Sábado à tarde
Verso para memorizar:
“E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm
12:2).
Leituras da semana:
Rm 12; 13
Por mais que Paulo estivesse buscando livrar os
romanos de suas falsas noções da lei, ele também convocou os cristãos a
um alto padrão de obediência como resultado de uma mudança interior no
coração e na mente, uma transformação que ocorre somente por meio da
atuação do poder de Deus em uma pessoa submissa a Ele.
Nada sugere no livro de Romanos que essa obediência ocorra
automaticamente. O cristão precisa ser esclarecido quanto às exigências
e deve desejar obedecê-las; e, finalmente, deve buscar o poder sem o
qual essa obediência é impossível.
Isso significa que as obras fazem parte da fé cristã.
Paulo jamais quis depreciar as obras; nos capítulos 13 a 15 ele deu a
elas uma forte ênfase. Esse fato não nega o que ele tinha dito
anteriormente sobre a justiça pela fé. Pelo contrário, as obras são a
verdadeira expressão do que significa viver pela fé. Seria possível até
defender que, por causa da revelação acrescentada após a vinda de Jesus,
os requisitos do Novo Testamento são mais difíceis do que aqueles
exigidos no Antigo. Os cristãos do Novo Testamento receberam um exemplo
de comportamento moral perfeito em Jesus Cristo. Ele é o único que
mostra o padrão que devemos seguir. “Seja a atitude de vocês a mesma de
Cristo Jesus [não a de Moisés, Daniel, Davi, Salomão, Enoque, Débora ou
Elias]” (Fp 2:5).
Ele é o nosso mais alto padrão!
Domingo, 17 de dezembro
Culto racional
A parte doutrinária do livro de
Romanos termina no capítulo 11. Os capítulos 12 a 16 apresentam
instruções práticas e notas pessoais. No entanto, esses capítulos finais
são extremamente importantes porque mostram como devemos viver nossa
fé.
Em primeiro lugar, a fé não substitui a obediência, como
se ela anulasse, de alguma forma, nossa obrigação de obedecer ao Senhor.
Os preceitos morais ainda estão em vigor. Eles são explanados e até
ampliados no Novo Testamento. Também não é dado nenhum indício de que
seja fácil para o cristão regular sua vida por esses preceitos morais.
Pelo contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil,
pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre dura (1Pe 4:1). Ao
cristão é prometido o poder divino e dada a garantia de que a vitória é
possível, mas ainda estamos no mundo do inimigo e teremos que travar
muitas batalhas contra a tentação. A boa notícia é que, se caímos e
tropeçamos, não somos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que
intercede em nosso favor (Hb 7:25).
1. De acordo com Romanos 12:1, como devemos viver? De que maneira Romanos 12:2 se encaixa nisso?
Em Romanos 12:1, Paulo fez uma alusão aos sacrifícios do
Antigo Testamento. Assim como antigamente os animais eram sacrificados a
Deus, os cristãos agora deviam entregar seu corpo ao Senhor, não para
ser mortos, mas como sacrifício vivo dedicado ao Seu serviço.
Nos dias do antigo Israel, toda oferta levada como
sacrifício era examinada cuidadosamente. Se fosse descoberto algum
defeito no animal, ele era recusado, pois Deus havia ordenado que a
oferta fosse sem defeito. Portanto, os cristãos são ordenados a
apresentar seu corpo “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm
12:1). Para fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas
na melhor condição possível. Embora todos tenhamos defeitos, o ponto é
que devemos buscar viver de modo tão puro e fiel quanto pudermos.
“‘Transformai-vos pela renovação da vossa mente’ (Rm 12:2). Dessa
maneira o apóstolo descreveu o progresso cristão, pois ele se dirigiu
aos que já eram cristãos. A vida cristã não significa ficar parado, mas
passar do que é bom para o que é melhor” (Martinho Lutero, Commentary on
Romans [Comentários Sobre Romanos], p. 167, 168). O que significa
passar do que é bom para o que é melhor?
Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/
Segunda-feira, 18 de dezembro
Pensar com moderação
Neste trimestre, falamos muito sobre a perpetuidade da lei
moral de Deus e enfatizamos repetidas vezes que a mensagem de Paulo no
livro de Romanos não ensina que os Dez Mandamentos foram eliminados ou,
de alguma forma, anulados pela fé.
No entanto, é muito fácil ficarmos presos na letra da lei e
esquecermos o espírito por trás dela, que é o amor a Deus e amor uns
pelos outros. Embora qualquer um possa professar amor, revelá-lo na vida
cotidiana pode ser uma questão completamente diferente.
2. De acordo com Romanos 12:3-21, como devemos revelar amor pelos outros?
Assim como em 1 Coríntios 12 e 13, Paulo exaltou o amor depois de tratar dos dons do Espírito. Amor (agape, em grego)
é o caminho mais excelente. “Deus é amor” (1Jo 4:8). Portanto, o amor
descreve o caráter de Deus. Amar é agir com os outros como Deus age e
tratá-los como Deus os trata.
Paulo demonstrou nesses versos como esse amor deve ser
expressado na prática. Um importante princípio revelado é o da humildade
pessoal: a disposição de não pensar de si mesmo além do que convém (Rm
12:3), de preferir “dar honra aos outros mais do que a si” mesmo (Rm
12:10, NVI), e de não ser sábio “aos seus próprios olhos” (Rm 12:16,
NVI). As palavras de Cristo sobre Si mesmo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e
aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29),
captam a essência da humildade pessoal.
Os cristãos deveriam ser as pessoas mais
humildes. Afinal de contas, observe como somos impotentes e caídos. Note
como somos dependentes não somente de uma justiça fora de nós para que
sejamos salvos, mas também de um poder atuando em nós a fim de nos
transformar de uma forma que jamais poderíamos fazer por nós mesmos.
Temos algo de que nos gabar? O que temos para nos vangloriar ou nos
orgulhar? Absolutamente nada. Partindo dessa humildade pessoal (não
apenas diante de Deus, mas também dos outros), devemos viver como Paulo
nos admoestou nesses versículos.
Leia Romanos 12:18. Você tem aplicado essa admoestação em sua vida?
Precisa ajustar algumas atitudes para fazer o que a Palavra nos manda?
Hoje, 16 de dezembro, teremos o encerramento do Mutirão de Natal. Celebre os resultados desse projeto que torna a igreja mais solidária e mais humana!
Terça-feira, 19 de dezembro
O cristão e o Estado
3. Leia Romanos 13:1-7. Como devemos nos relacionar com o poder civil do governo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Se o governo for corrupto, devemos ignorar as autoridades e suas leis, não pagando impostos e nos rebelando.
B.( ) Devemos nos sujeitar às autoridades
governamentais independentemente da situação, pois elas foram
instituídas por Deus para nosso bem.
O que torna as palavras de Paulo tão
interessantes é que ele escreveu durante um tempo em que um império
pagão governava o mundo. Esse império era extremamente cruel, corrompido
em sua essência e sem conhecimento sobre o verdadeiro Deus. Além disso,
em poucos anos, ele iniciaria uma perseguição maciça contra aqueles que
desejassem adorar a Deus. Na verdade, Paulo foi morto por esse governo!
No entanto, apesar de tudo isso, seria possível que o apóstolo
estivesse defendendo que os cristãos fossem bons cidadãos, mesmo sob a
autoridade de um governo como aquele?
Sim, porque a ideia de governo é encontrada em toda a
Bíblia. O conceito, o princípio de governo, foi ordenado por Deus. O ser
humano precisa viver em uma comunidade com regras, regulamentos e
padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.
Isso não significa que Deus aprova todas as formas de
governo ou a maneira pela qual todos os governos são administrados. Pelo
contrário, não é preciso ir muito longe, nem na história nem no mundo
de hoje, para ver alguns regimes brutais. Contudo, mesmo em situações
como essas, os cristãos devem, tanto quanto possível, obedecer às leis
da nação. Os cristãos devem apoiar lealmente o governo, desde que suas
reivindicações não entrem em conflito com as reivindicações de Deus.
Antes de tomar um caminho que nos ponha em conflito com os poderes
existentes, devemos considerar com muita oração e cuidado, levando em
conta o conselho dos outros. Sabemos pelas profecias que um dia todos os
seguidores fiéis de Deus serão confrontados com os poderes políticos
que dominam o mundo (Ap 13). Até lá, devemos fazer tudo o que pudermos,
diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivamos.
“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma
instituição designada por Deus, e ensinar obediência a ele como dever
sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se
chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de
preferência aos homens. […]”.
“Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas
palavras, quer faladas quer escritas, devem ser cuidadosamente
consideradas, para que não sejamos tidos em conta como proferindo coisas
que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem
fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho”
(Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).
Quarta-feira, 20 de dezembro
Amar uns aos outros
4. Leia Romanos 13:8. Como devemos entender esse texto? Se amamos, somos dispensados da obediência à lei de Deus?
Assim como Jesus fez no Sermão do Monte, Paulo ampliou os
preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser a força motivadora por
trás de tudo que fazemos. Visto que a lei é uma transcrição do caráter
de Deus, e Deus é amor, amar, portanto, é cumprir a lei. Contudo, Paulo
não estava substituindo os preceitos precisamente detalhados da lei por
um padrão vago de amor, como afirmam alguns cristãos. A lei moral ainda é
válida, pois é ela que revela o pecado – e quem vai negar a realidade
do pecado? No entanto, a lei realmente só pode ser obedecida no contexto
do amor. Lembre-se, alguns daqueles que crucificaram Cristo seguiram,
então, para suas casas para guardar a lei!
5. Leia Romanos 13:9, 10. Quais
mandamentos Paulo citou para ilustrar o princípio do amor na observância
da lei? Por que esses em particular? Assinale “V” para verdadeiro ou
“F” para falso:
A.( ) Não adulterarás, não matarás, não
furtarás e não cobiçarás. Porque eles estão relacionados com o amor ao
próximo e com os relacionamentos.
B.( ) Não terás outros deuses; não farás imagens de escultura; não tomarás o nome do Senhor em vão; lembra-te do dia de sábado.
Curiosamente, o amor não era um princípio
recém-introduzido. Ao citar Levítico 19:18, “amarás o teu próximo como a
ti mesmo”, Paulo mostrou que o princípio era parte integrante do
sistema do Antigo Testamento. Novamente, Paulo recorreu ao Antigo
Testamento para apoiar sua pregação do evangelho. A partir do que Paulo
ensinou nesses versos, alguns argumentam que apenas os poucos
mandamentos mencionados ali estão em vigor. Em caso afirmativo, isso
significa que os cristãos podem desonrar seus pais, adorar ídolos e ter
outros deuses diante do Senhor? Claro que não!
Observe o contexto desses versos. Paulo estava tratando da
maneira como nos relacionamos com os outros; por isso ele especificou
os mandamentos centrados nesses relacionamentos. Seu argumento
certamente não deve ser interpretado como se o restante da lei tivesse
sido anulado (veja At 15:20; 1Ts 1:9; 1Jo 5:21). Além do mais, como
destacam os escritores do Novo Testamento, ao mostrar amor para com os
outros, mostramos nosso amor para com Deus (Mt 25:40; 1Jo 4:20, 21).
Seu relacionamento com Deus é refletido em seu relacionamento com os
outros? O amor é importante nesse contexto? Como amar os outros como
Deus o ama? O que o impede de amar?
Quinta-feira, 21 de dezembro
Nossa salvação está mais próxima
“E digo isto a vós outros que
conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa
salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm
13:11).
Como afirmamos durante todo o trimestre, na carta aos
romanos Paulo tinha um foco muito específico, que era esclarecer para a
igreja de Roma, especialmente os judeus cristãos daquela cidade, a
função da fé e das obras no contexto da nova aliança. A questão era a
salvação e como um pecador é considerado justo e santo diante do Senhor.
A fim de ajudar aqueles que tinham enfatizado a lei, Paulo colocou a
lei em sua devida função e contexto. Embora, em seu ideal, o judaísmo
fosse uma religião de graça mesmo nos tempos do Antigo Testamento, o
legalismo surgiu e causou muito prejuízo. Como igreja, precisamos ser
cuidadosos para que não cometamos o mesmo erro.
6. Leia Romanos 13:11-14. De qual evento Paulo estava falando nessa passagem? Como deveríamos agir na expectativa desse evento?
É fascinante que Paulo estivesse falando com os cristãos,
dizendo-lhes que despertassem e se preparassem porque em breve Jesus
iria voltar. Não importa o fato de que isso tenha sido escrito há quase
dois mil anos. Devemos sempre viver com a expectativa da proximidade da
vinda de Cristo. Até onde sabemos e até onde vão nossas experiências
pessoais, a segunda vinda de Jesus está tão próxima quanto estamos da
nossa morte. Se morrermos na próxima semana ou daqui a 40 anos; se
dormirmos o sono da morte por apenas quatro dias ou por 400 anos, isso
não fará diferença para nós. No segundo seguinte veremos Jesus voltar.
Visto que a possibilidade da morte está sempre diante de nós, o tempo é
realmente curto, e nossa salvação está mais próxima do que quando, no
princípio, cremos.
Embora Paulo não tenha tratado muito da segunda vinda de
Jesus no livro de Romanos, ele a abordou com muito mais detalhes nas
cartas aos tessalonicenses e aos coríntios. A segunda vinda de Jesus é
um tema fundamental na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Sem ela
e a esperança que oferece, nossa fé realmente não teria sentido.
Afinal, o que significa “justificação pela fé” sem a segunda vinda de
Cristo, que nos permitirá desfrutar completamente daquela verdade
maravilhosa?
Se você soubesse que Jesus viria no próximo mês, o que mudaria em sua
vida? Por quê? Se acredita que precisa mudar essas coisas um mês antes
da volta de Jesus, por que não mudar agora? Qual é a diferença?
Sexta-feira, 22 de dezembro
Estudo adicional
“Na Bíblia, está revelada a
vontade de Deus. As verdades da Palavra de Deus são proferidas pelo
Altíssimo. Aquele que faz dessas verdades parte de sua vida, torna-se em
todo sentido uma nova criatura. Ele não recebe novas faculdades
mentais, mas é removida a escuridão que pela ignorância e o pecado
nublava a compreensão. As palavras: “vos darei um coração novo”
significam “porei dentro de vós um espírito novo” (Ez 36:26). A mudança
de coração é sempre seguida pela visão clara do dever cristão e uma
compreensão da verdade. Aquele que dá às Escrituras atenção cuidadosa e
acompanhada de oração, alcançará compreensão nítida e julgamento seguro,
como se ao voltar-se para Deus haja alcançado nível mais elevado de
inteligência” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, p. 24).
“O Senhor […] virá logo, e devemos estar prontos e
aguardando Seu aparecimento. Oh! Quão glorioso será vê-Lo e receber as
boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa
esperança não deve diminuir. Se tão somente pudermos ver o Rei em Sua
formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse
exclamar alto: ‘Rumo ao lar’! Estamos nos aproximando do tempo em que
Cristo virá com poder e grande glória para levar ao lar eterno os Seus
resgatados” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 253).
Perguntas para discussão
1. O fato de que devemos ser bons cidadãos e bons cristãos
pode se tornar uma questão complicada. Se alguém lhe pedisse conselhos
sobre uma prática ilegal, mas a defendesse como sendo a vontade de Deus,
o que você diria a essa pessoa? Quais princípios você deve seguir com a
máxima seriedade e oração?
(Afinal, nem todos que são jogados na cova dos leões saem de lá ilesos).
(Afinal, nem todos que são jogados na cova dos leões saem de lá ilesos).
2. O que é mais difícil de fazer: obedecer estritamente à
letra da lei ou amar a Deus e os outros incondicionalmente? Essa questão
apresenta uma falsa dicotomia? Por quê?
3. Ao nos aproximarmos do final deste
trimestre, fale na classe o que você aprendeu com o livro de Romanos que
o ajudou a entender a importância da
Reforma. O que esse livro ensinou sobre o que cremos? Por que cremos nisso?
Reforma. O que esse livro ensinou sobre o que cremos? Por que cremos nisso?
Respostas e atividades da semana: 1. Escolha um aluno para responder essa pergunta. Peça que ele compartilhe sua resposta com a classe. 2. Peça a opinião dos alunos. 3. B. 4.
Peça aos alunos que discutam em duplas a relação do amor com a lei.
Escolha um aluno para compartilhar sua resposta com a classe. 5. V; F. 6.
Divida a classe em duplas e peça aos alunos que reflitam sobre a volta
de Jesus. Pergunte-lhes o que eles precisam mudar para buscar uma vida
de santidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua mensagem