terça-feira, 31 de março de 2020

Igreja beneficia familiares de pessoas doentes em unidade de saúde

Além do esforço de voluntários, ação realizada em Salvador, na Bahia, foi resultado do envolvimento da comunidade, que se mobilizou para arrecadar doações

Adventistas de Pernambués mobilizaram comerciantes locais e conseguiram desenvolver ação que beneficiou cerca de 300 pessoas (Foto: Divulgação)

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro de Pernambués, um dos mais populosos de Salvador, na Bahia, com cerca de 65 mil habitantes, um homem estaciona o carro e vai até o entorno do serviço de saúde.
É lá que estão pessoas aguardando seus doentes, em uma rotina que se tornou ainda mais dramática depois da pandemia de coronavírus. O homem traz consigo sopa de legumes em copos descartáveis, e, com a ajuda de mais dois voluntários, começa a entregar o alimento para as pessoas.
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Todos os cuidados básicos recomendados pelas autoridades médicas, como medidas de prevenção contra o novo patógeno, são adotados: os voluntários portam luvas, máscara, mantém distância das pessoas e evitam formar aglomeração.
O diretor da Ação Solidária Adventista da comunidade, Moisés Santana, prepara a sopa com ajuda da esposa, Cátia (Foto: Divulgação)
O único excesso é o da compaixão. É este sentimento que sensibiliza os moradores, à medida em que são beneficiados pelo trabalho voluntário da Ação Solidária Adventista (ASA) da sede central da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Pernambués, onde congregam 160 membros.

“Quando os voluntários chegaram na UPA, encontraram pessoas que estavam horas sem comer nada”, disse Patrícia Santiago, líder do Ministério Jovem da igreja, ressaltando a surpresa e a comoção com o ato de solidariedade. Cerca de 300 pessoas foram beneficiadas.
Igreja relevante

A ideia surgiu à medida em que os adventistas da comunidade perceberam as necessidades da população sob o sistema de distanciamento social, decretado pela Prefeitura de Salvador e Governo do Estado como medida de prevenção contra o novo coronavírus.
Para voluntários, iniciativa mostra a igreja sendo relevante em uma das comunidades mais populosas de Salvador (Foto: Divulgação)
Sem poder trabalhar e sem gerar renda, vizinhos da igreja começaram a experimentar dificuldades. A equipe da Ação Solidária Adventista local movimentou os membros por meio de um aplicativo de mensagens e outros meios de comunicação.

Isso despertou a atenção de empreendedores locais. Donos de padaria se uniram e doaram 200 pães. Os membros da igreja conseguiram envolver a comunidade para doação de verduras, legumes e temperos.

Uma equipe de seis pessoas trabalhou preparando a sopa. E um grupo ainda maior de voluntários saiu em um carro para entregar a comida, respeitando orientações básicas de cuidados e uso de equipamentos de proteção. Para quem se envolveu, uma percepção foi marcante: a solidariedade terá papel essencial para ajudar comunidades economicamente vulneráveis a superar as dificuldades trazidas pela pandemia.

“A igreja está sendo útil e fazendo a diferença na vida das pessoas. A comunidade está sendo beneficiada pelo trabalho dedicado de uma igreja que é relevante na comunidade”, reiterou o diretor local da ASA, Moisés Santana. Para ele, o desafio agora é manter a ação: voluntários já recomeçaram a luta para levantar doações de verduras, legumes, temperos e outros itens alimentícios.

Assembleia mundial da Igreja ocorrerá apenas em 2021-Medida emergencial foi adotada diante da disseminação mundial do coronavírus.

(Photo Rohann Wellington)
Realizada a cada cinco anos, a assembleia mundial da Igreja Adventista reúne milhares de pessoas vindas de todas as partes do mundo (Foto: Rohann 
Wellington)
A Comissão Diretiva da sede mundial adventista, com ampla maioria de votos a favor, reuniu-se nesta quinta-feira, 19 de março, por videoconferência, e tomou definições emergenciais em virtude da pandemia do coronavírus em todo o planeta. Uma delas diz respeito ao adiamento da próxima assembleia mundial, que estava marcada para começar no próximo dia 25 de junho, com encerramento em 4 de julho.

Após deliberação, a estimativa é que o encontro seja realizado entre 20 e 25 de maio de 2021 em Indianápolis, no Estado de Indiana, nos Estados Unidos, mesma cidade onde ocorreria o encontro deste ano. O número de participantes da assembleia será reduzido e restrito apenas aos delegados oficialmente designados, encarregados de tomar as decisões.
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A Comissão entendeu, também, que, mesmo com o controle da pandemia nos próximos meses, não haveria viabilidade para a realização da assembleia em tempo hábil, já que isso envolve questões de estrutura física, deslocamento dos participantes, entre outros fatores.

Conectado via videoconferência, assim como os aproximadamente 250 integrantes da Comissão que estavam espalhados por outros países, o diretor mundial de saúde da Igreja Adventista, Peter Landless, reforçou a importância dos cuidados pessoais contra o coronavírus e alertou sobre a gravidade da pandemia em nível global.

O presidente mundial da denominação, pastor Ted Wilson, deixou claro que a ideia de alterar a data da assembleia não é confortável e nem pretendida. Ao longo de várias semanas, um grupo foi designado para estudar o assunto, o que incluiu profissionais de saúde, consultores jurídicos e administradores. Nos últimos dias, o Comitê Internacional de Crises da Igreja e o Comitê Administrativo da Associação Geral (ADCOM) discutiram outros planos possíveis.
Outras definições 

Com a decisão emergencial, posteriormente serão divulgadas outras definições relacionadas à organização da própria assembleia, bem como nomeações de líderes da Associação Geral e de suas 13 Divisões (sedes administrativas responsáveis pelas atividades da Igreja em um grupo de países).

O pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul, ressaltou que a decisão demonstra a preocupação da Igreja com a saúde dos participantes, em sintonia com aquilo que os organismos de saúde recomendam. “Estamos em um momento delicado e devemos adotar medidas para preservar a saúde de nossos membros e de nossas comunidades. Embora a assembleia esteja adiada, a Igreja Adventista em todo o mundo continuará a trabalhar para que mais pessoas tenham esperança e se preparem para o retorno de Jesus”, sublinha.

Lição 1 -28 de março a 10 de abril -A singularidade da Bíblia


Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119:105).
LEITURAS DA SEMANA: Dt 32:45-47; Gn 49:8-12; Is 53:3-7; 1Co 15:3-5, 51-55; Rm 12:2
Composta de 66 livros e escrita ao longo de 1.500 anos em três continentes (Ásia, África e Europa), por mais de quarenta autores, a Bíblia é singular. Não há outro livro, sagrado ou religioso, como as Escrituras. E não é de admirar, pois ela é a Palavra de Deus.
Há mais de 24.600 manuscritos do Novo Testamento sobreviventes dos primeiros quatro séculos depois de Cristo. Dos manuscritos originais de Platão, existem sete; dos de Heródoto, oito, e a Ilíada, de Homero, tem um pouco mais: 263 cópias. Portanto, há poderosas evidências confirmando a integridade do texto do Novo Testamento.
A Bíblia foi o primeiro livro a ser traduzido, o primeiro publicado na imprensa no Ocidente e o primeiro a ser distribuído em tantas línguas a ponto de poder ser lido por 95% da população da Terra hoje.
Ela é singular em seu conteúdo e mensagem, que se concentram nas ações redentivas do Criador ao longo dos séculos. A História está entrelaçada com a profecia, pois esta prediz o futuro dos planos de Deus e Seu reino. A Bíblia é a Palavra viva do Senhor, visto que o mesmo Espírito mediante o qual a Escritura foi inspirada (2Tm 3:16, 17) é prometido aos cristãos para guiá-los a toda a verdade bíblica (Jo 14:16, 17; Jo 15:26; Jo 16:13).

Domingo, 29 de março
A Palavra viva de Deus
Muitas vezes, as palavras mais importantes são as últimas que uma pessoa pronuncia. Moisés, o escritor dos cinco primeiros livros fundamentais da Bíblia, entoou um cântico para o povo pouco antes de sua morte (Dt 31:30–32:43).
1. Leia Deuteronômio 32:45-47. Como Moisés descreveu a Palavra de Deus e seu poder na vida dos hebreus prestes a entrar na Terra Prometida? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Como algo útil e que prolonga a vida dos filhos de Deus.
B. ( ) Como algo dispensável, pois foi escrita apenas para o povo hebreu.
Entre as últimas palavras de Moisés está uma forte exortação. Ao ordenar que aplicassem o coração a todas as palavras que Deus lhes havia falado por seu intermédio, Moisés desejava enfatizar que o foco dos israelitas deveria permanecer em Deus e em Sua vontade para a vida deles. Ao ensinar essas palavras aos seus filhos, cada geração havia transmitido o divino plano de salvação da aliança. Eles não deveriam escolher as palavras, mas obedecer a “todas as palavras desta lei” (Dt 32:46).
No final da História da Terra, Deus terá um povo que permanecerá fiel a todas as Escrituras, o que significa guardar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus (Ap 12:17; 14:12). Esse povo permanecerá fiel ao ensino da Bíblia, pois ela não apenas garante uma vida mais abundante na Terra, mas um destino eterno no lar que Jesus preparou para nós (Jo 14:1-3).
2. Leia João 1:1-5, 14; João 14:6. O que esses textos nos ensinam sobre Jesus e a vida eterna? Como o Verbo encarnado Se relaciona com a revelação e inspiração das Escrituras?
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Jesus é o foco e objetivo de todas as Escrituras. Sua encarnação como Messias foi um cumprimento das promessas do Antigo Testamento. Visto que Ele viveu, morreu e reviveu, temos não apenas a confirmação das Escrituras, mas, melhor ainda, a grande promessa de vida eterna em uma existência totalmente nova.
Leia novamente Deuteronômio 32:47. Em sua experiência, por que a obediência à Palavra de Deus não é vã? Por que a fé em Deus e a lealdade às Escrituras nunca são inúteis?

Segunda-feira, 30 de março
Quem escreveu a Bíblia e onde ela foi escrita?
A variedade de autores bíblicos, que viveram em diferentes locais e tiveram históricos diversos, apresenta um testemunho singular de que Deus trabalha para comunicar a História e a Sua mensagem a pessoas tão culturalmente distintas quanto o público-alvo da Sua Palavra.
3. O que os seguintes textos revelam sobre os escritores bíblicos e suas origens? Êx 2:10; Am 7:14; Jr 1:1-6; Dn 6:1-5; Mt 9:9; Fp 3:3-6; Ap 1:9
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A Bíblia foi escrita por pessoas de origens muito diferentes e em várias circunstâncias. Alguns escreveram em palácios, outros em prisões, alguns no exílio e outros ainda durante suas viagens missionárias para compartilhar o evangelho. Esses homens tinham formações e ocupações diferentes. Alguns, como Moisés, estavam destinados a ser reis ou, como Daniel, a ocupar altos cargos. Outros eram simples pastores. Alguns eram muito jovens, e outros, muito idosos. Apesar dessas diferenças, todos eles tinham algo em comum: foram chamados por Deus e inspirados pelo ­Espírito Santo para escrever mensagens ao Seu povo, não importando quando nem onde viveram.
Além disso, alguns escritores foram testemunhas oculares dos eventos que relataram. Outros fizeram investigação pessoal dos eventos ou usaram cuidadosamente documentos existentes (Js 10:13; Lc 1:1-3). Todas as partes da Bíblia são inspiradas (2Tm 3:16). Essa é a razão pela qual Paulo afirmou que “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, [...] pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15:4). O Deus que criou a linguagem humana habilitou pessoas escolhidas a comunicar o pensamento inspirado de maneira fidedigna e confiável em palavras humanas.
“Foi do agrado de Deus comunicar Sua verdade ao mundo mediante instrumentos humanos, e Ele próprio, por Seu Santo Espírito, habilitou e autorizou homens a fazer Sua obra. Ele guiou a mente na escolha do que dizer e do que escrever. O tesouro foi confiado a vasos de barro, todavia não é por isso menos do Céu” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 26).

A Bíblia foi escrita por diversos autores, em contextos diferentes, e ainda assim Deus é revelado por todos eles. Como esse incrível fato confirma a veracidade das Escrituras?

Terça-feira, 31 de março
A Bíblia como profecia
A Bíblia é singular entre outras obras religiosas conhecidas porque até 30% de seu conteúdo é composto por profecias e literatura profética. A integração da profecia e seu cumprimento no tempo é fundamental para a cosmovisão bíblica, pois o Deus que atua na História também conhece o futuro e o revelou a Seus profetas (Am 3:7). A Bíblia não é apenas a Palavra viva, ou a Palavra histórica, ela é a Palavra profética.

4. Leia os textos a seguir. Quais detalhes são revelados sobre a vinda do Messias?

Gn 49:8-12 __________________________

Sl 22:12-18 __________________________

Is 53:3-7 ___________________________

Dn 9:2-27 ___________________________

Mq 5:2 _____________________________

Ml 3:1 _____________________________

Zc 9:9 _____________________________

Há pelo menos 65 predições messiânicas diretas no Antigo Testamento. Além dessas, há muitas outras se acrescentarmos a tipologia (o estudo de como os rituais do Antigo Testamento, tais como os sacrifícios, eram pequenas profecias sobre Jesus). Essas profecias se referem a detalhes específicos. Por exemplo: “O cetro não se arredará de Judá” (Gn 49:10); Jesus nasceria em Belém, em Judá (Mq 5:2); Ele seria “desprezado e o mais rejeitado entre os homens”; espancado, falsamente acusado, mas não abriria a boca para Se defender (Is 53:3-7); Suas mãos e pés seriam perfurados; Suas vestes seriam divididas (Sl 22:12-18).

O fato de que essas profecias do Antigo Testamento foram cumpridas com tanta precisão na vida, morte e ressurreição de Cristo comprova a inspiração e revelação divinas da Palavra. Também indica que Jesus era quem Ele dizia ser e quem os outros diziam que Ele era. O Salvador seguiu os profetas antigos ao predizer Sua morte e ressurreição (Lc 9:21, 22;
Mt 17:22, 23), a queda de Jerusalém (Mt 24:1, 2) e Sua segunda vinda
(Jo 14:1-3). Portanto, a encarnação, a morte e a ressurreição foram preditas pela Bíblia, e o cumprimento delas garante sua confiabilidade.
Quais são as razões para nossa crença em Jesus e em Sua morte por nós? Comente com a classe e faça a pergunta: por que as evidências são tão convincentes?
Ao Senhor pertence tudo o que temos e somos. Nossa fidelidade é um reconhecimento disso

Quarta-feira, 01 de abril
A Bíblia como História
A Bíblia é singular quando comparada a outros livros “sagrados” porque é constituída na História. Isso significa que a Bíblia não apresenta meramente os pensamentos filosóficos de um ser humano (como Confúcio ou Buda), mas registra as ações de Deus na História à medida que elas se desenvolvem em direção a objetivos: 1) a promessa de um Messias; e 2) a segunda vinda de Jesus. Essa progressão é singular à fé judaicocristã, em contraste com a visão cíclica de muitas outras religiões mundiais desde o Egito antigo às religiões orientais modernas.

5. Leia 1 Coríntios 15:3-5, 51-55; Romanos 8:11 e 1 Tessalonicenses 4:14. O que essas passagens ensinam sobre a verdade histórica da ressurreição de Cristo e a respeito de seu significado pessoal para nós? Assinale a alternativa correta:

A.( ) A ressurreição de Jesus não nos afeta pessoalmente.

B.( ) Sua ressurreição nos dá a possibilidade de também ressuscitar.

O testemunho dos quatro evangelhos e de Paulo é que Jesus morreu, foi sepultado, ressuscitou dos mortos e apareceu a várias pessoas. Isso foi confirmado por testemunhas oculares que O colocaram no túmulo e posteriormente não O encontraram ali. Testemunhas tocaram Jesus, e Ele partilhou refeição com elas. Maria Madalena, Maria (a mãe de Jesus) e outras mulheres O viram como o Cristo ressuscitado. Os discípulos falaram com Ele na estrada para Emaús. Cristo apareceu a eles para apresentar a grande comissão do evangelho. Paulo escreveu que, se o testemunho das Escrituras é rejeitado, nossa pregação e fé são vãs (1Co 15:14). Outras traduções dizem “inútil” (NVI; NVT). Os discípulos declararam: “O Senhor ressuscitou” (Lc 24:34). O termo grego ontos se refere a algo que realmente aconteceu. É traduzido como “realmente”, “certamente” ou “de fato”. Os discípulos testificaram: “ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor” (ARC).
Cristo também é representado como “as primícias” (1Co 15:20) de todos os que morreram. O fato histórico de que Ele ressuscitou dos mortos e ainda vive é a garantia de que os mortos também ressuscitarão. Todos os justos “serão vivificados em Cristo” (1Co 15:22). O termo aqui implica um ato futuro de criação, quando “os que são de Cristo”, ou permanecerem fiéis a Ele, serão ressuscitados “na Sua vinda” (1Co 15:23), “ao ressoar da última trombeta” (1Co 15:52).

Por que a promessa da ressurreição é tão central à nossa fé, especialmente pelo fato de que os mortos estão dormindo? Sem ela, por que a nossa fé seria, de fato, “inútil”?

Quinta-feira, 02 de abril
O poder transformador da Palavra
6. Leia 2 Reis 22:3-20. Por que o rei Josias rasgou as vestes? Como sua descoberta mudou não somente ele, mas toda a nação de Judá? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Por causa da morte de seu filho. Depois disso, Judá prosperou.
B. ( ) Porque a leitura do livro da Lei mudou a sorte dele a de sua nação.
Em 621 a.C., quando Josias tinha cerca de 25 anos, Hilquias, o sumo sacerdote, descobriu “o livro da Lei”, que pode ter sido os cinco primeiros livros de Moisés ou, especificamente, o livro de Deuteronômio. Durante o reinado de seu pai, Amom, e de seu avô mais perverso, Manassés, esse livro havia se perdido em meio à adoração a Baal, Astarote e “todo o exército dos céus” (2Rs 21:3-9). Ao ouvir as condições da aliança, Josias rasgou as vestes em absoluta aflição, pois percebeu o quanto ele e seu povo se haviam distanciado da adoração ao verdadeiro Deus. O rei, então, começou uma reforma em todo o país, derrubando os lugares altos em que era praticada a idolatria e destruindo imagens de deuses estrangeiros. Terminada a reforma, havia apenas um lugar para adorar em Judá: o templo de Deus em Jerusalém. A descoberta da Palavra de Deus leva à convicção do pecado, ao arrependimento e ao poder para mudar. Essa mudança começou com Josias e, por fim, espalhou-se para o restante de Judá.
7. Como a Bíblia nos assegura que tem o poder para mudar nossa vida e nos mostrar o caminho para a salvação? Jo 16:13; 17:17; Hb 4:12; Rm 12:2
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Um dos mais poderosos testemunhos do poder da Bíblia é uma vida transformada. É a Palavra que entra em nossa mente, mostrando o pecado e depravação humanos e revelando nossa verdadeira natureza e a necessidade de um Salvador.
Um livro singular como a Bíblia, constituído na História, imbuído de profecias e com o poder para transformar a vida também deve ser interpretado de maneira singular. Não pode ser explicado como outros livros, pois a Palavra viva de Deus deve ser entendida à luz de um Cristo vivo, que prometeu enviar Seu Espírito para nos conduzir “a toda a verdade” (Jo 16:13). A Bíblia, então, como revelação da verdade de Deus, deve conter seus próprios princípios internos de interpretação. Esses princípios podem ser encontrados no estudo de como seus escritores a utilizaram e foram guiados por ela, quando permitiram que ela interpretasse a si mesma.

Sexta-feira, 03 de abril
Estudo adicional
Textos de Ellen G. White: O Grande Conflito, p. 593-602 (“Nossa Única Salvaguarda”); O Desejado de Todas as Nações, p. 662-680 (“Não se Turbe o Vosso Coração”).

“Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário para a salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como revelação autorizada e infalível de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 9).

Muitos morreram por defender e permanecer fiéis à Palavra. O Dr. Rowland Taylor, inglês, ministro de paróquia, resistiu à imposição da missa católica durante o reinado de Maria Sanguinária (1553 a 1558) em sua paróquia de Hadley, na Inglaterra. Depois de ser expulso da igreja e ridicularizado por sua adesão às Escrituras, ele apelou pessoalmente ao bispo de Winchester, o Lorde Chanceler da Inglaterra, mas este o mandou para a prisão e, por fim, o enviou para a fogueira. Pouco antes de sua morte, em 1555, ele disse: 

“Bom povo! Eu lhes ensinei apenas a santa Palavra de Deus e as lições que tirei de Seu livro abençoado, a Bíblia Sagrada. Eu vim aqui neste dia para selá-la com meu sangue” (John Foxe, The New Foxe’s Book of Martyrs [O Novo Livro dos Mártires de Foxe], reescrito e atualizado por Harold J. Chadwick. North Brunswick, Nova Jersey: Bridge-Logos Publishers, 1997, p. 193). O Dr. Taylor foi ouvido repetindo o Salmo 51 pouco antes de morrer. 

Perguntas para consideração

1. As profecias cumpridas confirmam a origem divina da Bíblia? Elas fortalecem nossa fé?
2. Por que é tão poderosa a evidência de Jesus como o Messias?
3. Jesus e os apóstolos demonstraram fé inabalável na fidedignidade e autoridade divinas da Palavra. Muitas vezes Jesus Se referiu às Escrituras e disse que elas deviam ser “cumpridas” (Mt 26:54, 56; Mc 14:49; Lc 4:21; Jo 13:18; Jo 17:12). Assim, se Cristo levou tão a sério as Escrituras (no Seu caso, o Antigo Testamento), especialmente em termos de profecias sendo cumpridas, qual deveria ser a nossa atitude diante da Bíblia?

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Jesus Cristo é a vida eterna. Ele é o Verbo encarnado e foi o responsável pela criação de todas as coisas, inclusive pela revelação de Deus nas Escrituras. 3. Os escritores da Bíblia tiveram origens diferentes, e as circunstâncias de seu chamado também foram distintas. 4. Gênesis 49:8-12: o Messias viria como leão; o cetro não se apartaria de Judá; Salmo 22:12-18 e Isaías 53:3-7: o Messias seria cercado por malfeitores; Seus pés e mãos seriam traspassados; lançariam sortes sobre Suas vestes; Daniel 9:2-27: ocorreria a vinda e a morte do Ungido, quando o sacrifício diário seria cessado. Miqueias 5:2: o Messias viria de Belém-Efrata. Malaquias 3:1: o Messias viria como o Anjo da Aliança; Zacarias 9:9: o Messias Se manifestaria como Rei, montado em um jumentinho. 5. B. 6. F; V. 7. O Espírito da verdade inspirou a Bíblia e usa a Palavra para nos transformar.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Presidente mundial da Igreja Adventista faz pronunciamento sobre o coronavírus


(Nota do editor: Abaixo está a transcrição de uma mensagem em vídeo sobre o COVID-19, ou coronavírus, do presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ted N.C. Wilson.)

Irmãos e irmãs, hoje eu gostaria de conversar com vocês sobre um fenômeno que está se espalhando pelo mundo: uma situação que está avançando tão rapidamente que as pessoas em todos os lugares estão se perguntando o que pode ser feito para deter esse coronavírus intruso, indesejado e potencialmente mortal, conhecido como COVID-19.

No dia 12 de março, esse vírus altamente contagioso se propagou pelo mundo, com aproximadamente 128 mil casos confirmados e mais de 4.700 mortes confirmadas. O vírus COVID-19 se espalhou de forma incrivelmente rápida, e os governos estão tomando medidas sem precedentes ao fechar fronteiras, pôr em quarentena grandes grupos de pessoas e se apressar para desenvolver uma vacina contra essa doença. Os mercados financeiros estão em queda, as escolas foram fechadas, as grandes conferências foram canceladas, as viagens foram suspensas, e a lista poderia continuar.

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Um mal-estar geral está envolvendo o mundo, e o pânico começa a instalar-se à medida que as pessoas correm para comprar higienizador de mãos, máscaras faciais e outros itens que elas acreditam que as protegerão do coronavírus.

Quando olhamos em volta, perguntamos: Para onde tudo isso está levando? Será que isso pode ser o começo do fim? Como devemos responder, como adventistas do sétimo dia, e o que a Igreja está fazendo em relação a essa proeminente crise de saúde global?

Primeiro, não precisamos entrar em pânico. Jesus nos diz em João 16:33: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.

Não surpreende que coisas ruins aconteçam neste mundo dominado pelo pecado. Às vezes, porém, ficamos surpresos com a magnitude ou com a rapidez com que as coisas podem acontecer.

E, no entanto, nada surpreende a Deus. Ao falar aos discípulos sobre o fim dos tempos, Jesus lhes disse: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares” (Mateus 24:7, ARC).

A propósito, a palavra “peste” é um termo antigo que significa: “uma doença epidêmica contagiosa ou infecciosa que é virulenta e devastadora”.

Embora certamente o mundo já tenha visto doenças epidêmicas no passado, esta “peste” parece ter atraído uma quantidade extraordinariamente elevada de atenção e preocupação global. Para muitos, tornou-se um foco esmagador.

Nessas situações, Deus nos chama, Seu povo, para oferecer calma durante a tempestade. Devemos ser âncoras de estabilidade e pilares de esperança nestes tempos de crise ao apontarmos as pessoas para o forte fundamento de Jesus Cristo!

Quais são algumas maneiras práticas pelas quais podemos fazer isso? Deixe-me descrever três etapas importantes:
1. Certificar-se de que você está em paz com Deus.

Confesse a Ele quaisquer pecados que talvez você tenha ocultado em seu coração e aceite o perdão que Ele oferece gratuitamente a todos. Confie que sua vida está totalmente em Suas mãos e que Ele tem um plano maravilhoso para você. “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês”, Ele diz em Jeremias 29:11 (NVI), “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro”.

E sabemos, com certeza, que os planos futuros de Deus para nós incluem viver eternamente com Ele em um lugar muito melhor! “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim”, Ele nos diz em João 14 (NVI). “Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.”

Portanto, o primeiro passo é certificar-se de que você está em paz com Deus. Em Isaías 26:3, lemos: “Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia”. E, em 2 Timóteo 1:7, lemos: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”.
2. Viver um estilo de vida saudável. 

Deus não apenas promete uma vida futura melhor, mas Ele deseja que desfrutemos de boa saúde aqui e agora. Foi reconhecido por inúmeros pesquisadores e profissionais de saúde que uma das melhores formas de evitar pegar o coronavírus, ou qualquer vírus, é ter um sistema imunológico saudável decorrente de hábitos de vida saudáveis.

Os adventistas do sétimo dia são conhecidos por viver de forma saudável, seguindo os maravilhosos princípios de saúde apresentados na Bíblia e nos escritos inspirados de Ellen G. White. Viver de maneira saudável inclui boa nutrição através de uma dieta equilibrada à base de plantas, com muitas frutas e vegetais frescos, castanhas, sementes e grãos integrais, e de evitar gorduras e açúcares elevados que destroem o sistema imunológico. Exercitar-se regularmente ao ar livre e à luz do sol também é um aspecto muito importante para a boa saúde e pode melhorar muito nosso sistema imunológico.

Beber muita água não é apenas refrescante, mas vital para manter a boa saúde. Beber um mínimo de 6 a 8 copos de água por dia é importante. Ficar longe de substâncias prejudiciais como álcool, tabaco, drogas ilícitas e cafeína também é fundamental para manter a boa saúde e combater doenças. Outro elemento vital para a boa saúde é o repouso adequado, consistindo de, pelo menos, sete ou mais horas de sono por noite. Por fim, e o mais importante, é confiar em Deus. Ao nos colocarmos inteiramente em Suas mãos, recebemos a paz que Ele deseja dar, e podemos descansar plenamente em Seus cuidados.
3. Compartilhar com os outros o que você sabe!

Embora certamente não queiramos ser portadores do vírus COVID-19, não seria maravilhoso se pudéssemos ser agentes de esperança e cura ao redor do mundo? Seja uma testemunha da estabilidade espiritual e da esperança prática ao ajudar os outros a ficar em paz.

Durante esse período de crise, quando as pessoas entram em pânico, imaginando o que acontecerá a seguir, que oportunidade temos de compartilhar a mensagem de Deus com nossos entes queridos, amigos e conhecidos, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de classe e até estranhos que encontramos! Este é um momento de abertura, quando as pessoas estão procurando, ansiando por respostas que somente Deus pode dar.

Animo você a praticar os princípios de saúde em sua própria vida e então compartilhá-los com os outros! Mostre como viver uma vida saudável pode melhorar muito nosso sistema imunológico e ajudar a prevenir doenças.

Então, ainda mais importante, Deus nos chama a compartilhar Sua Verdade, a Verdade sobre Jesus e Sua breve volta. Ofereça-se para estudar a Bíblia com eles. Você pode se surpreender com o número de pessoas interessadas em saber o que a Bíblia tem a dizer, especialmente sobre profecia e cenários do fim dos tempos.

Há vários bons recursos nos quais você pode encontrar excelentes estudos bíblicos. Um bom lugar para começar é com os guias de estudo bíblico do Está Escrito. Eles estão disponíveis no site ntplay.com/estaescrito. Outro bom recurso está no site bibleinfo.com/pt.
Portanto, novamente, eu incentivo você a:
Certificar-se de estar em paz com Deus.
Viver um estilo de vida saudável.
Compartilhar com os outros o que você sabe.

Quero assegurar-lhe que aqui na sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, estamos monitorando cuidadosamente a situação do COVID-19 e em contato com a liderança de suas várias igrejas em todo o mundo. Estão sendo tomadas precauções em nossas igrejas, escolas e outras instituições para manter todos nós o mais saudáveis e seguros possível, e eu o incentivo a seguir as instruções dadas por sua liderança local.

Além disso, muitos estão se perguntando se a Assembleia da Associação Geral de 2020 será ou não realizada, conforme programada para este verão em Indianápolis, Indiana, Estados Unidos. Neste momento, não há planos para postergar essa Assembleia. Contudo, estamos cuidadosamente monitorando a situação, e estão ocorrendo discussões sobre vários cenários. Manteremos você informado à medida que a situação se desdobrar.

Finalmente, desejo encorajá-lo a orar sinceramente pelo derramamento do Espírito Santo. Verdadeiramente, estamos vivendo no fim dos tempos e, ao observarmos os eventos ao nosso redor, sabemos que a vinda de Cristo se aproxima. Precisamos da sabedoria e do poder do Espírito Santo para realizar a obra que Deus nos chamou para realizar neste exato momento da história da Terra. Fomos orientados por Ellen G. White: “Um grande número de preciosas almas andam em escuridão, mas anseiam, clamam e oram por luz” (O Outro Poder, p. 43). Agora é a hora, mais do que nunca, de deixar nossas luzes brilharem para Ele.

Lição 13 21 a 27 de março Do pó às estrelas


Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12:3)
LEITURAS DA SEMANA: Dn 12; Rm 8:34; Lc 10:20; Rm 8:18; Hb 2:14,15; Jo 14:29; Ap 11:3
O livro de Daniel começa com Nabucodonosor invadindo a Judeia e levando cativos para Babilônia; em contraste com isso, a narrativa é concluída com Miguel Se levantando para libertar o povo de Deus da Babilônia do tempo do fim. Isto é, como foi mostrado em todo o livro de Daniel, no fim, o Senhor resolve todos os problemas do Seu povo.
Como vimos também, Daniel e seus companheiros permaneceram fiéis a Deus e demonstraram sabedoria incomparável em meio às provações e desafios do exílio. Da mesma forma, ao enfrentar a tribulação, o povo de Deus do tempo do fim também permanecerá fiel, especialmente durante o “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1). Como Daniel e seus amigos em Babilônia, os fiéis demonstrarão sabedoria e compreensão. Eles não apenas experimentarão a sabedoria como uma virtude pessoal, mas estarão comprometidos, como consequência dessa sabedoria, a levar os outros à justiça. Alguns morrerão ou serão assassinados e, portanto, retornarão ao pó, mas serão ressuscitados para a eternidade. Como declara o texto bíblico: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna” (Dn 12:2).
Domingo, 22 de março
Miguel, nosso Príncipe
1. Leia Daniel 12:1. Quem muda o curso da História no tempo do fim? Como Romanos 8:34 e Hebreus 7:25 nos ajudam a entender o significado desse texto
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Cada capítulo de Daniel que estudamos até agora inicia-se mencionando o governante de uma nação pagã. Daniel 12 também começa com um governante, mas ao contrário de todos os outros capítulos, o governante é um Príncipe divino, que Se levanta para libertar o povo de Deus das mãos de seus inimigos.
Como vimos no estudo de Daniel 10, Miguel é o mesmo ser celestial poderoso que aparece a Daniel no rio Tigre. Ele surge ali como o representante celestial do povo de Deus. Ele também aparece em outras partes do livro de Daniel como o Filho do Homem (Dn 7), o Príncipe do exército (Dn 8) e o Ungido, o Príncipe (Dn 9). Portanto, Miguel, cujo nome significa “quem é como Deus?”, não deve ser outro senão o próprio Jesus Cristo.
É importante observar o momento da intervenção de Miguel. De acordo com Daniel 12:1, ela ocorre “nesse tempo” (Dn 12:1). Essa expressão se refere à época mencionada em Daniel 11:40-45. Esse é o período que se estende desde a queda do papado, em 1798, até a ressurreição no tempo do fim (Dn 12:2).
Dois aspectos importantes da obra de Miguel podem ser inferidos a partir do verbo “levantar” utilizado em Daniel 12:1 para descrever Sua ação. Primeiramente, esse verbo evoca o surgimento de reis para conquistar e governar. O verbo também tem primariamente uma conotação militar. Isso mostra que Miguel atua como um líder militar que protege o Seu povo e o conduz de maneira especial durante os últimos estágios do grande conflito.
Em segundo lugar, o verbo “levantar” também indica um cenário de juízo. Miguel “Se levanta” para agir como advogado no tribunal celestial. Como o Filho do Homem, Ele vem perante o Ancião de Dias para representar o povo de Deus durante o juízo investigativo (Dn 7:9-14). Portanto, o ato de Miguel Se levantar ou ascender nos lembra dos aspectos militares e judiciais de Sua obra. Em outras palavras, Ele está investido com o poder para derrotar os inimigos de Deus e com a autoridade para representar o Seu povo no tribunal celestial.
Pense no que significa saber que Miguel Se levanta em nosso favor, mesmo agora. Que esperança isso deveria nos dar como pecadores?

Primeiro Deus - Você já experimentou entregar tudo ao Senhor? Há algo que ainda não Lhe foi entregue?
Segunda-feira, 23 de março

Inscrito no livro
2. Daniel 12:1 fala sobre “todo aquele que for achado inscrito no livro”. O que isso significa?

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O momento da intervenção de Miguel também é descrito como um tempo de angústia sem paralelo. Isso corresponde ao tempo em que o Espírito de Deus será retirado da humanidade rebelde. Então as sete últimas pragas, como expressões da ira de Deus sobre as nações, serão derramadas sobre a Babilônia do tempo do fim (Ap 16; 18:20-24), e os poderes das trevas serão soltos sobre o mundo. A respeito desse tempo, Ellen G. White escreveu que “Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na Antiguidade” (O Grande Conflito, p. 614).
Mas o povo de Deus será libertado durante esse período terrível porque, no juízo investigativo conduzido no tribunal celestial, eles terão sido vindicados por Jesus, o Sumo Sacerdote celestial, e seus nomes estarão escritos no livro.
Para compreender o significado desse livro, devemos ter em mente que a Bíblia menciona dois tipos de livros celestiais. Um contém os nomes daqueles que pertencem ao Senhor e, às vezes, é chamado de “livro da vida”
(Êx 32:32; Lc 10:20; Sl 69:28; Fp 4:3; Ap 17:8).
Além do livro da vida, as Escrituras mencionam livros contendo os registros das ações humanas (Sl 56:8; Ml 3:16; Is 65:6). Esses são os livros usados no tribunal celestial para determinar o compromisso de cada pessoa com o Senhor. São registros celestiais, “bancos de dados” que contêm os nomes e as ações de todo ser humano. Algumas pessoas desaprovam a ideia de ter seus nomes, e especialmente seus feitos, escritos no Céu. Mas, uma vez que entregamos nossa vida a Cristo, nossos nomes são inscritos no livro da vida, e nossas más ações são apagadas no juízo. Esse registro celestial apresenta evidência judicial para todo o Universo de que pertencemos a Jesus e, portanto, temos o direito de ser protegidos durante o tempo de angústia.
Por que somente a justiça de Cristo, creditada a nós, é a nossa única esperança de sermos achados inscritos “no livro”? Comente com a classe.

Terça-feira, 24 de março

A ressurreição

3.Leia Daniel 12:2, 3. De qual evento ele falou nessa passagem? Considerando o que entendemos sobre a morte, por que esse evento é tão importante para nós? Assinale a alternativa correta:


A. ( ) Da ressurreição. É importante porque justos e injustos serão salvos.
B.()
Da ressurreição. Os justos terão a vida, e os ímpios, a vergonha eterna.
D
aniel fez provavelmente a referência mais explícita do Antigo Testamento à ressurreição vindoura. E, à medida que refletimos sobre essa passagem, descobrimos algumas verdades muito importantes. Primeiramente, como a metáfora do “sono” indica, nenhuma alma imortal habita corpos humanos. O ser humano é uma unidade indivisível de corpo, mente e espírito. Na morte, a pessoa deixa de existir e permanece inconsciente até a ressurreição. Em segundo lugar, esse texto aponta para a ressurreição futura como uma reversão do que acontece como consequência do pecado. De fato, a expressão traduzida como “pó da terra”, na linguagem original de Daniel 12:2 é “terra do pó”. Essa sequência incomum de palavras remonta a Gênesis 3:19, que, ao lado desse verso de Daniel, é uma das duas únicas passagens bíblicas em que a palavra “terra” precede a palavra “pó”. Isso implica que o pronunciamento da morte feito na queda do ser humano será revertido, e a morte não mais prevalecerá. Como Paulo declarou: “Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15:54).
4.
Leia Romanos 8:18 e Hebreus 2:14, 15. Por quais razões não precisamos temer a morte? Assinale a alternativa correta:
A.()Porque Cristo já a venceu. Ela não terá domínio sobre nós.
B. ( ) Porque quando morremos continuamos existindo em outro plano.
A morte traz ruína e é o fim de tudo por aqui. Porém, recebemos a promessa de que ela não terá a última palavra para os fiéis. A morte é um inimigo derrotado. Quando Cristo quebrou as cadeias da morte e ressurgiu do túmulo, Ele lhe desferiu o golpe fatal. Agora podemos contemplar além da realidade temporária da morte à realidade suprema da vida que recebemos de Deus em Cristo. Visto que Miguel Se levantará (veja Dn 12:1), aqueles que pertencem a Ele também se levantarão da “terra do pó” para brilhar como as estrelas para todo o sempre.

Em meio às dores e à luta da vida, como podemos obter esperança e consolo da promessa da ressurreição no fim? Por que, em um sentido muito real, quase nada mais importa?


Quarta-feira, 25 de março

O livro selado

5. Leia Daniel 12:4 e João 14:29. Por que o livro de Daniel deveria ser selado até o tempo do fim?
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Na conclusão da última seção principal do livro (Dn 10:1–12:4), o profeta recebeu a ordem para o selar até o tempo do fim. Porém, imediatamente depois disso, o anjo predisse que muitos correriam de uma parte para outra (Dn 12:4, ARC), e o saber se multiplicaria (Dn 12:4, ARA). Embora alguns estudiosos de Daniel tenham tomado essas palavras como uma previsão do progresso científico, que também poderia ser incluído no significado, o contexto parece indicar que correr “de uma parte para outra” (ARC) se refira à busca do próprio livro de Daniel. De fato, quando rememoramos a História, observamos que o livro de Daniel permaneceu, por séculos, uma obscura composição da literatura. Ele pode ter sido conhecido e estudado em certos lugares, mas alguns de seus principais ensinamentos e profecias permaneceram misteriosos. Por exemplo, as mensagens proféticas relacionadas à purificação do santuário celestial, ao juízo, à identidade e obra do chifre pequeno, juntamente com o cronograma de tempo relacionado a essas profecias, estavam longe de ser esclarecidas.

Contudo, a partir da Reforma Protestante, mais e mais pessoas começaram a estudar o livro de Daniel. No entanto, apenas no tempo do fim o livro foi finalmente aberto, e seu conteúdo mais completamente revelado. Como observou Ellen G. White, “desde 1798, porém, o livro de Daniel foi descerrado, aumentou-se o conhecimento das profecias, e muitos têm proclamado a mensagem solene do juízo próximo” (O Grande Conflito,
p. 356). “No final do século 18 e início do século 19, despertou-se um novo interesse pelas profecias de Daniel e Apocalipse em diferentes lugares do mundo. O estudo dessas profecias difundiu a crença de que o segundo advento de Cristo estava próximo. Vários estudiosos na Inglaterra, Joseph Wolff no Oriente Médio, Manuel Lacunza na América do Sul e Guilherme Miller nos Estados Unidos, junto com outros estudiosos das profecias, declararam, com base no estudo das profecias de Daniel, que o segundo advento estava prestes a ocorrer. Essa convicção se tornou a força motivadora de um movimento mundial” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 970).


Pense na grande vantagem que temos hoje de poder relembrar a História e ver como as profecias históricas de Daniel se cumpriram. Isso nos ajuda a confiar nas promessas de Deus?

Quinta-feira, 26 de março

O tempo de espera

6. Leia Daniel 12:5-13. Como o livro foi concluído?
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Curiosamente, a cena final ocorre no rio Tigre, o lugar da última importante visão de Daniel (Dn 10:4). No entanto, a palavra usada aqui não é a palavra hebraica comum para rio, mas o termo ye’or, que geralmente designa o rio Nilo. Isso nos lembra do Êxodo e mostra que, assim como o Senhor libertou Israel do Egito, Ele libertará o Seu povo no tempo do fim.

Três cronogramas proféticos foram apresentados. O primeiro deles (“um tempo, dois tempos e metade de um tempo”) responde à pergunta: “Quando se cumprirão estas maravilhas?” (Dn 12:6). As “maravilhas” se referem às coisas descritas na visão de Daniel 11, que são uma elaboração de Daniel 7 e 8. Mais especificamente, esse período de tempo foi mencionado em Daniel 7:25 e depois em Apocalipse 11:3; 12:6, 14 e 13:5. Ele também corresponde aos 1.260 anos de supremacia papal, que se estenderam de 538 d.C. a 1798 d.C. E Daniel 11:32-35 se refere à mesma perseguição sem mencionar sua duração.
Os outros dois períodos de tempo, 1.290 e 1.335 dias, respondem a uma pergunta feita pelo próprio Daniel ao homem vestido de linho: “Qual será o fim destas coisas?” (Dn 12:8). E ambos começam com a remoção do “sacrifício diário” e o estabelecimento da “abominação desoladora”. Na lição sobre Daniel 8, descobrimos que o sacrifício “diário” se refere à intercessão contínua de Cristo, que foi substituída por um sistema falsificado de adoração. Portanto, esse período profético deve começar em 508 d.C., quando Clovis, rei dos francos, converteu-se à fé católica. Esse importante evento preparou o caminho para a união entre Igreja e Estado, que prevaleceu ao longo da Idade Média. Assim, os 1.290 dias terminaram em 1798, quando o papa foi preso sob a autoridade do imperador francês Napoleão. E os 1.335 dias, o último período profético mencionado em Daniel, terminaram em 1843. Essa foi a época do movimento Milerita e do estudo renovado das profecias bíblicas. Foi um tempo de espera e esperança no retorno iminente de Jesus.

Ao longo de todo o livro de Daniel, vemos duas coisas: o povo de Deus sendo perseguido e, por fim, sendo justificado e salvo. Como essa realidade pode nos ajudar a permanecer fiéis, independentemente de nossas provações imediatas?



Primeiro Deus - Existe algo que está distraindo você, desviando-o do caminho do Céu? Prazeres, faltas dos outros, riquezas, etc.?

Sexta-feira, 27 de março

Estudo adicional
“As profecias apresentam uma sucessão de acontecimentos que nos levam ao início do juízo. Isto se observa especialmente no livro de Daniel. Entretanto, a parte de sua profecia que se refere aos últimos dias, Daniel teve ordem de fechar e selar até ‘o tempo do fim’. Não poderia, antes que alcançássemos o tempo do juízo, ser proclamada uma mensagem relativa ao mesmo juízo e baseada no cumprimento daquelas profecias. Mas, no tempo do fim, diz o profeta, ‘muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará’ (Dn 12:4, ARC).
“O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo. ‘Porque não será assim’, diz ele, ‘sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado’ (2Ts 2:3, ARC). Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do ‘homem do pecado’. Esse ‘homem do pecado’, que também é denominado ‘mistério da injustiça’, ‘filho da perdição’ e ‘iníquo’, representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Esse período terminou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. Paulo, com a sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até ao ano de 1798. É depois dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 356).
Perguntas para discussão
1. Quais perigos enfrentamos ao estabelecermos datas para acontecimentos futuros do tempo do fim? O que ocorre com a fé de muitos quando esses eventos previstos não acontecem? Qual princípio profético essencial encontramos nas palavras de Cristo em João 14:29 que nos ajuda a entender como usar a profecia para nosso benefício espiritual e evitar a armadilha de fazer ou acreditar em falsas predições?
2. Hoje temos comunicação instantânea e incríveis avanços científicos que nem sempre são para o bem. Isso torna a ideia de um “tempo de angústia, qual nunca houve” (Dn 12:1) algo que não é tão difícil de imaginar? Por quê?
3. Somente pelo evangelho podemos ser inscritos no livro. Sem ele, que esperança temos?
Respostas e atividades da semana: 1. Miguel, que vive para interceder por nós (Hb 7:25; Rm 8:34). 2. Que Deus mantém um registro de todas as nossas ações (boas e más) para serem usadas na hora do juízo. Porém, com Seu sangue, Ele apaga as nossas más ações e escreve nosso nome no livro da vida. 3. B. 4. A. 5. Porque aqueles acontecimentos não envolviam o tempo de Daniel. Foram revelados a fim de que, quando ocorressem, as pessoas cressem. 6. O livro foi concluído com o Ser divino dizendo que Daniel não devia se preocupar com o tempo em que as coisas ocorreriam, pois ele descansaria e, um dia, seria levantado para receber a sua herança.



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