quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Informativo Mundial das Missões – 30/12/17



Olá pessoal!
Feliz ano novo! Que Deus esteja com vocês em 2018! É o desejo da nossa família para todas as famílias adventistas ao redor do mundo.
Fiquem com Deus!

Lição 13 - 23 a 30 de dezembro - Vida cristã


Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus” (Rm 14:10).

LEITURAS DA SEMANA: Rm 14–16

Estamos agora na última parte do nosso estudo sobre Romanos, o livro a partir do qual nasceu a Reforma Protestante. Mais do que qualquer outro, ele nos revela por que somos protestantes e por que devemos permanecer assim. Como protestantes, e especialmente como adventistas do sétimo dia, apoiamo-nos no princípio de sola Scriptura, que defende unicamente a Bíblia como padrão de fé. Na Bíblia, aprendemos a mesma verdade que fez com que nosso antepassado espiritual, séculos atrás, rompesse com Roma – a grande verdade da salvação pela fé, expressada de maneira tão poderosa na Epístola de Paulo aos Romanos.
Talvez toda essa questão possa ser resumida pela pergunta do carcereiro pagão: “Que devo fazer para que seja salvo?” (At 16:30).
Em Romanos, temos a resposta para essa pergunta; porém, essa não era a resposta dada pela igreja na época de Lutero. Por isso, a Reforma começou, e aqui estamos hoje.
Nessa última seção, Paulo abordou outros assuntos, talvez não tão centrais ao seu tema principal, mas suficientemente importantes para serem incluídos na carta. Portanto, para nós, eles também fazem parte das Sagradas Escrituras.
Como Paulo terminou essa carta? O que ele escreveu? Quais verdades existem para nós, herdeiros não apenas de Paulo, mas também dos nossos antepassados protestantes?
Desafie os jovens de sua igreja a dedicar as férias ao projeto Calebe, à Escola Cristã de Férias e a outros projetos espirituais. Incentive-os a sentir alegria em salvar pessoas.
Domingo, 24 de dezembro
Fraco na fé
Em Romanos 14:1-3, Paulo tratou da questão relacionada ao consumo de carnes que poderiam ter sido sacrificadas aos ídolos. O Concílio de Jerusalém (At 15) decidiu que os gentios convertidos deveriam se abster de comer esses alimentos. No entanto, as pessoas sempre queriam saber se as carnes vendidas nos mercados públicos vinham de animais sacrificados aos ídolos (veja 1Co 10:25). Alguns cristãos não se importavam com isso de maneira nenhuma; outros, se houvesse a menor dúvida, optavam por comer legumes em vez de carne. A discussão não tinha nada a ver com a questão do vegetarianismo ou da vida saudável. Nem tampouco Paulo insinuou nessa passagem que a distinção entre carnes puras e imundas foi abolida. Esse não era o assunto em consideração. Se interpretarmos as palavras “de tudo se pode comer” (Rm 14:2, ARC) como se agora qualquer animal, limpo ou imundo, pudesse ser consumido, as aplicaremos erroneamente. A comparação com outras passagens do Novo Testamento vai contra essa aplicação.
Entretanto, “aceitar” o fraco na fé significava conceder a ele plena inclusão no corpo de Cristo e igualdade no status social. Não se devia discutir com a pessoa, mas dar a ela o direito à opinião.
1. Qual é o princípio de Romanos 14:1-3? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Aprovar quem deseja comer as carnes imundas.
B.( ) Respeitar a opinião de cada um quanto às carnes sacrificadas aos ídolos.
É igualmente importante perceber que, em Romanos 14:3, Paulo não falou negativamente do “fraco na fé” (Rm 14:1, NVI). Ele também não deu a essa pessoa conselhos sobre como se tornar forte. No que diz respeito a Deus, é aceito o cristão extremamente meticuloso (julgado assim, aparentemente, não por Deus, mas por seus companheiros cristãos). “Deus o acolheu” (Rm 14:3).
2. Em Romanos 14:4, como Paulo ampliou o que acabamos de ver?
Os princípios vistos na lição de hoje devem estar em nossa mente. Além disso, sabemos que não podemos julgar o coração das pessoas. No entanto, não existem momentos nos quais é preciso julgar suas ações e intervir nelas? Devemos nos esquivar e não fazer nem dizer nada em todas as situações? Isaías 56:10 descreve as sentinelas como “cães mudos, incapazes de latir” (NVI). Como podemos saber quando falar e quando ficar em silêncio? Como encontrar o equilíbrio?
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Segunda-feira, 25 de dezembro
Diante do tribunal de Deus
3. Leia Romanos 14:10. Por que devemos ter cuidado ao julgar os outros? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Porque todos compareceremos diante do tribunal de Deus.
B.( ) Porque somente o Senhor tem a capacidade plena de julgar.
Às vezes julgamos os outros com dureza e, muitas vezes, pelas mesmas coisas que fazemos. Porém, o que fazemos não nos parece tão ruim como quando outras pessoas fazem a mesma coisa. Podemos enganar a nós mesmos, mas não enganamos a Deus, que nos advertiu: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mt 7:1-4).
4. Leia Romanos 14:11. Qual é o sentido da declaração do Antigo Testamento introduzida por Paulo nessa passagem?
A citação de Isaías 45:23 defende a ideia de que todos deverão comparecer diante do tribunal. “Todo joelho” e “toda língua” individualizam a convocação. A implicação é que cada um terá que responder por sua vida e suas ações (Rm 14:12). Ninguém poderá responder por outra pessoa. Nesse sentido importante, não somos guardadores dos nossos irmãos.
5. Mantendo o contexto em mente, como você entende o que Paulo disse em Romanos 14:14?
O assunto ainda era os alimentos sacrificados aos ídolos. Claramente, a questão não era a distinção entre os alimentos considerados puros ou impuros. Paulo
declarou que não havia, necessariamente, nada de errado em comer alimentos que pudessem ter sido oferecidos aos ídolos. Afinal, o que é um ídolo? Não é nada (veja 1Co 8:4); então, quem se importa se algum pagão ofereceu o alimento à estátua de um sapo ou de um touro?
Uma pessoa não deveria ser forçada a violar sua consciência, mesmo sendo essa muito sensível. Os irmãos “fortes” aparentemente não entenderam isso. Eles desprezavam a meticulosidade dos irmãos “fracos” e colocavam obstáculos em seu caminho.
É possível que, em seu zelo pelo Senhor, você esteja em perigo quanto ao que Paulo advertiu nessa passagem? Por que não devemos procurar ser a consciência dos outros, não importando quanto sejam boas as nossas intenções?
Terça-feira, 26 de dezembro
Nenhuma ofensa
6. Leia Romanos 14:15-23 (veja também 1 Coríntios 8:12, 13). Resuma nas linhas abaixo a essência das palavras de Paulo. Qual princípio dessa passagem podemos aplicar em todas as áreas da vida?
Em Romanos 14:17-20, Paulo colocou vários aspectos do cristianismo em seu devido contexto e perspectiva. Embora a dieta seja importante, os cristãos não devem brigar com relação às escolhas de algumas pessoas em comer legumes em vez de carne que poderia ter sido sacrificada aos ídolos. Em vez disso, eles devem se concentrar na justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Como poderíamos aplicar essa ideia às discussões sobre dieta em nossa igreja hoje? Por mais que a mensagem de saúde e, especialmente, os ensinamentos sobre alimentação possam ser uma bênção para nós, nem todo mundo entende esse assunto da mesma forma,
e precisamos respeitar essas diferenças.
7. Em Romanos 14:22, em meio a essa discussão sobre deixar que as pessoas sigam a própria consciência, Paulo acrescentou uma ressalva: “Bem-aventurado
é aquele que não se condena naquilo que aprova”. Qual é a advertência de Paulo ali? Como isso equilibra o restante de suas palavras nesse contexto? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Devemos ser nós mesmos e fazer tudo que é lícito, sem nos preocupar com a opinião dos outros.
B.( ) Devemos lembrar que somos, de certa forma, “responsáveis” pela fé dos outros. Por isso, não devemos ser pedra de tropeço.
Você já ouviu alguém dizer: “Não é da conta de ninguém o que eu como, o que uso ou o tipo de entretenimento do qual participo”? Será que é assim mesmo? Nenhum de nós vive no vácuo. Nossas ações, palavras, atos e até nossa alimentação podem influenciar os outros para o bem ou para o mal. Não é difícil ver como isso ocorre. Se alguém que o admira vê você fazendo algo “errado”, ele pode ser influenciado, pelo seu exemplo, a fazer a mesma coisa. Enganamos a nós mesmos se pensamos o contrário. Não vem ao caso argumentar que você não forçou a pessoa. Como cristãos, temos responsabilidades uns para com os outros, e, se nosso exemplo levar alguém a se perder, seremos culpados.
Qual tipo de exemplo você apresenta? Você se sentiria confortável em ter outros, especialmente jovens ou novos cristãos, seguindo seu exemplo em todas as áreas? O que sua resposta revela?
Quarta-feira, 27 de dezembro
Observância de dias
Nessa discussão sobre não julgar os que entendem algumas coisas de maneira diferente da nossa e não ser pedra de tropeço para os que podem ser ofendidos pelas nossas ações, Paulo trouxe à tona a questão dos dias especiais que alguns desejavam observar e outros não.
8. Leia Romanos 14:4-10. Como devemos entender o que Paulo declarou nesses versos? Isso tem a ver com o quarto mandamento? Por quê?
Sobre quais dias Paulo estava falando? Havia um conflito na igreja primitiva a respeito da observância ou não observância de certos dias? Aparentemente, sim. Obtemos uma pista em Gálatas 4:9, 10, em que Paulo repreendeu os cristãos da Galácia por observarem “dias, e meses, e tempos, e anos”. Como observamos na lição 2, alguns membros da igreja haviam persuadido os cristãos da Galácia a ser circuncidados e a guardar outros preceitos da lei de Moisés. Paulo temia que essas ideias também prejudicassem a igreja romana. Contudo, talvez em Roma, particularmente os judeus cristãos tiveram dificuldade em se convencer de que não precisavam mais observar as festas judaicas. Paulo estava dizendo nesse texto: faça o que quiser com relação a esse assunto; o ponto importante é não julgar aqueles que entendem o assunto de maneira diferente da sua. Parece que alguns cristãos, para não correr riscos, decidiram observar uma ou mais festas judaicas. O conselho de Paulo é: deixe que o façam se estiverem convencidos de que devem fazê-lo.
Aplicar o sábado semanal ao texto de Romanos 14:5, como alguns argumentam, é infundado e ilegítimo. Dá para imaginar Paulo agindo de maneira tão descuidada em relação ao quarto mandamento? Como vimos durante o trimestre, o apóstolo enfatizou a obediência à lei; portanto, ele certamente não colocaria o mandamento do sábado na mesma categoria das pessoas que estavam confusas quanto a comer ou não alimentos que pudessem ter sido oferecidos aos ídolos. Por mais que esse texto seja comumente utilizado como exemplo de que o sábado (sétimo dia) não é mais válido, não é isso o que ele significa. Usar o texto dessa maneira é um perfeito exemplo do que as pessoas faziam com os escritos de Paulo, de acordo com a seguinte advertência de Pedro: “Ao [Paulo] falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (2Pe 3:16).
Qual tem sido sua experiência com o sábado? Tem sido a bênção que deveria ser? Quais mudanças você pode fazer para experimentar mais plenamente o que o Senhor lhe oferece no sábado?
Quinta-feira, 28 de dezembro
Palavras finais
9. Leia Romanos 15:1-3. Qual importante verdade encontramos nessa passagem? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Não devemos agradar a nós mesmos, e sim aos outros.
B.( ) Não devemos agradar aos outros, e sim a nós mesmos.
10. Essa passagem capta o que significa ser seguidor de Jesus?
11. Quais outros versos ensinam a mesma ideia? Como você pode viver esse princípio?
12. Leia Romanos 15:5, 6, 13, 33. Quando Paulo terminou sua carta, ele pronunciou bênçãos diferentes. Quais foram elas?
Deus da paciência é Aquele que ajuda Seus filhos a perseverar firmemente. A palavra grega para “paciência”, hupomone, significa “fortaleza”, “resistência firme”. A palavra para “consolação” pode ser traduzida como “encorajamento”. O Deus do encorajamento nos encoraja. O Deus da esperança é Aquele que deu esperança à humanidade. Da mesma forma, o Deus da paz é a Pessoa que dá a paz e em quem se pode ter paz.
13. Leia Romanos 16:25-27. Depois de inúmeras saudações pessoais, como Paulo concluiu sua carta?
Paulo concluiu sua carta com uma gloriosa declaração de louvor a Deus. O Senhor é Aquele em quem os cristãos podem confiar seguramente a fim de confirmar sua posição como filhos redimidos de Deus, justificados pela fé e guiados por Seu Espírito.
Paulo foi inspirado pelo Senhor a escrever essa carta em resposta a uma situa­ção específica, em um momento específico. O que não sabemos são os detalhes sobre o que o Senhor tinha revelado a Paulo a respeito do futuro.
Paulo sabia sobre a “apostasia” (2Ts 2:3), embora o texto não revele quanto ele sabia. Em suma, não sabemos se Paulo tinha alguma noção do papel que ele e seus escritos teriam nos eventos finais. Em certo sentido, isso não importa. O que importa é que desses textos nasceu o Protestantismo, e neles os que buscam permanecer fiéis a Jesus tiveram e terão o fundamento escriturístico sobre o qual fundamentar sua fé e seu compromisso, mesmo quando o mundo se maravilhar, “seguindo a besta” (Ap 13:3).
Sexta-feira, 29 de dezembro
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, “Unidade e Amor na Igreja”, p. 477, 478; “Amor Pelos que Erram”, p. 604-606, em Testemunhos Para a Igreja, v. 5; “Auxílio aos Tentados”, p. 166, em A Ciência do Bom Viver; p. 719, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6.
“Vi o perigo em que o povo de Deus incorre ao olhar para o irmão e a irmã White, pensando que deve ir a eles com suas preocupações e em busca de conselho. Isso não deve ser assim. Eles são convidados por seu compassivo e amoroso Salvador a ir a Ele quando cansados e sobrecarregados, e Ele os aliviará […]. Muitos vêm a nós com a pergunta: Devo fazer isto? Devo envolver-me nesta empreitada? Ou, com relação ao vestuário: Devo usar este ou aquele artigo? Respondo-lhes: Vocês professam ser discípulos de Cristo. Estudem suas Bíblias. Examinem cuidadosamente e com oração a vida de nosso querido Salvador quando habitava entre os homens na Terra. Imitem-na e não se desviarão do caminho estreito” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 118, 119).
“Os que decidem não fazer, em nenhum sentido, coisa alguma que desagrade a Deus, depois de Lhe apresentarem seu caso saberão a direção que deverão seguir” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 668).
“A independência de espírito é susceptível de levar o agente humano a ter demasiada confiança em si mesmo e em seu próprio discernimento, de preferência a respeitar o conselho e […] a maneira de julgar de seus irmãos” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 163, 164).
Perguntas para discussão
Com base nos temas desta semana, qual é o equilíbrio nestas situações:
1. Como ser fiéis ao que cremos sem julgar os que entendem as coisas de maneira diferente da nossa?
2. Como ser fiéis à nossa consciência, não buscando ser a consciência dos outros, mas ajudar os que estão equivocados? Quando devemos falar e quando devemos ficar em silêncio? Em quais situações seremos culpados se guardarmos silêncio?
3. Como ser livres no Senhor e ao mesmo tempo perceber nossa responsabilidade de ser bons exemplos para aqueles que nos admiram?
Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Divida a classe em duplas e peça aos alunos que discutam como podemos explicar a um incrédulo por que nos abstemos das carnes imundas, sem citar Romanos 14, visto que essa passagem não se refere a esse assunto. 3. V; V. 4. Reflita com os alunos sobre o juízo. Peça a eles que escrevam os pecados pelos quais Deus os condenará, se não se arrependerem. Peça que levem esse papel para casa e orem para que Deus os ajude a abandonar esses pecados. 5. Resposta pessoal. 6. Resumo pessoal. Devemos deixar de fazer aquilo que escandaliza nosso irmão. 7. B. 8. Solicite que um aluno responda essa pergunta. 9. V; F. 10. Promova uma discussão a respeito do que significa renunciar a nós mesmos e levar a nossa cruz. 11.Peça aos alunos que conversem em grupos de dois ou três sobre maneiras práticas de agradar os outros. 12. Leia os textos sugeridos na pergunta e escolha a bênção com a qual você mais se identificou. 13. Peça que um aluno leia a passagem em voz alta e tire suas conclusões.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Lição 12---16 a 23 de dezembro--- Vencendo o mal com o bem


Sábado à tarde
Verso para memorizar: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). 
Leituras da semana: Rm 12; 13
Por mais que Paulo estivesse buscando livrar os romanos de suas falsas noções da lei, ele também convocou os cristãos a um alto padrão de obediência como resultado de uma mudança interior no coração e na mente, uma transformação que ocorre somente por meio da atuação do poder de Deus em uma pessoa submissa a Ele.
Nada sugere no livro de Romanos que essa obediência ocorra automaticamente. O cristão precisa ser esclarecido quanto às exigências e deve desejar obedecê-­las; e, finalmente, deve buscar o poder sem o qual essa obediência é impossível.
Isso significa que as obras fazem parte da fé cristã. Paulo jamais quis depreciar as obras; nos capítulos 13 a 15 ele deu a elas uma forte ênfase. Esse fato não nega o que ele tinha dito anteriormente sobre a justiça pela fé. Pelo contrário, as obras são a verdadeira expressão do que significa viver pela fé. Seria possível até defender que, por causa da revelação acrescentada após a vinda de Jesus, os requisitos do Novo Testamento são mais difíceis do que aqueles exigidos no Antigo. Os cristãos do Novo Testamento receberam um exemplo de comportamento moral perfeito em Jesus Cristo. Ele é o único que mostra o padrão que devemos seguir. “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus [não a de Moisés, Daniel, Davi, Salomão, Enoque, Débora ou Elias]” (Fp 2:5).
Ele é o nosso mais alto padrão!

Domingo, 17 de dezembro
Culto racional
parte doutrinária do livro de Romanos termina no capítulo 11. Os capítulos 12 a 16 apresentam instruções práticas e notas pessoais. No entanto, esses capítulos finais são extremamente importantes porque mostram como devemos viver nossa fé.
Em primeiro lugar, a fé não substitui a obediência, como se ela anulasse, de alguma forma, nossa obrigação de obedecer ao Senhor. Os preceitos morais ainda estão em vigor. Eles são explanados e até ampliados no Novo Testamento. Também não é dado nenhum indício de que seja fácil para o cristão regular sua vida por esses preceitos morais. Pelo contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil, pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre dura (1Pe 4:1). Ao cristão é prometido o poder divino e dada a garantia de que a vitória é possível, mas ainda estamos no mundo do inimigo e teremos que travar muitas batalhas contra a tentação. A boa notícia é que, se caímos e tropeçamos, não somos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que intercede em nosso favor (Hb 7:25).
1. De acordo com Romanos 12:1, como devemos viver? De que maneira Romanos 12:2 se encaixa nisso?
Em Romanos 12:1, Paulo fez uma alusão aos sacrifícios do Antigo Testamento. Assim como antigamente os animais eram sacrificados a Deus, os cristãos agora deviam entregar seu corpo ao Senhor, não para ser mortos, mas como sacrifício vivo dedicado ao Seu serviço.
Nos dias do antigo Israel, toda oferta levada como sacrifício era examinada cuidadosamente. Se fosse descoberto algum defeito no animal, ele era recusado, pois Deus havia ordenado que a oferta fosse sem defeito. Portanto, os cristãos são ordenados a apresentar seu corpo “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1). Para fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas na melhor condição possível. Embora todos tenhamos defeitos, o ponto é que devemos buscar viver de modo tão puro e fiel quanto pudermos.

“‘Transformai-vos pela renovação da vossa mente’ (Rm 12:2). Dessa maneira o apóstolo descreveu o progresso cristão, pois ele se dirigiu aos que já eram cristãos. A vida cristã não significa ficar parado, mas passar do que é bom para o que é melhor” (Martinho Lutero, Commentary on Romans [Comentários Sobre Romanos], p. 167, 168). O que significa passar do que é bom para o que é melhor?  

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Segunda-feira, 18 de dezembro
Pensar com moderação

Neste trimestre, falamos muito sobre a perpetuidade da lei moral de Deus e enfatizamos repetidas vezes que a mensagem de Paulo no livro de Romanos não ensina que os Dez Mandamentos foram eliminados ou, de alguma forma, anulados pela fé.
No entanto, é muito fácil ficarmos presos na letra da lei e esquecermos o espírito por trás dela, que é o amor a Deus e amor uns pelos outros. Embora qualquer um possa professar amor, revelá-lo na vida cotidiana pode ser uma questão completamente diferente.
2. De acordo com Romanos 12:3-21, como devemos revelar amor pelos outros?

Assim como em 1 Coríntios 12 e 13, Paulo exaltou o amor depois de tratar dos dons do Espírito. Amor (agape, em grego) é o caminho mais excelente. “Deus é amor” (1Jo 4:8). Portanto, o amor descreve o caráter de Deus. Amar é agir com os outros como Deus age e tratá-los como Deus os trata.
Paulo demonstrou nesses versos como esse amor deve ser expressado na prática. Um importante princípio revelado é o da humildade pessoal: a disposição de não pensar de si mesmo além do que convém (Rm 12:3), de preferir “dar honra aos outros mais do que a si” mesmo (Rm 12:10, NVI), e de não ser sábio “aos seus próprios olhos” (Rm 12:16, NVI). As palavras de Cristo sobre Si mesmo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29), captam a essência da humildade pessoal.
Os cristãos deveriam ser as pessoas mais humildes. Afinal de contas, observe como somos impotentes e caídos. Note como somos dependentes não somente de uma justiça fora de nós para que sejamos salvos, mas também de um poder atuando em nós a fim de nos transformar de uma forma que jamais poderíamos fazer por nós mesmos. Temos algo de que nos gabar? O que temos para nos vangloriar ou nos orgulhar? Absolutamente nada. Partindo dessa humildade pessoal (não apenas diante de Deus, mas também dos outros), devemos viver como Paulo nos admoestou nesses versículos.

Leia Romanos 12:18. Você tem aplicado essa admoestação em sua vida? Precisa ajustar algumas atitudes para fazer o que a Palavra nos manda?  

Hoje, 16 de dezembro, teremos o encerramento do Mutirão de Natal. Celebre os resultados desse projeto que torna a igreja mais solidária e mais humana!

 Terça-feira, 19 de dezembro
O cristão e o Estado

3. Leia Romanos 13:1-7. Como devemos nos relacionar com o poder civil do governo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Se o governo for corrupto, devemos ignorar as autoridades e suas leis, não pagando impostos e nos rebelando.
B.( ) Devemos nos sujeitar às autoridades governamentais independentemente da situação, pois elas foram instituídas por Deus para nosso bem.
O que torna as palavras de Paulo tão interessantes é que ele escreveu durante um tempo em que um império pagão governava o mundo. Esse império era extremamente cruel, corrompido em sua essência e sem conhecimento sobre o verdadeiro Deus. Além disso, em poucos anos, ele iniciaria uma perseguição maciça contra aqueles que desejassem adorar a Deus. Na verdade, Paulo foi morto por esse governo! No entanto, apesar de tudo isso, seria possível que o apóstolo estivesse defendendo que os cristãos fossem bons cidadãos, mesmo sob a autoridade de um governo como aquele?
Sim, porque a ideia de governo é encontrada em toda a Bíblia. O conceito, o princípio de governo, foi ordenado por Deus. O ser humano precisa viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.
Isso não significa que Deus aprova todas as formas de governo ou a maneira pela qual todos os governos são administrados. Pelo contrário, não é preciso ir muito longe, nem na história nem no mundo de hoje, para ver alguns regimes brutais. Contudo, mesmo em situações como essas, os cristãos devem, tanto quanto possível, obedecer às leis da nação. Os cristãos devem apoiar lealmente o governo, desde que suas reivindicações não entrem em conflito com as reivindicações de Deus. Antes de tomar um caminho que nos ponha em conflito com os poderes existentes, devemos considerar com muita oração e cuidado, levando em conta o conselho dos outros. Sabemos pelas profecias que um dia todos os seguidores fiéis de Deus serão confrontados com os poderes políticos que dominam o mundo (Ap 13). Até lá, devemos fazer tudo o que pudermos, diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivamos.
“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por Deus, e ensinar obediência a ele como dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. […]”.
“Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos em conta como proferindo coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).

Quarta-feira, 20 de dezembro
Amar uns aos outros

4. Leia Romanos 13:8. Como devemos entender esse texto? Se amamos, somos dispensados da obediência à lei de Deus?
Assim como Jesus fez no Sermão do Monte, Paulo ampliou os preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser a força motivadora por trás de tudo que fazemos. Visto que a lei é uma transcrição do caráter de Deus, e Deus é amor, amar, portanto, é cumprir a lei. Contudo, Paulo não estava substituindo os preceitos precisamente detalhados da lei por um padrão vago de amor, como afirmam alguns cristãos. A lei moral ainda é válida, pois é ela que revela o pecado – e quem vai negar a realidade do pecado? No entanto, a lei realmente só pode ser obedecida no contexto do amor. Lembre-se, alguns daqueles que crucificaram Cristo seguiram, então, para suas casas para guardar a lei!
5. Leia Romanos 13:9, 10. Quais mandamentos Paulo citou para ilustrar o princípio do amor na observância da lei? Por que esses em particular? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Não adulterarás, não matarás, não furtarás e não cobiçarás. Porque eles estão relacionados com o amor ao próximo e com os relacionamentos.
B.( ) Não terás outros deuses; não farás imagens de escultura; não tomarás o nome do Senhor em vão; lembra-te do dia de sábado.
Curiosamente, o amor não era um princípio recém-introduzido. Ao citar Levítico 19:18, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Paulo mostrou que o princípio era parte integrante do sistema do Antigo Testamento. Novamente, Paulo recorreu ao Antigo Testamento para apoiar sua pregação do evangelho. A partir do que Paulo ensinou nesses versos, alguns argumentam que apenas os poucos mandamentos mencionados ali estão em vigor. Em caso afirmativo, isso significa que os cristãos podem desonrar seus pais, adorar ídolos e ter outros deuses diante do Senhor? Claro que não!
Observe o contexto desses versos. Paulo estava tratando da maneira como nos relacionamos com os outros; por isso ele especificou os mandamentos centrados nesses relacionamentos. Seu argumento certamente não deve ser interpretado como se o restante da lei tivesse sido anulado (veja At 15:20; 1Ts 1:9; 1Jo 5:21). Além do mais, como destacam os escritores do Novo Testamento, ao mostrar amor para com os outros, mostramos nosso amor para com Deus (Mt 25:40; 1Jo 4:20, 21).

Seu relacionamento com Deus é refletido em seu relacionamento com os outros? O amor é importante nesse contexto? Como amar os outros como Deus o ama? O que o impede de amar?  

Quinta-feira, 21 de dezembro
Nossa salvação está mais próxima

E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm 13:11).
Como afirmamos durante todo o trimestre, na carta aos romanos Paulo tinha um foco muito específico, que era esclarecer para a igreja de Roma, especialmente os judeus cristãos daquela cidade, a função da fé e das obras no contexto da nova aliança. A questão era a salvação e como um pecador é considerado justo e santo diante do Senhor. A fim de ajudar aqueles que tinham enfatizado a lei, Paulo colocou a lei em sua devida função e contexto. Embora, em seu ideal, o judaísmo fosse uma religião de graça mesmo nos tempos do Antigo Testamento, o legalismo surgiu e causou muito prejuízo. Como igreja, precisamos ser cuidadosos para que não cometamos o mesmo erro.
6. Leia Romanos 13:11-14. De qual evento Paulo estava falando nessa passagem? Como deveríamos agir na expectativa desse evento?
É fascinante que Paulo estivesse falando com os cristãos, dizendo-lhes que despertassem e se preparassem porque em breve Jesus iria voltar. Não importa o fato de que isso tenha sido escrito há quase dois mil anos. Devemos sempre viver com a expectativa da proximidade da vinda de Cristo. Até onde sabemos e até onde vão nossas experiências pessoais, a segunda vinda de Jesus está tão próxima quanto estamos da nossa morte. Se morrermos na próxima semana ou daqui a 40 anos; se dormirmos o sono da morte por apenas quatro dias ou por 400 anos, isso não fará diferença para nós. No segundo seguinte veremos Jesus voltar. Visto que a possibilidade da morte está sempre diante de nós, o tempo é realmente curto, e nossa salvação está mais próxima do que quando, no princípio, cremos.
Embora Paulo não tenha tratado muito da segunda vinda de Jesus no livro de Romanos, ele a abordou com muito mais detalhes nas cartas aos tessalonicenses e aos coríntios. A segunda vinda de Jesus é um tema fundamental na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Sem ela e a esperança que oferece, nossa fé realmente não teria sentido. Afinal, o que significa “justificação pela fé” sem a segunda vinda de Cristo, que nos permitirá desfrutar completamente daquela verdade maravilhosa?

Se você soubesse que Jesus viria no próximo mês, o que mudaria em sua vida? Por quê? Se acredita que precisa mudar essas coisas um mês antes da volta de Jesus, por que não mudar agora? Qual é a diferença?  

Sexta-feira, 22 de dezembro
Estudo adicional

Na Bíblia, está revelada a vontade de Deus. As verdades da Palavra de Deus são proferidas pelo Altíssimo. Aquele que faz dessas verdades parte de sua vida, torna-se em todo sentido uma nova criatura. Ele não recebe novas faculdades mentais, mas é removida a escuridão que pela ignorância e o pecado nublava a compreensão. As palavras: “vos darei um coração novo” significam “porei dentro de vós um espírito novo” (Ez 36:26). A mudança de coração é sempre seguida pela visão clara do dever cristão e uma compreensão da verdade. Aquele que dá às Escrituras atenção cuidadosa e acompanhada de oração, alcançará compreensão nítida e julgamento seguro, como se ao voltar-se para Deus haja alcançado nível mais elevado de inteligência” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, p. 24).
“O Senhor […] virá logo, e devemos estar prontos e aguardando Seu aparecimento. Oh! Quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: ‘Rumo ao lar’! Estamos nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar ao lar eterno os Seus resgatados” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 253).
Perguntas para discussão
1. O fato de que devemos ser bons cidadãos e bons cristãos pode se tornar uma questão complicada. Se alguém lhe pedisse conselhos sobre uma prática ilegal, mas a defendesse como sendo a vontade de Deus, o que você diria a essa pessoa? Quais princípios você deve seguir com a máxima seriedade e oração?
(Afinal, nem todos que são jogados na cova dos leões saem de lá ilesos).
2. O que é mais difícil de fazer: obedecer estritamente à letra da lei ou amar a Deus e os outros incondicionalmente? Essa questão apresenta uma falsa dicotomia? Por quê?
3. Ao nos aproximarmos do final deste trimestre, fale na classe o que você aprendeu com o livro de Romanos que o ajudou a entender a importância da
Reforma. O que esse livro ensinou sobre o que cremos? Por que cremos nisso?
Respostas e atividades da semana: 1. Escolha um aluno para responder essa pergunta. Peça que ele compartilhe sua resposta com a classe. 2. Peça a opinião dos alunos. 3. B. 4. Peça aos alunos que discutam em duplas a relação do amor com a lei. Escolha um aluno para compartilhar sua resposta com a classe. 5. V; F. 6. Divida a classe em duplas e peça aos alunos que reflitam sobre a volta de Jesus. Pergunte-lhes o que eles precisam mudar para buscar uma vida de santidade.






 

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Lição 11 - 09 a 16 de dezembro - Os eleitos


 Sábado à tarde
Verso para memorizar: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1). 
 
Leituras da semana: Rm 10; 11
A lição desta semana abrange Romanos 10 e 11, com um foco especial no capítulo 11. É importante ler os dois capítulos na íntegra a fim de continuar seguindo a linha de raciocínio de Paulo.
Esses dois capítulos foram e continuam sendo o ponto central de muitas discussões. Um ponto, no entanto, torna-se evidente em todas elas: Deus ama a humanidade e Seu grande desejo é ver todo ser humano salvo. Não há rejeição coletiva em termos de salvação. Romanos 10 deixa muito claro que “não há diferença entre judeu e grego” (Rm 10:12): todos são pecadores e todos precisam da graça de Deus concedida ao mundo por meio de Jesus Cristo. Essa graça chega a todos, não por nacionalidade, nem por nascimento, nem por obras da lei, mas pela fé em Jesus, que morreu como Substituto dos pecadores de todos os lugares. As funções podem mudar, mas o plano fundamental da salvação jamais mudará.
Paulo continuou com esse tema no capítulo 11. Como foi mencionado anteriormente, é importante entender que, quando Paulo falou sobre eleição e vocação, a questão não era a salvação, mas o plano de Deus para alcançar o mundo. Com relação à salvação, nenhum grupo foi rejeitado. Essa nunca foi a questão. Em vez disso, depois da cruz e da introdução do evangelho aos gentios, especialmente por meio de Paulo, o movimento inicial de cristãos – judeus e gentios – tomou para si a responsabilidade de evangelizar o mundo.

Domingo, 10 de dezembro
Cristo e a lei
1. Leia Romanos 10:1-4. Qual é a mensagem desses versos? Assinale a alternativa correta e reflita sobre como poderíamos, hoje, correr o risco de procurar
estabelecer nossa “própria justiça”.
A.( ) A justiça de Cristo não é suficiente para nos cobrir, portanto precisamos da nossa própria justiça.
B.( ) Devemos nos sujeitar à justiça de Deus, pois não temos justiça em nós mesmos.
O legalismo pode vir de muitas formas, algumas mais sutis do que outras. Aqueles que olham, mesmo com as melhores intenções, para si mesmos, para suas boas ações, dieta, estrita observância do sábado, todas as coisas ruins que não fazem, ou as coisas boas que já alcançaram, estão caindo na armadilha do legalismo. Em cada momento da nossa vida, devemos manter diante de nós a santidade de Deus em contraste com nossa pecaminosidade; esse é o meio mais seguro de nos proteger do tipo de pensamento que leva as pessoas a buscar sua “própria justiça”, contrária à justiça de Cristo.
Romanos 10:4 é um texto importante que capta a essência de toda a mensagem de Paulo aos romanos. Primeiramente, precisamos conhecer o contexto. Muitos judeus estavam “procurando estabelecer a sua própria [justiça]” (Rm 10:3) e buscando “a justiça decorrente da lei” (Rm 10:5). Porém, com a vinda do Messias, o verdadeiro caminho da justiça foi apresentado. A justiça foi oferecida a todos que fixassem sua fé em Cristo. Jesus era Aquele para quem o antigo sistema cerimonial apontava.
Mesmo que alguém inclua, nesses versos, os Dez Mandamentos na definição de lei, isso não significa que eles foram eliminados. A lei moral mostra nossos pecados, falhas, fraquezas e, assim, leva-nos à nossa necessidade de um Salvador, de perdão, de justiça (sendo todas essas coisas encontradas somente em Jesus). Nesse sentido, Cristo é o “fim” da lei, no sentido de que ela nos leva a Ele e à Sua justiça. A palavra grega para “fim” aqui é telos, que também pode ser traduzida como “meta” ou “propósito”. Cristo é o propósito final da lei, no sentido de que ela deve nos levar a Jesus.
Entender que esse texto ensina que os Dez Mandamentos, ou especificamente o quarto mandamento, tornaram-se inválidos, é tirar uma conclusão contrária a grande parte daquilo que Paulo e o Novo Testamento ensinam.

Você já se sentiu orgulhoso por ser bom, especialmente em comparação com os outros? Talvez você seja “melhor”, mas e daí? Compare-se com Cristo e pense em quanto você realmente é “bom”.

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Segunda-feira, 11 de dezembro
A eleição da graça
2. Leia Romanos 11:1-7. Qual ensino comum essa passagem nega de maneira clara e irrevogável?
Na primeira parte de sua resposta à pergunta: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo?”, Paulo mostrou que há um remanescente, uma eleição da graça como prova de que Deus não tinha rejeitado Seu povo. A salvação está disponível a todos os que a aceitam, tanto judeus quanto gentios.
Devemos lembrar que os primeiros convertidos ao cristianismo eram todos judeus (por exemplo, o grupo convertido no dia de Pentecostes). Foi preciso uma visão especial e um milagre para convencer Pedro de que os gentios tinham igual acesso à graça de Cristo (At 10; compare com At 15:7-9) e de que o evangelho também deveria ser levado a eles.
3. Leia Romanos 11:7-10. Será que Paulo estava dizendo que Deus propositadamente cegou os israelitas que haviam rejeitado Jesus para que eles não enxergassem a salvação? O que há de errado com essa ideia? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Não. Deus elegeu todo o povo de Israel para a salvação. Uma parte da nação foi cegada em relação às funções que deviam desempenhar na causa de Deus.
B.( ) Sim, pois Deus privilegia alguns com a luz da salvação, enquanto outros são privados do evangelho.
Em Romanos 11:8-10, Paulo citou o Antigo Testamento, que os judeus aceitavam como autorizado. As passagens que Paulo citou retratam Deus dando a Israel
um espírito de entorpecimento, impedindo-o de ver e ouvir. Será que Deus cega os olhos das pessoas para impedi-las de ver a luz que as levaria à salvação? Jamais! Essas passagens devem ser compreendidas à luz da explicação de Romanos 9. Paulo não estava falando da salvação individual, pois, em relação à salvação, Deus não rejeita nenhum grupo de pessoas. Assim como tem sido o tempo todo, a questão aqui trata da função que essas pessoas desempenham em Sua obra.

O que há de errado com a ideia de que Deus rejeita grupos de pessoas em termos de salvação? Por que isso vai contra o ensino do evangelho, que em seu cerne mostra que Cristo morreu para salvar todos os seres humanos? No caso dos judeus, como essa ideia levou a resultados trágicos? 

 Terça-feira, 12 de dezembro
O ramo natural
4. Leia Romanos 11:11-15. Qual é a grande esperança apresentada por Paulo nesse texto?
Nessa passagem, encontramos duas expressões paralelas a respeito dos israelitas: (1) “a sua plenitude” (Rm 11:12) e (2) “a sua aceitação” (Rm 11:15, NVI). Paulo concebeu a decadência e a rejeição de Israel como sendo apenas temporárias; elas seriam seguidas pela plenitude e aceitação. Essa é a segunda resposta de Paulo à pergunta feita no início desse capítulo: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo”? O que parecia ser uma rejeição, disse ele, era apenas uma situação temporária.
5. Leia Romanos 11:16-24. Qual é a mensagem de Paulo nesse texto?
Paulo comparou o remanescente fiel de Israel a uma oliveira nobre, cujos ramos “incrédulos” foram quebrados – uma ilustração que ele usou para provar que “Deus não rejeitou o Seu povo” (Rm 11:2). A raiz e o tronco permaneceram.
Os gentios cristãos foram enxertados nessa árvore. Contudo, eles estavam extraindo sua seiva e vitalidade da raiz e do tronco, que representavam, por sua vez, os judeus cristãos.
O que ocorreu com os judeus que rejeitaram Jesus também poderia ocorrer com os gentios cristãos. A Bíblia não ensina nenhuma doutrina em que alguém “uma vez salvo” está para “sempre salvo”. Assim como a salvação é livremente oferecida, ela pode ser livremente rejeitada. Embora devamos ter cuidado para não pensar que cada vez que caímos perdemos a salvação, ou que não somos salvos a menos que sejamos perfeitos, precisamos também evitar o oposto: a ideia de que, uma vez que a graça de Deus nos cobre, nenhum ato nosso nem qualquer escolha que façamos tirará de nós a salvação. No final, somente aqueles que permanecerem em Sua bondade (Rm 11:22) serão salvos.
Nenhum cristão deve se vangloriar de sua própria bondade nem se sentir superior aos seus semelhantes. Nossa salvação não foi obtida por merecimento; foi um presente. Diante da cruz e do padrão de santidade de Deus, somos todos iguais: pecadores que necessitam da graça divina e de uma santidade que só pode ser nossa por meio do Espírito Santo. Não há nada em nós do que nos vangloriar; devemos nos gloriar somente em Jesus e no que Ele fez por nós, ao vir a este mundo em natureza humana, sofrer nossas aflições, morrer pelos nossos pecados, dar-nos o exemplo de como viver e nos prometer o poder para viver à Sua maneira. Somos completamente dependentes dEle em tudo, pois sem Ele não teríamos nenhuma esperança além do que este mundo oferece.

Quarta-feira, 13 de dezembro
Todo o Israel será salvo
6. Leia Romanos 11:25-27. Quais acontecimentos importantes Paulo previu nessa passagem?
Há séculos, os cristãos têm discutido e debatido sobre Romanos 11:25-27. Alguns pontos, entretanto, são claros. Para começar, todo o conteúdo desses versos trata da ação divina para alcançar os judeus. O que Paulo estava dizendo é uma resposta à pergunta feita no início do capítulo: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo”? Sua resposta, obviamente, foi não. Ele explicou que (1) a cegueira (do grego porosis, cujo significado é “endurecimento”, ARA) foi apenas “em parte” e (2) temporária, “até que chegasse a plenitude dos gentios” (Rm 11:25, NVI).
O que significa “a plenitude dos gentios”? Muitos entendem essa expressão como uma forma de representar o cumprimento da comissão evangélica, na qual todo o mundo ouvirá o evangelho. “A plenitude dos gentios” chegará quando o evangelho for pregado em toda parte. A fé de Israel, manifestada em Cristo, será universalizada. O evangelho terá sido pregado a todo o mundo. A vinda de Jesus está próxima. Nesse momento, então, muitos judeus começarão a vir a Jesus.
Outro assunto difícil é o significado da expressão “todo o Israel será salvo” (Rm 11:26). Isso não deve ser interpretado no sentido de que todo judeu, por algum decreto divino, terá a salvação no tempo do fim. As Escrituras não pregam em nenhuma parte o universalismo, seja para toda humanidade, seja para determinado segmento. Paulo esperava salvar “alguns deles” (Rm 11:14). Assim como ocorre em todos os grupos de pessoas, alguns aceitaram o Messias, outros O rejeitaram.
Comentando sobre Romanos 11, Ellen G. White falou de um tempo “na proclamação final do evangelho” em que “muitos judeus […] receberão a Cristo pela fé como seu Redentor” (Atos dos Apóstolos, p. 381).
“Há uma poderosa obra a ser feita no mundo. O Senhor declarou que os gentios serão recolhidos, e não somente os gentios, mas os judeus. Há entre os judeus muitos que serão convertidos e por meio de quem veremos a salvação de Deus sair como lâmpada ardente. Há judeus por toda parte, e a eles deve ser levada a luz da verdade presente. Há entre eles muitos que virão para a luz e que proclamarão a imutabilidade da lei de Deus com admirável poder” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 578).

Pense nas raízes judaicas da fé cristã. Um estudo seletivo da religião judaica poderia ajudá-lo a entender melhor sua fé cristã?  

Quinta-feira, 14 de dezembro
A salvação dos pecadores

O amor de Paulo por seu povo fica claramente evidente em Romanos 11:25-27. Deve ter sido muito difícil para ele se opor a alguns de seus próprios compatriotas e vê-los lutar contra a verdade do evangelho. No entanto, em meio a tudo isso, ele ainda acreditava que muitos reconheceriam Jesus como o Messias.
7. Leia Romanos 11:28-36. De que maneira Paulo mostrou o amor de Deus, não apenas pelos judeus, mas por toda a humanidade? Como ele expressou o poder maravilhoso e misterioso da graça de Deus?
Ao longo de Romanos 11:28-36, embora seja apresentado um contraste entre judeus e gentios, um ponto fica claro: a misericórdia, o amor e a graça de Deus são derramados sobre os pecadores. Desde antes da fundação do mundo, o plano de Deus era salvar a humanidade e usar outros seres humanos e nações como instrumentos em Suas mãos para cumprir Sua vontade.
8. Leia Romanos 11:31 com atenção e oração. Qual ponto importante devemos extrair desse texto sobre nosso testemunho, não apenas aos judeus, mas para todas as pessoas com quem entramos em contato?
Ao longo dos séculos, se a igreja cristã tivesse tratado melhor os judeus, muitos mais poderiam ter aceitado o Messias. A grande apostasia nos primeiros séculos depois de Cristo e a paganização extrema do cristianismo, inclusive a rejeição do sábado em favor do domingo – certamente não tornaram mais fácil a situação para que os judeus fossem atraídos para Jesus.
Portanto, é fundamental que todos os cristãos, percebendo a misericórdia que lhes foi dada em Cristo, demonstrem essa misericórdia para com outros. Não podemos ser cristãos sem essa manifestação de compaixão (veja Mt 18:23-36).

Você precisa demonstrar misericórdia a alguém que não merece? Mostre misericórdia a essa pessoa, não importa quanto isso seja difícil. Afinal de contas, não foi isso que Jesus fez por nós?

Ajude a preparar pessoas para cumprir a missão: identifique, encoraje e envie jovens de sua igreja para a colportagem evangelística e para estudar em nossos internatos.
 
 Sexta-feira, 15 de dezembro
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, “Perante o Sinédrio”, p. 77-79; “De Perseguidor a Discípulo”, p. 112-114; “Carta de Roma”, p. 474, 475, em Atos dos Apóstolos; “Trabalho em Favor de Classes Especiais”, p. 573-577, em Evangelismo; “O Que Pregar e O Que Não Pregar”, p. 155, 156, em Mensagens Escolhidas, v. 1.
“Não obstante a falha de Israel como nação, havia entre eles um considerável remanescente em condições de ser salvo. No tempo do advento do Salvador, houve homens e mulheres fiéis que receberam com alegria a mensagem de João Batista, e foram assim levados a estudar de novo as profecias referentes ao Messias. Quando a igreja cristã primitiva foi fundada, ela era composta desses fiéis judeus que reconheceram Jesus de Nazaré como Aquele cujo advento haviam almejado” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 376, 377).
“Há entre os judeus alguns que, como Saulo de Tarso, são poderosos nas Escrituras, e esses proclamarão com maravilhoso poder a imutabilidade da lei de Deus […]. Quando Seus servos trabalharem com fé pelos que há muito têm sido negligenciados e desprezados, Sua salvação será revelada” (ibid., p. 381).
“Ao serem as Escrituras do Antigo Testamento combinadas com o Novo numa explanação do eterno propósito de Jeová, isso será para muitos judeus como o raiar de uma nova criação, a ressurreição da esperança. Ao verem o Cristo da dispensação do evangelho retratado nas páginas das Escrituras do Antigo Testamento, e perceberem quão claramente o Novo Testamento explica o Antigo, suas adormecidas faculdades despertarão e eles reconhecerão Cristo como o Salvador do mundo. Muitos receberão a Cristo pela fé como seu Redentor” (ibid., p. 381).
Perguntas para discussão
1. Visto que a lei de Deus, especialmente o sábado, será enfatizada nos últimos dias, não é razoável pensar que os judeus desempenharão uma função em ajudar a esclarecer algumas questões diante do mundo, visto que muitos deles são tão zelosos quanto os adventistas do sétimo dia em relação aos Dez Mandamentos?
2. Por que a Igreja Adventista do Sétimo Dia deve ser a igreja mais bem-sucedida em alcançar os judeus? O que você ou sua igreja podem fazer para alcançá-los?
3. O que podemos aprender com os erros de muitas pessoas do antigo Israel? Como podemos evitar essas mesmas coisas hoje?
Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Escolha um aluno para responder essa questão e compartilhar sua resposta com os colegas. Promova um debate com base na resposta desse aluno. 3. A. 4. Divida a classe em dois grupos. Peça aos alunos que reflitam e discutam como coisas ruins podem se transformar em bênçãos em nossa vida e na vida de outras pessoas. 5. Pergunte aos alunos. 6. Escolha um aluno para responder essa questão e compartilhar sua resposta com os colegas. 7. Discuta com os alunos maneiras de mostrar o amor de Deus a todas as pessoas, inclusive as “rejeitadas” pela sociedade. 8. Peça que os alunos reflitam como tem sido o testemunho deles diante dos cristãos e dos incrédulos. O que eles precisam mudar?

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Lição 10 -02 a 09 de dezembro- Filhos da promessa


 Sábado à tarde
Verso para memorizar: “Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem Lhe apraz” (Rm 9:18)

Leituras da semana: Rm 9
Como está escrito: ‘Amei Jacó, mas rejeitei Esaú’ […]. Pois Ele diz a Moisés: ‘Terei misericórdia […] e terei compaixão de quem Eu quiser ter compaixão’” (Rm 9:13, 15; NVI).
Sobre o que Paulo estava falando nessa passagem? E quanto ao livre-arbítrio ou liberdade de escolha do ser humano, sem o qual muito pouco do que acreditamos faz sentido? Não somos livres para escolher Deus ou rejeitá-Lo? Ou será que esses versículos ensinam que certas pessoas são eleitas para ser salvas e outras para se perder, independentemente de suas próprias escolhas?
Como de costume, encontramos a resposta quando observamos o quadro mais amplo do que Paulo estava dizendo. Em sua linha de argumentação, o apóstolo tentava mostrar o direito divino de escolher aqueles que Ele usaria como Seus “eleitos”. Afinal, se Deus é o responsável máximo por evangelizar o mundo, por que Ele não pode escolher como Seus agentes quem Ele quiser? Visto que Ele não exclui ninguém da oportunidade de salvação, essa ação de Sua parte não é contrária aos princípios do livre-arbítrio. Ainda mais importante, não é contrária à grande verdade de que Cristo morreu por toda a humanidade e Seu desejo é que todos sejam salvos.
Desde que lembremos de que Romanos 9 não trata da salvação pessoal dos que são mencionados nesse capítulo, mas do chamado deles para realizar determinada obra, o capítulo não apresenta dificuldades.

Domingo, 03 de dezembro
O fardo de Paulo
Vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19:6).
Deus precisava de um povo missionário para evangelizar um mundo mergulhado no paganismo, escuridão e idolatria. Ele escolheu os israelitas e Se revelou a eles. Seu plano era que eles se tornassem uma nação-modelo e, assim, atraíssem outros para o verdadeiro Deus. O propósito de Deus era que, pela revelação de Seu caráter por meio de Israel, o mundo fosse atraído a Ele. Mediante o ensino do serviço sacrifical, Cristo deveria ser exaltado diante das nações, e todos os que olhassem para Ele viveriam. À medida que os israelitas crescessem em número e suas bênçãos aumentassem, eles deveriam ampliar suas fronteiras até que o reino de Israel envolvesse todo o mundo.
1. Leia Romanos 9:1-12. Qual é o argumento de Paulo sobre a fidelidade de Deus em meio às falhas humanas?
A linha de argumentação de Paulo revela que a promessa feita a Israel não tinha falhado completamente. Existia um remanescente por meio do qual Deus ainda pretendia trabalhar. A fim de validar a ideia do remanescente, Paulo recorreu à história israelita. Ele mostrou que Deus sempre foi seletivo: (1) o Senhor não escolheu toda a semente de Abraão para ser Seu povo da aliança, somente a linhagem de Isaque; (2) Ele não escolheu todos os descendentes de Isaque, somente os de Jacó.
É igualmente importante perceber que nem herança nacional nem descendência garantem a salvação. Você pode ser do “sangue certo”, da família certa, até mesmo da igreja certa, e ainda assim estar perdido, “fora” da promessa. É a fé que atua pelo amor que revela quem são os “filhos da promessa” (Rm 9:8).

“Nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm 9:6). O que esse texto diz aos cristãos de hoje, que têm um papel semelhante ao dos antigos israelitas?  
No dia 16 de dezembro será o encerramento do Mutirão de Natal. Ajude sua igreja a tornar sua cidade mais humana! 
Segunda-feira, 04 de dezembro
Eleitos
Já fora dito a ela [Rebeca]: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Rm 9:12, 13).
Conforme afirmamos na introdução desta semana, é impossível entender corretamente Romanos 9 até que se reconheça que Paulo não estava falando da salvação individual, mas sim de funções específicas às quais Deus estava chamando certos indivíduos a desempenhar. O Senhor desejava que Jacó fosse o progenitor do povo que seria Seu agente evangelizador especial no mundo. Nada sugere, nessa passagem, que Esaú não pudesse ser salvo. Deus queria que ele fosse salvo tanto quanto deseja que todos os seres humanos sejam redimidos.
2. Leia Romanos 9:14, 15. Como entendemos essas palavras no contexto do que temos estudado? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Deus tinha em mente a função desempenhada por certos indivíduos.
B.( ) Deus se referia à salvação de cada ser humano.
Novamente, Paulo não estava se referindo à salvação individual, pois nessa área Deus estende Sua misericórdia a todos, pois Ele “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Mas Deus pode escolher nações para desempenhar funções, e embora elas possam se recusar a desempenhar essas funções, não podem impedir a escolha de Deus. Por mais que Esaú quisesse, ele não poderia ter se tornado o progenitor do Messias nem do povo escolhido.
No final, Esaú não foi excluído da salvação por uma escolha arbitrária de Deus, nem por algum decreto divino. Os dons de Sua graça mediante Cristo são gratuitos a todos. Todos fomos eleitos para a salvação, não para a perdição (Ef 1:4, 5; 2Pe 1:10). São nossas escolhas, não as de Deus, que nos afastam da promessa de vida eterna em Cristo. Jesus morreu por todos os seres humanos. No entanto, Deus estabeleceu em Sua Palavra a condição pela qual cada pessoa será eleita para a vida eterna: a fé em Cristo, que leva o pecador justificado à obediência.

Como se ninguém mais existisse, você foi escolhido em Cristo, antes da fundação do mundo, para ser salvo. Essa é sua vocação e eleição, concedidas por Deus mediante Jesus. Por que todas as outras coisas perdem a importância em comparação com essa promessa? Por que seria a maior tragédia deixar o pecado, o eu e a carne tirarem de você tudo o que lhe foi prometido em Jesus? 

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Terça-feira, 05 de dezembro
Mistérios
Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55:8, 9).
3. Leia Romanos 9:17-24. Considerando o que temos lido até agora, como devemos entender o argumento de Paulo nesse texto?
Por Sua maneira de lidar com o Egito na época do Êxodo, Deus estava trabalhando em prol da salvação da humanidade. Ao revelar a Si mesmo nas pragas do Egito e na libertação de Seu povo, o Senhor tinha o propósito de mostrar aos egípcios, bem como às outras nações, que o Deus de Israel era, de fato, a verdadeira divindade. O objetivo dessa revelação era fazer com que os povos e as nações abandonassem seus deuses e adorassem o Senhor.
Obviamente, Faraó já havia feito sua escolha em oposição a Deus, de modo que, ao endurecer seu coração, Deus não o estava excluindo da oportunidade de salvação. O “endurecimento” foi contra o apelo de libertar Israel, não contra o apelo de Deus para que Faraó aceitasse a salvação pessoal. Cristo morreu por Faraó assim como por Moisés, Arão e os demais filhos de Israel.
A questão fundamental é que, como seres humanos caídos, temos uma visão muito estreita do mundo, da realidade, de Deus e de como Ele age. Como podemos esperar entender todos os Seus caminhos, quando o mundo natural e tudo ao nosso redor contêm mistérios que não podemos compreender? Afinal de contas, apenas nos últimos 171 anos os médicos descobriram que seria uma boa ideia lavar as mãos antes de realizar uma cirurgia! Veja quanto temos estado imersos na ignorância. E se o tempo permitir, quem sabe quais coisas descobriremos no futuro, revelando assim que muitas informações e verdades ainda estão longe do nosso alcance?
 
Nem sempre entendemos os caminhos do Senhor, mas Jesus veio para nos revelar o caráter de Deus (Jo 14:9). Por que é essencial pensar no caráter de Cristo e no que Ele revelou sobre Deus e Seu amor por nós? Conhecer o caráter de Deus nos ajuda a permanecer fiéis em meio às provações e injustiças?  

Quarta-feira, 06 de dezembro
Ammi: “Meu Povo”
Em Romanos 9:25, Paulo citou Oseias 2:23, e, em Romanos 9:26, ele citou Oseias 1:10. O pano de fundo é este: Deus instruiu Oseias a tomar “uma mulher de prostituições” (Os 1:2) como uma ilustração de Seu relacionamento com Israel, pois a nação havia buscado deuses estranhos. Os filhos que nasceram desse casamento receberam nomes que significavam a rejeição de Deus e o castigo do Israel idólatra. O terceiro filho foi chamado de Lo-amí (Os 1:9, ARC), cujo significado literal é “Não-Meu Povo”.
No entanto, em meio a tudo isso, Oseias predisse o dia em que, depois de punir Seu povo, Deus restauraria sua sorte, removeria seus falsos deuses e faria uma aliança com Israel (veja Os 2:11-19). Então, aqueles que eram Lo-amí, “Não-Meu-­Povo”, iriam se tornar Ammi, “Meu Povo”.
Nos dias de Paulo, os “Ammi” eram os cristãos, “não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios” (Rm 9:24). Que apresentação clara e poderosa do evangelho, o qual, desde o início, destinava-se ao mundo inteiro! Não é de admirar que nós, adventistas, tomemos parte da nossa vocação de Apocalipse 14:6: “Vi outro anjo voando pelo meio do Céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Hoje, assim como nos dias de Paulo e nos dias do antigo Israel, as boas-novas da salvação devem ser espalhadas por todo o mundo.
4. Leia Romanos 9:25-29. Observe quanto Paulo citou o Antigo Testamento para defender seu argumento sobre as coisas que estavam acontecendo em seus dias. Qual é a mensagem básica encontrada nessa passagem? Qual esperança está sendo oferecida a seus leitores? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Os gentios se tornariam povo de Deus, assim como um remanescente de Israel.
B.( ) Os judeus seriam sempre os filhos de Deus, enquanto os gentios seriam apenas servos.
O fato de que alguns compatriotas de Paulo rejeitaram o apelo do evangelho trouxe “grande tristeza e incessante dor” ao coração do apóstolo (Rm 9:2). Mas pelo menos havia um remanescente. As promessas de Deus não falham, mesmo quando o homem fracassa. Temos a esperança de que, no fim, as promessas de Deus serão cumpridas, e se as reivindicarmos, elas se cumprirão em nós também.

Pessoas já falharam com você? Você já falhou consigo mesmo e com os outros? Provavelmente mais vezes do que você pode contar, certo? Quais lições você aprendeu com essas falhas? Em quem sua confiança suprema deve estar? 

Quinta-feira, 07 de dezembro
Tropeço
5. “Que diremos, então? Os gentios, que não buscavam justiça, a obtiveram, uma justiça que vem da fé; mas Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou. Por que não? Porque não a buscava pela fé” (Rm 9:30-32, NVI). Qual é a mensagem nessa passagem? Como aplicar seus princípios hoje? Como evitar os mesmos erros que muitos israelitas cometeram?
Em palavras que não podem ser mal interpretadas, Paulo explicou aos seus compatriotas por que eles estavam perdendo algo que Deus desejava que eles tivessem, e mais do que isso, algo que realmente buscavam, mas não estavam alcançando.
Curiosamente, os gentios a quem Deus tinha aceitado nem sequer estavam se esforçando para obter essa aceitação. Eles estavam buscando seus próprios interesses e objetivos quando a mensagem do evangelho chegou até eles. Compreendendo seu valor, eles a aceitaram. Deus os declarou justos porque eles aceitaram Jesus Cristo como seu Substituto. Foi uma operação de fé.
O problema dos israelitas foi que eles esbarraram na pedra de tropeço (veja Rm 9:33). Alguns, nem todos (veja At 2:41), recusaram-se a aceitar Jesus de Nazaré como o Messias a quem Deus tinha enviado. Jesus não atendia às expectativas que eles tinham do Messias, portanto, quando Cristo veio, eles viraram as costas para Ele.
Antes de terminar esse capítulo, Paulo citou outro texto do Antigo Testamento: “Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido” (Rm 9:33). Nessa passagem, Paulo mostrou novamente quanto a verdadeira fé é fundamental no plano da salvação (veja também 1Pe 2:6-8). Uma rocha de escândalo? E ainda, quem cresse nEle não seria confundido? Sim, para muitos, Jesus é uma pedra de tropeço, mas, para aqueles que O conhecem e O amam, Ele é outra rocha, “a rocha da [nossa] salvação” (Sl 89:26).
Você já viu Jesus como “pedra de tropeço” ou “rocha de escândalo”? O que o levou a essa situação? Como você saiu dela? O que aprendeu para que nunca mais se encontre nessa situação novamente?  

Sexta-feira, 08 de dezembro
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, “Progressos na Inglaterra”, p. 261, 262, em O Grande Conflito; “Faith and Works” [Fé e Obras], p. 530, 531, na The SDA Encyclopedia [Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia]; “Comentários de Ellen G. White”, p. 1211, 1212, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1.
“Há uma eleição de indivíduos e de um povo, a única eleição encontrada na Palavra de Deus, em que um homem é escolhido para a salvação. Muitos têm olhado para o fim, pensando terem sido certamente eleitos para a glória celestial; mas não é essa a eleição que a Bíblia revela. O homem é escolhido para operar a sua salvação com temor e tremor. É escolhido para usar a armadura, para pelejar a boa peleja da fé. É escolhido para usar os meios que Deus colocou ao seu alcance para lutar contra todo desejo profano, enquanto Satanás executa o jogo da vida por ele. É escolhido para vigiar em oração, para examinar as Escrituras e evitar entrar em tentação. É eleito para ter fé continuamente, é eleito para ser obediente a cada palavra que procede da boca de Deus, para que não seja apenas ouvinte, mas praticante da Palavra. Essa é a eleição bíblica” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 453, 454).
“Embora ‘nuvens e obscuridade [estejam] ao redor dEle; justiça e juízo são a base de Seu trono’ (Sl 97:2). Podemos compreender Seu trato para conosco a ponto de discernir a misericórdia ilimitada unida ao infinito poder. Temos a possibilidade de compreender tanto de Seus propósitos quanto somos capazes de alcançar; para além disso podemos ainda confiar naquela mão onipotente, naquele coração repleto de amor” (Ellen G. White, Educação, p. 169).
Perguntas para discussão
1. Certos cristãos ensinam que, mesmo antes de nascermos, Deus escolheu alguns para ser salvos e outros para se perder. Se você fosse predestinado à perdição, não importariam suas escolhas, você estaria condenado (o que significa, para muitos, queimar eternamente no inferno). Somente por meio da providência de Deus, e não por meio de alguma escolha nossa, alguns estariam predestinados a viver sem a possibilidade de um relacionamento salvífico com Jesus na Terra, para serem queimados depois no fogo do inferno. O que há de errado com essa visão?
2. Como você vê a Igreja Adventista do Sétimo Dia e sua vocação no mundo em comparação com a função do antigo Israel? Quais são as semelhanças e as diferenças? Estamos fazendo melhor ou pior?
Respostas e atividades da semana: 1. Escolha um aluno para responder à questão e peça que apresente sua resposta à classe. 2. A. 3. Divida a classe em dois grupos e peça aos alunos que discutam a questão proposta. Ao final, peça que um representante de cada grupo compartilhe as respostas do grupo. 4. V; F. 5. Peça aos alunos que pensem sobre suas práticas religiosas. Pergunte se elas refletem mais a tentativa de buscar justiça pela fé ou pelas obras. Caso seja pelas obras, pergunte como é possível desenvolver a fé para a salvação.