Sábado à tarde
Verso para memorizar:
“A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1:17).
Leituras da semana:
Hb 8:6; Mt 19:17; Ap 12:17; Lv 23; At 15:1-29; Gl 1:1-12
A igreja primitiva era composta principalmente de
judeus que jamais pensaram que, ao aceitar Jesus, o Messias de origem
judaica, estavam se afastando da fé de seus pais ou das promessas da
aliança que Deus havia feito ao Seu povo. Como podemos verificar, eles
estavam certos. A questão para os primeiros cristãos judeus não era se
seus compatriotas tinham que se tornar cristãos para aceitar Jesus. A
questão para muitos deles era se os gentios tinham que se tornar judeus
antes que pudessem aceitar a Cristo.
Somente mais tarde, no concílio de Jerusalém, houve uma
resposta sólida. Eles tomaram a decisão de não incomodar os gentios com
uma série de regulamentos e leis. Ou seja, os gentios não precisavam se
tornar judeus antes de aceitar a Cristo.
Contudo, apesar da decisão, alguns mestres continuaram a
atormentar as igrejas, insistindo com os gentios convertidos à fé que
era preciso obedecer essas regras e leis, inclusive a circuncisão (não
exatamente um procedimento que tornaria atrativa para um adulto a adesão
ao cristianismo). Isto é, eles pensavam que, a fim de participar das
promessas da aliança, esses gentios tinham que obedecer a muitas regras e
regulamentos considerados indispensáveis para os israelitas.
Quais foram as questões, e como elas foram resolvidas?
A partir de hoje, 7 de outubro, será lançado o Mutirão de Natal em todo o
Brasil. Não perca a oportunidade de se envolver. Torne sua igreja mais
humana.
Domingo, 08 de outubro
Uma aliança superior
1. De acordo com Hebreus 8:6, o que são
as “promessas superiores” e a aliança superior? Por que o ministério de
Jesus é mais excelente?
Talvez a maior diferença entre a religião do Antigo
Testamento e a do Novo seja o fato de que a era do Novo Testamento teve
início com a vinda do Messias, Jesus de Nazaré. Ele foi enviado por Deus
para ser o Salvador. Os seres humanos não poderiam ignorá-Lo e esperar
ser salvos. Somente pela expiação que Ele proveu, os pecados da
humanidade poderiam ser perdoados. Unicamente pela imputação de Sua vida
perfeita poderiam permanecer diante de Deus sem condenação. Em outras
palavras, a salvação era por meio da justiça de Jesus, e nada mais.
Os santos do Antigo Testamento aguardavam com expectativa
as bênçãos da era messiânica e a promessa de salvação. Na época do Novo
Testamento, as pessoas foram confrontadas com a seguinte pergunta:
“Vocês aceitam Jesus de Nazaré a quem Deus enviou como Messias, seu
Salvador?” Se acreditassem nEle, isto é, se O aceitassem como Redentor, o
que Ele realmente era, e se entregassem a Ele, seriam salvas por meio
da justiça que Ele lhes oferecia gratuitamente.
Entretanto, os requisitos morais permanecem inalterados no
Novo Testamento, pois foram fundamentados no caráter de Deus e de
Cristo. A obediência à lei moral de Deus faz parte tanto da nova aliança
como fez parte da antiga.
2. Leia Mateus 19:17, Apocalipse 12:17,
14:12 e Tiago 2:10, 11. O que esses textos revelam sobre a lei moral no
Novo Testamento? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ela continua valendo, pois é atemporal.
B.( ) Ela não é mencionada no Novo Testamento, pois perdeu a validade.
Ao mesmo tempo, foi interrompido todo o conjunto de leis
rituais e cerimoniais distintamente israelitas, que estavam claramente
ligadas à antiga aliança, e que apontavam para Jesus e para Sua morte e
ministério como Sumo Sacerdote. Teve início uma nova ordem com base em
“promessas superiores”.
Um dos principais objetivos de Paulo no
livro de Romanos foi ajudar os judeus e gentios a compreender o que
estava envolvido nessa transição do judaísmo para o cristianismo.
Levaria tempo para fazer essa transição. Muitos judeus que tinham
aceitado Jesus ainda não estavam preparados para as grandes mudanças que
estavam por vi
Quais são suas promessas bíblicas favoritas? Você costuma
reivindicá-las? As escolhas que você tem feito podem atrapalhar o
cumprimento dessas promessas em sua vida?
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Segunda-feira, 09 de outubro
Leis e regulamentos judaicos
3. Se o tempo permitir, folheie o livro
de Levítico (veja, por exemplo, os capítulos 12, 16 e 23). Quais
pensamentos vêm à sua mente ao ler essas regras, regulamentos e rituais?
Por que muitos deles seriam quase impossíveis de seguir nos tempos do
Novo Testamento?
É conveniente classificar as leis do Antigo Testamento em
várias categorias: (1) lei moral, (2) leis cerimoniais, (3) leis civis,
(4) estatutos e juízos e (5) leis de saúde.
Essa classificação é, em parte, artificial. Na realidade,
algumas dessas categorias estão inter-relacionadas e há uma considerável
coincidência entre elas. Os antigos não as consideravam separadas nem
distintas.
A lei moral é resumida pelos Dez Mandamentos (Êx 20:1-17).
Ela é uma síntese dos requisitos morais da humanidade. Esses dez
preceitos são exemplificados e aplicados em vários estatutos e juízos
nos primeiros cinco livros da Bíblia. Esses exemplos mostram o que
significava guardar a lei de Deus em diversas situações.
As leis civis estão relacionadas à lei moral, pois também
são fundamentadas nela. Elas definem a relação do cidadão com as
autoridades civis e com outros cidadãos. Indicam as penalidades para
diversas infrações.
As leis cerimoniais regulamentavam o ritual do santuário,
descrevendo as várias ofertas e responsabilidades de cada cidadão. Os
dias de festa são especificados e sua observância, definida.
As leis de saúde se sobrepõem às outras leis. As diversas
leis relacionadas à impureza definem a impureza cerimonial, mas ainda
vão além disso, incluindo princípios de higiene e saúde. As leis sobre
carnes puras e impuras estão fundamentadas em considerações físicas.
Embora os judeus provavelmente pensassem, de modo geral,
em todas essas leis como um único pacote, pelo fato de que todas vieram
de Deus, eles devem ter feito certas distinções mentalmente. Os Dez
Mandamentos haviam sido pronunciados por Deus diretamente ao povo. Isso
os colocava à parte, tornando-os especialmente importantes. As outras
leis tinham sido transmitidas por meio de Moisés. O ritual do santuário
só poderia ser cumprido enquanto houvesse um santuário em funcionamento.
As leis civis, pelo menos em grande parte, não podiam mais
ser impostas depois que os judeus perderam sua independência e passaram
a estar sob o domínio civil de outra nação. Muitos preceitos
cerimoniais já não podiam ser observados depois da destruição do templo.
Além disso, depois que o Messias veio, muitos tipos tinham encontrado
seus antítipos, e não tinham mais validade.
Terça-feira, 10 de outubro
Conforme o costume de Moisés
4. De acordo com Atos 15:1, o que causava
dissensão? Por que alguns acreditavam que isso não era apenas para a
nação judaica? Veja Gênesis 17:10 e assinale “V” para verdadeiro ou “F”
para falso:
A.( ) As ofertas de sacrifício, que simbolizavam a salvação.
B.( ) A circuncisão, que fazia parte da aliança feita com Abraão.
Enquanto os
apóstolos se uniam aos ministros e membros leigos em Antioquia num
esforço intenso para ganhar muitas pessoas para Cristo, certos cristãos
judeus da Judeia, “da seita dos fariseus” (At 15:5), conseguiram
introduzir uma questão que logo levou a um conflito generalizado na
igreja e deixou os cristãos gentios consternados. Com grande convicção,
esses mestres defendiam que, para ser salvo, era preciso ser
circuncidado e guardar toda a lei cerimonial. Os judeus, afinal de
contas, sempre se orgulharam de suas cerimônias divinamente
estabelecidas. Além disso, muitos dos que tinham sido convertidos à fé
de Cristo ainda sentiam que, uma vez que Deus havia claramente delineado
o modo hebraico de adoração, era improvável que Ele autorizasse uma
alteração em qualquer uma de suas especificações. Eles insistiam que as
leis e cerimônias judaicas deveriam ser incorporadas aos ritos da
religião cristã. Demoraram para compreender que todas as ofertas de
sacrifício haviam prefigurado a morte do Filho de Deus, na qual o tipo
encontrou o antítipo, e que, depois dela, os ritos e cerimônias da
dispensação mosaica não eram mais obrigatórios.
5. Leia Atos 15:2-12. Como esse debate foi resolvido?
“Embora buscando de Deus a orientação direta, [Paulo]
estava sempre pronto a reconhecer a autoridade conferida ao corpo de
crentes unidos como igreja. Sentia a necessidade de se aconselhar; e,
quando surgiam assuntos de importância, alegrava-se em poder
apresentá-los perante a igreja, e em unir-se com os irmãos para buscar
de Deus sabedoria para fazer decisões acertadas” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 200).
Paulo, que muitas vezes falou sobre seu
chamado profético e de como Jesus lhe deu sua missão, estava muito
disposto a trabalhar com o corpo maior da igreja. Ou seja, qualquer que
fosse sua vocação, ele percebeu que fazia parte da igreja como um todo e
que precisava trabalhar com ela o máximo possível.
Qual é sua atitude em relação à liderança da igreja? Você é cooperativo?
Por que a cooperação é tão importante? Como a igreja poderia funcionar
se todos fizessem apenas o que desejam, independentemente do corpo
maior?
Quarta-feira, 11 de outubro
Os cristãos gentios
6. Leia Atos 15:5-29. Qual decisão foi tomada no concílio e qual foi o seu raciocínio?
A decisão foi contrária à opinião dos judaizantes. Essas
pessoas insistiam que os gentios convertidos fossem circuncidados e
guardassem toda a lei cerimonial, e que “as leis e cerimônias judaicas
deviam ser incorporadas aos ritos da religião cristã” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 189).
É interessante notar, em Atos 15:10, a maneira pela qual
Pedro descreveu essas leis antigas como um “jugo” que eles eram
incapazes de suportar. O Senhor, que instituiu essas leis, faria delas
um jugo sobre Seu povo? Parece ser pouco provável. Em vez disso, ao
longo dos anos, alguns líderes, mediante suas tradições orais, tinham
transformado em fardos muitas leis destinadas a ser bênçãos. O concílio
procurou poupar os gentios desses fardos.
Além disso, não houve referência nem debate que pudesse
sugerir que os gentios não precisavam obedecer aos Dez Mandamentos.
Afinal, poderíamos imaginar o concílio dizendo-lhes que não comessem
sangue, mas que era aceitável ignorar os mandamentos contra o adultério,
assassinato e coisas do gênero?
7. Quais regras específicas foram impostas aos cristãos gentios (At 15:20, 29)? Por quê? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Eles não deviam congregar com os judeus, pois tinham costumes muito diferentes. Por isso, deviam viver separados.
B.( ) Deviam se abster de comidas
oferecidas aos ídolos, da imoralidade sexual e da carne e sangue de
animais estrangulados, pois essas coisas eram ofensivas aos judeus.
Embora os cristãos judeus não devessem impor suas regras e
tradições aos gentios, o concílio queria se certificar de que os
gentios não fariam coisas consideradas ofensivas aos judeus que estavam
unidos a eles em Jesus. Portanto, os apóstolos e anciãos concordaram em
instruir os gentios por carta a se abster das carnes oferecidas aos
ídolos, da fornicação, das carnes de animais estrangulados e do sangue.
Alguns dizem que, uma vez que a guarda do sábado não foi mencionada
especificamente, ela não deve ter sido indicada aos gentios. É evidente
que os mandamentos contra a mentira e o assassinato também não foram
especificamente mencionados, de modo que essa argumentação não significa
nada.
De certa maneira, estamos colocando sobre as pessoas cargas
desnecessárias, mais provenientes da tradição do que da ordem divina?
Comente com a classe.
Quinta-feira, 12 de outubro
Paulo e os gálatas
Por mais claro que o concílio tivesse sido, havia aqueles
que procuravam seguir seu próprio caminho e que continuavam a defender
que os gentios mantivessem as tradições e leis judaicas. Para Paulo,
isso se tornou um assunto muito sério. Os falsos ensinos de alguns
judeus não eram simplesmente um desprezo de questões sutis da fé, mas
tinham se tornado uma negação do próprio evangelho de Cristo.
8. Leia Gálatas 1:1-12. Paulo via com
seriedade a questão que estava enfrentando na Galácia? O que isso revela
sobre a importância dessa controvérsia?
Como foi dito antes, a situação na
Galácia, em grande medida, motivou o conteúdo da carta à igreja de Roma.
Na Epístola aos Romanos, Paulo desenvolveu ainda mais o tema da
Epístola aos Gálatas. Alguns cristãos judeus estavam afirmando que a lei
que Deus lhes havia transmitido por intermédio de Moisés era importante
e deveria ser observada pelos gentios convertidos. Paulo estava
tentando mostrar o verdadeiro lugar e a verdadeira função da lei. Ele
não queria que essas pessoas ganhassem apoio em Roma como tinham feito
na Galácia.
É uma simplicidade exagerada perguntar se Paulo estava se
referindo às leis cerimoniais ou morais em Gálatas e Romanos.
Historicamente, a discussão era se os gentios convertidos deveriam ou
não ser obrigados a ser circuncidados e guardar a lei de Moisés. O
concílio de Jerusalém já havia decidido essa questão, mas alguns se
recusaram a seguir sua decisão.
Alguns “descobrem”, nas cartas de Paulo aos Gálatas e aos
Romanos, evidências de que a lei moral, os Dez Mandamentos (ou, na
verdade, apenas o quarto mandamento), não é mais obrigatória aos
cristãos. No entanto, eles não compreendem o sentido das cartas, nem o
contexto histórico e os assuntos que Paulo estava abordando. Paulo, como
veremos, enfatizou que a salvação era somente pela fé e não pela guarda
da lei, nem mesmo da lei moral. No entanto, isso não é o mesmo que
dizer que a lei moral não deve ser obedecida. A obediência aos Dez
Mandamentos nunca entrou em discussão; aqueles que a tornam um problema
estão interpretando nos textos um problema contemporâneo, com o qual
Paulo não estava lidando.
Qual é sua resposta aos que afirmam que o sábado já não é obrigatório
para os cristãos? Como você pode apresentar a verdade do sábado de uma
forma que não comprometa a integridade do evangelho?
Sexta-feira, 13 de outubro
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, “Judeus e Gentios”, p. 188-192, 194-197; “Apostasia na Galácia”, p. 383-388, em Atos dos Apóstolos; “Israel Recebe a Lei”, p. 310-312; “A Lei e as Alianças”, p. 370-373, em Patriarcas e Profetas; “O Povo Escolhido”, p. 27-30, em O Desejado de Todas as Nações.
Sem dúvida, nossa igreja tem enfrentado momentos de
conflito e dissensão. Mas isso não é novidade. Satanás sempre esteve em
guerra contra a igreja. Mesmo no início do cristianismo, surgiram
dissensões e conflitos nas fileiras dos cristãos. E havia um conflito
que, se não fosse resolvido, poderia ter destruído a igreja logo em seu
surgimento.
“Por meio da influência de falsos ensinadores que tinham
se levantado entre os crentes em Jerusalém, a divisão, a heresia e o
sensualismo estavam rapidamente ganhando terreno entre os crentes na
Galácia. Esses falsos ensinadores estavam misturando tradições judaicas
com as verdades do evangelho. Desconsiderando a decisão do concílio
geral em Jerusalém, impuseram aos crentes gentios a observância da lei
cerimonial” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 383).
Perguntas para discussão
1. Sua igreja está colocando sobre os
outros fardos desnecessários? Ou estamos em perigo de ir para o outro
extremo? Isto é, como reconhecer se nos tornamos muito frouxos em nosso
estilo de vida e padrões a ponto de não refletirmos nosso alto chamado
em Cristo?
2. Quais são alguns argumentos que as
pessoas usam para afirmar que os Dez Mandamentos não são mais
obrigatórios para os cristãos? Como respondemos a essas alegações? Por
que, na verdade, esses argumentos são tão equivocados?
3. Leia Gálatas 1:1-12. Note como Paulo
foi intransigente, dogmático e fervoroso em relação à sua compreensão do
evangelho. O que isso revela sobre a necessidade de permanecer
absolutamente inabalável em certas crenças, especialmente em uma era
pluralista e relativista? Quais ensinamentos precisam ser mantidos?
4. Quais questões provocaram a Reforma Protestante? Quais diferenças básicas não foram resolvidas?
Respostas e atividades da semana: 1. Trace com os alunos um paralelo entre as duas alianças e suas respectivas promessas. 2. A. 3. Peça a dois alunos que compartilhem seus pensamentos sobre como seria viver dentro das regras e rituais judaicos hoje. 4. B. 5. Peça
que um dos alunos leia o texto em voz alta. Enquanto isso, os demais
alunos devem ouvir com atenção. Depois, pergunte à classe como a questão
de Atos 15 foi resolvida. 6. Peça
aos alunos que formem duplas. Um deve ficar responsável por informar a
decisão do concílio, e o outro por desenvolver o raciocínio que levou a
essa decisão. 7. B. 8. Peça aos alunos que compartilhem suas respostas.
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