos, verificou-se que o formato básico das cartas de Paulo era comum a todos os escritores de cartas de seu tempo. O formato incluía (1) uma saudação de abertura, que mencionava o remetente e o destinatário e, em seguida, introduzia a saudação; (2) palavras de agradecimento; (3) o corpo principal da carta; e, finalmente, (4) uma declaração de encerramento.
Paulo seguiu o formato básico do seu tempo, falando aos seus contemporâneos por um meio de comunicação e um estilo com o qual eles estavam familiarizados.

Segunda-feira, 03 de julho

O chamado de Paulo

Embora as epístolas de Paulo geralmente sigam o formato básico das cartas antigas, Gálatas contém uma série de características únicas. Essas diferenças podem nos ajudar a entender melhor a situação com a qual Paulo estava lidando.
2. Quais são as diferenças e semelhanças entre a saudação introdutória de Paulo em Gálatas 1:1, 2 com as que ele escreveu em Efésios 1:1, Filipenses 1:1 e 2 Tessalonicenses 1:1? 
A saudação de Paulo em Gálatas é um pouco mais longa do que a saudação das outras cartas. Além disso, ele teve que agir de forma diferente ao descrever a base de sua autoridade apostólica. Literalmente, a palavra apóstolo significa “alguém enviado” ou “mensageiro”. No Novo Testamento, no sentido estrito, ela se refere aos primeiros doze seguidores de Jesus e aos outros a quem o Cristo ressuscitado apareceu e comissionou para ser Suas testemunhas (Gl 1:19; 1Co 15:7-9). Paulo declarou que pertencia a esse grupo seleto.
O fato de Paulo negar com tanta força que seu apostolado se apoiasse em qualquer ser humano sugere que havia uma tentativa, por parte de alguns na Galácia, de enfraquecer sua autoridade apostólica. Por quê? Como vimos, alguns na igreja não estavam felizes com a mensagem de Paulo, de que a salvação era fundamentada na fé em Cristo apenas, e não nas obras da lei. Eles achavam que o evangelho apresentado por Paulo estivesse minando a obediência. Esses perturbadores eram sutis. Sabiam que a base da mensagem do evangelho de Paulo estava diretamente ligada à fonte de sua autoridade apostólica (Jo 3:34) e resolveram fazer um ataque poderoso contra essa autoridade.
No entanto, eles não negaram diretamente o apostolado de Paulo. Simplesmente alegaram que ele não era realmente muito importante. Eles provavelmente afirmavam que Paulo não havia sido um dos primeiros discípulos de Jesus. Sua autoridade, portanto, não era de Deus, mas de homens, talvez dos líderes da igreja de Antioquia, que tinham designado Paulo e Barnabé como missionários (At 13:1-3). Ou, talvez, viesse de Ananias, que havia batizado Paulo, no início (At 9:10-18). Na opinião deles, Paulo era somente um mensageiro de Antioquia ou Damasco, e nada mais. Consequentemente, eles argumentaram que sua mensagem era simplesmente sua própria opinião, não a Palavra de Deus.
Paulo reconheceu o perigo dessas afirmações e defendeu imediatamente o apostolado que Deus lhe havia concedido.
 Quais sutilezas desafiam a autoridade das Escrituras dentro da igreja? Como reconhecer esses desafios? Como eles têm influenciado seu pensamento a respeito da autoridade da Bíblia? 
Terça-feira, 04 de julho

O evangelho de Paulo

3. Além de defender seu apostolado, o que Paulo enfatizou em sua saudação aos gálatas? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso. (Compare Gl 1:3-5 com Ef 1:2; Fp 1:2; e Cl 1:2.)
A.( ) A divindade de Cristo.
B.( ) A ressurreição dos mortos.
C.( ) A graça e a paz.
Uma das características singulares das cartas de Paulo é sua maneira de ligar as palavras graça e paz nas saudações. A combinação dessas duas palavras é uma modificação das saudações mais características do mundo grego e judaico. Onde um autor grego normalmente escreveria “saudações” (chairein), Paulo escrevia “graça”, uma palavra que tinha o som parecido em grego (charis). A isso Paulo acrescentava a típica saudação judaica da “paz”.
A combinação dessas duas palavras não é uma simples cortesia. Ao contrário, essas palavras descrevem basicamente sua mensagem do evangelho (Paulo usou essas duas palavras mais do que qualquer outro autor do Novo Testamento). A graça e a paz não eram de Paulo, mas de Deus, o Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
4. Quais aspectos do evangelho Paulo apresentou em Gálatas 1:1-6?
Embora Paulo tivesse pouco espaço em sua saudação inicial para explanar a natureza do evangelho, ele descreveu magistralmente a essência do evangelho em poucos versos. Qual é a verdade central sobre a qual o evangelho está firmado? De acordo com Paulo, não é nossa conformidade com a lei – o conceito que os adversários de Paulo estavam anunciando. Ao contrário, o evangelho se fundamenta inteiramente no que Cristo realizou por nós por meio de Sua morte na cruz e da Sua ressurreição. A morte e a ressurreição de Cristo fizeram algo que nunca poderíamos fazer por nós mesmos: destruíram o poder do pecado e da morte, libertando Seus seguidores do poder do mal, que mantém muitas pessoas no medo e na escravidão.
À medida que Paulo refletia sobre a maravilhosa notícia da graça e da paz que Deus criou para nós em Cristo, ele entrava numa doxologia espontânea, que aparece no verso 5.
Utilizando aproximadamente a mesma quantidade de palavras que Paulo usou em Gálatas 1:1-5, escreva o que o evangelho significa para você. Compartilhe suas palavras com a classe. 


Quarta-feira, 05 de julho

Nenhum outro evangelho

5. O que normalmente aparece depois da saudação inicial nas cartas de Paulo? Qual é a diferença em Gálatas? Gl 1:6; Rm 1:8; 1Co 1:4; Fp 1:3; 1Ts 1:2. Assinale a alternativa correta:
A.( ) Uma petição. Paulo resolveu não pedir nada aos gálatas.
B.( ) Um agradecimento. Paulo omitiu o agradecimento por causa do mau comportamento dos gálatas.
Embora Paulo tivesse abordado todos os tipos de desafios e problemas locais em suas cartas às igrejas, ainda assim ele costumava colocar, depois da saudação inicial, uma palavra de oração ou agradecimento a Deus pela fé dos seus leitores. Ele fez isso até em suas cartas aos coríntios, que estavam lutando com todos os tipos de comportamento questionável (1Co 1:4; 5:1). No entanto, a situação na Galácia era tão perturbadora que Paulo omitiu totalmente a ação de graças e foi direto ao ponto.
6. Quais palavras fortes Paulo utilizou para demonstrar sua preocupação com o que estava acontecendo na Galácia? Gl 1:6-9; 5:12. Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) O apóstolo amaldiçoou os que estavam pregando outro evangelho.
B.( ) Chamou de “filhos do diabo” os que pervertiam o evangelho.
Paulo não reteve as palavras em sua acusação contra os gálatas. Ele os acusou de trair sua vocação como cristãos. A palavra abandonando (NVI) ou passando (RA), que aparece no verso 6, muitas vezes era usada para descrever soldados que desistiam de sua lealdade ao país, abandonando o exército. Paulo estava dizendo que os gálatas eram desertores que estavam virando as costas para Deus.
De que maneira os gálatas estavam abandonando a Deus? Eles passaram a aceitar um evangelho diferente. Paulo não estava dizendo que há mais de um evangelho, mas que havia alguns na igreja que, ao ensinar que a fé em Cristo não era suficiente (At 15:1-5), estavam agindo como se tivesse outro. Paulo ficou tão incomodado com essa distorção do evangelho que desejou que qualquer pessoa que pregasse um evangelho diferente caísse sob a maldição de Deus! (Gl 1:8). Paulo foi tão enfático sobre esse ponto que chegou a dizer basicamente a mesma coisa duas vezes (Gl 1:9).
Até mesmo em nossas igrejas, há uma tendência de enfatizar a experiência acima da doutrina. Dizem que o mais importante é a experiência e o relacionamento com Deus. Por mais importante que seja a experiência, o que Paulo ensina sobre a importância da doutrina correta?  

Quinta-feira, 06 de julho

A origem do evangelho de Paulo

7. Os perturbadores da Galácia alegaram que o evangelho de Paulo era dirigido por seu desejo de obter a aprovação dos outros. Em sua carta, o que Paulo poderia ter feito de maneira diferente, se estivesse apenas buscando a aprovação dos homens? Gl 1:6-9, 11-24.
Por que Paulo não exigiu que os gentios convertidos fossem circuncidados? Seus oponentes alegaram que isso ocorreu porque ele queria conversões a qualquer custo. Talvez eles tivessem pensado que, pelo fato de Paulo saber que os gentios teriam restrições em relação à circuncisão, ele não exigiu isso. Insinuaram que ele gostava de agradar o povo! Em resposta a tais alegações, Paulo apresentou a seus oponentes as fortes palavras de Gálatas 1:8, 9. Se tudo o que ele quisesse fosse aprovação, certamente teria respondido de outra forma.
8. Para Paulo, por que é impossível ser seguidor de Cristo e, ao mesmo tempo, querer agradar as pessoas? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Porque é impossível agradar as pessoas. Cada uma deseja algo diferente.
B.( ) Porque os servos de Cristo desagradam as pessoas que não aceitam o evangelho, e os que desejam agradar as pessoas não podem servir a Cristo.
9. Em Gálatas 1:11, 12, Paulo disse que havia recebido seu evangelho e autoridade diretamente de Deus. Quais são os argumentos apresentados nos versos 13-24 para provar esse conceito? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Ele foi separado desde o ventre materno para realizar a obra de Deus.
B.( ) Deus teve que escolher Paulo para uma missão, pois ele era muito capaz.
C.( ) Paulo destruía a igreja e passou a construí-la. Portanto, era impossível que o evangelho que pregava fosse dele próprio.
Os versos 13-24 trazem um relato autobiográfico da situação de Paulo antes da conversão (v. 13, 14), na conversão (v. 15, 16) e posteriormente (v. 16-24). Paulo afirmou que as circunstâncias que envolveram cada um desses acontecimentos tornaram absolutamente impossível que qualquer pessoa afirmasse que ele havia recebido o evangelho de outra pessoa, a não ser Deus. Paulo não ficaria indiferente, permitindo que alguém depreciasse sua mensagem, questionando seu chamado. Ele sabia o que lhe havia acontecido, o que havia sido chamado a ensinar, e faria isso, não importando o que custasse.
Você tem certeza do seu chamado em Cristo? Como saber o que Deus lhe chamou para fazer? Ao mesmo tempo, mesmo que esteja certo da sua vocação, por que você deve ouvir o conselho dos outros? 
Sexta-feira, 07 de julho

Estudo adicional

“Em quase todas as igrejas havia alguns membros judeus de nascimento. A esses conversos os mestres judeus tinham fácil acesso e, por meio deles, ganhavam um ponto de apoio nas igrejas. Com argumentos bíblicos, era impossível derrubar as doutrinas ensinadas por Paulo. Por isso, eles recorriam às medidas mais inescrupulosas para neutralizar sua influência e enfraquecer sua autoridade. Declaravam que ele não havia sido discípulo de Jesus e não tinha recebido nenhum chamado da parte dEle, mas ousava ensinar doutrinas diretamente opostas aos ensinos defendidos por Pedro, Tiago e outros apóstolos […].
“O coração de Paulo ficou agitado quando viu os males que ameaçavam destruir rapidamente essas igrejas. Imediatamente ele escreveu aos gálatas, expondo suas teorias falsas e, com grande severidade, repreendeu os que tinham abandonado a fé” (Ellen G. White, Sketches From the Life of Paul [Esboços da Vida de Paulo], p. 188, 189).
Perguntas para reflexão
1. Qual é o significado do evangelho para você?
2. Na saudação de Paulo aos gálatas, ele declarou que a morte de Jesus ocorreu por uma razão específica. Qual foi essa razão, e qual o significado disso hoje?
3. Em Gálatas 1:14, Paulo disse que ele era extremamente zeloso das tradições de seus pais. Por “tradições” ele provavelmente se referia tanto às tradições orais dos fariseus como ao próprio Antigo Testamento. Existe espaço para as tradições em nossa fé? Que advertência a experiência de Paulo nos apresenta hoje em relação à questão da tradição?
4. Por que Paulo era “intolerante” com os que tinham crenças diferentes das dele? Como seria vista em nossa igreja hoje uma pessoa com uma postura tão firme e intransigente?
Resumo: Os falsos mestres da Galácia estavam tentando enfraquecer o ministério de Paulo, afirmando que seu apostolado e mensagem do evangelho não lhe tinham sido dados por Deus. Paulo enfrentou essas duas acusações nos primeiros versos de sua carta aos Gálatas. Corajosamente, ele declarou que só há um meio de salvação e descreveu como os eventos que envolveram sua conversão demonstravam que sua vocação e evangelho só podiam provir de Deus.
Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Com antecedência, escolha quarto alunos e distribua os textos bíblicos entre eles. Peça que eles estudem a saudação introdutória designada a cada um deles e que compartilhem no próximo sábado com a classe. 3. F; F; V. 4. Peça para os alunos compartilharem suas respostas em classe no sábado. 5. B. 6. V; F. 7. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para responder essa questão e trazer sua resposta no sábado. Permita que outros compartilhem suas respostas. 8. B. 9. V; F; V.

 
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