sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Quase 60% dos pacientes atendidos em Teresina são de outras cidades do PI e MA; FMS pede auxílio de R$ 69 mi

Presidente da Fundação Municipal de Saúde aponta que a capital gasta 35% de suas receitas com a saúde pública — 15% a mais que o previsto na Constituição.

A rede municipal de saúde de Teresina atende, atualmente, 58% de pacientes vindos de outras cidades do Piauí e do Maranhão, de acordo com a presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano.

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Em entrevista à TV Clube nesta sexta-feira (1º), a presidente afirmou que a FMS está pedindo à Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) e ao Ministério da Saúde que aprovem uma resolução que destinaria R$ 69 milhões, todos os meses, como um incremento para a saúde pública da capital.

"Há a determinação [constitucional] de que o município deve investir 15% de todas as suas receitas com saúde, e Teresina gasta hoje 35% — 20% a mais. Temos um déficit comprovado e precisamos que o governo do Piauí e o ministério nos apoiem", disse Leopoldina.

Os pedidos foram feitos pela presidente, ao lado de um diagnóstico da rede municipal de saúde, em uma reunião na última quarta-feira (30) com o diretor do Fundo Nacional de Saúde (FNS), Darcio Guedes, em Brasília (DF).
Presidente da FMS se reúne com diretor do Fundo Nacional de Saúde em Brasília — Foto: Divulgação/FMS
Além de Leopoldina, a diretora-geral do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Aranucha Brito, também participou do encontro. O HUT oferece atendimentos de média e alta complexidade e é a principal referência para os pacientes da capital e de outros municípios.
Segundo a presidente da FMS, há uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde em 2024 que prevê o pagamento de uma quantia provisória de R$ 43 milhões para Teresina. No entanto, conforme ela, a pasta federal está priorizando as portarias assinadas este ano.

"O [diretor do FNS] Darcio disse que a orientação do ministério é não pagar nenhuma portaria do ano passado. Por isso solicitamos aos nossos parlamentares dialoguem com a Casa Civil para fazer esse incremento provisório, mas que atende às necessidades de Teresina", apontou.

Leopoldina se reuniu ainda com o prefeito de Timon (MA), Rafael Brito (PSB), para conversar sobre a atualização do acordo que define as responsabilidades entre as cidades vizinhas no custeio e organização dos atendimentos de urgência e emergência no HUT.

Quanto ao anúncio do Ministério da Saúde de que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser atendidos em hospitais e clínicas de planos particulares, a presidente da FMS explicou que o projeto ainda está em discussão.

"O ministério vai nos informar qual é o valor real do débito de cada plano e cada clínica para que a gente possa negociar e ter uma noção de quantos pacientes serão atendidos", completou.
Pacientes aguardam por atendimento na UPA do Promorar, em Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube

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