sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Vitória sobre a oposição: oração Lição 5 26 de outubro a 01 de novembro

Prévia da semana: 
A terceira lei de Newton No campo da física, toda ação tem uma reação igual e contrária. Quando há um movimento para a frente, há também atrito no sentido contrário. Parece que o mesmo fenômeno, às vezes, ocorre no campo espiritual. Um projeto novo, geralmente, enfrenta oposição antes de conseguir seu objetivo. Os capítulos 2 e 3 do livro de Neemias relatam que o povo se uniu sob a liderança de Neemias para reconstruir os muros de Jerusalém. O capítulo 4 descreve a reação opositora de seus inimigos. Deus não era o único que estava Se movimentando, Seu inimigo também estava. Sambalate, governador de Samaria (ao norte de Israel), Tobias, o amonita (a leste), Gesém, o rei árabe (ao sul), e os asdoditas (a oeste) formaram uma aliança para interromper o trabalho e destruir o plano de Neemias. Na verdade, já havia sinais que evidenciavam essa coalizão (Ne 2:10, 19 e 4:7). Contudo, eles não podiam guerrear abertamente contra Jerusalém, pois Neemias estava sob a proteção do rei. Assim, eles aplicaram três estratégias: zombaria (Ne 4:1-3), violência (Ne 4:7, 8) e desencorajamento (Ne 4:11, 12). Na lição desta semana, encontramos a resposta bíblica para as tentações do inimigo e as oposições que enfrentamos na caminhada cristã: o poder da oração. Pode parecer uma solução simples, mas, na verdade, é o meio divino para vencermos os desafios. Neemias recorreu à oração. Ele não reprimiu suas frustrações nem as expressou para os outros. Confessou ao Senhor o que estava em seu coração e depois reavaliou a situação. A atitude de Neemias permitiu que o povo mantivesse sua confiança nele como líder e imitasse sua conduta e determinação. Talvez Neemias tenha sido tentado a desanimar, mas ele buscou o Senhor e levou a Ele seus problemas. Não procurou se valer da sua força como líder, mas reivindicou as promessas dos juízos divinos sobre os inimigos, declarou que o projeto era de Deus e se concentrou no trabalho. Embora, geralmente, toda ação tenha uma reação, a oração é o verdadeiro meio de vencer as forças contrárias.
Domingo, 27 de outubro
Copie Neemias 4:1-6 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Neemias 4:4-6. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.


Mãos à Bíblia

1. Leia Neemias 5:1-5. O que estava acontecendo? Contra o que o povo estava clamando?

Sob a liderança de Neemias, a comunidade judaica parecia estar unida contra as pressões externas. Apesar da aparência externa de força e resistência, a comunidade estava destruída por dentro. Os líderes e os ricos estavam usando os pobres e desfavorecidos para seu próprio benefício. Algumas famílias diziam que não tinham comida; alguns se queixavam de que haviam hipotecado sua propriedade; outras famílias precisavam pedir dinheiro emprestado para pagar o imposto persa. Além disso, seus próprios filhos tinham se tornado escravos. Há momentos na vida em que as consequências das nossas ações nos deixam em apuros; evidentemente, também há momentos em que acabamos ficando doentes ou passamos por dificuldades financeiras sem que tenhamos culpa nenhuma. A história acima fala de uma época em que as políticas governamentais desfavoreciam o povo.
Leitura adicional: Neemias 4:1-6


Segunda-feira, 28 de outubro

Uma coalizão de críticos

Por que Neemias teve opositores? Porque é próprio da natureza humana pecaminosa que o “eu” se sinta ameaçado quando outra pessoa é promovida e passa a desfrutar de vantagens. O caso de Neemias envolveu autoridade geopolítica. Jerusalém se situava no centro da rota entre as cidades-estado do vale dos rios Tigre e Eufrates e a economia egípcia do Nilo. Se Jerusalém fosse reconstruída e se tornasse economicamente estável, teria potencial para comércio e se destacaria sobre todas as outras. Isso diminuiria a importância de Samaria na região e traria consequências negativas para seus aliados. A insegurança geralmente leva ao pensamento de que “o que quer que beneficie o outro me ameaça”.

Você já encontrou pessoas assim? 
Já se sentiu assim? 
Ao ouvir sobre a promoção, a premiação ou o reconhecimento de alguém, a insegurança pode nos levar ao desprezo, ao sarcasmo, à ridicularização e ao insulto. “Ela só recebeu aquela premiação porque...”, ou: “o cargo precisava ser preenchido de imediato, então colocaram você temporariamente nele, até...”. Muitas vezes, o “eu”, mesclado com agressão, inveja e pensamentos prejudiciais, procura defender sua autossuficiência diminuindo o outro.

Sambalate usou a zombaria como primeiro ataque: “Quando Sambalate soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicularizou os judeus”
(Ne 4:1). O exército samaritano era arrogante e presunçoso. Por isso, seu líder zombou da arruinada Jerusalém. Tobias, que estava junto com Sambalate, completou: “Pois que construam! Basta que uma raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!” (Ne 4:3).

Seus insultos atingiram o grupo que trabalhava na reconstrução e os desfalecidos habitantes de Jerusalém quanto à sua identidade, capacidade, religião e experiência. Além disso, depreciou a qualidade da obra.

Os comentários logo se espalharam e chegaram aos ouvidos de Neemias. Ele não se desesperou, nem procurou revidar aos insultos, mas buscou o Senhor. Sua reação imediata foi orar por sabedoria.

Pense Nisto
- Tenho lutado contra alguma insegurança em minha vida? De que maneira ela tem me afetado? - “Quando outra pessoa se dá bem, eu me dou mal. Portanto, se a pessoas se derem mal, eu vou me dar bem.” Por que esse pensamento é perigoso?

Mãos à obra
- Volte ao texto que você copiou e estude as passagens. - Faça um círculo em torno das palavras/frases/ideias repetidas - Sublinhe palavras/frases que você achou importantes - Desenhe flechas ligando palavras/frases a outras palavras/frases que estão associadas ou relacionadas - Escolha um verso favorito do capítulo-chave desta semana. Escreva-o para ajudar na memorização. 2. Leia Neemias 5:6-8 e Êxodo 21:2-7. Que situação despertou a fúria de Neemias? Assinale a alternativa correta: A. ( ) O povo começou a adorar outros deuses. B. ( ) Os judeus passaram a se vender como escravos devido aos altos juros cobrados por seus compatriotas abastados.

Terça-feira, 29 de outubro
O que tem na sua caneca?

Todos temos um conjunto de crenças que procuramos defender com zelo e determinação. Essas crenças fazem parte da identidade de cada um, e estão relacionadas a diversas áreas. Sambalate e Tobias atacaram a identidade, a cultura, a capacidade, a religião e a qualidade do trabalho de Neemias e do povo liderado por ele, esperando alguma reação. Como diz o ditado, se alguém lhe esbarra enquanto você está carregando uma caneca cheia, o que irá derramar? Esse é o objetivo dos intimidadores. Eles querem fazer com que nossas reações negativas sejam derramadas. Sambalate estava amedrontado e irado com o projeto do muro, e, através de seus ataques, tentou fazer com que Neemias reagisse de maneira vingativa.

Mas o que Neemias derramou? Ele não se perturbou com os ataques maldosos dos inimigos. Em vez de vingar e fazer justiça com as próprias mãos, ele se refugiou na oração (Ne 4:4, 5). Em vez de se valer
da sua nobre posição no palácio do rei, ou exibir a documentação legal que possuía, ele se preocupou em honrar e glorificar o Altíssimo.

As orações imprecatórias, aquelas que amaldiçoam os outros, podem ser difíceis de explicar, especialmente à luz dos ensinos de Jesus. Mas elas se encontram, por exemplo, nos salmos. Davi, um homem segundo o coração de Deus, escreveu a maioria deles (Sl 5:10; 28:4; 31:17, 18; 35:4-6; 40:14, 15; 58:6-11; 69:22-28; 109:6-15; 140:9, 10). Nessas passagens, o sentimento que predomina não é ira nem justificação própria. No caso de Neemias, o projeto em que ele estava envolvido era muito maior do que os insultos de Sambalate, os muros de Jerusalém ou a liderança geopolítica da região. Esse projeto tinha repercussões universais e salvíficas, e Neemias sabia qual era seu papel na história. Por meio da oração e depositando toda confiança no Senhor, ele buscou remover todo empecilho ao plano.

Como cristãos não podemos ter confiança presunçosa no poder divino, achando que as provas e tribulações são insignificantes, nem achando que o plano da salvação depende de nós! Esse comportamento autossuficiente pode parecer louvável mas anula o sacrifício de Cristo.

O que nos capacita a ser vitoriosos é o relacionamento pessoal com Cristo e a obediência em realizar Sua vontade.

Mãos à Bíblia

3. Leia Neemias 5:7-12. Quais foram os argumentos usados contra o que estava ocorrendo? O que Neemias usou para persuadir as pessoas a corrigir o erro?

Neemias convocou uma grande assembleia – todo o povo de Israel foi reunido para resolver esse assunto. O argumento inicial estava centrado na escravidão. Então, ele perguntou aos nobres e oficiais se eles achavam aceitável comprar e vender seus irmãos.

Os líderes não ofereceram resposta porque viram que esse argumento era sensato e concordaram em restituir tudo ao povo.
Pense Nisto
Observando o texto bíblico que você copiou e marcou, que ideia principal você destacaria? - Quais perguntas surgem em sua mente? - Destaque os princípios contidos no texto que ajudam a lidar com opositores.

Quarta-feira, 30 de outubro
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Ne 4:1-6) da lição desta semana:

Efésios 4:31; 6:12, 16
Colossenses 3:8
Provérbios 16:32
2 Coríntios 12:9
Mateus 5:44-48
Romanos 8:31; 12:17-21

Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Neemias 4:1-6?
Mãos à Bíblia
4. Por que Neemias pronunciou uma maldição contra os que não cumprissem sua parte no acordo?
5. O que os seguintes textos do Antigo Testamento ensinam sobre a santidade dos juramentos? Nm 30:2; Dt 23:21-23; Ec 5:4, 5;
Lv 19:12; Gn 26:31
Há poder em nossas palavras, o poder da vida e da morte. Por isso, precisamos ser muito cautelosos com o que dizemos, com o que prometemos fazer e com os compromissos verbais que assumimos.
Quinta-feira, 31 de outubro

O termo “hippie” é derivado de um movimento contracultural que começou nos Estados Unidos na década de 1960 e acabou se espalhando pelo mundo. Esse movimento enfatizava a liberdade, o sexo sem preconceitos (que deu origem à revolução sexual), e a rebeldia contra toda ordem estabelecida. Com slogans – “o poder da flor” e “faça amor, não faça a guerra” – sua abordagem à religião não era algo novo, mas um repúdio à importância das regras.

As versões contemporâneas do movimento incluem o movimento da Nova Era e outras ideologias espiritualistas. Seus adeptos afirmam ter capacidade exegética inata para distinguir o que é positivo e essencial do que é negativo e supérfluo. Muitos consideram que Jesus ensinou o amor livre e a libertação espiritual das “energias” negativas.

Embora a maioria dos estudiosos bíblicos concordem que Jesus usava barba crescida, e as pinturas O retratem com cabelos longos, essas coisas não fazem Dele “um hippie”! Precisamos ver Cristo a partir da Bíblia, isto é, de Seus ensinos. Ele foi a personificação do amor divino e ensinou lições preciosas para nosso viver aqui.

No entanto, alguns de Seus ensinamentos são surpreendentes. Por exemplo, João 15:18-25: “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes odiou a Mim. [...] Aquele que Me odeia, também odeia o Meu Pai. Se Eu não tivesse realizado no meio deles obras que ninguém mais fez, eles não seriam culpados de pecado. Mas agora eles as viram e odiaram a Mim e a Meu Pai. Mas isto aconteceu para se cumprir o que está escrito na Lei deles: ‘Odiaram-Me sem razão.’” A passagem termina com Cristo citando uma oração imprecatória de Davi. Não é que Jesus estivesse com rancor e desejasse amaldiçoar Seus inimigos. É que Ele veio e traçou linhas nítidas entre este mundo e o Céu (Mt 10:34).

Ele ensinou e viveu os princípios do reino do Céu sabendo plenamente que muitos O odiariam e odiariam esses princípios. Ele tinha, tem e sempre terá inimigos. Mas está claro que “nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Ef 6:12). Ele é o Vencedor em uma guerra espiritual muito mais ampla (Ap 14:7-12).

Cristo não ensinou um escapismo santo nem uma espiritualidade superficial. Jesus lutou e continua a lutar em nosso favor como Rei e Salvador. Seu desejo é que consigamos, pelo poder do Espírito Santo, subjugar nossa natureza carnal (Rm 6:4-9) para que abandonemos tudo o que é mundano e pecaminoso. Isso requer zelo, perseverança, fidelidade e obediência restrita por parte daqueles que O amam.

Mãos à Bíblia

6. Leia Neemias 5:14-19. Quais razões Neemias apresentou para não exigir do povo “o pão devido ao governador”? Ne 5:18

Embora os governadores tivessem o direito de receber impostos de seus súditos, Neemias nunca reivindicou esse direito. Ele não apenas pagou suas próprias despesas, mas também sustentou sua família e toda a corte. Ele era abastado, e por isso pôde prover o alimento diário para muitas pessoas. Ele foi generoso em suprir abundantemente as necessidades dos outros (Ne 5:17, 18).

7. 
Leia Neemias 5:19. O que ele disse nesse verso? Como entender isso em relação ao evangelho?

Neemias foi o exemplo de alguém que colocou o Senhor e Sua obra antes de seu ganho e vantagens pessoais.

Pense Nisto
- Como você se sente ao saber que Jesus irá punir os ímpios? - Você passou a ver Jesus sob nova perspectiva depois desta lição? - Como você reage ao ver Cristo dessa forma?
4. Por que Neemias pronunciou uma maldição contra os que não cumprissem sua parte no acordo?

5. O que os seguintes textos do Antigo Testamento ensinam sobre a santidade dos juramentos? Nm 30:2; Dt 23:21-23; Ec 5:4, 5;
Lv 19:12; Gn 26:31

Há poder em nossas palavras, o poder da vida e da morte. Por isso, precisamos ser muito cautelosos com o que dizemos, com o que prometemos fazer e com os compromissos verbais que assumimos.

Sexta-feira, 01 de novembro
Zombaria e desencorajamento

"A restauração das defesas de Jerusalém não prosseguia sem embaraços. Satanás estava trabalhando para suscitar oposição e produzir desencorajamento. Seus principais instrumentos nesse movimento foram Sambalate, Tobias e Gesém. Esses idólatras haviam exultado na condição frágil e indefesa dos judeus, zombado de sua religião e ridicularizado sua cidade devastada. E quando a obra de reconstrução dos muros foi retomada, eles, com zelo ferrenho, propuseram-se a impedir a empreitada. Para realizar esse propósito, tentaram causar divisão entre os trabalhadores, insinuando dúvidas e despertando descrença quanto ao seu êxito. Também ridicularizaram os esforços dos construtores, declarando que o empreendimento era algo impossível e predizendo seu triste fracasso. [...]

“Os construtores do muro foram logo assediados pela mais ativa oposição. Eram obrigados a guardar-se continuamente contra as conspirações de seus insistentes adversários. Os emissários do inimigo procuraram destruir o ânimo deles fazendo circular boatos, suscitaram conspirações sob vários pretextos a fim de atrair Neemias para suas ciladas e encontraram judeus de coração falso dispostos a ajudar o plano traiçoeiro. Além disso, espalhou-se o boato de que Neemias estava conspirando contra o monarca persa, intentando elevar-se como rei de Israel, e que todos que o ajudassem seriam considerados traidores.

“Emissários do inimigo, professando amizade, misturaram-se com os construtores, sugerindo modificações no plano, procurando de várias maneiras desviar a atenção dos trabalhadores a fim de causar confusão, perplexidade e despertar desconfiança e suspeita. E os planos feitos para o progresso do trabalho foram relatados por esses espias aos inimigos. [...]

“A experiência de Neemias repete-se na história do povo de Deus em nossos dias. Os que lutam pela causa da verdade descobrirão que não o podem fazer sem provocar a ira dos inimigos dela. Embora tenham sido chamados por Deus para a obra em que se acham empenhados, e seu procedimento seja por Ele aprovado, não podem fugir à vergonha e ao escárnio. Serão denunciados como visionários, indignos de confiança, intrigantes, hipócritas – tudo, enfim, que sirva ao propósito de seus inimigos. As coisas mais sagradas serão apresentadas a uma luz ridícula, a fim de divertir os ímpios. Uma pequenina dose de sarcasmo e humor vulgar, unidos à inveja, ciúmes, impiedade e ódio, é suficiente para instigar o riso do escarnecedor profano. E esses gracejadores presunçosos afiam mutuamente sua engenhosidade, encorajando-se reciprocamente em sua obra blasfema. O desprezo e a zombaria são de fato dolorosos para a natureza humana, mas têm que ser suportados por todos os que são fiéis a Deus. A política do inimigo é desviar assim as pessoas de realizar a obra que o Senhor lhes incumbiu.

“Escarnecedores orgulhosos não são confiáveis; mas da mesma forma que Satanás descobriu nas cortes celestiais companheiros que simpatizavam com ele, assim esses encontrarão entre os professos seguidores de Cristo aqueles a quem podem influenciar, que neles creem honestamente, que simpatizem com eles, os defendam e se apropriem de seu espírito” (Trechos selecionados do livro de Ellen G. White, Lições da Vida de Neemias, capítulo 7).

DISCUSSÃO

Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:
Você já foi insultado em relação à sua identidade, capacidade, religião ou outra área? Como lidou com essas situações?
Quais são as artimanhas do inimigo mencionadas no texto bíblico desta semana?
A oração ajuda a enfrentar oposições?
Como podemos explicar as orações imprecatórias da Bíblia?
Pense Nisto
- Depois do estudo de Neemias 4:1-6, nesta semana, quais aplicações você pode fazer em sua vida? - Quais práticas você pensa adotar em sua casa, escola, trabalho e igreja?

Lição 04: Enfrentando a Oposição - 19 a 26 de Outubro 2019

VERSO PARA MEMORIZAR:
“Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar, até que o assunto chegasse a Dario, e viesse resposta por carta sobre isso” (Ed 5:5).
LEITURAS DA SEMANA:
Ed 4; 5:1-5; 2Co 6:14; Ag 1; Ne 4; 6:1-13
SÁBADO A TARDE - 19 DE OUTUBRO 2019 - INTRODUÇÃO - Ano Bíblico: Mc 15, 16
Os capítulos 3 a 6 de Esdras são estruturados tematicamente, abrangendo diferentes períodos históricos de oposição à reconstrução do templo. Reconhecer essa abordagem temática ajudará a esclarecer a mensagem geral.
O nome de Esdras é mencionado pela primeira vez em Esdras 7:1. Com sua chegada, em 457 a.C., as coisas mudaram, e a cidade de Jerusalém, juntamente com o muro, começou a ser reconstruída de maneira intermitente. Treze anos depois, Neemias chegou (ele foi enviado por Artaxerxes em 444 a.C.), e a construção do muro foi finalmente retomada. Embora a oposição fosse intensa, a obra foi concluída em 52 dias (Ne 6:15).
A resistência à obra de Deus é um tema predominante nos livros de Esdras e Neemias; portanto, não é surpreendente que a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém tenha incitado oposição e perseguição. Para onde quer que nos voltemos no mundo de hoje, há resistência à obra do Senhor. Satanás tenta assegurar que o evangelho não se espalhe rapidamente, pois é uma ameaça ao seu domínio. Em Esdras e Neemias, como os judeus lidaram com a oposição?
DOMINGO, 20 DE OUTUBRO 2019 - INICIA-SE A OPOSIÇÃO - Ano Bíblico: Lc 1, 2
1. Leia Esdras 4:1-5. Em sua opinião, por que o remanescente israelita ­recusou a ajuda de outros povos na construção do templo?
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Superficialmente, o pedido parecia bondoso e amistoso, então por que recusar ajuda? Em certo sentido, a resposta se encontra no próprio texto. Os “adversários” foram oferecer-lhes ajuda. Adversários? Essa palavra por si só apresenta um forte indício da razão pela qual os israelitas reagiram dessa maneira.
Por que essas pessoas foram chamadas de adversárias? 2 Reis 17:24-41 explica que elas foram trazidas de outras nações para Samaria e para a região circunvizinha após a deportação dos israelitas do Reino do Norte. O rei da Assíria lhes enviou um sacerdote, que deveria ensiná-las a adorar o Deus da terra, isto é, o Deus de Israel. Contudo, a religião resultante incorporou também os deuses cananeus. Portanto, o remanescente israelita temia que essa religião fosse trazida para a adoração no templo. Sendo assim, o melhor e mais inteligente a fazer foi exatamente o que eles fizeram: dizer “não, obrigado”.
Precisamos lembrar por que tudo isso estava acontecendo. A transigência constante dos antepassados de Israel para com as religiões pagãs ao seu redor levou à destruição do templo, bem como ao exílio. Presumivelmente, durante o processo de reconstrução do templo, a última coisa que os israelitas queriam fazer era se associar aos povos vizinhos.
2. Quais outras informações do texto mostram que essa recusa foi o certo a fazer? (Veja Ed 4:4, 5). Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Os povos vizinhos começaram a desanimá-los na construção do templo e a colocar conselheiros para frustrarem o plano deles.
B. ( ) O povo ao redor subornou os israelitas em troca de auxílio.
Pense na facilidade com que os judeus poderiam ter defendido a aceitação da ajuda dos povos vizinhos na reconstrução do templo. O que 2 Coríntios 6:14 tem a dizer nesse contexto?    
Movimento de oração e resgate: Você sabia que os Dez Dias de Oração de 2020 terão uma forte ênfase na busca por pessoas afastadas dos caminhos de Cristo? A preparação já começa neste trimestre, por meio de intensa oração!    
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE OUTUBRO 2019 - OS PROFETAS ENCORAJAM - Ano Bíblico: Lc 3-5
Infelizmente, a oposição que os judeus encontraram por parte das nações vizinhas, conforme descrita nos capítulos 4 a 6 de Esdras, deixou-os com medo e relutantes quanto a trabalhar no templo.
Como mencionamos anteriormente, o trecho do livro de Esdras que tem início no capítulo 4:6 e vai até o 6:22 não foi escrito em ordem cronológica. Por isso, examinaremos o capítulo 5 antes do capítulo 4.
3. Leia Esdras 5:1-5. Por que Deus enviou os profetas Ageu e Zacarias aos judeus? Qual foi o resultado de suas profecias?
Os judeus tinham parado de construir porque estavam com medo. Mas Deus os havia enviado a Judá para reconstruir o templo e a cidade, e Ele tinha um plano. Já que eles estavam com medo, faria algo para encorajá-los. Por isso, o Senhor chamou dois profetas para intervir. A oposição humana não faz Deus parar; mesmo que os judeus tenham contribuído, por suas próprias ações, para essa oposição, o Senhor não os abandonou. Ele atuou por meio dos profetas para motivá-los e impulsioná-los à ação novamente.
4. Leia Ageu 1. Qual foi a mensagem para os judeus, e o que podemos ­extrair desse texto para nossa vida?
“Os profetas Ageu e Zacarias foram despertados para enfrentar a crise. Com encorajadores testemunhos esses mensageiros escolhidos revelaram ao povo a causa de suas dificuldades. A falta de prosperidade temporal era o resultado da negligência em dar prioridade aos interesses de Deus, os profetas afirmaram. Tivessem os israelitas honrado a Deus, tivessem mostrado a Ele o devido respeito e cortesia, fazendo do reerguimento de Sua casa a primeira obra, e teriam convidado Sua presença e bênção” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 574).
TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO 2019 - INTERRUPÇÃO DA OBRA - Ano Bíblico: Lc 6-8
5. Em Esdras 4:6-24, o que os inimigos fizeram para interromper a obra em Jerusalém? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Assassinaram os construtores.
B.(  ) Enviaram uma carta aos reis Dario, Xerxes e Artaxerxes, insinuando que os judeus não pagariam mais impostos caso a cidade e o templo fossem reedificados.
As “gentes da terra” escreveram cartas de acusação contra os judeus e sua obra primeiramente a Dario (Ed 5 e 6), depois a Xerxes (Assuero) e Artaxerxes. Elas Estavam fazendo tudo ao seu alcance para impedir a obra em Jerusalém.
O povo das nações vizinhas declarou que, se a cidade fosse reconstruída, o rei perderia seu poder sobre ela, pois Jerusalém sempre havia sido um local de rebelião e problemas. Infelizmente, Artaxerxes foi levado a crer que os judeus estivessem construindo somente porque queriam obter sua independência e, assim, incitar o confronto. Ele ordenou que o trabalho fosse interrompido, e o povo enviou um exército para impedir a reconstrução da cidade. Essa abordagem violenta fez com que a obra de Deus parasse.
6. Leia Esdras 4:23, 24. Por que os judeus pararam a construção? Eles não sabiam que Deus desejava que eles reconstruíssem a cidade? O que os atrapalhou?
Evidentemente, os judeus perceberam que Deus os havia chamado para reconstruir a cidade e o templo, mas, por causa da forte oposição, eles tiveram medo. Talvez tenham inventado desculpas como “agora não deve ser a hora”, ou “se isso fosse realmente o que Deus desejava que fizéssemos, Ele teria providenciado um meio”, ou ainda “talvez nem deveríamos ter voltado para cá”. Quando a oposição nos impede de fazer o que acreditamos ser o chamado de Deus para nós, temos a tendência de questionar a orientação divina e duvidar dela. Podemos facilmente nos convencer de que cometemos um erro. O medo pode paralisar nossa mente, e os pensamentos se transformam em desespero e desamparo, em vez de nos concentrarmos no poder de Deus.
Você já vivenciou uma situação em que estava convencido de que Deus o havia chamado para fazer algo, mas nutriu dúvidas quando as coisas ficaram difíceis? (Pense, por exemplo, em João Batista.) O que aprendeu com essa experiência?    
QUARTA-FEIRA, 23 DE OUTUBRO 2019 - NEEMIAS AGE (444 a.C.) - Ano Bíblico: Lc 9-11
7. Leia Neemias 4. O que os judeus fizeram sob a liderança de Neemias para enfrentar a oposição? Por que era importante que eles se preparassem para lutar, em vez de simplesmente não fazerem nada, acreditando que Deus os protegeria?
Depois de inícios e interrupções, o povo começou a trabalhar novamente. Os judeus oraram e, então, Neemias organizou uma vigilância ativa. O povo fazia turnos durante o dia e à noite a fim de estar preparado para qualquer ataque iminente. Neemias também organizou as pessoas ao redor do muro, munindo-as com armas, a fim de que cada família estivesse pronta para lutar. Além disso, ele dividiu seus servos em dois grupos: um trabalhava, e o outro segurava armas. Havia também provisões especiais para todos os que trabalhavam no muro, pois estes se encontravam mais próximos do perigo. Cada construtor segurava uma espada com uma mão e com a outra acrescentava tijolos ou pedras e argamassa ao muro. Eles estavam preparados para enfrentar a oposição. Fizeram a parte deles; o Senhor fez o resto. A fé de Neemias na proteção divina é inspiradora. No entanto, ele não ficou sentado esperando que Deus fizesse tudo. Eles se prepararam da melhor maneira que puderam.
Duas passagens de Neemias estão entre as declarações mais inspiradoras da Bíblia: “Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher e vossa casa” (Ne 4:13, 14); “O nosso Deus pelejará por nós” (Ne 4:19, 20).
Os judeus poderiam ter parado a construção novamente por causa da persistente oposição, mas, em vez de serem dominados pelo medo, agarraram-se à promessa de que Deus pelejaria por eles. Quando encontramos oposição ao nome do Senhor, às nossas crenças ou ao que o Criador nos chama a fazer, devemos nos lembrar de que “Deus pelejará por nós”.
No fim, os judeus perceberam que o Senhor estava por trás do que eles estavam fazendo, e isso lhes deu coragem para seguir em frente.
Por que é tão importante ter a convicção de que estamos realizando a vontade de Deus? Como podemos saber se o que estamos fazendo é a vontade do Senhor?    
QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO 2019 - FAZENDO UMA “GRANDE OBRA” - Ano Bíblico: Lc 12-14
8. Leia Neemias 6:1-13. Por que Neemias via o seu trabalho em Jerusalém como uma “grande obra” (Ne 6:3)? Quais foram as tentativas para detê-lo?
O capítulo 6 de Neemias descreve muitos atentados contra a vida do servo de Deus. Sambalate e Gesém continuaram enviando cartas a Neemias a fim de levá-lo a procurá-los sob o pretexto de uma reunião. No entanto, o encontro deveria ocorrer na planície de Ono, que estava em território inimigo. Neemias percebeu a verdadeira intenção do convite. Sambalate, Tobias e Gesém viram uma janela de oportunidade que duraria apenas até que o muro fosse concluído, e os portões, fechados. Os judeus tinham a proteção do rei persa e, por isso, seus inimigos não poderiam vencê-los mediante um ataque frontal. Mas, se esses inimigos se livrassem do líder, impediriam o progresso da obra ou, até mesmo, provocariam a sua definitiva interrupção. Sambalate, Tobias e Gesém não desistiram. Mesmo que Neemias não respondesse, eles continuaram tentando. Deve ter sido frustrante para o servo de Deus ter que lidar com a oposição a cada momento. Ele lhes respondeu: “Estou fazendo grande obra” (Ne 6:3).
Pelos padrões do mundo, Neemias estava fazendo uma grande obra como copeiro do rei, visto que essa era uma ocupação de prestígio, uma das mais importantes da terra, em que ele servia como conselheiro do rei. Mas qual seria o propósito de construir uma cidade que estava em ruínas, que não tinha nenhuma importância aparente? Isso era o que ele chamava de grande obra? Neemias considerou a obra de Deus grande e mais importante do que sua carreira porque percebeu que a honra do nome de Deus estava em jogo em Jerusalém.
Além disso, quando Deus estabeleceu os serviços do santuário, Ele instituiu o sacerdócio. A fim de manter o santuário santo e especial para as pessoas, Ele permitiu que somente os sacerdotes realizassem os deveres dentro do templo. Temos dificuldade de ver a santidade de Deus; por isso, Ele tomou providências para ajudar os israelitas a entrar em Sua presença com reverência. Neemias sabia que o pátio do templo era para todos, mas não os aposentos interiores. Por suas palavras acerca do encontro no interior do templo, Semaías não só se mostrou falso profeta, sugerindo algo contrário à ordem de Deus, mas também se expôs como traidor.
Hoje, sem o santuário terrestre, como manter o senso da santidade divina? De que modo a percepção da santidade de Deus, em contraste com nossa pecaminosidade, nos leva à cruz?    
SEXTA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO 2019 - ESTUDO ADICIONAL - Ano Bíblico: Lc 15-17
Textos de Ellen G. White: Profetas e Reis, p. 635-660 (“Os Reconstrutores do Muro”, “Condenada a Extorsão” e “Ciladas dos Pagãos).
“A oposição e o desencorajamento que os reconstrutores nos dias de Neemias tiveram que enfrentar da parte de inimigos declarados e falsos amigos são típicos da experiência dos que trabalham hoje para Deus. Cristãos são provados, não somente pela ira, desprezo e crueldade de inimigos, mas pela indolência, inconstância, frouxidão e deslealdade de pretensos amigos e auxiliares” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 644).
“Na firme devoção de Neemias à obra de Deus, e em sua confiança igualmente firme em Deus, está a razão da derrota dos seus inimigos em ­atraí-lo ao seu poder. A pessoa indolente facilmente cai presa da tentação; mas na vida que tem alvo nobre, propósito envolvente, o mal encontra pouco terreno. A fé de quem está constantemente avançando não se debilita; pois acima, embaixo e além, ele reconhece o Infinito Amor promovendo todas as coisas para realização do Seu bom propósito. Os verdadeiros servos de Deus trabalham com determinação que não falhará, porque estão na constante dependência do trono da graça” (Profetas e Reis, p. 660).
Perguntas para discussão
1. Coloque-se no lugar de Zorobabel, Josué e os outros líderes quando seus inimigos ofereceram ajuda. Eles fizeram bem em não aceitar a oferta. Como saber quando devemos colaborar com outros que não são da nossa fé? Quais critérios seguir?
2. É perigoso fazer concessões em relação à fé. A história de Israel até o cativeiro babilônico traz exemplos de transigência. Porém, o que ocorre quando alguns vão a extremos para evitar esse problema? Jesus foi ­acusado de transgredir o sábado (Jo 9:14-16). Seus acusadores não foram ao outro extremo, ao desejar matá-lo por causa das curas feitas no sábado? Como encontrar o equilíbrio?
Respostas e atividades da semana:
1. Comente com a classe.
2. A.
3. Para profetizar em nome de Deus e encorajar o povo a voltar a construir. O Senhor, por meio de Ageu e Zacarias, levantou Zorobabel e Josué, que se dispuseram a retomar a obra.
4. A tônica da mensagem foi que o povo não havia priorizado a construção da casa do Senhor, mas suas próprias casas. Por isso, eles estavam sofrendo.
5. F; V.
6. Os judeus interromperam a construção porque foram forçados a fazê-lo. Os povos vizinhos os ameaçaram com armas, e eles ficaram com medo.
7. Eles passaram a se dividir em turnos para vigiar e construir o muro. Com uma mão assentavam tijolos, e com a outra seguravam espadas. Neemias os preparou para lutar em meio à edificação. Eles fizeram a parte deles, e Deus os protegeu.
8. Neemias considerava a incumbência de reconstruir a cidade e o templo uma grande obra, pois ela havia sido dada pelo Senhor. Além disso, o nome do Senhor estava em jogo. Primeiramente, Sambalate enviou cartas ao servo de Deus pedindo que ele fosse vê-lo. Mas Neemias percebeu que aquilo era uma cilada. Em sua última carta, Sambalate disse que Neemias estava tentando ser rei em Jerusalém. Neemias negou veementemente essa ideia. Não satisfeitos, Sambalate e Tobias subornaram Semaías a aconselhar o servo do Senhor a entrar no templo, onde queriam matá-lo. Neemias percebeu a cilada e não deu ouvidos à “profecia” de Semaías. 

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