terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

08. Os dons do Espírito Santo: 18 a 25 de fevereiro

08. Os dons do Espírito Santo: 18 a 25 de fevereiro

SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Nm 20, 21)

VERSO PARA MEMORIZAR:“Os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (1Co 12:4-6).
Leituras da semana: 1Co 12:4-7, 11; Ef 4:7; 1Co 12:14-31; Rm 12:3-8; 1Jo 4:1-3
Ao sair para uma longa viagem de negócios, um homem deixou seu filho encarregado dos afazeres domésticos, com uma tarefa específica para realizar. Porém, o filho logo percebeu que seu pai não tinha providenciado os meios nem os instrumentos necessários para a realização da incumbência. Frustrado, o filho teve que deixá-la inacabada.
Da mesma forma, quando Jesus deixou Seus discípulos e foi habitar com o Seu Pai no Céu, Ele lhes deu uma tarefa específica: pregar as boas-novas do evangelho ao mundo. Porém, Cristo não os deixou sem os recursos necessários para cumprir a missão. Eles os habilitou a realizar aquilo que lhes ordenou que fizessem, mas em Seu nome e pelo poder e auxílio do Espírito Santo. Em 1 Coríntios 1:4-7, Paulo agradeceu “por causa da graça que [Deus deu à igreja] em Cristo Jesus. Pois nEle [os coríntios haviam sido enriquecidos em tudo …] de modo que não lhes [faltava] nenhum dom espiritual” (1Co 1:4-7, NVI). Os dons espirituais são concedidos em Cristo por meio do Espírito Santo para a edificação de Sua igreja.
Nesta semana, estudaremos o Espírito Santo como o Soberano Doador dos extraordinários dons de Deus e examinaremos a diferença entre o fruto do Espírito e os dons espirituais.
10° dia: Hoje oraremos para que a esperança da volta de Jesus continue firme em nosso coração e vivamos de acordo com a certeza de libertação final.
DOMINGO - O fruto do Espírito e os dons do Espírito (Ano Bíblico: Nm 22–24)
O fruto do Espírito e os dons do Espírito têm o mesmo Autor. No entanto, eles não são a mesma coisa. Ninguém é obrigado a manifestar um dom do Espírito, mas todos devem manifestar o fruto do Espírito. Os dons espirituais não dão necessariamente testemunho da espiritualidade, mas o fruto do Espírito dá. Embora exista apenas um fruto, existem muitos dons, e alguns são maiores do que outros.
1. Leia 1 Coríntios 12:4-7, 11. Qual é a essência do ensino de Paulo nessa passagem?
Embora o propósito divino seja que todos os aspectos do fruto do Espírito se tornem visíveis na vida de Seus seguidores, nem todo cristão tem o mesmo dom ou dons. Não existe nenhuma ordem de que todos devam ter um dom específico, por exemplo, falar em línguas. Em vez disso, Deus “supre” soberanamente os cristãos com diferentes dons, conforme Lhe convém. Os dons espirituais são concedidos para que sirvamos às pessoas e edifiquemos o corpo de Cristo, Sua igreja. Eles não são dados para nosso próprio prazer e glória, mas para o avanço da causa de Deus.
Portanto, os dons espirituais são inúteis sem o fruto do Espírito. É interessante que, no contexto dos dons espirituais, são feitas muitas alusões ao amor. Imediatamente após 1 Coríntios 12 vem a descrição suprema do amor, no capítulo 13. Depois do texto de Efésios 4:11-13, há referências ao amor, nos versículos 15 e 16. De idêntico modo, os versos que vêm depois de Romanos 12:3-8, em que os dons espirituais são mencionados, falam sobre o amor (veja Rm 12:9, 10).
Os dons são, afinal, dons da graça; isto é, dons do amor. Eles são dados por amor e servem ao amor de Deus para que outras pessoas sejam alcançadas. Portanto, quando amamos as pessoas estamos lhes revelando o amor de Deus. Um Deus amoroso e onisciente proporciona os meios para que realizemos aquilo que Ele nos comissionou a fazer. Talvez por isso o amor seja o maior de todos os dons (1Co 13:13).
Por que o amor é fundamental para tudo o que fazemos como cristãos? Como o amor, em certo sentido, confere “poder” ao nosso testemunho?
SEGUNDA - Deus, o soberano doador dos dons espirituais (Ano Bíblico: Nm 25–27)
Não somos nós que decidimos quais dons teremos. A palavra grega para os dons espirituais é charismata – eles são dons da graça, distribuídos e concedidos pelo próprio Deus. Não os obtemos por nosso status, posição, honra, educação ou desempenho espiritual. Eles são dons, concedidos gratuitamente por amor, para que possamos cumprir a tarefa que Deus nos designou.
2. Leia Efésios 4:7. Muitas vezes pensamos que o Espírito Santo seja o único que concede os dons espirituais. O apóstolo Paulo também relaciona Jesus Cristo à distribuição dos dons. Como Jesus está envolvido na entrega dos dons? Complete as lacunas:
A __________________________ de Jesus nos assegurou o __________________________ de recebermos os __________________________.
Aqueles que aceitam Jesus Cristo como seu Salvador pessoal e nEle creem, serão supridos pelo Espírito Santo com dons espirituais “como Lhe apraz” (1Co 12:11). A concessão dos dons é uma decisão soberana de Deus.
Os dons espirituais não são os talentos naturais que alguém possa ter desenvolvido através de educação intensa. Muitos não cristãos também são abençoados com talentos da providência divina. Embora toda boa dádiva e todo dom perfeito venham, em última instância, de Deus (Tg 1:17), Ele decidiu prover os que nEle creem com dons especiais a fim de abençoar a vida de outros cristãos e edificar Sua igreja. Deus pode usar também um talento natural para esse propósito, quando a pessoa reconhece que, mesmo esse talento, no fim das contas, vem dEle e, em seguida, em espírito de oração e de maneira submissa, dedica esse talento para a obra do Senhor.
3. Leia 1 Coríntios 12:14-31. O que Paulo disse sobre a distribuição dos dons? Por que essa perspectiva é tão importante para a compreensão de como os dons espirituais funcionam na igreja?
O Espírito Santo é quem distribui os dons de acordo com Sua sabedoria e vontade. Visto que Ele nos ama e conhece melhor a maneira pela qual podemos servi-Lo de modo mais eficiente, não precisamos ter inveja das outras pessoas e de seus dons. Invejar outros dons é um sinal de ingratidão para com Deus e de dúvida quanto à Sua sabedoria na distribuição de Seus dons.
Quais dons Deus concedeu aos membros da sua igreja? Que mensagem você pode tirar do fato de que diferentes pessoas tenham diferentes dons?
TERÇA - O propósito dos dons espirituais (Ano Bíblico: Nm 28–30)
4. Leia Romanos 12:3-8 e Efésios 4:8-12. De acordo com esses textos, qual é o propósito dos dons espirituais que Deus nos dá? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Exaltar nossa religião.
B. ( ) Habilitar-nos para servir às pessoas, aperfeiçoar os santos para o serviço e edificar a igreja.
C. ( ) Mostrar quem está em melhor condição espiritual.
D. ( ) Promover nosso benefício e destaque diante da igreja.
Os dons espirituais foram claramente concedidos para o serviço, não para nossa santificação. Eles não são truques surpreendentes que satisfazem nossa curiosidade, nem são dados como antídoto para o tédio. Muitas vezes pensamos nos dons espirituais em termos da satisfação das nossas necessidades espirituais, ou do nosso fortalecimento na caminhada com Deus. O resultado disso é uma concepção dos dons mais centrada nos cristãos do que em Cristo; mais voltada para nós do que para Deus. Quando tentamos retomar a perspectiva dos dons espirituais centrada em Deus, percebemos que os dons por Ele concedidos cumprem vários propósitos divinos: são dados para promover a unidade da igreja e para edificá-la (Ef 4:12-16). São concedidos para levar adiante o ministério que o Senhor comissionou à igreja (Ef 4:11, 12). Por fim, eles são dados para glorificar a Deus (1Pe 4:10, 11).
Essa é a razão pela qual os dons nunca são dados para nos agradar. Eles devem edificar outras pessoas (1Pe 4:10; 1Co 14:12, 26). São concedidos a fim de trazer proveito espiritual e edificação a toda a igreja. É uma tragédia quando os dons de Deus, que deveriam promover a unidade da igreja, são mal utilizados de modo que apenas certos indivíduos são exaltados. Quando isso acontece, as pessoas recebem um destaque indevido. Isso, por sua vez, promove a desunião e dá espaço à discórdia.
Muitas vezes pensamos nos dons espirituais apenas em termos de habilidades e talentos que recebemos. Embora os talentos estejam envolvidos nos dons espirituais, devemos ter em mente que, ao conceder um dom espiritual, o Espírito Santo sempre dá também uma tarefa ou ministério específicos juntamente com ele (1Pe 4:10). Portanto, podemos dizer que os dons espirituais são certas capacidades dadas por Deus de maneira sobrenatural por meio do Espírito Santo. Eles habilitam a pessoa a um tipo especial de serviço que edifica a igreja. Para alcançar esse objetivo, são necessários diversos dons.
Por que a principal finalidade dos dons é a unidade da igreja? Como os cristãos, com dons diferentes, podem visar à unidade na igreja? O que precisa acontecer para que os diferentes dons na igreja se tornem uma bênção em lugar de uma fonte de divisão?
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QUARTA - Os dons no passado e nos dias de hoje (Ano Bíblico: Nm 31, 32)
5. Leia 1 Coríntios 14:1 e compare as diferentes listas em 1 Coríntios 12:7-11, 27-31, Romanos 12:3-8 e Efésios 4:11, 12. Os dons foram dados somente para os cristãos da época do Novo Testamento ou estão disponíveis hoje? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Deus não concede os verdadeiros dons espirituais hoje porque, do contrário, poderíamos confundi-los com os falsos dons. Temos apenas o dom do amor.
B. ( ) Os dons ainda estão disponíveis porque somos imperfeitos e precisamos de edificação. Somente quando Aquele que é perfeito Se manifestar não haverá mais necessidade dos dons espirituais.
Alguns cristãos pensam que os dons espirituais mencionados no Novo Testamento foram restritos aos dias de Jesus e dos apóstolos. Eles argumentam que, com a morte dos primeiros apóstolos, os dons espirituais especiais também deixaram de se manifestar na igreja. Para sustentar esse ponto de vista, eles citam 1 Coríntios 13:10, onde o apóstolo Paulo afirmou: “Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado”. Realmente, haverá um momento em que os dons cessarão. Mas eles só deixarão de existir quando vier o que é perfeito, isto é, quando não mais virmos através de um espelho obscuro, mas face a face, na volta de Jesus. A Bíblia nos diz que os dons espirituais são dados para a edificação da igreja (1Co 12:28). Paulo admoestou os cristãos a buscar, “com zelo, os dons espirituais” (1Co 14:1). Eles são necessários para o bem-estar do corpo de Cristo. Na ausência de qualquer evidência bíblica de que Deus os tenha abolido, devemos supor que Ele tem em mente a permanência dos dons até que a igreja conclua sua missão e Cristo retorne.
No fim dos tempos, a obra de Deus será concluída com poder e força muito maiores do que no início. Enquanto a igreja é chamada a preparar o mundo para a segunda vinda de Cristo, Deus não deixará seus membros sem auxílio no cumprimento da missão. No entanto, esses dons nunca substituirão a Bíblia, nem ocuparão o mesmo lugar dela. Em vez disso, eles são o cumprimento da promessa bíblica de suprir os cristãos para que eles edifiquem o corpo de Cristo e preparem o mundo para a breve volta de Jesus.
Leia Efésios 4:11-13, especialmente o verso 13, que diz: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. O que esse texto revela sobre a atual necessidade dos dons na igreja?
QUINTA - O Espírito Santo e o dom do discernimento (Ano Bíblico: Nm 33, 34)
6. Leia 1 Coríntios 12:10, 14:29 e 1 João 4:1-3. Por que o dom do discernimento é importante? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Para que possamos distinguir os verdadeiros espíritos dos falsos. Para discernir entre a verdadeira e a falsa profecia.
B. ( ) Para que tenhamos vantagem sobre os nossos irmãos.
C. ( ) Para que alcancemos sucesso financeiro e profissional.
Embora existam os verdadeiros dons espirituais na igreja, a Bíblia também nos adverte a não crer em todo espírito, mas provar os espíritos pela sua conformidade com as Escrituras e pela sua coerência, verificando também se eles exaltam Jesus como Senhor. É necessário “discernir os espíritos” (1Co 12:10, ARC), porque nem tudo que aparenta vir de Deus é realmente dEle. A Bíblia adverte que há poderes demoníacos buscando enganar a igreja, e que existem reproduções diabólicas dos verdadeiros dons do Espírito, tais como ensinos errados, falsas profecias, visões mentirosas, contrafação do dom de línguas, poderes místicos de cura, maravilhas e sinais enganosos, etc.
No entanto, algumas pessoas que aceitam a validade dos dons espirituais ainda hoje, têm dado ênfase especial a alguns dons espirituais e notoriedade indevida à presença de sinais e maravilhas. É interessante que Paulo tenha registrado o dom do discernimento imediatamente depois do dom de “operar milagres” e do dom de “profecia”, e antes de mencionar o dom de línguas (1Co 12:10, NVI).
Deus dá à igreja o dom do discernimento a fim de preservá-la na verdade e na unidade, e para proteger os membros de modo que eles não sigam falsos profetas e não sejam enganados por falsos sinais e milagres. Para avaliar adequadamente cada caso, são necessários maturidade bíblica, conhecimento e fidelidade à Palavra de Deus na fé e na prática. A base para todo discernimento, no entanto, precisa ser a Palavra de Deus. Somente provando tudo pela Palavra podemos saber com certeza se o que estamos ouvindo ou vendo é verdadeiramente do Senhor.
“O homem que faz da operação de milagres a prova de sua fé verificará que Satanás pode, por meio de uma variedade de enganos, efetuar prodígios que parecem genuínos milagres […] Não permitam que passem os dias e sejam perdidas preciosas oportunidades de buscar o Senhor de todo o coração, mente e alma. Se não aceitamos a verdade no amor dela, podemos nos achar no meio do número dos que verão os milagres operados por Satanás nestes últimos dias e neles crerão. Muitas coisas estranhas parecerão admiráveis maravilhas, que deveriam ser consideradas enganos produzidos pelo pai da mentira […] Homens sob a influência de espíritos maus realizarão milagres” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 52, 53).
SEXTA - Estudo adicional (Ano Bíblico: Nm 35, 36)
Leia, de Ellen G. White, “Invisíveis Defensores do Homem” e “Nossa Única Salvaguarda”, em O Grande Conflito, p. 511-517, 593-602.
Alguns perguntam: “Por que não vemos hoje os mesmos tipos de milagres que foram vistos nos tempos bíblicos, como as curas milagrosas?” Em primeiro lugar, ouvimos, sim, histórias sobre milagres. Certamente, algumas pessoas também os têm visto em primeira mão. Em segundo lugar, ao ler a Bíblia, podemos ter a impressão de que os milagres estavam sempre acontecendo. Porém, somente temos essa impressão porque o Espírito Santo inspirou os autores a escrever sobre acontecimentos que foram cruciais no estabelecimento da igreja primitiva, e esses acontecimentos, muitas vezes, incluíam milagres. Podemos imaginar que, na maioria dos casos, e na maior parte do tempo, as coisas naquela época eram do jeito que são hoje: as pessoas aprendiam sobre a Palavra de Deus e, em seguida, respondiam à influência do Espírito Santo. Por fim, veja o que Ellen G. White escreveu: “A maneira pela qual Cristo trabalhava era pregar a Palavra e aliviar o sofrimento por obras miraculosas de cura. Estou, porém, instruída, de que não podemos agora trabalhar dessa maneira, pois Satanás exercerá seu poder realizando milagres. Os servos de Deus hoje não poderiam trabalhar mediante milagres, pois serão operadas espúrias obras de cura, reivindicadas como sendo divinas. Por essa razão o Senhor delimitou um caminho pelo qual Seu povo deve executar uma obra de cura física, aliada ao ensino da Palavra. Devem ser estabelecidas clínicas de saúde, e com essas instituições devem estar ligados obreiros que façam genuína obra médico-missionária. Estende-se, assim, protetora influência em torno dos que vão às clínicas de saúde em busca de cura” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 54).
Perguntas para reflexão
1. Por que os prodígios e curas miraculosas não são, em si mesmos, um guia seguro para determinar a verdade? O que precisamos juntamente com eles?
2. “Pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu” (Rm 12:3, NVI). Que advertência fundamental é dada nesse verso? Até que ponto o conceito que temos de nós mesmos deve ser elevado?
Respostas e tarefas para a semana: 1. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno, peça que ele leia o texto, anote sua resposta e a discuta com toda a classe. É possível não ter algum dom espiritual e ainda assim ter o Espírito Santo? Existe algum dom que todos devem ter para provar que receberam o Espírito Santo? 2. Graça – direito – dons espirituais. 3. Com uma semana de antecedência, selecione dois alunos da classe para ler 1 Coríntios 12:14-31 e anotar a maneira pela qual o Espírito Santo distribui os dons espirituais. Permita que apresentem suas respostas. Discuta com a classe as respostas apresentadas. Pergunte: Qual é o critério adotado para a distribuição dos dons? Por que recebemos dons? 4. B. 5. A(F); B (V). 6. A.

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