sábado, 26 de agosto de 2017

As duas alianças-Lição 10 26 de agosto a 02 de setembro




Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe” (Gl 4:26).
LEITURAS DA SEMANA: Gl 4:21-31; Gn 1:28; 2:2, 3; 3:15; 15:1-6; Êx 6:2-8; 19:3-6

Muitas vezes, cristãos que rejeitam a autoridade do Antigo Testamento veem a promulgação da lei no Sinai como algo incompatível com o evangelho. Concluem que a aliança apresentada no Sinai representa uma época, uma dispensação, um tempo na história humana em que a salvação tinha por base a obediência à lei. Mas, pelo fato de que as pessoas não viveram à altura das exigências da lei, eles pensam que Deus anunciou a nova aliança da graça mediante os méritos de Jesus Cristo. Este é o seu entendimento das duas alianças: a antiga, com base na lei, e a nova, fundamentada na graça.
Por mais comum que seja essa visão, ela é equivocada. A salvação nunca foi pela obediência à lei. Desde o início, o judaísmo bíblico sempre foi uma religião de graça. O legalismo que Paulo estava confrontando na Galácia era uma perversão, não apenas do cristianismo, mas do próprio Antigo Testamento. As duas alianças não são questões de tempo; em lugar disso, elas são um reflexo das atitudes humanas e representam duas maneiras diferentes de tentar se relacionar com Deus, que remontam a Caim e Abel. A antiga aliança representa os que, como Caim, equivocadamente confiam na própria obediência como meio de agradar a Deus. Em contrapartida, a nova aliança representa a experiência dos que, como Abel, confiam inteiramente na graça de Deus para realizar tudo o que Ele prometeu.
Hoje é o dia do Projeto Quebrando o Silêncio. O que sua igreja pode fazer para alcançar e restaurar corações quebrantados?
Domingo, 27 de agosto
Princípios da aliança
Muitos consideram a interpretação de Paulo sobre a história de Israel em Gálatas 4:21-31 como a passagem mais difícil em sua carta. Isso porque ela apresenta um argumento extremamente complexo, que exige um amplo conhecimento das pessoas e acontecimentos do Antigo Testamento. O primeiro passo para dar sentido a essa passagem é ter um entendimento básico de um conceito do Antigo Testamento que é central para o argumento de Paulo: o conceito da aliança.
A palavra hebraica traduzida por “aliança” é berit. Ela ocorre quase 300 vezes no Antigo Testamento e se refere a um contrato obrigatório, acordo ou tratado. Por milhares de anos, as alianças desempenharam papel fundamental na definição das relações entre pessoas e nações do antigo Oriente Próximo. Muitas vezes, alianças envolviam sacrifício de animais como parte de seu processo (literalmente, “cortar” uma aliança). A matança de animais simbolizava o que aconteceria a uma das partes, caso esta falhasse em cumprir as promessas e obrigações da aliança.
“De Adão a Jesus, Deus Se relacionou com a humanidade por meio de uma série de promessas da aliança centralizadas em um futuro redentor, e que culminaram na aliança davídica (Gn 12:2, 3; 2Sm 7:12-17; Is 11). No cativeiro babilônico, Deus prometeu a Israel uma “nova aliança” mais eficaz (Jr 31:31-34) em conexão com a vinda do Messias davídico (Ez 36:26-28; 37:22-28)” (Hans K. LaRondelle, Our Creator Redeemer [Nosso Criador e Redentor], Berrien Springs, Michigan: Andrews University Press, 2005, p. 4).
1. De acordo com Gênesis 1:28; 2:2, 3, 15-17, qual foi a base da aliança original de Deus com Adão, no Jardim do Éden, antes do pecado?
Embora o casamento, o trabalho físico e o sábado fizessem parte das provisões gerais da aliança da criação, seu foco principal era o mandamento de não comer do fruto proibido. A natureza básica da aliança era “obedecer e viver”. Como a natureza humana foi criada em harmonia com Deus, o Senhor não exigiu o impossível. A obediência era a inclinação natural da humanidade. No entanto, Adão e Eva escolheram fazer o que não era natural e, nesse ato, não apenas romperam com a aliança da criação, mas tornaram impossível o cumprimento de seus termos aos seres humanos, agora corrompidos pelo pecado. O próprio Deus iria restaurar o relacionamento que Adão e Eva haviam perdido. Ele fez isso estabelecendo imediatamente uma aliança de graça, com base na promessa de um Salvador (Gn 3:15).
2. Leia Gênesis 3:15, a primeira promessa evangélica da Bíblia. Em que parte, nesse verso, encontra-se um indício da esperança que temos em Cristo?
Segunda-feira, 28 de agosto
A aliança abraâmica
3. Quais promessas da aliança Deus fez a Abrão em Gênesis 12:1-5? Qual foi a resposta de Abrão?
As promessas de Deus para Abrão dizem respeito à graça divina. Foi o Senhor, não Abrão, que fez as promessas. Abrão não havia feito nada para merecer o favor de Deus, nem existe ali nenhuma indicação de que Deus e Abrão de alguma forma tivessem trabalhado juntos para chegar a esse acordo. Deus fez todas as promessas. Abrão, em contrapartida, foi chamado a exercer fé na promessa de Deus, não uma pretensa e frágil “fé”, mas uma fé que se manifestou quando ele, com 75 anos de idade, deixou seus familiares e se dirigiu à terra que Deus havia prometido.
“Com a ‘bênção’ pronunciada sobre Abraão e, por meio dele, a todos os seres humanos, o Criador renovou Seu propósito redentor. Ele havia ‘abençoado’ Adão e Eva no paraíso (Gn 1:28; 5:2) e depois ‘abençoou Deus a Noé e a seus filhos’ após o Dilúvio (9:1). Dessa maneira, Deus tornou clara Sua promessa anterior de um Redentor que iria redimir a humanidade, destruir o mal e restaurar o paraíso (Gn 3:15). Deus confirmou Sua promessa de abençoar “todos os povos” em Sua obra universal de proclamação do evangelho” (Hans K. LaRondelle, Our Creator Redeemer, p. 22, 23).
4. Após dez anos de espera pelo nascimento do filho prometido, quais perguntas Abrão tinha sobre a promessa de Deus, de acordo com Gênesis 15:1-6?
É fácil exaltar Abrão como o homem de fé que nunca teve quaisquer dúvidas ou perguntas. No entanto, as Escrituras pintam um quadro diferente. Abrão acreditou, mas também teve dúvidas ao longo do caminho. Sua fé foi crescente. Como o pai do relato de Marcos 9:24, Abrão basicamente disse a Deus em Gênesis 15:8: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” Em resposta, Deus graciosamente deu a Abrão a certeza do cumprimento da Sua promessa, ao entrar numa aliança formal com ele (Gn 15:7-18). O que torna essa passagem tão surpreendente não é o fato de que Deus tivesse entrado em aliança com Abrão, mas quanto Ele estava disposto a ceder para realizá-la. Ao contrário de outros governantes do antigo Oriente Próximo, que rejeitavam a ideia de fazer promessas obrigatórias a seus servos, Deus não apenas deu Sua palavra, mas, simbolicamente, passando por entre os pedaços dos animais sacrificados, colocou em risco Sua própria vida nesse pacto. É claro, Jesus, no fim das contas, deu a vida no Calvário para tornar Sua promessa uma realidade.
Você precisa crer no impossível? Como manter a fé, não importando o que aconteça?
Terça-feira, 29 de agosto
Abraão, Sara e Hagar
5. Por que Paulo tinha uma visão tão depreciativa do incidente com Hagar? Qual ponto crucial sobre a salvação foi apresentado mediante essa história do Antigo Testamento? Gl 4:21-31; Gn 16
O lugar de Hagar na história de Gênesis está diretamente relacionado ao fato de que Abrão deixou de crer na promessa de Deus. Como uma escrava egípcia na casa de Abrão, Hagar provavelmente tivesse se tornado propriedade do patriarca como uma das muitas dádivas que Faraó deu a ele em troca de Sarai. O acontecimento está associado ao primeiro ato de incredulidade de Abrão na promessa de Deus (Gn 12:11-16).
Depois de esperar dez anos pelo nascimento do filho prometido, Abrão e Sarai permaneciam sem filhos. Concluindo que Deus precisava da ajuda deles, Sarai deu Hagar a Abrão como concubina. Embora seja estranho para nós hoje, o plano de Sarai foi bastante engenhoso. De acordo com os costumes antigos, uma escrava poderia servir legalmente como mãe de aluguel para sua patroa estéril. Assim, Sarai podia considerar como dela própria qualquer criança nascida de seu marido e Hagar. Embora o plano tenha gerado uma criança, não se tratava do filho que Deus havia prometido.
Nessa história, temos um poderoso exemplo de como até mesmo um grande homem de Deus falhou em sua fé ao enfrentar circunstâncias assustadoras. Em Gênesis 17:18, 19, Abraão pediu a Deus que aceitasse Ismael como seu herdeiro. O Senhor, naturalmente, rejeitou essa oferta. O único elemento “miraculoso” no nascimento de Ismael foi a disposição de Sarai em compartilhar seu marido com outra mulher! Não houve nada fora do normal com relação ao nascimento de uma criança para essa mulher, uma criança nascida “segundo a carne”. Tivesse Abrão confiado no que Deus lhe havia prometido, em vez de permitir que as circunstâncias dominassem essa confiança, nada disso teria acontecido, e muito sofrimento teria sido evitado.
6. Em contraste com o nascimento de Ismael, considere as circunstâncias que envolveram o nascimento de Isaque. Por que essas circunstâncias exigiram muita fé por parte de Abraão e Sara? Gn 17:15-19; 18:10-13; Hb 11:11, 12.
Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Porque Sara era estéril.
B.( ) Porque Abraão era estéril.
Sua falta de fé nas promessas de Deus tem lhe causado sofrimento? Como você pode aprender a confiar na Palavra de Deus, não importando o que aconteça? Quais escolhas podem fortalecer sua capacidade de confiar nas promessas de Deus?
Quarta-feira, 30 de agosto
Hagar e o Monte Sinai (Gl 4:21-31)
7. Que tipo de relação de aliança Deus desejava estabelecer com Seu povo no Sinai? Quais são as semelhanças entre essa aliança e a promessa de Deus a Abraão? Êx 6:2-8; 19:3-6; Dt 32:10-12
Deus queria partilhar com os filhos de Israel no Sinai da mesma relação de aliança que havia compartilhado com Abraão. De fato, existem semelhanças entre as palavras de Deus em Gênesis 12:1-3 e Suas palavras a Moisés em Êxodo 19. Em ambos os casos, Deus enfatizou o que Ele faria por Seu povo. Ele não pediu que os israelitas prometessem fazer qualquer coisa para obter Suas bênçãos. Em vez disso, eles deviam obedecer como resposta a essas bênçãos. As palavras hebraicas traduzidas como “obedecer” e “guardar” em Êxodo 19:5 significam, literalmente, “ouvir”. Essas palavras de Deus não implicam justificação pelas obras. Ao contrário, Ele queria que Israel tivesse a mesma fé que, pelo menos na maior parte do tempo, caracterizou a resposta de Abraão às Suas promessas.
8. Se a relação de aliança que Deus ofereceu a Israel no Sinai é similar àquela dada a Abraão, por que Paulo identificou o Monte Sinai com a experiência negativa de Hagar? Êx 19:7-25; Hb 8:6, 7
A aliança no Sinai foi destinada a apontar a pecaminosidade humana e o remédio da graça abundante de Deus, simbolizada nas cerimônias do santuário. O problema da aliança no Sinai não estava com Deus, mas com as promessas defeituosas do povo (Hb 8:6). Em vez de responder às promessas de Deus com humildade e fé, os israelitas responderam com autoconfiança. “Tudo o que o Senhor falou faremos” (Êx 19:8). Depois de viver como escravos no Egito por alguns séculos, eles não tinham uma concepção verdadeira da majestade de Deus nem da extensão de sua própria pecaminosidade. Assim como Abraão e Sara tentaram ajudar Deus a cumprir Suas promessas, os israelitas procuraram transformar a aliança da graça de Deus em uma aliança de obras. Hagar simboliza o Sinai, no sentido de que ambos revelam tentativas humanas de salvação pelas obras.
Paulo não afirmou que a lei dada no Sinai era ruim, tampouco que havia sido abolida. Ele estava preocupado com o equívoco legalista dos gálatas em relação à lei. “Em vez de servir para convencê-los da absoluta impossibilidade de agradar a Deus pela guarda da lei, a lei alimentava neles uma determinação profundamente arraigada de depender de recursos pessoais a fim de agradar a Deus. Assim, a lei não serviu ao propósito da graça de conduzir os judaizantes a Cristo. Em vez disso, ela os separou de Cristo” (O. Palmer Robertson, The Christ of the Covenants [O Cristo das Alianças], Phillipsburg, New Jersey, Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1980, p. 181).
Quinta-feira, 31 de agosto
Ismael e Isaque hoje
O breve esboço que Paulo fez da história de Israel tinha o desígnio de combater os argumentos apresentados pelos seus adversários, que afirmavam que eram os verdadeiros descendentes de Abraão e que Jerusalém – o centro do cristianismo judaico e da lei – era sua mãe. Os gentios, conforme a acusação deles, eram ilegítimos. Se eles quisessem se tornar verdadeiros seguidores de Cristo, deviam primeiramente se tornar filhos de Abraão, submetendo-se à lei da circuncisão.
Paulo disse que a verdade é o oposto. Esses legalistas não eram os filhos de Abraão, mas eram filhos ilegítimos, como Ismael. Ao colocar sua confiança na circuncisão, eles estavam confiando “na carne”, como Sara fez com Hagar e como os israelitas fizeram com a lei de Deus no Sinai. Os cristãos gentios, no entanto, eram filhos de Abraão não pela descendência natural, mas, como Isaque, pela linhagem sobrenatural. “Como Isaque, eles eram um cumprimento da promessa feita a Abraão […]. Como Isaque, seu nascimento na liberdade era o efeito da graça divina; como Isaque, eles pertenciam à coluna da aliança da promessa” (James D. G. Dunn, The Epistle to the Galatians [A Epístola aos Gálatas], Londres: Hendrickson Publishers, 1993, p. 256).
9. De acordo com Gálatas 4:28-31 e Gênesis 21:8-12, o que os verdadeiros descendentes de Abraão enfrentarão neste mundo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Os terroristas, que perseguem os que aceitam a nova aliança.
B.( ) Os nazistas, fascistas e comunistas, que não aceitam a Bíblia.
C.( ) Zombaria e perseguição dos falsos cristãos, presos ao legalismo.
Ser o filho prometido trouxe a Isaque não somente bênçãos, mas também oposição e perseguição. Em referência à perseguição, Paulo tinha em mente a cerimônia de Gênesis 21:8-10, em que Isaque foi honrado e Ismael apareceu zombando dele. A palavra hebraica em Gênesis 21:9 significa, literalmente, “rir”, mas a reação de Sara sugere que Ismael estivesse zombando de Isaque ou ridicularizando-o. Embora o comportamento de Ismael pareça insignificante para nós hoje, ele revelava hostilidades mais profundas, numa situação em que o direito de primogenitura da família estava em jogo. Muitos governantes da antiguidade tentaram assegurar sua posição eliminando rivais em potencial, incluindo irmãos (Jz 9:1-6). Embora Isaque enfrentasse oposição, ele também desfrutava de todos os privilégios do amor, proteção e favor relacionados com a condição de ser o herdeiro de seu pai.
Como descendentes espirituais de Isaque, não devemos ficar surpresos quando sofremos dificuldades e oposição, mesmo dentro da própria família da igreja.
Você tem sofrido perseguição por causa de sua fé, especialmente dos mais próximos de você? Responda a esta pergunta difícil: você tem perseguido pessoas por causa da fé que elas têm?
Sexta-feira, 01 de setembro
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 363-373: “A Lei e as alianças”.
“Se na aliança abraâmica havia a promessa da redenção, por que se formou outra aliança no Sinai? – Em seu cativeiro, o povo em grande parte havia perdido o conhecimento de Deus e os princípios da aliança abraâmica […].
“Deus os levou ao Sinai; manifestou Sua glória; deu-lhes Sua lei, com promessa de grandes bênçãos sob condição de obediência. […] (Êx 19:5, 6). Os israelitas não compreendiam a pecaminosidade de seu coração, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entraram em aliança com Deus […]. No entanto, apenas algumas semanas se passaram antes que violassem sua aliança com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar o favor de Deus mediante uma aliança que tinham transgredido. Vendo sua índole pecaminosa e a necessidade de perdão, foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado na aliança abraâmica e prefigurada nas ofertas sacrificais. Então, pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do pecado. Estavam preparados para apreciar as bênçãos da nova aliança” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 371, 372).
Perguntas para reflexão
1. Você vive na “antiga aliança” ou na “nova aliança”? Como saber a diferença?
2. Em sua igreja, quais questões causam tensão? Elas estão sendo resolvidas? Você é vítima de “perseguição” ou é o perseguidor? Percebe a diferença entre as duas atitudes? (Mt 18:15-17).
3. Você já fez promessas ao Senhor de que não faria isso ou aquilo, e acabou fazendo? Como esse triste fato o ajuda a entender o significado da graça?
Resumo: As histórias de Hagar, Ismael e os filhos de Israel no Sinai ilustram a loucura de tentar confiar em nossos próprios esforços para realizar o que Deus prometeu fazer. Esse método de justiça própria é mencionado como antiga aliança. Mas a nova aliança da graça é eterna. Foi estabelecida primeiramente com Adão e Eva após o pecado, renovada com Abraão e finalmente cumprida em Cristo.
Respostas e atividades da semana: 1. Peça a opinião dos alunos. 2. Peça a opinião dos alunos. 3. Peça a opinião dos alunos. 4. Com antecedência, peça que dois alunos reflitam sobre as perguntas de Abrão em Gênesis 15:1-6. O que elas demonstram? Peça que eles compartilhem sua resposta com o restante da classe. 5. Peça a opinião dos alunos. 6. V; F. 7. Com uma semana de antecedência, escolha dois alunos. Peça que eles estudem o assunto e apresentem à classe um resumo ou um quadro sobre as diferenças e semelhanças entre a aliança no Sinai e a promessa de Deus a Abraão. 8. Divida a classe em duplas e peça que os alunos reflitam sobre a desobediência dos israelitas após o Sinai e sobre o legalismo no tempo de Jesus. Eles não conseguiram cumprir a promessa de que seriam fiéis à aliança. Peça que eles troquem experiências sobre situações em que foram infiéis à aliança com Deus. Como a cruz de Cristo pode nos ajudar a viver a verdadeira aliança? 9. C.
Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Guadalupe 88 Anos: Um dos presentes, foi a demissão dos professores celetistas

Presente de Grego,  em pleno mês de aniversário da cidade
A prefeita da cidade de Guadalupe, Neidinha Lima (PSD), demitiu no último dia 17 de agosto, através da portaria 0127/2017, publicada no diário oficial, todos os professores contratados da educação através do teste seletivo ou de forma direta. A portaria foi assinada pela atual secretária municipal de educação, e vereadora licenciada, Hélvia Almeida.
O teste seletivo foi realizado ainda no mês de fevereiro, onde o edital foi publicado no Diário Oficial dos Municípios na edição da quarta-feira, 22/02, e constou o número de vagas para professores de diversas áreas e outros cargos.
O seletivo foi para contratar professores nas áreas de Conhecimento em Magistério, Pedagogia ou Normal superior, Professor de Educação Física, Auxiliar de Educação Infantil, alunos com necessidades especiais e Instrutor de Informática. O teste destinou vagas para a zona urbana e rural do município.
Prefeita Neidinha e a Secretária Hélvia Almeida
Na portaria consta os motivos que levou a prefeita Neidinha a demitir os servidores, entre eles, está a situação financeira do município, a relocação de servidores e a mudança de cargo horário dos professores efetivos, está última tem causado muita polemica entre os servidores.
O sindicato que representa a categoria, que em 2016 chegou a empreender uma campanha contra o gestor da época, para que o mesmo respeitasse os direitos dos professores, chegando a colocar outdoor reivindicando os direitos dos seus associados, agora preferiu se calar, deixando os professores efetivos a própria sorte.
Esse outdoor foi colocado pelo Sindicato em setembro de 2016.
A maioria dos dirigentes do sindicato, que antes cobravam da ex-administração do município, hoje fazem parte da atual gestão.
O que chama à atenção, é que a prefeita Neidinha se elegeu com uma grande maioria de votos, pregando em seus discursos de campanha, que o município não enfrentava problemas financeiros, pelo contrário, o que estava faltando era competência do ex-gestor.
A atual administração de Guadalupe, peca pela falta de planejamento e organização, e olha que o atual secretário municipal de planejamento, é o ex-prefeito da cidade e esposo da prefeita, Georgiano Fernandes Lima Filho.
A prefeita não se atentou para a situação financeira do município, com isso, realizou um teste seletivo, que contratou muitos professores e outros servidores. Agora dá esse presente de grego (Que traz prejuízo), que é demissão destes servidores, em plena semana das festividades do aniversário da cidade.
A prefeita Neidinha já está fazendo parte da história do município, por ser a primeira mulher a comandar a prefeitura, e agora passa também para a história como o 1ª gestora a demitir servidores a poucos dias que antecede o aniversário da cidade.
Nota
Nenhuma autoridade política da cidade, vereadores, ex-vereadores, ex-prefeitos, ou dirigentes e membros sindicais, ou mesmo os servidores demitidos na portaria 0127/2017 procuram a redação do Portal Cidade Luz para tratar do assunto.
O Portal Cidade Luz de forma democrática cede, se assim desejarem, que as partes aqui citadas nesta matéria, quiserem se manifestar, o espaço está aberto.
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Informativo Mundial das Missões – 26/08/17




Olá pessoal!
Segue o material desta semana.
Um abraço e fiquem com Deus.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Irrigante inova e passa a produzir uva nos Platôs de Guadalupe

Projeto Piloto.
A reportagem do Portal Cidade Luz foi conferir “In loco”, um fato que está chamando à atenção nos Perímetros Irrigados dos Platôs de Guadalupe.
Os repórteres Leônidas Amorim e Gleison Fernandes estiveram na manhã deste sábado, 19, em um lote do SH4, de propriedade do senhor Galego e família, para ver a 1ª produção de uva, dentro dos Platôs.

A iniciativa foi do irrigante Jean Nunes, um dos filhos do senhor Galego, ele por conta própria enfrentou o desafio, numa área de meio hectare, e a produção chama a atenção pela beleza do fruto.


Jean Nunes explicou que a uva plantada, é do tipo Itália Melhorada, que se adaptou muito bem ao nosso clima, e tem uma boa produção. Ele afirmou que a plantação está quase no ponto da colheita, e que pretende comercializar inicialmente o produto na própria região.
O próximo desafio do jovem irrigante, será conseguir uma técnica para ter duas safras por ano, como já acontece há vários anos no Vale do São Francisco, no Estado de Pernambuco.
O carro chefe do projeto é a banana.
 O Presidente da Acipe, senhor Márcio Polla, acompanhou o final da nossa reportagem, e afirmou que Jean se torna um pioneiro na produção de uva, e que passa a fazer parte da história dos Platôs de Guadalupe.



O carro chefe do projeto é a banana.

O Presidente da Acipe, senhor Márcio Polla, acompanhou o final da nossa reportagem, e afirmou que Jean se torna um pioneiro na produção de uva, e que passa a fazer parte da história dos Platôs de Guadalupe.

Confira as imagens


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domingo, 20 de agosto de 2017

Curando o ressentimento

Curando o ressentimento
A Bíblia diz que não é bom que o homem esteja sozinho. Ela fala que fomos criados para viver em comunidade. Não é por acidente que o confinamento numa solitária é considerado punição. Estamos estudando sobre relacionamentos por três razões.
Relacionamentos determinam sua felicidade. Eles são a fonte tanto de prazeres como de grandes sofrimentos. Um relacionamento tanto pode fazer você se sentir miserável como muito bem. Os psicólogos dizem que boa parte dos problemas emocionais tem suas raízes em relacionamentos errados. A maioria dos suicídios acontece por causa de relacionamentos doentios. Eles determinam sua felicidade.
Relacionamentos determinam nosso sucesso ou nosso fracasso na Vida!
CURANDO O RESSENTIMENTO
“O amor…não guarda rancor.” – 1 Co. 13:5
As pessoas ferem umas às outras. Seja intencionalmente ou não.
Você fere as pessoas e as elas lhe ferem. A forma como você lida com as feridas vai, em larga escala, determinar sua felicidade na vida. Se você não responder corretamente a ferida se transforma em ressentimento. Se ficares ligado em suas feridas, elas se tornam em ressentimento. Se você reprime suas dores, elas se transformam em raiva.
O RESSENTIMENTO É MAIOR INIMIGO DOS RELACIONAMENTOS.
Gente ressentida cega e seca os outros!
Destrói todos os tipos de relacionamentos. Frequentemente as pessoas me dizem “Não amo mais meu marido… Não sinto mais nada pela minha mulher; tudo morreu aqui dentro. O que há de errado comigo?” O errado é o ressentimento. O ressentimento destrói suas energias de tal maneira que eventualmente você vai se achar vazio sem ter nada para dar.
A Boa Notícia é que você pode ficar curado do ressentimento que lhe fere. 1 Coríntios 13:5 “O amor não se ressente do mal” (N.T. –Tradução livre – “O amor não guarda registros de erros”)
Este é um termo usado em Contabilidade. Não guarda um livro-razão dos erros. O amor não conserva mágoas.
Hoje, chamo sua atenção para um homem chamado Jó que teve todas as razões do mundo para estar ressentido. Ele era o homem mais rico que já viveu. Em seus dias foi, definitivamente, o homem mais rico. Mas um dia perdeu tudo, foi à falência. Perdeu todas as suas propriedades. Todos os seus filhos foram mortos. Sua esposa se voltou contra ele. Ficou com uma doença incurável, extremamente dolorosa, e quando seus amigos o visitaram, em vez de serem simpáticos, disseram: “A culpa é sua!” Não havia nada de simpatia. Ele tinha todas as razões do mundo para ficar ressentido. Mas em vez disso, ele se recuperou do ressentimento e a Bíblia diz que Deus fez da última parte da vida dele, muito maior que a primeira. A despeito da dor que você tenha tido no passado, Deus pode fazer o máximo para o resto de sua vida se você fizer o que Jó fez.
I. CAUSAS DO RESSENTIMENTO:
Vamos dar uma olhada em três formas de cura do ressentimento, mas antes vejamos três causas do ressentimento:
1. O QUE AS PESSOAS DIZEM DE NÓS. Jó 12:5
“Os que estão seguros desprezam os desgraçados e empurram os que estão para cair”
As palavras podem ferir as pessoas? Claro. “Varas e ossos podem quebrar meus ossos, mas pessoas nunca podem me ferir”.
Isso não é verdade. Se lhe der 90 segundos, você lembrará coisas que lhe disseram na infância que ainda lhe machucam. É incrível como os rótulos nos ferem. Eles ainda ferem hoje. E causam ressentimento.
2. O QUE AS PESSOAS PENSAM DE NÓS. Jó 19:5
Vocês pensam que são melhores do que eu e acham que a minha desgraça prova que sou culpado”
Você pode se ferir sem que haja alguém dizendo coisas desagradáveis? Sim. Você já se sentiu rejeitado quando nada foi feito para você se sentir assim? Claro. Às vezes é pelo jeito como as pessoas lhe olham, ou pelo seus gestos numa linguagem não-verbal. Você pode ferir as pessoas só por ignorá-las, quando não percebe que elas existem. Alguns de vocês tiveram pais que nunca conseguiram agradar. Não importa o quanto você tentou, nunca conseguiu. E isto fere.
3. O QUE AS PESSOAS FAZEM CONTRA NÓS. Jó 19:19
“…as pessoas que eu mais estimo estão contra mim”.
A tragédia de nossos dias é o abuso. Abuso físico, abuso emocional, abuso espiritual. Vivemos numa sociedade abusiva. Veja o que Jó disse: “Aqueles eu amo mais”. O local onde o ressentimento é mais encontrado não é o trabalho, é o lar. Nos casamentos, nas famílias. As pessoas mais próximas de você são aquelas que têm mais chance de lhe ferir. Eles podem trair você, ser desleal, dizer palavras ferinas, e fazer coisas que lhe machuquem. É em nossas casa que temos de lidar mais com o ressentimento — o que as pessoas dizem, pensam e fazem conosco.
II. O PROBLEMA DO RESSENTIMENTO:
Quando as pessoas nos ferem, a forma normal de reação é ficarmos ressentidos. Esta é a reação natural, normal. Mas não é a reação correta. Traz mais mal do que bem. No livro de Jó aprendemos que isso produz três coisas:
1. O RESSENTIMENTO É IRRACIONAL. Jó. 5:2
O ressentimento não faz sentido, é ilógico, sem motivo. Não vale o esforço. “Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta de juízo, que leva à morte” Jó 5:2 Circule “falta de juízo”. Aqui diz que não vale à pena. Ec 7:9 diz: “…é tolice alimentar o ódio”. Não faz sentido. Por que? Você não pode mudar o passado. Não importa o quanto você se ressente pelo acontecido, isso não vai mudar seu passado. Você não vai conseguir corrigir seu problema no presente mesmo que você esteja muito ressentido pelo passado. Não vai fazer você se sentir melhor. Assim, por que ficar ressentido? Isso não adianta. É tolice, não faz sentido. Você já fez alguma coisa tola ou estúpida porque estava ressentido? “Vou mostrar prá ele!” e você vai e faz uma coisa maluca e se transforma num tolo. Salmo 106:33 “…muito zangado, agiu e falou sem pensar”. (BV) Muitas vezes nós fazemos isso. Ficamos tão azedos e ressentidos. Dizemos coisas sem pensar no que falamos.
2. O RESSENTIMENTO É INÚTIL.
É auto-imposto. Jó diz: “Com sua raiva você está só se ferindo.” Quando você se ressente, sempre vai se machucar mais que os outros com quem você está ressentido. Ele pode estar totalmente esquecido do que aconteceu.
Ressentimento, como meio de ferir alguém, é como apontar a arma para você mesmo,
Puxando o gatilho para ferir o inimigo com o coice da arma. Sempre vai ferir você mais do que alguém. Enquanto você estiver fervendo, vomitando, chateado, isso tudo se volta contra você. Muitos permitem que pessoas do passado – ex-companheiro, pais, professores – que fizeram você se sentir miserável voltem desse passado para o presente e continuem fazendo você miserável. Isso é tolice! Eles não podem feri-lo de novo, a não ser que você permita. Ressentimento não é só irracional e inútil como também não vale à pena. É suicídio emocional.
“Ressentimento é o inferno no coração.”
As pessoas mais infelizes que conheço são aquelas cheias de ressentimento. São infelizes. Só prolongam a dor. Custa muito caro ser assim.
3. O RESSENTIMENTO ATRAI DESGRAÇA: Jó. 5:3-5.
“Eu mesmo já vi um insensato lançar raízes, mas de repente a sua casa foi amaldiçoada. Seus filhos longe estão de desfrutar segurança, maltratados nos tribunais, não há quem os defenda. Os famintos devoram a sua colheita, tirando-a até do meio dos espinhos, e os sedentos sugam a sua riqueza.”
Leu quantas! Você quer isto para sua vida? Veja bem…
– Seus filhos sofrem,
– Seu trabalho é atingido,
– Seus recursos desaparecem.

4. O RESSENTIMENTO É DOENTIO. Jó 21:23-25
“Alguns homens levam uma vida feliz (…) e morrem ricos. (…) Outros, ao contrário, nunca provaram um momento de felicidade e morrem com o coração cheio de amargura.” Você não pode ficar ressentido e feliz ao mesmo tempo. Se você permanece guardando uma mágoa estará apenas se ferindo. E isto é doentio. As pessoas dizem: “Olhe o que você come”. A questão não é o que você come, mas é o que está comendo você que vai fazer a grande diferença em sua vida. Há uma relação forte entre sua saúde física e sua saúde espiritual, entre sua constituição emocional e física. Há uma relação entre doença e pecado. Não digo que toda doença é causada pelo pecado. Não é. Mas, muitos problemas que você tem desenvolvido interiormente são resultantes de mágoas guardadas.
Você não tem idéia do que está fazendo com você mesmo quando guarda uma mágoa. Isso sempre vai lhe ferir muito mais do que aos outros. Arruína os relacionamentos.
Provérbios 17:22 diz: “O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos.”
Vai encolher você numa pequena concha se você permitir. Para seu próprio bem, para sua saúde, não guarde mágoa, perdoe.
III. A CURA DO RESSENTIMENTO:
Quero que vejamos agora três coisas que Jó fez que mudaram sua vida e transformaram o resto de seus dias na melhor parte de sua existência, embora atravessasse dores tremendas.
1. ABRA O SEU CORAÇÃO SOBRE SUA DOR: Jó 7:11
“Por isso não posso ficar calado. Estou aflito, tenho de falar(…) meu coração está cheio de amargura.” Jó 7:11
Admita a dor. Seja honesto. Diga a verdade. Confesse francamente: “Está doendo!”
Preciso botar isso para fora. “…Vou me desabafar e falar da amargura que tenho no coração. Ó Deus não me condenes!” Jó 10:1. Emocionalmente Jó desejava vomitar. “Deus, não gosto disso! Não é justo! Estou marcado! Estou zangado!. A situação fede!” Ele disse a Deus o quanto estava zangado. O que Deus fez? Você acha que Deus ficou surpreso? Deus sabia que Jó estava chateado desde o primeiro momento. Ele apenas permitiu que Jó admitisse, botasse prá fora do peito. O começo é revelar sua dor. A revelação do sentimento é o início da cura. É como começa. O processo de cura para sua vida. Se você deseja ser curado de suas feridas emocionais, a revelação do sentimento é o ponto de partida para a cura. Você precisa compartilhar sua dor com alguém.
Alguns de vocês estão zangados com Deus por coisas que aconteceram no passado. Ele sabe disso, você sabe disso, mas você não quer admitir. O ponto de partida é dizer: “Deus, ainda estou muito chateado. Estou zangado porque isso aconteceu!” Você só precisa revelar seu sentimento. Deus não vai jogar um raio sobre você, se você fizer isso. Ele já sabe como você se sente. Você começa o processo de cura por admitir sua raiva.
Na semana passada, na mensagem anterior desta série, falamos que há quatro coisas que você pode fazer com um sentimento, uma emoção negativa: reprimir, suprimir, expressar – estas são formas erradas de lidar com sentimento – ou confessar. Admita isso para Deus. Diga a Deus.
O que há em sua vida que você finge que não sabe? O que há em seu casamento que você finge que não existe, mas está ali e incomoda você? E fere você? O que há em seu relacionamento com o namorado ou namorada ou chefe, ou pais ou filhos… que você sabe que existe, todos sabem, mas você finge que não existe? É como um elefante cor de rosa numa sala. “Que elefante cor de rosa?” E todos estão ali, juntinhos. O que há em sua família que você finge que não é verdade? Você precisa enfrentar. Este é o primeiro passo.
Alguém diz: “Gostaria de fechar as portas do meu passado”. Você pode fazer isso, e então você tenta mudar para o presente. Esta atitude é inútil, tanto em relação onde você esteve como onde você está hoje. Você precisa fechar as portas de seu passado, mas não existe fechamento sem abertura primeiro. Não posso fechar as portas de meu passado sem que primeiro eu o enfrente, eu o admita, compartilhe com alguém.
Algumas pessoas dizem: “Vou continuar tentando enterrar meu passado.” Mas o passado fica ressuscitando constantemente, porque isso é um tipo de enterrar algo vivo. Você não consegue fazer isso. O passado fica sempre voltando. Qualquer coisinha que atice sua memória do passado, vai machucá-lo. Você precisa lidar com isso primeiro.
2. LIBERE E PERDOE O SEU OFENSOR: Jó 42:10
Deixe-o ir, perdoe. Você não terá paz enquanto não fizer isso. Os amigos de Jó o feriram tremendamente. Eles o traíram. Foram desleais, críticos, não foram compreensivos. Não há nada que doa mais do que ser mal entendido ou acusado falsamente. Jó não tinha falta nenhuma. Ele era inocente. Tinha todo o direito de ficar ressentido. Deus havia virado a vida de Jó de cabeça para baixo. Quando foi que Deus efetivou a mudança para melhor na vida de Jó? Não foi depois que Jó retaliou. Não foi depois que ele se vingou. Não foi depois que ele ficou ressentido. Mas foi depois que Jó liberou seus ofensores. Ele os deixou ir. Jó os perdoou. Foi aí que Deus começou a trabalhar em sua vida.
A Bíblia diz que ele não somente os deixou ir, mas que orou pelo sucesso deles.
“Depois que Jó acabou de orar pelos seus três amigos, o Deus Eterno fez que ele ficasse rico de novo e lhe deu em dobro tudo o que tinha tido antes”. Jó 42:10 Circule “Depois”. Como e quando Deus fez isso? Depois e quando Jó liberou seus ofensores.
Por que isso é tão importante – que eu libere meus ofensores? Porque nós nos tornamos o que estamos focalizando. É lei da vida que o que focamos é o que nos tornamos. “Não vou ficar ressentido…!” Em que você está pondo a evidência? No ressentimento. “Meu pai é tão desprezível que eu nunca vou ser um pai como ele.” Você está pondo a evidência em algo que você não quer ser. “Nunca vou ser igual a minha mãe.” Se você não os libera, vai começar a ser parecido com eles. É um fato da vida. Se você não os liberar, você vai se tornar semelhante àqueles que o feriram.
A amargura em seu coração produz coisas muito estranhas em sua personalidade. Não queremos dizer que é andar por aí guardando mágoas. Você paga caro por isso. Ao perdoar, você libera seu ofensor e se libera.
Quantas vezes você precisa fazer isso? Pedro perguntou isso a Jesus. Mateus 18:21,22: “Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão? Sete vezes?” Se você conta, isso não é perdão. Você armazena pouca munição em seu casamento? “Você fez isso e eu não vou esquecer, de modo que, quando eu fizer algo eu vou poder dizer: ‘Você fez aquilo…..’” Se você está fazendo isso, você não está amando. O amor não guarda rancor. Se você está fazendo isso, está destruindo seu casamento. É o que você, de verdade, está fazendo. Ele disse 490 vezes. O perdão deve ser contínuo.
Há uma idéia circulando no meio cristão que sugere ser o perdão algo de uma só vez, um ato e pronto. “Eu fui severamente ferido, abusado, muito cedo em minha vida. Chego para o culto, baixo a cabeça e digo: ‘Eu os perdôo’. É tudo o que preciso fazer?” Sinceramente, duvido disso. Perdão é um processo. A Bíblia diz que o perdão é contínuo – você continua perdoando. Cada vez que a memória acende, você os perdoa novamente até perceber que os liberou. Então você não vai mais precisar fazer isso.
Como sei quando os liberei completamente? Quando eles não me ferem mais. Você pode entender suas dores. Você pode orar pelo sucesso deles. Você se sente confortável na presença deles. A Bíblia diz: “Orem por aqueles que maliciosamente usam vocês” Como Jó fez. Quando você finalmente os libera – quando você se sente perdoando, pode parar. Se você não se sente perdoador, é porque precisa perdoá-los. Eu não sei sempre quando me sinto perdoando alguém. Apesar disso, eu o faço, não porque eu sinta, mas porque é a coisa certa que tenho de fazer. Faço isso para me libertar, para me beneficiar pessoalmente. Deus diz que primeiro, é a coisa certa e segundo, me beneficia.
Clara Barton foi à fundadora da Cruz Vermelha Americana. Um homem, anteriormente, a ferira muito profundamente. Anos depois, ela estava novamente envolvida na vida dele. Ele falava sobre ele com outra pessoa de maneira muito amável. A pessoa disse: “Não é ele o homem que feriu você?” Barton disse: “Sim, mas claramente me lembro tê-lo perdoado.” È uma escolha. Você guarda sua mágoa e ela se transforma em ódio. Deixe-a sair. Você revela sua dor, libera seu ofensor. Não é quando você sente, mas mesmo quando você não sente, porque é a coisa certa para fazer.
“Se eu os deixar ir, eles vão ficar impunes? Isso não é justo!” Você está certo. Mas quem disse que a vida é justa? Certamente Deus não disse. A vida não é justa. Muita gente má consegue se sair bem. Isto explica porque preciso ter uma firme crença em céu e inferno. Se você não crê no inferno, você está com um problema. Uma pessoa, por exemplo Hitler, vai se sair bem? Matam milhões de pessoas
e permanece impunes? É assim mesmo? Deus não é apenas um Deus de amor, Ele é um Deus de justiça. Um dia Ele vai mostrar Sua posição final. A Bíblia diz que Ele vai nos chamar para uma prestação de contas. Todos seremos chamados para isso. Terei de prestar contas por todas as pessoas que feri. É por isso que preciso da salvação. É por isso que preciso de Jesus em minha vida. É por isso que você também precisa. Não vou conseguir fazer isso pelos meus próprios méritos ou pela minha bondade. Não sou bom o suficiente para isso. Nem você.

A vida não é justa. Mas um dia Deus vai acertar tudo isso. Dar Sua posição final. Minha sugestão é que você faça o que Deus manda. Perdoe a pessoa e deixe que Deus cuide do resto. Quem possui mais recursos à disposição, você ou Deus? Quem pode fazer melhor no final das contas, você ou Deus? Enquanto você espera em Deus, mesmo que você esteja com razão, perdoe as pessoas, deixando-as livres e você também ficará livre.
Revelar sua dor é o primeiro passo. Liberar e perdoar seu ofensor é o segundo.
3. REDIRECIONE SUA VIDA. Jó 11:13-18
Esta é a forma para curar suas memórias inconscientes. O quando você se fixa em alguém, seu ressentimento vai controlar você. Você está se preocupando com alguma coisa que eles já esqueceram.
Para Deus fazer e trazer algo realmente NOVO para sua vida, você precisa dar este passo.
Jó fez três coisas para redirecionar sua vida:
“Jó, vire o seu coração para Deus(…)você andará de cabeça erguida puro, firme e sem medo. Você não se lembrará de seus sofrimentos que serão como águas passadas que a gente esquece.” Jó 11:13-18 Muito antes da psicologia existir, Jó já dizia que há três passos para a cura interior.
3.1. Endireite seu coração.
Este é o primeiro passo para que você seja emocionalmente curado de uma dor. Significa fazer a coisa certa, o que Deus diz – libere seu ofensor. Seja o que eu sentir, se é isso ou não, eu devo fazer a coisa certa. Perdoe, libere, não vou me vingar deles. Assim eu faço a coisa certa – este é o primeiro passo. Deixe-os ir e os perdoe.
3.2 Aproxime-se de Deus.
Você precisa de Deus em sua vida.
Convide Jesus para entrar e preenchê-lo com Seu perdão. Por que? Não acho que você consiga fabricar perdão suficiente para lidar com todas as dores que vai enfrentar, não apenas as do passado, mas também aquelas que estão entre o hoje e o dia da sua morte. Você vai ficar ferido muitas vezes. Não acho que você consiga fabricar o perdão humano suficiente para enfrentar isso. Você precisa do perdão de Deus em sua vida.
Pense em Corrie Ten Boom, uma senhora que escondeu judeus em seu apartamento para protegê-los dos nazistas. Quando eles foram presos, não somente os judeus foram mandados para um campo de concentração, mas Corrie e sua família foram também. Todos da sua família foram mortos no campo de concentração, exceto ela. Corrie suportou abusos e torturas de todos os tipos. Tempos depois, ela volta e encontra os guardas que a torturaram e ela os perdoa. Você não consegue fazer isso com o perdão humano. Você precisa do poder sobrenatural de Deus em sua vida para conseguir liberá-los e dizer: “Não foi legal nem divertido. Foi tudo muito ruim. Mas eu creio que Deus transforma o ruim em algo bom e sei que o resto de minha vida vai ser muito melhor do que já foi.”
Assim você alcança Deus e pede que Ele lhe encha com seu perdão. Isto é um processo, não um simples ato. Você precisa fazer isso muitas vezes, na medida em que se sente curado.
3.3. Enfrente o mundo de novo.
Quando estamos feridos, nosso primeiro impulso é fugir, entrar na concha, ir para baixo da cama. “Nunca mais vou permitir que alguém se torne íntimo de mim”, “Nunca mais quero ter outros relacionamentos”, “Nunca mais vou baixar minha guarda, de modo que as pessoas possam me ver como de verdade sou. Eu me exponho e eles se aproveitam disso. Estou ferido profundamente. Vou construir um muro em meu redor.” Você vai estar se ferindo se fizer isso. O que é dito é que você “enfrente o mundo de novo”. Se você estiver sempre olhando o que aconteceu no passado, permitindo que isso defina sua identidade, é como dirigir um carro olhando pelo retrovisor. Você vai bater. Você precisa enfrentar o futuro. Retome sua vida. Não dê tanta importância onde você já esteve mas em qual direção seus pés estão indo – qual a sua direção. Você precisa falar bem alto: “eu não serei vítima nunca mais!” Você precisa parar de se fixar no passado e passar a olhar o futuro.
“Jó, vire o seu coração para Deus(…)você andará de cabeça erguida puro, firme e sem medo. Você não se lembrará de seus sofrimentos que serão como águas passadas que a gente esquece.” Jó 11:13-18 As memórias serão apagadas e as dores serão aliviadas. Isto acontece. Alguns dizem: “Preciso curar minhas memórias e assim vou olhar o futuro.” Mas isto não o que Deus diz. Ele diz para fazer essas três coisas e enfrentar o futuro e então suas memórias serão curadas. Como? Aqui existe um princípio. Você não pode opor-se ao sentimento; você pode apenas substituí-lo.
Quanto mais você luta contra algo, mais isso se incrusta em você. É a lei da vida. O que você resiste, persiste. Se eu empurro sua mão você vai empurrar de volta. Quando digo: “Não vou ficar ressentido!” significa que o tempo todo vou pensar no que não quero. A chave é mudar o canal mental. Você não estará forçando prá fora de sua vista, você estará enfocando algo novo. Antes de simplesmente resistir a dor eu a substituo com uma nova direção.
Se você fizer estas três coisas você será curado emocionalmente. Realmente eu creio nisso.
• CONCLUSÃO
O final feliz da história está em Jó 42:12: “O Deus Eterno abençoou a última parte da vida de Jó mais que a primeira”.
A parte final da vida de Jó tornou-se a melhor parte. Creio que Deus lhe trouxe aqui para dizer isso tudo para você através de mim. “Você é importante e me preocupo com você e o resto de sua vida vai ser a melhor parte e eu limparei todas as dores do seu passado”.
Que memórias dolorosas você está escolhendo manter na memória? Alguma coisa dita por alguém? Ou feita? Ou pensou a seu respeito? Isso ainda lhe dói hoje? Talvez tenha acorrido já há muito tempo, mas quando algo mexe com sua memória, dói tanto como se fosse ao dia do acontecido. Sobre quem você tem falado: “Não vou ser nunca como aquela pessoa.” Se você não os libera você começa a ficar semelhante a eles. O ressentimento faz coisas muito estranhas conosco. Alguns de vocês precisam perdoar seus pais. Todos temos pais imperfeitos, mas aqueles filhos que foram feridos, amam e odeiam os pais ao mesmo tempo. É duro para uma criança entender isso. Mas é possível amar alguém e odiar ao mesmo tempo. “Amo meu pai, mas por que ele está fazendo isso?” “Amo minha mãe, mas por que ela está dizendo isso?” É duro para a criança entender.
Alguns de vocês precisam perdoar um ex-cônjuge. Eles fizeram sua vida miserável no passado, não permitam que eles façam o mesmo hoje. Você não precisa fazer isso. Eles não podem mais lhe ferir, a não ser que você guarde alguma mágoa. O ressentimento não vale à pena. É irracional, inútil e doentio. Para seu próprio bem, perdoe, mais perdoar não é tão fácil como parece, especialmente para quem nunca passou por um problema assim, o melhor remédio além de jesus é o tempo para curar essa ferida.
“Mas eu não posso perdoá-los!” É por isso que você precisa de Jesus. Precisa dEle em sua vida. Ele pode providenciar o poder para perdoar que ninguém pode. Ele pode curar sua dor que ninguém consegue. Abra sua vida para Ele. Faça o que Jó disse: “Aproxime-se de Deus”


Apelo pastoral de Paulo-Lição 9 19 a 26 de agosto




Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: Eu lhes suplico, irmãos, que se tornem como eu, pois eu me tornei como vocês. Em nada vocês me ofenderam” (Gl 4:12, NVI).

LEITURAS DA SEMANA: Gl 4:12-20; 1Co 11:1; Fp 3:17; 1Co 9:19-23; 2Co 4:7-12

Como temos visto até aqui, Paulo não mediu as palavras para com os gálatas. No entanto, sua linguagem forte simplesmente refletia a paixão inspirada que ele sentia em relação ao bem-estar espiritual da igreja que havia fundado. Além da questão teológica crucial com a qual Paulo estava lidando, a carta aos Gálatas também mostra, em sentido amplo, como é importante a doutrina correta. Se o que acreditamos não fosse importante, se a exatidão doutrinária não tivesse tanta importância, por que Paulo teria sido tão fervoroso e tão determinado em sua carta? A verdade é que aquilo em que acreditamos importa muito, especialmente em toda a questão do evangelho.
Em Gálatas 4:12-20, Paulo continuou seu discurso, embora tivesse mudado um pouco sua abordagem. Paulo havia apresentado uma série de argumentos detalhados e teologicamente sofisticados para persuadir os gálatas de seus erros, e então, ele fez um apelo mais pessoal e pastoral. Ao contrário dos falsos mestres que não tinham nenhum interesse verdadeiro nos gálatas, Paulo revelou genuína preocupação, aflição, esperança e amor de um bom pastor por seu rebanho rebelde. Ele não estava somente corrigindo a teologia, mas procurando ministrar àqueles a quem amava.
O dia 16 de setembro será o Dia Mundial do Desbravador. Aproveite a ocasião para celebrar e fortalecer esse ministério em sua igreja!
Domingo, 20 de agosto
O coração de Paulo
1. Leia Gálatas 4:12-20. Qual é a essência da mensagem de Paulo nesses versos? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Paulo fez um apelo pastoral aos gálatas, lembrando-lhes como eles o haviam recebido pela primeira vez, exortando para que fossem como ele e não fizessem dele um inimigo.
B.( ) Paulo disse que os gálatas haviam ido longe demais em seus erros.
A indicação inicial da preocupação que pesava fortemente sobre o coração de Paulo é seu apelo pessoal no verso 12. O apelo ocorreu imediatamente após a insistência de Paulo para que os gálatas se tornassem como ele era. Infelizmente, o significado da palavra rogar ou suplicar não é totalmente transmitido em algumas traduções. A palavra em grego é deomai. Embora possa ser traduzida por “suplico” (ARA) ou “rogo” (ARC), a palavra grega tem um sentido mais forte de desespero (2Co 5:20; 8:4; 10:2). Paulo estava realmente dizendo: “Eu imploro a vocês!”
A preocupação de Paulo não era simplesmente com ideias teológicas e pontos de vista doutrinários. Seu coração estava ligado à vida das pessoas conduzidas a Cristo por meio de seu ministério. Ele se considerava mais do que apenas um amigo; era seu pai espiritual, e os conversos eram seus filhos. Mais do que isso, Paulo comparou sua preocupação a respeito dos gálatas com a preocupação e angústia que acompanham a mãe no parto (Gl 4:19). Paulo pensava que seu “trabalho” anterior, quando ele havia fundado a igreja, tinha sido suficiente para um “parto seguro”. Mas, visto que os gálatas haviam se desviado da verdade, Paulo estava experimentando as dores de parto mais uma vez a fim de garantir seu bem-estar.
2. Qual era o objetivo de Paulo para os gálatas? De todo o seu “trabalho” em favor deles, qual resultado ele queria ver? Gl 4:19
Tendo primeiramente descrito os gálatas como sendo formados no ventre, Paulo então falou deles como se fossem mulheres grávidas. A palavra traduzida como “formado” era usada na medicina para se referir ao desenvolvimento de um embrião. Por meio dessa metáfora, Paulo descreveu o que significa ser cristão, tanto individualmente quanto coletivamente, na igreja. Seguir a Cristo é mais do que simplesmente uma profissão de fé; envolve uma transformação radical à semelhança de Cristo. Paulo “não estava esperando algumas pequenas alterações nos gálatas, mas uma transformação tal que, ao olhar para eles, seria como ver Cristo” (Leon Morris, Galatians [Gálatas], Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1996, p. 142).
O caráter de Cristo é manifestado em sua vida? Em quais áreas você precisa crescer?
Segunda-feira, 21 de agosto
O desafio da transformação
3. Qual era a necessidade dos gálatas, e o que Paulo pediu a eles? Paulo tinha autoridade para fazer esse apelo? Leia Gálatas 4:12 e compare com os seguintes textos: 1Co 11:1; Fp 3:17; 2Ts 3:7-9; At 26:28, 29
Ao longo de suas cartas, diversas vezes Paulo encorajou os cristãos a imitar seu comportamento. Em cada situação, ele se apresentou como exemplo confiável que eles deviam seguir. Em 2 Tessalonicenses 3:7-9, Paulo se ofereceu como exemplo de como os cristãos de Tessalônica deviam trabalhar para ganhar o próprio sustento e não ser um fardo para os outros. Em 1 Coríntios 11:1, Paulo exortou os coríntios a imitá-lo, colocando o bem-estar dos outros em primeiro lugar. Sua preocupação com os gálatas parece ter sido um pouco diferente.
Em Gálatas 4:12, Paulo não pediu que eles o imitassem. Em vez disso, pediu que eles se tornassem como ele era; ele estava falando sobre ser e não sobre agir. Por quê? O problema na Galácia não era comportamento antiético nem estilo de vida pecaminoso, como na igreja de Corinto. A questão na Galácia estava enraizada na essência do próprio cristianismo. Era mais sobre a “essência” do que sobre o “comportamento”. Paulo não estava dizendo “proceda como eu”, mas “seja o que eu sou”. A terminologia exata de Gálatas 4:12 ocorre no apelo de Paulo a Herodes Agripa II, em Atos 26:29, em que Paulo disse: “Peço a Deus que não apenas tu, mas todos os que hoje me ouvem se tornem como eu, porém sem estas algemas”. Em outras palavras, Paulo estava se referindo à sua experiência como cristão, um fundamento que se apoiava unicamente em Cristo, uma fé que confiava no que Jesus havia feito por ele e não em suas obras da lei. Os gálatas estavam dando mais valor ao seu comportamento do que à sua identidade em Cristo.
Embora Paulo não tenha dito especificamente de que maneira ele queria que os gálatas se tornassem como ele, o contexto da situação entre os gálatas indica que essa não foi uma declaração geral que abrangia todos os aspectos e detalhes de sua vida. Visto que sua preocupação era com a religião dos gálatas, centralizada na lei, certamente Paulo tinha em mente o maravilhoso amor, alegria, liberdade e certeza de salvação que ele havia encontrado em Jesus Cristo. À luz da maravilha insuperável de Cristo, Paulo havia aprendido a considerar tudo o mais como lixo (Fp 3:5-9) e ansiava que os gálatas tivessem essa mesma experiência.
Existe alguém, além de Jesus, que lhe tenha dado um bom exemplo? Quais qualidades dessa pessoa você acha exemplares? Como você pode revelar melhor essas qualidades em sua vida?
Terça-feira, 22 de agosto
Eu me tornei como vocês
4. Leia 1 Coríntios 9:19-23. Essa passagem ajuda a entender o que Paulo quis dizer na última parte de Gálatas 4:12? Compare com At 17:16-34; 1Co 8:8-13; Gl 2:11-14. Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ele começou a viver em pecado como os gálatas.
B.( ) Ele se tornou como um gentio para ganhá-los para Cristo.
C.( ) Ele deixou de acreditar que o sacrifício de Jesus fosse suficiente para a salvação.
Gálatas 4:12 pode parecer um tanto obscuro. Por que os gálatas deviam se tornar como Paulo, se ele já se havia tornado como eles? Como vimos na lição de ontem, Paulo queria que eles se tornassem como ele na sua completa fé e confiança na total suficiência de Cristo para a salvação. Seu comentário sobre ter se tornado como eles foi um lembrete de como, embora fosse judeu, ele havia se tornado um gentio “sem lei” para que pudesse alcançar os gentios da Galácia com o evangelho. Como o grande missionário para o mundo gentílico, Paulo havia aprendido a pregar o evangelho tanto aos judeus quanto aos gentios. De fato, de acordo com 1 Coríntios 9:19-23, embora o evangelho permanecesse o mesmo, o método de Paulo variava dependendo das pessoas que ele estava tentando alcançar.
“Paulo foi um pioneiro no que chamamos hoje de contextualização: a necessidade de comunicar o evangelho de tal maneira que ele fale ao contexto total das pessoas a quem é dirigido” (Timothy George, The New American Commentary: Galatians [O Novo Comentário Americano: Gálatas], Nashville, Tennessee: Broadman & Holman Publishers, 1994, p. 321).
Os comentários de Paulo em 1 Coríntios 9:21 indicam que ele acreditava que havia limites que estabeleciam até onde a pessoa devia ir na contextualização do evangelho. Por exemplo, ele citou que, embora a pessoa seja livre para alcançar judeus e gentios de diferentes maneiras, essa liberdade não inclui o direito de ter um estilo de vida sem lei, pois os cristãos estão sob a “lei de Cristo”.
Embora a contextualização nem sempre seja fácil, “à medida que somos capazes de separar a essência do evangelho de seu casulo cultural, a fim de contextua­lizar a mensagem de Cristo sem comprometer seu conteúdo, também devemos ser imitadores de Paulo” (Timothy George, Galatians [Gálatas], p. 321, 322).
É fácil fazer concessões, não é mesmo? Às vezes, quanto mais longa é nossa experiência cristã, mais fácil se torna fazer concessões. Por que as coisas são assim? Examine a si mesmo com sinceridade. Sutilmente você tem feito concessões? De que maneira você as tem justificado? Em quais áreas você precisa mudar? Como fazer isso?
Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/
Quarta-feira, 23 de agosto
Naquele tempo e agora
O relacionamento de Paulo com os cristãos da Galácia nem sempre foi tão difícil e frio como tinha se tornado. Na verdade, ao refletir sobre a primeira vez em que pregou o evangelho ali, Paulo falou com entusiasmo sobre a maneira agradável pela qual eles o trataram. O que mudou essa situação?
5. De acordo com Gálatas 4:13, qual evento parece ter levado Paulo a decidir pregar o evangelho na Galácia?
Aparentemente, não havia sido a intenção original de Paulo pregar o evangelho na Galácia. Algum tipo de doença, entretanto, o atingiu na viagem, obrigando-o a ficar nessa região mais tempo do que o esperado ou a viajar para lá em busca de recuperação. A natureza exata da enfermidade de Paulo envolve um mistério. Alguns têm sugerido que ele tivesse contraído malária; outros (com base na referência de Paulo à disposição dos gálatas em arrancar os próprios olhos e dar-lhes a Paulo) sugerem que talvez fosse uma doença nos olhos. Sua doença também pode estar relacionada ao “espinho na carne” que ele mencionou em 2 Coríntios 12:7-9.
O sofrimento de Paulo  foi desagradável e se tornou uma provação para os gálatas. Numa cultura em que a doença era frequentemente vista como sinal do desagrado divino (Jo 9:1, 2; Lc 13:1-4), a enfermidade de Paulo poderia ter dado aos gálatas uma desculpa para que o rejeitassem, bem como sua mensagem. No entanto, eles o acolheram com sincera alegria. Por quê? Porque o coração deles havia sido aquecido pela pregação da cruz (Gl 3:1) e pela convicção do Espírito Santo. Que razão eles poderiam dar, então, para sua mudança de atitude?
6. Por que Deus permitiu que Paulo sofresse? Como Paulo poderia ministrar aos outros quando ele mesmo estava lutando com seus próprios problemas? Rm 8:28; 2Co 4:7-12; 12:7-10
Qualquer que fosse a doença de Paulo, certamente foi grave. Essa enfermidade poderia ter sido facilmente usada como desculpa a fim de culpar Deus por seus problemas ou simplesmente desistir de pregar o evangelho. Paulo não fez nada disso. O apóstolo usou sua situação como oportunidade para confiar mais plenamente na graça de Deus. “Repetidas vezes Deus tem usado as adversidades da vida – doença, perseguição, pobreza, e mesmo desastres naturais e tragédias inexplicáveis – como ocasiões para mostrar Sua misericórdia e graça, e como meio de promover o evangelho” (Timothy George, Galatians [Gálatas], p. 323, 324).
Como permitir que as provações e os sofrimentos nos levem a depender mais do Senhor?
Quinta-feira, 24 de agosto
Falando a verdade
7. Qual pergunta poderosa Paulo fez em Gálatas 4:16? Você já passou por uma situação semelhante? Jo 3:19; Mt 26:64, 65; Jr 36:17-23. Asssinale a alternativa correta:
A.( ) “Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade?”
B.( ) “Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou?”
C.( ) “Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer a verdade?”
Muitas vezes, a expressão “dizer a verdade” tem conotações negativas, especialmente em nossos dias, quando isso pode ser visto como uma tática de dizer a alguém os fatos de maneira categórica e descontrolada, não poupando nenhum inimigo, não importando quanto essas informações sejam desagradáveis ou desnecessárias. Se não fosse pelos comentários de Paulo em Gálatas 4:12-20 e alguns outros comentários espalhados ao longo de sua carta (Gl 6:9, 10), seria possível concluir erroneamente que o interesse de Paulo na verdade do evangelho superava qualquer expressão de amor. Mas, como vimos, embora Paulo desejasse que os gálatas conhecessem a “verdade do evangelho” (Gl 2:5, 14), essa preocupação surgiu por causa de seu amor por eles. Quem não experimentou pessoalmente quanto pode ser doloroso ter que castigar alguém ou falar à pessoa, em termos claros, verdades que, por algum motivo, ela não quer ouvir? Fazemos isso porque nos preocupamos com a pessoa, não porque queiramos prejudicá-la, ainda que o efeito imediato de nossas palavras seja dor ou até mesmo ira e ressentimento contra nós. Mesmo assim, falamos porque sabemos que a pessoa precisa ouvir, não importando se ela não queira ouvir.
8. Em Gálatas 4:17-20, o que Paulo disse sobre seus oponentes? O que mais ele desafiou, além de sua teologia?
Em contraste com a sinceridade do evangelho de Paulo, pelo qual ele assumiu o risco de ter que enfrentar a ira dos gálatas, seus oponentes estavam ativamente cortejando o favor dos gálatas, não por amor a eles, mas por seus próprios motivos egoístas. Não está claro exatamente o que Paulo quis dizer quando declarou que seus adversários queriam “isolá-los” (v. 17, NVI), embora isso talvez se refira a uma tentativa de excluí-los dos privilégios do evangelho até que eles se submetessem primeiramente à circuncisão.
Pense em algum incidente em que suas palavras, embora verdadeiras e necessárias, fizeram com que alguém ficasse irado com você. O que você aprendeu com essa experiência? Como ela pode ajudá-lo na próxima vez que você precisar fazer algo semelhante?
Sexta-feira, 25 de agosto
Estudo adicional
Nas igrejas da Galácia, aberta e claramente o erro estava suplantando a mensagem do evangelho. Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, havia sido quase renunciado pelas obsoletas cerimônias do judaísmo. O apóstolo viu que, para que os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências que os ameaçavam, as mais decisivas medidas deviam ser tomadas, dadas as mais severas advertências.
“Uma importante lição que todo ministro de Cristo deve aprender é a de adaptar seu trabalho às condições daqueles a quem busca beneficiar. Ternura, paciência, decisão e firmeza são igualmente necessárias, mas devem ser exercidas com o devido discernimento. Tratar sabiamente com diferentes classes de mentalidade, sob circunstâncias e condições variadas, é uma obra que requer sabedoria e mente iluminada e santificada pelo Espírito de Deus […].
“Aos que haviam conhecido na vida o poder de Deus, Paulo apelou para que voltassem ao seu primeiro amor da verdade do evangelho. Com argumentos incontestáveis, ele expunha perante eles seu privilégio de se tornarem homens e mulheres livres em Cristo, por cuja graça expiatória todos os que fazem completa entrega a Ele são revestidos com o manto de Sua justiça. […]
“As fervorosas palavras de súplica do apóstolo não ficaram sem fruto. O Espírito Santo atuou com forte poder, e muitos cujos pés se haviam desviado para caminhos estranhos, retornaram à sua primeira fé no evangelho. Daí em diante, ficaram firmes na liberdade com que Cristo os havia libertado” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 385, 386, 388).
Perguntas para reflexão
1. Pense na questão do sofrimento e em como Deus pode usá-lo. Como lidamos com situações em que nada de bom parece ter resultado do sofrimento?
2. Medite na ideia de Cristo sendo formado em nós. O que isso significa? Como saber se isso está acontecendo conosco? Como evitar o desânimo se essa experiência não estiver acontecendo como pensamos que devia ocorrer?
Resumo: Tendo apresentado argumentos detalhados e teologicamente sofisticados, Paulo fez um apelo pessoal aos gálatas. Ele pediu que eles ouvissem seu conselho, lembrando-lhes da relação positiva da qual já haviam compartilhado e do amor genuíno e preocupação que ele tinha por eles como seu pai espiritual.
Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Escolha com antecedência um aluno e peça que ele prepare uma resposta para ser apresentada à classe. Promova também uma discussão em grupo: Por que Paulo precisou passar novamente pelas “dores de parto”? 3. Peça a opinião dos alunos. 4. B. 5. Peça a opinião dos alunos. 6. Peça a opinião dos alunos. 7. C. 8. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para responder à questão. Peça que ele compartilhe sua resposta com os colegas na classe.