sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Imunidade coletiva pode exigir que quase 90% tomem vacina contra a Covid-19, diz imunologista-chefe dos EUA

Anthony Fauci, um dos um dos mais importantes especialistas do mundo em epidemias, é responsável por assessorar a resposta norte-americana à pandemia do novo coronavírus.

Por G1

24/12/2020 16h40


Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergologia e Infecções dos EUA, em foto de 22 de dezembro de 2020 — Foto: Patrick Semansky/Pool/Reuters
A imunidade coletiva – também chamada de imunidade de rebanho – contra o novo coronavírus pode exigir taxas de vacinação próximas a 90%, disse Anthony Fauci, imunologista-chefe dos Estados Unidos, em uma entrevista publicada na quinta-feira (23).

Fauci é responsável por assessorar a resposta norte-americana à pandemia do novo coronavírus e reconheceu um aumento nas estimativas para a cobertura vacinal ao jornal "The New York Times". No começo da pandemia, ele defendia que apenas 60% a 70% da população precisaria ser vacinada.

“Nós realmente não sabemos qual é o número real. Acredito que a faixa real está em algum lugar entre 70% a 90%. Mas, não vou dizer 90%", afirmou Fauci.

Ele disse também que uma cobertura vacinal de mais de 90% só é necessária em doenças altamente contagiosas, como o sarampo. O imunologista garantiu que, segundo os estudos mais atuais, a Covid-19 não tem a mesma taxa de transmissão do vírus do sarampo.

“Eu aposto a minha cada que a Covid não é tão contagiosa quanto o sarampo", afirmou. Especialistas ouvidos pelo jornal norte-americano concordaram com o especialista, mas ressaltaram que qualquer presunção sobre o coronavírus Sars-Cov-2, neste momento, não passa de "achismo

Covid nos EUA

Os EUA marcam novos recordes diários ao enfrentar o surto mais mortal do mundo: o país registrou mais de 3 mil mortes pelo segundo dia consecutivo na quarta-feira.

Ao mesmo tempo, mais de 1 milhão de norte-americanos receberam a primeira dose de vacina desde 14 de dezembro, de acordo com o Centro de Controle de Doenças dos EUA – mas isso é apenas 0,3% da população.

O país teme um maior descontrole da epidemia, uma vez que as festas de fim de ano lotaram aeroportos do país e mais de 1 milhão de passageiros passam, por dia, nos aeroportos, segundo a Administração de Transporte.

Voluntários arrecadam alimentos para vítimas de chuvas em Santa Catarina

Ação envolveu clube de aventureiros, da Igreja Adventista, da cidade de Pouso Redondo, interior do Estado, perto da região atingida.

Por Paulo Ribeiro24 de dezembro de 2020

Bazar solidário em Pouso Redondo. [Foto: Clube de Aventureiros Vagalumes].

.A ideia do Clube de Aventureiros Vagalumes, de Pouso Redondo, no interior de Santa Catarina, era promover apenas um varal solidário para atender a comunidade local. Só que os planos mudaram após eles tomarem conhecimento da tragédia envolvendo Presidente Getúlio, município catarinense castigado pelas chuvas e enxurradas.



O varal solidário aconteceu no último sábado (19), conforme o planejado, mas, além disso, os organizadores aproveitaram a ocasião e pediram aos visitantes que levassem alimentos para serem doados aos moradores da cidade. Os voluntários utilizaram as suas redes sociais para pedirem ajuda.

De acordo com uma das organizadoras do varal solidário, Soraia Plack Bridi, algumas pessoas fizeram doação em dinheiro. “Os valores serão usados para a compra de bolachas, pães e água mineral”, explica Soraia. Além dos itens arrecadados durante o bazar solidário e os que serão comprados, as doações recebidas pela Igreja Adventista local também serão enviadas a Presidente Getúlio.
Experiência marcante

Entre todas as pessoas que visitaram o bazar solidário, uma delas foi a que mais chamou a atenção de Soraia. “Uma mulher estava escolhendo roupas para ela usar no trabalho do sítio. Em nossa conversa, ela me contou que sempre no Natal se veste de Papai Noel e vai de casa em casa no interior do município levando um agradinho para as crianças. Ela me perguntou se poderia levar algumas camisetas para colocar junto com os doces que havia comprado, então respondi que sim”, disse a voluntária emocionada.

Ainda de acordo com a organizadora, a mulher também relatou que sempre comprava revistas para entregar as crianças. Neste ano, no entanto, não seria possível, pois faltaria dinheiro. “Então oferecemos a ela revistas do projeto Quebrando o Silêncio, infantis e para adultos, e também folhetos com endereços dos canais da TV Novo Tempo e da Igreja Adventista local”, ressalta.
Chuvas e enxurradas em Presidente Getúlio

Algumas casas foram completamente arrastadas e destruídas pela enxurrada, e outras estão com lama que alcançam facilmente a altura dos joelhos. Carros dos Bombeiros, de polícias, da Defesa Civil e do Exército Brasileiro circulam frequentemente pelas ruas para prestar ajuda a famílias desabrigadas.

Ao todo, 18 pessoas foram encontradas mortas, sendo que nove delas são de uma única família que moravam no mesmo quintal.

Esse é o cenário dramático de Presidente Getúlio, cidade do interior catarinense com pouco mais de 16 mil habitantes. O município foi afetado por fortes chuvas que começaram a partir da noite da quarta-feira (16), formando intensas correntezas que arrastavam tudo que encontravam pela frente.

Presidente Getúlio logo após fortes chuvas e enxurradas.[Foto: Reprodução].

Veja fotos do varal solidário em Pouso Redondo.

 


sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Igreja Adventista divulga declaração oficial sobre vacinação


Documento mundial a respeito de vacinação fala da importância da imunização das pessoas, especialmente no contexto de ênfase da saúde e bem-estar.
Por Felipe Lemos
16 de dezembro de 2020
A prática da vacinação não tem qualquer contra indicação bíblica, nos escritos de Ellen White ou mesmo por conta da saúde. (Foto: Shutterstock)

Já está disponível, em português,  

IMUNIZAÇÃO. A Igreja Adventista do Sétimo-Dia dá forte ênfase à saúde e ao bem-estar. A ênfase adventista na saúde é baseada na revelação bíblica, nos escritos inspirados de E. G. White (cofundadora da Igreja) e na literatura científica revisada por pares. Assim sendo, encorajamos a imunização/vacinação responsável, e não temos nenhuma razão religiosa ou baseada na fé para não incentivar nossos seguidores a participar de forma responsável de programas de imunização preventiva e protetora. Valorizamos a saúde e a segurança da população, o que inclui a manutenção da “imunidade de rebanho”.

Não somos a consciência de cada membro da igreja e reconhecemos as escolhas individuais. Essas são exercidas pelo indivíduo. A escolha de não ser imunizado não é e não deve ser vista como o dogma nem como a doutrina da Igreja Adventista do Sétimo Dia.


 O documento foi publicado originalmente no ano de 2015 e pode ser lido, na íntegra, na área de declarações e documentos oficiais da organização. O material recomenda que os membros sejam, portanto, vacinados.
Documento

No início do texto, a declaração afirma que “a Igreja Adventista do Sétimo-Dia dá forte ênfase à saúde e ao bem-estar. A ênfase adventista na saúde é baseada na revelação bíblica, nos escritos inspirados de E. G. White (cofundadora da Igreja) e na literatura científica revisada por pares. Assim sendo, encorajamos a imunização/vacinação responsável, e não temos nenhuma razão religiosa ou baseada na fé para não incentivar nossos seguidores a participar de forma responsável de programas de imunização preventiva e protetora”.

Leia também:
Igreja aprova resolução inédita sobre vacinação

Importância das imunizações

O diretor da área de Saúde da sede sul-americana adventista, o médico Rogério Gusmão, ressalta que a ciência das imunizações foi o maior avanço no controle de doenças e saúde pública que a humanidade conquistou. “Sem programa de imunizações teríamos milhares de mortos por estas doenças e muitas outras. Nosso índice de mortalidade infantil aumentaria assustadoramente, assim como as sequelas destas doenças graves”, pondera.

Gusmão lembra que historicamente sempre existiu resistência ao programa de vacinação e citou o que ocorreu no Rio de Janeiro na revolta da vacina em novembro de 1904. Naquela época, a população se rebelou contra a vacina da varíola. “Passados mais de 110 anos, o que vemos hoje é, então, a erradicação da varíola, pois a maioria da população se vacinou. E, também, criou a barreira imunológica de grupo chamada de imunidade de rebanho que protegeu, inclusive, os que discordam da vacinação e não se vacinam”, frisa.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020


 

Notícias Internacionais

 

Como muitos estarão cientes, existe uma situação grave na área da saúde que aflige várias partes do globo relativamente à enfermidade causada pelo coronavírus Covid-19. Cerca de 90,000 pessoas foram diagnosticadas em cerca de 65 países com mais de 3,000 mortes a serem atribuídas ao COVID-19.

Isto tem causado uma apreensão crescente no que diz respeito a viagens, negócios, cuidados de saúde, na marcação de reuniões e na vida em geral. Como muitos de vós sabem, recentemente, solicitei oração para esta doença peculiar e reitero agora um chamado especial à oração em relação aos desenvolvimentos globais relacionados com o coronavírus COVID-19. Continuem a orar pelos nossos membros de igreja e pela população de muitos países em redor do mundo, especialmente por aqueles que contraíram esta enfermidade e por aqueles que já perderam entes queridos. Sejamos fortes testemunhas no Envolvimento Total dos Membros, partilhando o amor e o cuidado de Cristo com aqueles que necessitam de uma forma útil, apropriada e consciente, em termos de saúde.

Alguns têm colocado questões relativamente à Sessão da Conferência Geral 2020 a ser realizada em Indianápolis, Indina, de 25 de Junho a 4 de Julho. Asseguro-vos que os executivos da Conferência Geral e outros oficiais e líderes estão a rever a situação e possíveis cenários. Todos os esforços serão feitos para oferecer as melhores abordagens na proteção da saúde e viagens, no caso destas circunstâncias desafiantes se continuarem a desenrolar. Contudo, neste momento, os atuais planos para a realização da Sessão da Conferência Geral 2020 continuam válidos e em andamento. Por favor, orem pela orientação e direção de Deus em tudo quanto é feito.

Achemos conforto e depositemos toda a confiança no Senhor ao clamarmos o texto de Salmos 37:3-5 nestes tempos desafiadores,

“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e Ele o fará.”

Enquanto igreja mundial Adventista do Sétimo Dia, estamos nas Suas mãos sejam quais forem as dificuldades que enfrentamos na grande missão de proclamar Cristo, a tríplice mensagem angélica e Sua Segunda Vinda.  Obrigada por orarem pela igreja mundial e sua obra.

IASD NEWS - Ted N C Wilson, presidente da Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia

(retirado de ANN-Adventist News Network)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

STF assegura direito a guardadores do sábado

 

Decisão, na área de liberdade religiosa, garante a quem guarda o sábado prestação e critérios alternativos dentro da esfera pública.

Decisão ocorreu na quarta sessão do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. (Foto: Wikipedia)



O Supremo Tribunal Federal (STF), mais alta corte brasileira, decidiu, nesta quinta-feira, 26 de novembro, processos relacionados a direito de guardadores do sábado. Eles envolvem Margarete da Silva Mateus Furquim e Geismario Silva dos Santos e chegaram ao STF depois de passar por todas as demais instâncias judiciais. No caso de Geismario, a decisão foi 8 a 3 em favor da prestação alternativa. No de Margarete, a decisão dos ministros foi de 7 a 4 em favor da acomodação razoável.
Tese fixada

Ao final da sessão foi proclamado o resultado final da votação por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, com a fixação da chamada tese vencedora. Ou seja, a decisão que irá prevalecer neste tipo de questão judicial a partir de agora nos tribunais brasileiros.

Em suma, a tese fixada, no caso do processo de Geismario, “garante que é possível a realização de etapas de concursos públicos em datas e horários distintos dos previstos em edital por candidato que invoca escusa de consciência e crença religiosa, desde que presentes a razoabilidade da operação e a preservação da igualdade entre todos os candidatos”.

No caso do processo de Margarete, a tese final foi de que “é possível à administração pública, inclusive em estágio probatório, estabelecer critérios alternativos para o regular exercício dos deveres funcionais inerentes aos cargos públicos em face de servidores que invocam escusa de consciência por motivo de crença religiosa, desde que presente a razoabilidade da operação e não se caracterize o desvirtuamento do exercício de suas funções”.
Sessões

A primeira apreciação do caso estava marcada para ocorrer no dia 14 de outubro, porém acabou sendo adiada. Finalmente, os ministros do STF deram início, no dia 19 de novembro, à apreciação do Recurso Extraordinário número 611.874 (que diz respeito ao caso de Geismario). E, também, do Agravo em Recurso Extraordinário (ARE) de número 1.099.099 (referente ao caso de Margarete). Participaram da primeira sessão vários advogados que acompanharam de perto o caso, na condição conhecida juridicamente como Amicus curiae, ou, em português, amigos da corte.

Em linhas gerais, os dois casos tratam de questões relacionadas à guarda do sábado como dia sagrado. Margarete, que mora em São Paulo, amargou a exoneração em uma escola pública municipal por conta de 90 faltas registradas nas sextas-feiras à noite (quando os adventistas e judeus já consideram como dia de sábado). Geismario, morador de Marabá, no Pará, consumiu anos de preparo para realizar um concurso sem poder, no entanto, tomar posse no cargo para o qual foi aprovado em primeiro lugar. Ele realizou uma das provas em um domingo, após entrar com ação judicial, pois é guardador do sábado.
Julgamento histórico

O advogado Luigi Braga, diretor do escritório jurídico da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, ressaltou o significado da guarda do sábado para os 1 milhão e meio de membros da denominação no Brasil e considerou o julgamento histórico. No entendimento de Braga, a guarda do sábado é um fato social relacionado a uma crença com milhares de anos de história, e não apenas uma questão baseada só numa decisão que foi tomada.

Durante a sustentação oral que fez diante dos ministros do STF, ele leu, inclusive, a determinação divina de obediência ao sábado no trecho do livro bíblico no capítulo 20 de Êxodo, versículos 8 até 11. “A Constituição Federal é clara e cristalina quando diz que ninguém deve ser privado de direito por motivo de crença religiosa”, lembrou.

Entenda alguns desdobramentos desta decisão:


Votos dos ministros
O primeiro a votar, ainda no dia 19, foi o ministro Dias Toffoli. Ele argumentou que não há direito relacionado à remarcação de provas de concursos por motivo de crença religiosa. Em certo ponto, afirmou que “o direito de crença é também o direito de não crer, não sendo possível autorizar-se ‘privilégio não extensível aos que têm outras crenças ou simplesmente não creem’”.
Por outro lado, o ministro Edson Fachin defendeu a validade do oferecimento de alternativas a fim de assegurar a liberdade religiosa em estágio probatório. Esta alusão foi específica ao caso da professora Margarete. Fachin ressaltou, ainda, que há uma responsabilidade do Estado de proteger a diversidade religiosa em sua amplidão, o que inclui a liberdade de culto.
Sem prejuízo à isonomia
O ministro Alexandre de Moraes alegou que é possível ver, dentro de princípios de tolerância religiosa e razoabilidade, compatibilidade com a prestação alternativa para guardadores do sábado. Para ele, é possível a diferenciação de data e horário, em concurso e estágio probatório, em razão de crença religiosa.
Pela ótica da liberdade e tolerância, Moraes ponderou que o Poder Público não está obrigado a seguir os dogmas e nem o calendário religioso. Porém ponderou, ao mesmo tempo, que “é óbvio que o poder Público não deve consultar calendários religiosos para fixar sua rotina administrativa, mas não seria razoável impedir que, em virtude de determinada religião, uma pessoa estivesse terminantemente impedida de pleitear acesso a determinado cargo público.”
O ministro Luís Roberto Barroso entendeu que, no caso do candidato a concurso público guardador do sábado, o mesmo pode fazer a prova em data e horário diferentes dos previstos em edital, desde que isso não crie qualquer tipo de ônus desproporcional à administração pública. E nem interfira na isonomia do concurso, ou seja, que se preservem as mesmas oportunidades de competição para todos.
Dever de proteção
Já a ministra Rosa Weber enfatizou a importância do dever de proteção da administração pública para promover as acomodações necessárias nas demandas, por exemplo, dos observadores do sábado bíblico. Carmen Lúcia, a ministra que falou na sequência, ressaltou que “O Estado se separa da religião, mas o ser humano não se separa da fé”.
Ela salientou que, nos dois casos, a Constituição Federal não pode dar alguns direitos e tirar outros. Com isso, ela quis dizer que guardadores do sábado não podem ser submetidos a uma situação em que precisem optar por sua fé ou fazer parte de concurso ou função pública.
Por outro lado, o ministro Ricardo Lewandowski votou afirmando a inexistência de direito subjetivo à remarcação de data e horário em razão de crença religiosa. Ele entendeu que cabe ao Estado analisar e, de maneira justificada, a possibilidade de efetivar ajustes para acomodar de forma razoável os preceitos religiosos da servidora.
Gratidão
O pastor Helio Carnassale, diretor de Assuntos Públicos e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países sul-americanos, agradece a todos os que oraram e intercederam, e reconhece o resultado como uma grande vitória sob a bênção de Deus. Ao mesmo tempo, ele frisa que “se trata mais do que uma causa adventista, mas uma decisão favorável a todas as pessoas que possuem um dia religioso de guarda, fortalecendo a convicção de que a liberdade religiosa é um direito individual para ser usufruído por todos de maneira indistinta”.

Incêndio destrói instituições adventistas nos Estados Unidos

 


Presidente mundial da denominação pede orações por todas as pessoas afetadas pela tragédia
Por Dan Weber, Divisão Norte-Americana, União do Pacífico, Associação do Norte da Califórnia e departamentos de Comunicação e Saúde29 de setembro de 2020

Em Deer Park, o prédio original da Escola Adventista de ensino fundamental de Foothills (imagem), o Centro de Serviço Comunitário da Igreja Adventista de Haven e muitas casas e edifícios ao redor foram destruídos pelo Glass Fire (Foto: Craig Philpott)



Apenas algumas semanas depois de serem ameaçadas por incêndios florestais, as comunidades de Angwin e Santa Helena, nos Estados Unidos, estão novamente enfrentando incêndios que fizeram com que milhares de pessoas tivessem que deixar a região.

De acordo com o departamento de Sivicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia (CAL FIRE), o Glass Fire começou às 4:00 da manhã de 27 de setembro de 2020, em uma área a oeste de Angwin e ao norte de Deer Park e Santa Helena. O fogo se espalhou rapidamente e logo atingiu mais de 4.450 hectares. O Glass Fire e os incêndios Shady, Boysen, Zogg e North Complex West estão ocorrendo atualmente nesta localidade.
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Várias instituições adventistas do sétimo dia conhecidas também foram afetadas pelo incêndio, o que também resultou em ordem de evacuação. De acordo com o feed do Twitter do Pacific Union College, a faculdade transferiu os mais de 200 alunos que estavam no campus, mas a escola está segura. Toda a comunidade de Angwin também deixou a área como medida preventiva.

A Adventist Health opera o Hospital de Santa Helena, o mais antigo hospital adventista em funcionamento. A equipe conseguiu deslocar todos os 55 pacientes e realocá-los em outras instalações. O fogo se aproximou, mas os bombeiros conseguiram controlar as chamas.
Destruição causada pelas chamas

A Associação do Norte da Califórnia, sede administrativa da Igreja Adventista na região, forneceu uma atualização sobre o incêndio e o impacto sobre os membros locais e funcionários da denominação. Relatórios afirmam que vários pastores podem ter perdido suas casas, mas todos os membros estão seguros e foram encontrados.

A Escola Adventista de ensino fundamental de Foothills, em Deer Park, perdeu um dos prédios de seu campus, mas o restante da escola sobreviveu às chamas. O diretor da instituição, Rob Ingram, foi citado como tendo dito: “Por favor, orem por nossos alunos, nossas famílias e nossa equipe. Orem por nós enquanto avançamos para ir aonde Deus está nos guiando”.

O diretor de Educação da Associação da União do Pacífico, Berit Von Pohle, relata que a primeira ação de Ingram naquela manhã foi conectar-se com seu corpo docente, que, por sua vez, procurou garantir que todos os seus alunos estivessem seguros e suas famílias longe de perigo.

O Centro de Serviço Comunitário da Igreja Adventista de Haven, localizado próximo à Escola de ensino fundamental de Foothill, também foi destruído no incêndio, mas o prédio principal da igreja, localizado perto do Hospital de Santa Helena, não foi danificado.

Elmshaven, um marco histórico adventista local, que foi o lar de Ellen White antes de sua morte, havia escapado no momento em que esta matéria foi escrita. Mais informações podem ser encontradas na página do Facebook do Elmshaven.
Unidos em oração

O Glass Fire continua a ameaçar muitas casas e empresas, e os líderes da igreja local estão pedindo orações pelas grandes comunidades de Angwin e Santa Helena. Desde o início dos incêndios, o presidente mundial da Igreja Adventista, pastor Ted Wilson, tem usado sua página no Facebook para solicitar orações aos membros.

“Lembremo-nos também das muitas pessoas que perderam suas casas neste terrível incêndio, que continua a se mover em áreas residenciais. Continue orando por isso e por muitas outras necessidades ao redor do mundo! Como diz o nosso próximo tema da Associação Geral: “Jesus está vindo! Envolva-se!”, escreveu Wilson.

Feliz7Play ganha aplicativo para smart TVs Ferramenta pretende potencializar alcance dos conteúdos oferecidos plataforma

 

Novo recurso facilita acesso aos conteúdos em vídeo produzidos pela Igreja Adventista (Foto: Divulgação)



O Feliz7Play, plataforma de streaming cristãos, agora também está disponível em smart TVs da fabricante LG. Em parceria com a Soul TV, um serviço interativo para televisores inteligentes, o aplicativo permite acompanhar uma programação ininterrupta, 24 horas por dia, com base em conteúdos disponíveis no Feliz7Play. O objetivo é que, em breve, o app esteja acessível para aparelhos das demais marcas.

A chegada da ferramenta acompanha o crescimento do mercado de televisores no Brasil, que teve aumento de 4% apenas no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados analisados pela consultoria GFK. Essa ascensão está diretamente ligada à pandemia do novo coronavírus, já que medidas de isolamento social levaram pessoas a permanecer em casa por mais tempo.
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“Essa iniciativa representa um passo para chegar a mais gente no ambiente onde elas se encontram, de forma mais cômoda. Algumas pessoas não gostam de ficar navegando à procura de conteúdos. Portanto, esse recurso facilita a busca e entrega um produto dinâmico, como se o telespectador estivesse em um canal de TV tradicional”, sublinha Carlos Magalhães, gerente do departamento de estratégias digitais da sede sul-americana da Igreja Adventista.

Filmes, séries originais, documentários, sermões e produções específicas para crianças estão disponíveis no Feliz7Play, que hoje reúne mais de 450 horas de vídeos em português e espanhol. Dados divulgados em junho revelam que a plataforma já recebeu mais de 50 milhões de visualizações em apenas três anos.
Novos públicos

A parceria é vista por Magalhães como uma forma de potencializar o conteúdo, principalmente para públicos que ainda não conhecem o feliz7play.com ou seu aplicativo para dispositivos móveis. “Essa é uma boa resposta, já que milhões de usuários da TV LG em todo mundo poderão acessá-los”, avalia.

Para assistir ao Feliz7Play em um smart TV da fabricante sul-coreana basta instalar o aplicativo Soul TV a partir da própria loja. Em seguida, buscar o canal do Feliz7Play e adicioná-lo.
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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Como o coronavírus vai mudar nossas vidas: dez tendências para o mundo pós-pandemia

Consumir por consumir sai de moda, morar perto do trabalho, atuar mais no coletivo com colegas de empresas, ou vizinhos do bairro. A Covid-19 vai rever valores e mudar hábitos da sociedade.

Centro da capital de São Paulo onde o Governo do Estado prorrogou até 22 de abril a quarentena.
Centro da capital de São Paulo
mudou nossas vidas. Não estou falando aqui simplesmente da alteração da rotina nesses dias de isolamento, em que não podemos mais fazer caminhadas no Minhocão ou ir aos nossos bares e restaurantes preferidos. Sim, tudo isso mudou nosso cotidiano —e muito. Mas o meu convite para você é para pensarmos nas mudanças mais profundas, naquelas transformações que devem moldar a realidade à nossa volta e, claro, as nossas vidas depois que o novo coronavírus baixar a bola. Por isso talvez seja melhor mudar o tempo verbal da frase que abre este texto e dizer que o coronavírus vai mudar as nossas vidas. Mas como? Que cenários prováveis já começam a emergir e devem se impor no mundo pós-pandemia

?Francesco Tonucci: “Não percamos esse tempo precioso com lição de casa”
Como Portugal mantém o coronavírus mais controlado que países europeus mais ricos
Lições de Wuhan: começar uma quarentena é difícil; terminá-la, mais ainda


O mundo pós-pandemia será diferente



Entender que mundo novo é esse é importante para nos prepararmos para o que vem por aí. Porque uma coisa é certa: o mundo não será como antes, conforme nos alertou o biólogo
Átila Iamarino

“O mundo mudou, e aquele mundo (de antes do coronavírus) não existe mais. A nossa vida vai mudar muito daqui para a frente, e alguém que tenta manter o status quo de 2019 é alguém que ainda não aceitou essa nova realidade”, disse nesta
entrevista para a BBC Brasil
Átila, que é doutor em microbiologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutor pela Universidade Yale. “Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, que a gente levaria muito tempo para implementar voluntariamente, a gente está tendo que implementar no susto, em questão de meses", diz ele.
Pandemia marca o fim do século 20

Ainda nessa linha, havia uma visão entre especialistas de que faltava um símbolo para o fim do século 20, uma época altamente marcada pela tecnologia. E esse marco é a
pandemia do coronavírus, segundo a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, professora da Universidade de São Paulo e de Princeton, nos EUA, em entrevista ao Universa. “[O historiador britânico Eric] Hobsbawm disse que o longo século 19 só terminou depois da Primeira Guerra Mundial
[1914-1918]. Nós usamos o marcador de tempo: virou o século, tudo mudou. Mas não funciona assim, a experiência humana é que constrói o tempo. Ele tem razão, o longo século 19 terminou com a Primeira Guerra, com mortes, com a experiência do luto, mas também o que significou sobre a capacidade destrutiva. Acho que essa nossa pandemia marca o final do século 20, que foi o século da tecnologia. Nós tivemos um grande desenvolvimento tecnológico, mas agora a pandemia mostra esses limites”, diz Lilia.
Coronavírus, um acelerador de futuros

Vários futuristas internacionais dizem que o coronavírus funciona como um acelerador de futuros. A pandemia antecipa mudanças que já estavam em curso, como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, para que as
empresas sejam mais responsáveis
do ponto de vista social.

Outras mudanças estavam mais embrionárias e talvez não fossem tão perceptíveis ainda, mas agora ganham novo sentido diante da revisão de valores provocada por uma
crise sanitária sem precedentes para a nossa geração. Como exemplos, podemos citar o fortalecimento de valores como solidariedade e empatia
, assim como o questionamento do modelo de sociedade baseado no consumismo e no lucro a qualquer custo.

“A vida depois do vírus será diferente”, disse ao site
Newsday a futurista Amy Webb
, professora da Escola de Negócios da Universidade de Nova York. “Temos uma escolha a fazer: queremos confrontar crenças e fazer mudanças significativas para o futuro ou simplesmente preservar o status quo?”
Efeitos do coronavírus devem durar quase dois anos

As transformações são inúmeras e passam pela política,
economia
, modelos de negócios, relações sociais, cultura, psicologia social e a relação com a cidade e o espaço público, entre outras coisas.

O ponto de partida é ter consciência de que os efeitos da pandemia devem durar quase dois anos, pois a
Organização Mundial de Saúde calcula que sejam necessários pelo menos 18 meses para haver uma vacina contra o novo
. Isso significa que os países devem alternar períodos de abertura e isolamento durante esse período.

Diante dessa perspectiva, como ficam as atividades de lazer, cultura, gastronomia e entretenimento no centro e em toda a cidade durante esse período? O que mudará depois? São questões ainda em aberto, mas há sinais que nos permitem algumas reflexões.

Para entender essas e outras questões e identificar os prováveis cenários, procurei saber que tendências os futuristas, pesquisadores e bureaus de pesquisas nacionais e internacionais estão traçando para o mundo pós-pandêmico. A partir dessas leituras e também de um olhar para as questões que dizem respeito ao centro de São Paulo e à vida urbana em geral, fiz uma lista com algumas dessas tendências, que você pode ler a seguir.
Confira as 10 tendências para o mundo pós-pandemia

1. Revisão de crenças e valores

A crise de
saúde pública é definida por alguns pesquisadores como um reset, uma espécie de um divisor de águas capaz de provocar mudanças profundas no comportamento das pessoas. “Uma crise como essa pode mudar valores”, diz Pete Lunn, chefe da unidade de pesquisa comportamental da Trinity College Dublin, em entrevista ao Newsday
.

“As crises obrigam as comunidades a se unirem e trabalharem mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas, seja o que for... E isso pode afetar os valores daqueles que vivem nesse período —assim como ocorre com as gerações que viveram guerras”.

Já estamos começando a ver esses sinais no Brasil —e no centro de São Paulo, com vários exemplos de pessoas que se
unem para ajudar idosos
, por exemplo.

2. Menos é mais

A crise financeira decorrente da pandemia por si só será um motivo para que as pessoas economizem mais e revejam seus
hábitos de consumo. Como diz o Copenhagen Institute for Futures Studies
, a ideia de “menos é mais” vai guiar os consumidores daqui para frente.

Mas a falta de dinheiro no momento não será o único motivo. As pessoas devem rever sua relação com o consumo, reforçando um movimento que já vinha acontecendo. “Consumir por consumir saiu de ‘moda’”, escreve no site
O Futuro das Coisas
Sabina Deweik, mestre em comunicação semiótica pela PUC e pesquisadora de comportamento e tendências.

O outro lado desse processo é um
questionamento maior do modelo de capitalismo
baseado pura e simplesmente na maximização dos lucros para os acionistas. “O coronavírus trouxe para o contexto dos negócios e para o contexto pessoal a necessidade de revisitar as prioridades. O que antes em uma organização gerava resultados financeiros, persuadindo, incentivando o consumo, aumentando a produção e as vendas, hoje não funciona mais”, diz Sabina.

“Hoje, faz-se necessário pensar no valor concedido às pessoas, no impacto ambiental, na geração de um impacto positivo na sociedade ou no engajamento com uma causa. Faz-se necessário olhar definitivamente com confiança para os colaboradores já que o home office deixou de ser uma alternativa para ser uma necessidade. Faz-se necessário repensar a sociedade do consumo e refletir o que é essencial.”

3. Reconfiguração dos espaços do comércio

A pandemia vai
acentuar o medo e a ansiedade
das pessoas e estimular novos hábitos. Assim, os cuidados com a saúde e o bem-estar, que estarão em alta, devem se estender aos locais públicos, especialmente os fechados, pois o receio de locais com aglomeração deve permanecer.

“Quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos, depois do fim das restrições, as empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa”, diz um
relatório da WGSN
, um dos maiores bureaus de pesquisas de tendências do mundo.

Eis um ponto de atenção para bares, restaurantes, cafeterias, academias e coworkings, que devem redesenhar seus espaços para reduzir a aglomeração e facilitar o acesso a produtos de higiene, como álcool em gel. Os espaços compartilhados, como coworkings, têm um grande desafio nesse novo cenário.

4. Novos modelos de negócios para restaurantes

Uma das dez tendências apontadas pelo futurista
Rohit Bhatgava
é o que ele chama de “restaurantes fantasmas”, termo usado para descrever os estabelecimentos que funcionam só com delivery. Como a possibilidade de novas ondas da pandemia num futuro próximo, o setor de restaurantes deve ficar atento a mudanças no seu modelo de negócios, e o serviço de entrega vai continuar em alta e pode se tornar a principal fonte de receita em muitos casos.

5. Experiências culturais imersivas

Como resposta ao isolamento social, os artistas e produtores culturais passaram a apostar em
shows e espetáculos online, assim como os tours virtuais a museus
ganharam mais destaque. Esse comportamento deve evoluir para o que se pode chamar de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual a partir do uso de tecnologias que já estão por aí, mas que devem se disseminar, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e máquinas inteligentes.

De acordo com o estudo Hype Cycle, da consultoria internacional Gartner, as experiências imersivas são uma das três grandes tendências da tecnologia. Destacamos aqui a área cultural, mas isso também se estende a outros setores, como esportes, viagens a varejo, conforme indica o relatório
A Post-Corona World
, produzido pela Trend Watching, plataforma global de tendências.

6. Trabalho remoto

O
home office
já era uma realidade para muita gente, de freelancers e profissionais liberais a funcionários de companhias que já adotavam o modelo. Mas essa modalidade vai crescer ainda mais. Com a pandemia, mais empresas —de diferentes portes— passaram a se organizar para trabalhar com esse modelo. Além disso, o trabalho remoto evita a necessidade de estar em espaços com grande aglomeração, como ônibus e metrôs, especialmente em horários de pico.

7. Morar perto do trabalho

Essa já era uma tendência, e morar no centro de São Paulo se tornou um objeto de desejo para muitas pessoas justamente por conta disso, entre outros motivos. Mas, com o receio de novas ondas de contágio, morar perto do trabalho, a ponto de ir a pé e não usar transporte público, deve se tornar um ativo ainda mais valorizado.

8. Shopstreaming

Com o isolamento social, as lives explodiram, principalmente no Instagram. As vendas pela Internet também, passando a ser uma opção também para lojas que até então se valiam apenas do local físico. Pois pense na junção das coisas: o shopstreaming é isso. Uma versão Instagram do antigo ShopTime.

9. Busca por novos conhecimentos

Num mundo em constante e rápida transformação, atualizar seus conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado (além de ser um prazer, né?). Mas a era de incertezas aberta pela pandemia aguçou esse sentimento nas pessoas, que passam, nesse primeiro momento, a ter mais contato com cursos online com o objetivo de aprender coisas novas, se divertir e/ou se preparar para o mundo pós-pandemia. Afinal, muitos empregos estão sendo fechados, algumas atividades perdem espaço enquanto outros serviços ganham mercado.

10. Educação a distância

Se a busca por conhecimentos está em alta, o canal para isso daqui para frente será a
educação a distância
, cuja expansão vai se acelerar. Neste contexto, uma nova figura deve entrar em cena: os mentores virtuais. A Trend Watching aposta que devem surgir novas plataformas ou serviços que conectam mentores e professores a pessoas que querem aprender sobre diferentes assuntos.

* Clayton Melo é jornalista e analista de tendências em
A Vida no Centro


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ADRA Internacional auxilia 163 famílias atingidas por ciclone em SC

Ajuda no valor de R$ 580,00 por pessoa servirá para que moradores comprem itens essenciais para recomeçar.


Famílias foram selecionadas de acordo com a condição social e necessidade emergencial (Foto: Divulgação)
Era tarde do dia 30 de junho. Com mais de 50 anos, José da Silva realizava afazeres domésticos em sua casa quando viu uma forte ventania na rua e foi fechar uma janela. No entanto, por causa da força do vento, que chegava a 120 km/h, ela não fechava. Passava pela cidade de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina, um ciclone. Silva correu até a esposa, que estava em outro cômodo, e ficou abraçado a ela enquanto a casa era destelhada. “Só tive tempo de proteger minha esposa”, detalha.
Essa situação ocorreu com centenas de famílias do Estado devido ao “ciclone bomba” que passou pelo Sul do Brasil no dia 30 de junho. O município catarinense mais afetado foi justamente Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis. Ao todo, 817 famílias foram atingidas, 33 residências totalmente arruinadas e uma pessoa morreu.

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“A destruição foi grande. A sensação após aqueles poucos minutos foi de cenário pós-apocalítico. Além das residências atingidas, tivemos ginásios e prédios públicos destelhados. Ninguém nunca tinha visto aquilo. Foi então que a ADRA entrou em contato conosco para oferecer ajuda”, explica o prefeito Juliano Duarte Campos.
Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) procurou a Prefeitura para obter informações de como ajudar. “Percebemos que a urgência não era de cestas básicas, nem de telhas. A necessidade da população estava em itens como pregos, madeira e forro. Era muito variado. Por isso, decidimos ajudar de uma forma diferente e deixar na mão das pessoas a escolha do que precisavam”, esclarece Daniel Fritoli, um dos coordenadores da instituição no sul do Brasil.

Auxílio para recomeçar

A equipe da entidade visitou centenas de moradores atingidos pelo ciclone na cidade e analisou a situação de cada residência. Ao todo, 163 famílias foram selecionadas e nesta quinta-feira, 23 de julho, cada uma delas recebeu um cartão com R$ 580,00. Os recursos vieram da ADRA Internacional e da ADRA na América do Sul. “Tentamos aliviar um pouquinho o sofrimento dessas pessoas. O plano de Deus não foi esse, de sofrimento. Mostramos que Deus existe e que um dia ele voltará para termos uma vida sem sofrimento”, acrescenta Fritoli.
“O nosso momento é de reconstruir a autoestima da população e a ADRA é um exemplo de parceria. Obrigado a vocês”, elogia o prefeito Juliano Duarte Campos. O coordenador da agência explica que o foco é ajudar as pessoas emergencialmente e no desenvolvimento social.
José Silva foi um dos beneficiados pela ação. Ele estava feliz porque reconhece o cuidado de Deus. “Ele às vezes permite essas coisas para ficarmos mais próximos dEle. O mundo “tá” virado e longe de Deus. Esse cartão aqui é uma prova que Ele não esquece dos seus filhos”, explica o homem ao lado da sua esposa, emocionados.

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