Sábado à tarde
Verso para memorizar:
A semente “que caiu na boa terra são
os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes
frutificam com perseverança” (Lc 8:15).
Leituras da semana:
Lc 16:10; Lv 27:30; Gn 22:1-12; Hb 12:2; Lc 11:42; Hb 7:2-10; Ne 13
O que é ter um coração honesto, e como ele é
revelado? A cultura contemporânea muitas vezes vê a honestidade como uma
ética vaga e relativista. Em sua maioria, as pessoas são ocasionalmente
desonestas, mas consideram isso aceitável, desde que a infração não
seja muito grande. Além disso, alegam que circunstâncias específicas
podem justificar certa desonestidade.
A verdade e a honestidade estão sempre juntas. No entanto,
não nascemos com tendência para ser honestos; a honestidade é uma
virtude moral aprendida e está na essência do caráter moral de um
mordomo.
Quando praticamos a honestidade, coisas boas vêm como
resultado disso. Por exemplo, jamais nos preocupamos em ser apanhados em
uma mentira ou em ter que “encobri-la”. Por essa e outras razões, a
honestidade é um valioso traço de caráter, especialmente em situações
difíceis, quando a tentação pode facilmente nos levar à desonestidade.
Na lição desta semana, estudaremos o conceito espiritual
de honestidade por meio da prática da devolução dos dízimos, e veremos
por que o dízimo é de vital importância para o mordomo e a mordomia.
No dia 3 de março encerraremos os Dez Dias de Oração com dez horas de
oração e jejum. Haverá também o lançamento da jornada de 30 dias do
programa Primeiro Deus.
Domingo, 11 de fevereiro
Uma questão de honestidade
Muitas pessoas têm algo em comum: não gostam de
desonestidade, especialmente quando a veem sendo manifestada em outros.
Não é fácil, porém, enxergá-la na própria vida, e quando a enxergam, têm
a tendência de racionalizar suas ações, de justificá-las e minimizar
sua importância: “Ah, não é tão ruim assim; é apenas uma coisa pequena,
não é realmente importante.” Podemos nos enganar a maior parte do tempo;
mas nunca enganamos a Deus.
“Por toda parte, em nossas fileiras, é praticada a
desonestidade, e essa é a causa da mornidão de muitos que professam crer
na verdade. Não se acham ligados a Cristo e iludem a si mesmos” (Ellen
G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 310).
1. Leia Lucas 16:10. Qual princípio Jesus
expressou nesse verso sobre a importância de ser honesto, mesmo no
“pouco”? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Quem é fiel no pouco, é fiel no muito.
B.( ) A honestidade está condicionada às circunstâncias.
Deus pede que sejamos honestos. Porém, Ele sabe como é
fácil ser desonestos, especialmente em relação às coisas que possuímos.
Por isso, o Senhor nos deu um poderoso antídoto contra a desonestidade e
o egoísmo, pelo menos quando se trata de bens materiais.
2. Leia Levítico 27:30 e Malaquias 3:8. O que esses textos ensinam? Como o dízimo ajuda a manter a nossa honestidade?
“Não se apela para a gratidão ou
generosidade. É uma questão de simples honestidade. O dízimo é do
Senhor; e Ele nos ordena que Lhe devolvamos aquilo que é Seu […]. Se a
honestidade é um princípio essencial nos negócios da vida, não
deveríamos reconhecer nossa obrigação para com Deus, obrigação esta que
se acha na base de todas as outras?” (Ellen G. White, Educação, p. 138, 139).
A devolução do dízimo o ajuda a lembrar quem, em última instância, é o
dono de tudo? Por que é importante nunca se esquecer disso?
Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org
Segunda-feira, 12 de fevereiro
Vida de fé
3. Leia Gênesis 22:1-12. O que essa história nos revela sobre a realidade da fé de Abraão?
Uma vida de fé não é um acontecimento único. Não
expressamos fé de maneira poderosa apenas uma vez, provando assim que
somos cristãos leais e fiéis que vivem pela graça, cobertos pelo sangue
de Cristo. Não é assim que funciona.
Por exemplo, depois de milhares de anos, o mundo religioso
ainda permanece atônito com o ato de fé demonstrado por Abraão em
relação a Isaque no monte Moriá (Gn 22). No entanto, esse ato de fé não
foi algo que Abraão simplesmente produziu de modo mágico quando
precisou. Sua vida de fidelidade e obediência lhe permitiu fazer o que
fez. Se ele tivesse sido frequentemente infiel antes desse
acontecimento, jamais teria passado no teste. Não há nenhuma dúvida,
tampouco, de que um homem com esse tipo de fé certamente a tenha vivido
também após esse evento.
A questão é que a fé de um mordomo não implica uma única
ação. Com o passar do tempo, ela crescerá e se tornará mais forte ou
ficará mais fraca e superficial, dependendo de como a fé declarada é
exercida.
4. De acordo com Hebreus 12:2, qual é a fonte da nossa fé? Como podemos ter fé? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Nossas obras produzem fé, por meio de uma vida santa.
B.( ) Jesus é o Autor e consumador da fé. Precisamos olhar para Ele.
Como fiéis mordomos, nosso único recurso
é olhar “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em
troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo
caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb
12:2). A palavra “consumador” foi usada somente nesse caso no Novo
Testamento, e também pode ser traduzida como “aperfeiçoador”. Isso
significa que a intenção de Jesus é fazer com que nossa fé atinja a
maturidade e a plenitude (Hb 6:1, 2). Portanto, a fé é uma experiência
dinâmica: ela cresce, amadurece e aumenta.
Você tem visto sua fé crescer e amadurecer ao longo do tempo?
Terça-feira, 13 de fevereiro
Uma declaração de fé
Como vimos ontem, a fé é um processo, uma experiência
dinâmica que, de maneira ideal, cresce e amadurece. Uma forma pela qual
Deus está “consumando” nossa fé e a tornando plena é o ato de dizimar.
Entendida corretamente, a devolução do dízimo a Deus não é legalismo.
Quando devolvemos o dízimo não estamos procurando obter o Céu. Em vez
disso, o dízimo é uma declaração de fé. É uma expressão exterior,
visível e pessoal da realidade da nossa fé.
Afinal, qualquer um pode afirmar que tem fé em Deus e em
Jesus. Porém, como sabemos, “até os demônios creem” em Deus (Tg 2:19).
Mas separar 10% da sua renda e devolvê-la a Deus? Isso é um ato de fé.
5. Leia Lucas 11:42. Jesus disse que o
dízimo não deve ser deixado de lado. O que isso significa? Como o dízimo
se relaciona com os assuntos mais importantes da lei?
O dízimo é uma expressão de dependência de Deus e de
confiança em Cristo como Redentor. É o reconhecimento de que fomos
abençoados “com toda sorte de bênção espiritual […] em Cristo” (Ef 1:3) e
uma expressão de confiança na promessa de que seremos ainda mais
abençoados.
6. Leia Gênesis 28:14-22. O que Jacó fez em resposta à promessa de Deus? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Erigiu uma coluna a Deus e prometeu dar o dízimo de tudo quanto o Senhor lhe concedesse.
B.( ) Rasgou suas roupas em sinal de tristeza.
“O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua
simplicidade e equidade. Todos podem lançar mão dele com fé e ânimo,
pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade,
e não exige profundidade de saber compreendê-lo e executá-lo. Todos
podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra
de salvação. Todo homem, mulher e jovem pode se tornar tesoureiro do
Senhor, e agente em atender às exigências sobre o tesouro” (Ellen G.
White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 73).
Você já descobriu as verdadeiras bênçãos espirituais que vêm da
devolução do dízimo? A fidelidade na devolução do dízimo ajudou a
aumentar sua fé?
Quarta-feira, 14 de fevereiro
Dízimo honesto: santo ao Senhor
7. Leia Levítico 27:30. Quais são os dois pontos importantes em relação ao dízimo nesse verso?
“O dízimo pertence ao Senhor e,
portanto, é santo. Ele não se torna santo por meio de um voto ou um ato
de consagração. Simplesmente é santo por sua própria natureza: pertence
ao Senhor. Ninguém, a não ser Deus, tem direito a ele. Ninguém pode
consagrá-lo ao Senhor, pois o dízimo nunca foi parte da propriedade de
uma pessoa” (Ángel Manuel Rodríguez, Stewardship Roots [Origens da Mordomia]; Silver Spring, MD: Stewardship Ministries Department, 1994, p. 52).
Não tornamos o dízimo santo; Deus o santifica por
designação. O dízimo é dedicado para a realização de uma tarefa
específica. Retê-lo para outro propósito é desonestidade. Não devemos
deixar de devolver o dízimo.
8. Leia Hebreus 7:2-10. Paulo falou sobre
o dízimo que Abraão deu a Melquisedeque. Qual é o significado mais
profundo do ato de devolver o dízimo? A quem Abraão estava realmente
devolvendo o dízimo?
Assim como o sábado é santo, o dízimo é santo. A palavra
“santo” significa “separado para uso sagrado”. O sábado e o dízimo estão
relacionados dessa maneira. Separamos o sétimo dia como dia sagrado e
santo. Separamos o dízimo como posse sagrada e santa de Deus.
“Deus santificou o sétimo dia. Essa porção específica de
tempo, separada pelo próprio Deus para culto religioso, continua hoje
sendo tão sagrada como quando pela primeira vez foi santificada pelo
nosso Criador. De igual maneira, o dízimo de nossas rendas “é santo ao
Senhor”. O Novo Testamento não dá novamente a lei do dízimo, como também
não dá a do sábado; pois pressupõe a validade de ambos, e explica sua
profunda importância espiritual. […] Enquanto nós como povo estamos
procurando dar fielmente a Deus o tempo que Ele conservou como Seu, não
Lhe daremos também nós aquela parte de nossos meios que Ele
exige?” (Ellen G. White, Conselhos Sobre a Mordomia, p. 66).
O que podemos fazer para manter a convicção de que o dízimo é “santo”?
Quinta-feira, 15 de fevereiro
Reavivamento, reforma e dízimo
O longo reinado de Ezequias é considerado a melhor fase
para a tribo de Judá. Desde o reinado de Davi e Salomão, Israel não
desfrutava a bênção de Deus de maneira tão abundante. Em 2 Crônicas
29–31 está o registro do reavivamento e da reforma promovidos por
Ezequias: “Fez ele o que era reto perante o Senhor” (2Cr 29: 2). “Assim,
se estabeleceu o ministério da Casa do Senhor” (2Cr 29:35). A
celebração da Páscoa foi mantida (2Cr 30:5). “Houve grande alegria em
Jerusalém” (2Cr 30:26). Imagens pagãs, altares e lugares altos foram
destruídos (2Cr 31:1). Houve um inesperado reavivamento de coração e
reforma de práticas, o que resultou na abundância de dízimos e ofertas
(2Cr 31:4, 5, 12).
9. Neemias deu outro exemplo de
reavivamento, reforma e dízimo. Leia Neemias 9:2, 3. O que significou o
reavivamento do coração? Leia Neemias 13. Depois que Neemias reformou a
casa de Deus (Ne 13:4), o que o povo de Judá levou à casa (Ne 13:12)?
“Reavivamento e reforma são duas coisas diferentes.
Reavivamento significa renovação da vida espiritual, uma vivificação das
faculdades do espírito e do coração, um ressurgimento da morte
espiritual. Reforma significa reorganização, mudança de ideias e
teorias, hábitos e práticas” (Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 42).
A relação entre reavivamento, reforma e dízimo é
automática. Sem a devolução do dízimo, o reavivamento e a reforma são
mornos, se é que há de fato um reavivamento. Muitas vezes, como
cristãos, permanecemos ociosos quando devíamos estar ativamente
envolvidos no lado do Senhor. O reavivamento e a reforma exigem um
compromisso, e o dízimo faz parte desse compromisso. Se retemos de Deus o
que Ele nos pede, não podemos esperar que Ele responda ao que Lhe
pedimos.
O reavivamento e a reforma ocorrem na igreja, não fora
dela (Sl 85:6). Devemos buscar a Deus para que sejamos reavivados (Sl
80:19) e reformados para que voltemos à “prática das primeiras obras”
(Ap 2:5). Deve ocorrer uma reforma em relação ao que retemos e ao que
devolvemos a Deus.
Não é o ato que faz a diferença, mas a decisão da mente e
as emoções que revelam a motivação e o compromisso. Os resultados serão o
crescimento da fé, uma visão espiritual aguçada e honestidade renovada.
Sexta-feira, 16 de fevereiro
Estudo adicional
Deus iniciou todas as alianças mencionadas na Bíblia e
tomou a iniciativa de atrair Seu povo para essas alianças (Hb 8:10). As
promessas da aliança refletem Sua graça, amor e desejo de nos salvar.
Uma aliança com o Senhor inclui muitas partes: Deus, os
beneficiários, as condições da aliança, o compromisso para com as
condições de ambas as partes, a punição declarada pela transgressão da
aliança e os resultados pretendidos ou a consequência desejada. O
conceito de dízimo reflete esses componentes em
Malaquias 3:9, 10. Esse texto reitera a aliança especial do dízimo entre Deus e Seus mordomos. Quando fazemos essa aliança, estamos dando um sinal visível de que nos opomos aos princípios materialistas do consumismo, e provamos que um coração convertido pode dar bons frutos.
Malaquias 3:9, 10. Esse texto reitera a aliança especial do dízimo entre Deus e Seus mordomos. Quando fazemos essa aliança, estamos dando um sinal visível de que nos opomos aos princípios materialistas do consumismo, e provamos que um coração convertido pode dar bons frutos.
“Um espírito mesquinho e egoísta impede os homens de dar a
Deus o que Lhe pertence. O Senhor fez uma aliança especial com os seres
humanos, de que se eles separassem regularmente a parte destinada ao
avanço do reino de Cristo, Ele os abençoaria abundantemente, de tal modo
que não haveria mais espaço para receber Suas dádivas. Mas se os homens
retiverem o que pertence a Deus, o Senhor declara abertamente: ‘Com
maldição sois amaldiçoados’” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 77).
Viver em um relacionamento de aliança com Deus envolve
responsabilidades. Desfrutamos das promessas da aliança, mas muitas
vezes não gostamos dos deveres. No entanto, uma aliança é, nesse
contexto, um acordo entre duas partes, e o dízimo é nossa parte na
aliança.
Perguntas para discussão
1. Por que devolver o dízimo é um ato de fé importante da nossa parte?
2. O que você diria a alguém que diz: “Eu
simplesmente não posso me dar ao luxo de devolver o dízimo”? Como
ajudaria uma pessoa que se vê nessa situação? Além de palavras, o que
mais poderia ser feito para ajudar?
3. O dízimo é santo. Esse fato influencia sua fidelidade nessa questão?
Respostas e atividades da semana: 1. A. 2.
Com a ajuda dos alunos, faça uma lista das razões bíblicas para a
fidelidade no dízimo. Pergunte: Qual é a relação entre fidelidade e
honestidade? 3. Solicite que um dos alunos leia o texto em voz alta. Depois, discuta a resposta com a classe. 4. F; V. 5. Pergunte: Como a devolução do dízimo está relacionada à obediência à lei? É possível ser dizimista e não ser um bom cristão? 6. A. 7. O
dízimo pertence a Deus; o dízimo é santo. Por isso, devemos devolver a
Ele o dízimo de toda a nossa renda. Ore com a classe sobre esse assunto.
8. Peça que um aluno leia o texto
em voz alta. Analise a questão com a classe. Abraão entregou o dízimo a
Deus, representado na pessoa de Melquisedeque. 9. Apresente um resumo dos fatos relatados nos dois textos e discuta as respostas com os alunos.
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