terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Lição 12---16 a 23 de dezembro--- Vencendo o mal com o bem


Sábado à tarde
Verso para memorizar: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). 
Leituras da semana: Rm 12; 13
Por mais que Paulo estivesse buscando livrar os romanos de suas falsas noções da lei, ele também convocou os cristãos a um alto padrão de obediência como resultado de uma mudança interior no coração e na mente, uma transformação que ocorre somente por meio da atuação do poder de Deus em uma pessoa submissa a Ele.
Nada sugere no livro de Romanos que essa obediência ocorra automaticamente. O cristão precisa ser esclarecido quanto às exigências e deve desejar obedecê-­las; e, finalmente, deve buscar o poder sem o qual essa obediência é impossível.
Isso significa que as obras fazem parte da fé cristã. Paulo jamais quis depreciar as obras; nos capítulos 13 a 15 ele deu a elas uma forte ênfase. Esse fato não nega o que ele tinha dito anteriormente sobre a justiça pela fé. Pelo contrário, as obras são a verdadeira expressão do que significa viver pela fé. Seria possível até defender que, por causa da revelação acrescentada após a vinda de Jesus, os requisitos do Novo Testamento são mais difíceis do que aqueles exigidos no Antigo. Os cristãos do Novo Testamento receberam um exemplo de comportamento moral perfeito em Jesus Cristo. Ele é o único que mostra o padrão que devemos seguir. “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus [não a de Moisés, Daniel, Davi, Salomão, Enoque, Débora ou Elias]” (Fp 2:5).
Ele é o nosso mais alto padrão!

Domingo, 17 de dezembro
Culto racional
parte doutrinária do livro de Romanos termina no capítulo 11. Os capítulos 12 a 16 apresentam instruções práticas e notas pessoais. No entanto, esses capítulos finais são extremamente importantes porque mostram como devemos viver nossa fé.
Em primeiro lugar, a fé não substitui a obediência, como se ela anulasse, de alguma forma, nossa obrigação de obedecer ao Senhor. Os preceitos morais ainda estão em vigor. Eles são explanados e até ampliados no Novo Testamento. Também não é dado nenhum indício de que seja fácil para o cristão regular sua vida por esses preceitos morais. Pelo contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil, pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre dura (1Pe 4:1). Ao cristão é prometido o poder divino e dada a garantia de que a vitória é possível, mas ainda estamos no mundo do inimigo e teremos que travar muitas batalhas contra a tentação. A boa notícia é que, se caímos e tropeçamos, não somos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que intercede em nosso favor (Hb 7:25).
1. De acordo com Romanos 12:1, como devemos viver? De que maneira Romanos 12:2 se encaixa nisso?
Em Romanos 12:1, Paulo fez uma alusão aos sacrifícios do Antigo Testamento. Assim como antigamente os animais eram sacrificados a Deus, os cristãos agora deviam entregar seu corpo ao Senhor, não para ser mortos, mas como sacrifício vivo dedicado ao Seu serviço.
Nos dias do antigo Israel, toda oferta levada como sacrifício era examinada cuidadosamente. Se fosse descoberto algum defeito no animal, ele era recusado, pois Deus havia ordenado que a oferta fosse sem defeito. Portanto, os cristãos são ordenados a apresentar seu corpo “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1). Para fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas na melhor condição possível. Embora todos tenhamos defeitos, o ponto é que devemos buscar viver de modo tão puro e fiel quanto pudermos.

“‘Transformai-vos pela renovação da vossa mente’ (Rm 12:2). Dessa maneira o apóstolo descreveu o progresso cristão, pois ele se dirigiu aos que já eram cristãos. A vida cristã não significa ficar parado, mas passar do que é bom para o que é melhor” (Martinho Lutero, Commentary on Romans [Comentários Sobre Romanos], p. 167, 168). O que significa passar do que é bom para o que é melhor?  

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Segunda-feira, 18 de dezembro
Pensar com moderação

Neste trimestre, falamos muito sobre a perpetuidade da lei moral de Deus e enfatizamos repetidas vezes que a mensagem de Paulo no livro de Romanos não ensina que os Dez Mandamentos foram eliminados ou, de alguma forma, anulados pela fé.
No entanto, é muito fácil ficarmos presos na letra da lei e esquecermos o espírito por trás dela, que é o amor a Deus e amor uns pelos outros. Embora qualquer um possa professar amor, revelá-lo na vida cotidiana pode ser uma questão completamente diferente.
2. De acordo com Romanos 12:3-21, como devemos revelar amor pelos outros?

Assim como em 1 Coríntios 12 e 13, Paulo exaltou o amor depois de tratar dos dons do Espírito. Amor (agape, em grego) é o caminho mais excelente. “Deus é amor” (1Jo 4:8). Portanto, o amor descreve o caráter de Deus. Amar é agir com os outros como Deus age e tratá-los como Deus os trata.
Paulo demonstrou nesses versos como esse amor deve ser expressado na prática. Um importante princípio revelado é o da humildade pessoal: a disposição de não pensar de si mesmo além do que convém (Rm 12:3), de preferir “dar honra aos outros mais do que a si” mesmo (Rm 12:10, NVI), e de não ser sábio “aos seus próprios olhos” (Rm 12:16, NVI). As palavras de Cristo sobre Si mesmo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29), captam a essência da humildade pessoal.
Os cristãos deveriam ser as pessoas mais humildes. Afinal de contas, observe como somos impotentes e caídos. Note como somos dependentes não somente de uma justiça fora de nós para que sejamos salvos, mas também de um poder atuando em nós a fim de nos transformar de uma forma que jamais poderíamos fazer por nós mesmos. Temos algo de que nos gabar? O que temos para nos vangloriar ou nos orgulhar? Absolutamente nada. Partindo dessa humildade pessoal (não apenas diante de Deus, mas também dos outros), devemos viver como Paulo nos admoestou nesses versículos.

Leia Romanos 12:18. Você tem aplicado essa admoestação em sua vida? Precisa ajustar algumas atitudes para fazer o que a Palavra nos manda?  

Hoje, 16 de dezembro, teremos o encerramento do Mutirão de Natal. Celebre os resultados desse projeto que torna a igreja mais solidária e mais humana!

 Terça-feira, 19 de dezembro
O cristão e o Estado

3. Leia Romanos 13:1-7. Como devemos nos relacionar com o poder civil do governo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Se o governo for corrupto, devemos ignorar as autoridades e suas leis, não pagando impostos e nos rebelando.
B.( ) Devemos nos sujeitar às autoridades governamentais independentemente da situação, pois elas foram instituídas por Deus para nosso bem.
O que torna as palavras de Paulo tão interessantes é que ele escreveu durante um tempo em que um império pagão governava o mundo. Esse império era extremamente cruel, corrompido em sua essência e sem conhecimento sobre o verdadeiro Deus. Além disso, em poucos anos, ele iniciaria uma perseguição maciça contra aqueles que desejassem adorar a Deus. Na verdade, Paulo foi morto por esse governo! No entanto, apesar de tudo isso, seria possível que o apóstolo estivesse defendendo que os cristãos fossem bons cidadãos, mesmo sob a autoridade de um governo como aquele?
Sim, porque a ideia de governo é encontrada em toda a Bíblia. O conceito, o princípio de governo, foi ordenado por Deus. O ser humano precisa viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.
Isso não significa que Deus aprova todas as formas de governo ou a maneira pela qual todos os governos são administrados. Pelo contrário, não é preciso ir muito longe, nem na história nem no mundo de hoje, para ver alguns regimes brutais. Contudo, mesmo em situações como essas, os cristãos devem, tanto quanto possível, obedecer às leis da nação. Os cristãos devem apoiar lealmente o governo, desde que suas reivindicações não entrem em conflito com as reivindicações de Deus. Antes de tomar um caminho que nos ponha em conflito com os poderes existentes, devemos considerar com muita oração e cuidado, levando em conta o conselho dos outros. Sabemos pelas profecias que um dia todos os seguidores fiéis de Deus serão confrontados com os poderes políticos que dominam o mundo (Ap 13). Até lá, devemos fazer tudo o que pudermos, diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivamos.
“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por Deus, e ensinar obediência a ele como dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. […]”.
“Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos em conta como proferindo coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).

Quarta-feira, 20 de dezembro
Amar uns aos outros

4. Leia Romanos 13:8. Como devemos entender esse texto? Se amamos, somos dispensados da obediência à lei de Deus?
Assim como Jesus fez no Sermão do Monte, Paulo ampliou os preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser a força motivadora por trás de tudo que fazemos. Visto que a lei é uma transcrição do caráter de Deus, e Deus é amor, amar, portanto, é cumprir a lei. Contudo, Paulo não estava substituindo os preceitos precisamente detalhados da lei por um padrão vago de amor, como afirmam alguns cristãos. A lei moral ainda é válida, pois é ela que revela o pecado – e quem vai negar a realidade do pecado? No entanto, a lei realmente só pode ser obedecida no contexto do amor. Lembre-se, alguns daqueles que crucificaram Cristo seguiram, então, para suas casas para guardar a lei!
5. Leia Romanos 13:9, 10. Quais mandamentos Paulo citou para ilustrar o princípio do amor na observância da lei? Por que esses em particular? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Não adulterarás, não matarás, não furtarás e não cobiçarás. Porque eles estão relacionados com o amor ao próximo e com os relacionamentos.
B.( ) Não terás outros deuses; não farás imagens de escultura; não tomarás o nome do Senhor em vão; lembra-te do dia de sábado.
Curiosamente, o amor não era um princípio recém-introduzido. Ao citar Levítico 19:18, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Paulo mostrou que o princípio era parte integrante do sistema do Antigo Testamento. Novamente, Paulo recorreu ao Antigo Testamento para apoiar sua pregação do evangelho. A partir do que Paulo ensinou nesses versos, alguns argumentam que apenas os poucos mandamentos mencionados ali estão em vigor. Em caso afirmativo, isso significa que os cristãos podem desonrar seus pais, adorar ídolos e ter outros deuses diante do Senhor? Claro que não!
Observe o contexto desses versos. Paulo estava tratando da maneira como nos relacionamos com os outros; por isso ele especificou os mandamentos centrados nesses relacionamentos. Seu argumento certamente não deve ser interpretado como se o restante da lei tivesse sido anulado (veja At 15:20; 1Ts 1:9; 1Jo 5:21). Além do mais, como destacam os escritores do Novo Testamento, ao mostrar amor para com os outros, mostramos nosso amor para com Deus (Mt 25:40; 1Jo 4:20, 21).

Seu relacionamento com Deus é refletido em seu relacionamento com os outros? O amor é importante nesse contexto? Como amar os outros como Deus o ama? O que o impede de amar?  

Quinta-feira, 21 de dezembro
Nossa salvação está mais próxima

E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm 13:11).
Como afirmamos durante todo o trimestre, na carta aos romanos Paulo tinha um foco muito específico, que era esclarecer para a igreja de Roma, especialmente os judeus cristãos daquela cidade, a função da fé e das obras no contexto da nova aliança. A questão era a salvação e como um pecador é considerado justo e santo diante do Senhor. A fim de ajudar aqueles que tinham enfatizado a lei, Paulo colocou a lei em sua devida função e contexto. Embora, em seu ideal, o judaísmo fosse uma religião de graça mesmo nos tempos do Antigo Testamento, o legalismo surgiu e causou muito prejuízo. Como igreja, precisamos ser cuidadosos para que não cometamos o mesmo erro.
6. Leia Romanos 13:11-14. De qual evento Paulo estava falando nessa passagem? Como deveríamos agir na expectativa desse evento?
É fascinante que Paulo estivesse falando com os cristãos, dizendo-lhes que despertassem e se preparassem porque em breve Jesus iria voltar. Não importa o fato de que isso tenha sido escrito há quase dois mil anos. Devemos sempre viver com a expectativa da proximidade da vinda de Cristo. Até onde sabemos e até onde vão nossas experiências pessoais, a segunda vinda de Jesus está tão próxima quanto estamos da nossa morte. Se morrermos na próxima semana ou daqui a 40 anos; se dormirmos o sono da morte por apenas quatro dias ou por 400 anos, isso não fará diferença para nós. No segundo seguinte veremos Jesus voltar. Visto que a possibilidade da morte está sempre diante de nós, o tempo é realmente curto, e nossa salvação está mais próxima do que quando, no princípio, cremos.
Embora Paulo não tenha tratado muito da segunda vinda de Jesus no livro de Romanos, ele a abordou com muito mais detalhes nas cartas aos tessalonicenses e aos coríntios. A segunda vinda de Jesus é um tema fundamental na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Sem ela e a esperança que oferece, nossa fé realmente não teria sentido. Afinal, o que significa “justificação pela fé” sem a segunda vinda de Cristo, que nos permitirá desfrutar completamente daquela verdade maravilhosa?

Se você soubesse que Jesus viria no próximo mês, o que mudaria em sua vida? Por quê? Se acredita que precisa mudar essas coisas um mês antes da volta de Jesus, por que não mudar agora? Qual é a diferença?  

Sexta-feira, 22 de dezembro
Estudo adicional

Na Bíblia, está revelada a vontade de Deus. As verdades da Palavra de Deus são proferidas pelo Altíssimo. Aquele que faz dessas verdades parte de sua vida, torna-se em todo sentido uma nova criatura. Ele não recebe novas faculdades mentais, mas é removida a escuridão que pela ignorância e o pecado nublava a compreensão. As palavras: “vos darei um coração novo” significam “porei dentro de vós um espírito novo” (Ez 36:26). A mudança de coração é sempre seguida pela visão clara do dever cristão e uma compreensão da verdade. Aquele que dá às Escrituras atenção cuidadosa e acompanhada de oração, alcançará compreensão nítida e julgamento seguro, como se ao voltar-se para Deus haja alcançado nível mais elevado de inteligência” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, p. 24).
“O Senhor […] virá logo, e devemos estar prontos e aguardando Seu aparecimento. Oh! Quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: ‘Rumo ao lar’! Estamos nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar ao lar eterno os Seus resgatados” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 253).
Perguntas para discussão
1. O fato de que devemos ser bons cidadãos e bons cristãos pode se tornar uma questão complicada. Se alguém lhe pedisse conselhos sobre uma prática ilegal, mas a defendesse como sendo a vontade de Deus, o que você diria a essa pessoa? Quais princípios você deve seguir com a máxima seriedade e oração?
(Afinal, nem todos que são jogados na cova dos leões saem de lá ilesos).
2. O que é mais difícil de fazer: obedecer estritamente à letra da lei ou amar a Deus e os outros incondicionalmente? Essa questão apresenta uma falsa dicotomia? Por quê?
3. Ao nos aproximarmos do final deste trimestre, fale na classe o que você aprendeu com o livro de Romanos que o ajudou a entender a importância da
Reforma. O que esse livro ensinou sobre o que cremos? Por que cremos nisso?
Respostas e atividades da semana: 1. Escolha um aluno para responder essa pergunta. Peça que ele compartilhe sua resposta com a classe. 2. Peça a opinião dos alunos. 3. B. 4. Peça aos alunos que discutam em duplas a relação do amor com a lei. Escolha um aluno para compartilhar sua resposta com a classe. 5. V; F. 6. Divida a classe em duplas e peça aos alunos que reflitam sobre a volta de Jesus. Pergunte-lhes o que eles precisam mudar para buscar uma vida de santidade.






 

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