sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Democrata Nancy Pelosi pede bloqueio do acesso de Trump a códigos nucleares

Presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos afirmou que pedido foi feito com intenção de prevenir que o ‘presidente instável’ do país comande ataques nucleares


Em uma carta enviada a colegas do Capitólio nesta quinta-feira, 8, a democrata e presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou que conversou com o Chefe do Estado-Maior do Exército, general James C. McConville, sobre a possibilidade de bloquear o acesso do republicano Donald Trump aos códigos nucleares do país. “Segundo a mensagem, a conversa com o general foi para “previnir que um presidente instável inicie hostilidades militares ou ordene um ataque nuclear”. “Devemos fazer tudo ao nosso alcance para proteger o povo norte-americano”, afirmou. O pedido de Pelosi é feito pouco mais de 10 dias antes do presidente deixar o cargo. Não há, porém, informações sobre se o pedido deve ou não ser acatado.

A quinta morte causada pela invasão ao Capitólio dos Estados Unidos na última quarta-feira foi confirmada nesta sexta. A vítima era um policial. Até o momento, mais de 60 pessoas foram presas e a polícia de Washington D.C. busca uma série de suspeitos com base em fotos tiradas no local. Nessa quinta, a prefeita da capital dos EUA, Muriel Browser, pediu que Donald Trump fosse responsabilizado pela invasão. Poucas horas depois, o presidente publicou novo vídeo nas redes sociais tentando desvincular sua imagem do ocorrido. Nesta sexta, Trump afirmou que não vai participar da cerimônia de posse de Joe Biden, marcada para 20 de dezembro. A vitória do democrata foi oficializada após a invasão, ainda na quarta.

Protocolo da AdventHealth Ocala impulsiona avanços contra a covid-19

 ICAM manteve 96% dos pacientes atendidos com a combinação fora da UTI e sem respiradores



Profissionais envolvidos no projeto (da esquerda para a direita): doutor Stanley Mikowski; doutor Ken Barrick; doutora Carlette Norwood-Williams e doutor Narsing Rao (Foto: AdventHealth Ocala)

Diante de um novo coronavírus e poucas opções para tratamento, e no caso do antiviral remdesivir, graves carências e alto custo – sistemas de saúde, hospitais e clínicas comunitárias buscam tratamentos alternativos e seguros que possam salvar vidas.

Por isso, o AdventHealth Ocala, parte do maior sistema de saúde de origem protestante e sem fins lucrativos dos Estados Unidos, explorou seu conhecimento e criatividade, intelecto médico e científico, e o seu desejo de salvar vidas, e desenvolveu o protocolo ICAM, que parece ser altamente eficaz ao ser observado atentamente.

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Se o ICAM provar que funciona de forma consistente, o AdventHealth e a doutora Carlette Norwood-Williams terão prestado ao mundo um serviço efetivo. O próximo passo será um estudo para investigar a eficácia do tratamento combinado.
Desafio à frente

O protocolo surgiu quando Carlette, diretora de farmácia do AdventHealth, foi confrontada com o aumento dos casos de covid-19 e a escassez do único medicamento provisoriamente aprovado na época, o remdesivir.

Ela começou a trabalhar em pesquisas alternativas, um processo que ocorria frequentemente antes da pandemia no AdventHealth e em outras clínicas norte-americanas. Agora, durante a pandemia, os provedores de saúde muitas vezes precisam resolver os problemas por conta própria. O novo protocolo desenvolvido na Flórida mostra-se promissor e até recebeu aprovação para um estudo local.

Ele foi formulado em tempo de pandemia, fora do escritório e baseado no entendimento de como as terapias subjacentes realmente funcionam, combinadas com observação de dados crescentes sobre como o coronavírus impacta os pacientes.

Todos os medicamentos usados no ICAM estão dentro das indicações originais da Food and Drug Administration (FDA), agência federal do Departamento de Saúde dos Estados Unidos. A combinação específica como um protocolo é única, escolhida por causa da evidência consistente de melhorias nos marcadores dos pacientes com covid-19.
O que é o protocolo ICAM?

É o resultado de uma sigla, afirma o jornal Ocala Star-Banner e Carlos Medina: I significa “Immunosupport” [suporte imunológico] e inclui vitamina C e zinco para ajudar a impulsionar o sistema imunológico; C representa “Corticosteroide”, metilprednisolona, que pode reduzir a inflamação nos pulmões para aumentar a respiração; A é “Anticoagulante” como enoxaparina, um anticoagulante que pode ajudar a interromper a coagulação do sangue, observada nos casos mais graves de covid-19; e, por último, M significa “Macrolídeo”, como a azitromicina, frequentemente chamada de “Z-Pac”, que é um antibiótico usado para atenuar a probabilidade de pneumonia.

Em resumo, é a combinação de: 1) vitamina C e zinco, 2) corticosteroide, 3) anticoagulante e 4) macrolídeo. Cada tratamento foi considerado e selecionado por sua contribuição para um problema relacionado à covid-19.

Na entrevista ao Ocala StarBanner, a doutora Carlette informou que o protocolo ICAM foi desenvolvido com base na consideração de “como a resposta inflamatória dos pacientes reagiu aos medicamentos. Na maioria das mortes associadas ao vírus, a covid-19 não está mais ativa no corpo. A morte ocorre a partir da resposta inflamatória do corpo à infecção. Então o ICAM foi concebido e baseado nessa consideração”, observou, e “fornece proteção ao corpo até que o vírus fique sem forças”.
Resultados observacionais

Este protocolo não é usado em casos leves ou moderados de covid-19, mas sim naqueles pacientes internados no hospital. Carlette afirma que mais de 96% dos pacientes atendidos com a combinação de medicamentos do protocolo ICAM ficaram fora da UTI e sem respiradores. A farmacêutica comentou que “durante 76 dias nossos pacientes não tiveram nenhuma transferência para a UTI, não usaram o ventilador mecânico e não houve mortes com o ICAM ou processos semelhantes ao ICAM”.
Estudo

O protocolo ICAM foi aprovado pelo Conselho Revisor Institucional do AdventHealth, e um estudo com 100 pacientes foi iniciado. Ele ocorrerá no Condado de Marion e incluirá a participação do Departamento de Saúde da Flórida e do Centro de Saúde Heart of Florida.

Fundado em 1973, o AdventHealth é um sistema de saúde com sede em Altamonte Springs, Flórida, e possui instalações em nove Estados dos Estados Unidos. Até início de 2019 era conhecido como Adventist Health System, quando foi renomeado AdventHealth.

Ele é o maior provedor de saúde de origem protestante e sem fins lucrativos e um dos maiores sistemas de saúde sem fins lucrativos dos Estados Unidos, com centenas de locais para atendimento e cerca de 50 hospitais em todo o território norte-americano. Possui 8.200 leitos licenciados em nove Estados, cuidando de mais de cinco milhões de pacientes por ano. Sua missão é continuar o ministério de cura de Cristo.