quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Lição 10 -02 a 09 de dezembro- Filhos da promessa


 Sábado à tarde
Verso para memorizar: “Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem Lhe apraz” (Rm 9:18)

Leituras da semana: Rm 9
Como está escrito: ‘Amei Jacó, mas rejeitei Esaú’ […]. Pois Ele diz a Moisés: ‘Terei misericórdia […] e terei compaixão de quem Eu quiser ter compaixão’” (Rm 9:13, 15; NVI).
Sobre o que Paulo estava falando nessa passagem? E quanto ao livre-arbítrio ou liberdade de escolha do ser humano, sem o qual muito pouco do que acreditamos faz sentido? Não somos livres para escolher Deus ou rejeitá-Lo? Ou será que esses versículos ensinam que certas pessoas são eleitas para ser salvas e outras para se perder, independentemente de suas próprias escolhas?
Como de costume, encontramos a resposta quando observamos o quadro mais amplo do que Paulo estava dizendo. Em sua linha de argumentação, o apóstolo tentava mostrar o direito divino de escolher aqueles que Ele usaria como Seus “eleitos”. Afinal, se Deus é o responsável máximo por evangelizar o mundo, por que Ele não pode escolher como Seus agentes quem Ele quiser? Visto que Ele não exclui ninguém da oportunidade de salvação, essa ação de Sua parte não é contrária aos princípios do livre-arbítrio. Ainda mais importante, não é contrária à grande verdade de que Cristo morreu por toda a humanidade e Seu desejo é que todos sejam salvos.
Desde que lembremos de que Romanos 9 não trata da salvação pessoal dos que são mencionados nesse capítulo, mas do chamado deles para realizar determinada obra, o capítulo não apresenta dificuldades.

Domingo, 03 de dezembro
O fardo de Paulo
Vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19:6).
Deus precisava de um povo missionário para evangelizar um mundo mergulhado no paganismo, escuridão e idolatria. Ele escolheu os israelitas e Se revelou a eles. Seu plano era que eles se tornassem uma nação-modelo e, assim, atraíssem outros para o verdadeiro Deus. O propósito de Deus era que, pela revelação de Seu caráter por meio de Israel, o mundo fosse atraído a Ele. Mediante o ensino do serviço sacrifical, Cristo deveria ser exaltado diante das nações, e todos os que olhassem para Ele viveriam. À medida que os israelitas crescessem em número e suas bênçãos aumentassem, eles deveriam ampliar suas fronteiras até que o reino de Israel envolvesse todo o mundo.
1. Leia Romanos 9:1-12. Qual é o argumento de Paulo sobre a fidelidade de Deus em meio às falhas humanas?
A linha de argumentação de Paulo revela que a promessa feita a Israel não tinha falhado completamente. Existia um remanescente por meio do qual Deus ainda pretendia trabalhar. A fim de validar a ideia do remanescente, Paulo recorreu à história israelita. Ele mostrou que Deus sempre foi seletivo: (1) o Senhor não escolheu toda a semente de Abraão para ser Seu povo da aliança, somente a linhagem de Isaque; (2) Ele não escolheu todos os descendentes de Isaque, somente os de Jacó.
É igualmente importante perceber que nem herança nacional nem descendência garantem a salvação. Você pode ser do “sangue certo”, da família certa, até mesmo da igreja certa, e ainda assim estar perdido, “fora” da promessa. É a fé que atua pelo amor que revela quem são os “filhos da promessa” (Rm 9:8).

“Nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm 9:6). O que esse texto diz aos cristãos de hoje, que têm um papel semelhante ao dos antigos israelitas?  
No dia 16 de dezembro será o encerramento do Mutirão de Natal. Ajude sua igreja a tornar sua cidade mais humana! 
Segunda-feira, 04 de dezembro
Eleitos
Já fora dito a ela [Rebeca]: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Rm 9:12, 13).
Conforme afirmamos na introdução desta semana, é impossível entender corretamente Romanos 9 até que se reconheça que Paulo não estava falando da salvação individual, mas sim de funções específicas às quais Deus estava chamando certos indivíduos a desempenhar. O Senhor desejava que Jacó fosse o progenitor do povo que seria Seu agente evangelizador especial no mundo. Nada sugere, nessa passagem, que Esaú não pudesse ser salvo. Deus queria que ele fosse salvo tanto quanto deseja que todos os seres humanos sejam redimidos.
2. Leia Romanos 9:14, 15. Como entendemos essas palavras no contexto do que temos estudado? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Deus tinha em mente a função desempenhada por certos indivíduos.
B.( ) Deus se referia à salvação de cada ser humano.
Novamente, Paulo não estava se referindo à salvação individual, pois nessa área Deus estende Sua misericórdia a todos, pois Ele “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Mas Deus pode escolher nações para desempenhar funções, e embora elas possam se recusar a desempenhar essas funções, não podem impedir a escolha de Deus. Por mais que Esaú quisesse, ele não poderia ter se tornado o progenitor do Messias nem do povo escolhido.
No final, Esaú não foi excluído da salvação por uma escolha arbitrária de Deus, nem por algum decreto divino. Os dons de Sua graça mediante Cristo são gratuitos a todos. Todos fomos eleitos para a salvação, não para a perdição (Ef 1:4, 5; 2Pe 1:10). São nossas escolhas, não as de Deus, que nos afastam da promessa de vida eterna em Cristo. Jesus morreu por todos os seres humanos. No entanto, Deus estabeleceu em Sua Palavra a condição pela qual cada pessoa será eleita para a vida eterna: a fé em Cristo, que leva o pecador justificado à obediência.

Como se ninguém mais existisse, você foi escolhido em Cristo, antes da fundação do mundo, para ser salvo. Essa é sua vocação e eleição, concedidas por Deus mediante Jesus. Por que todas as outras coisas perdem a importância em comparação com essa promessa? Por que seria a maior tragédia deixar o pecado, o eu e a carne tirarem de você tudo o que lhe foi prometido em Jesus? 

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Terça-feira, 05 de dezembro
Mistérios
Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55:8, 9).
3. Leia Romanos 9:17-24. Considerando o que temos lido até agora, como devemos entender o argumento de Paulo nesse texto?
Por Sua maneira de lidar com o Egito na época do Êxodo, Deus estava trabalhando em prol da salvação da humanidade. Ao revelar a Si mesmo nas pragas do Egito e na libertação de Seu povo, o Senhor tinha o propósito de mostrar aos egípcios, bem como às outras nações, que o Deus de Israel era, de fato, a verdadeira divindade. O objetivo dessa revelação era fazer com que os povos e as nações abandonassem seus deuses e adorassem o Senhor.
Obviamente, Faraó já havia feito sua escolha em oposição a Deus, de modo que, ao endurecer seu coração, Deus não o estava excluindo da oportunidade de salvação. O “endurecimento” foi contra o apelo de libertar Israel, não contra o apelo de Deus para que Faraó aceitasse a salvação pessoal. Cristo morreu por Faraó assim como por Moisés, Arão e os demais filhos de Israel.
A questão fundamental é que, como seres humanos caídos, temos uma visão muito estreita do mundo, da realidade, de Deus e de como Ele age. Como podemos esperar entender todos os Seus caminhos, quando o mundo natural e tudo ao nosso redor contêm mistérios que não podemos compreender? Afinal de contas, apenas nos últimos 171 anos os médicos descobriram que seria uma boa ideia lavar as mãos antes de realizar uma cirurgia! Veja quanto temos estado imersos na ignorância. E se o tempo permitir, quem sabe quais coisas descobriremos no futuro, revelando assim que muitas informações e verdades ainda estão longe do nosso alcance?
 
Nem sempre entendemos os caminhos do Senhor, mas Jesus veio para nos revelar o caráter de Deus (Jo 14:9). Por que é essencial pensar no caráter de Cristo e no que Ele revelou sobre Deus e Seu amor por nós? Conhecer o caráter de Deus nos ajuda a permanecer fiéis em meio às provações e injustiças?  

Quarta-feira, 06 de dezembro
Ammi: “Meu Povo”
Em Romanos 9:25, Paulo citou Oseias 2:23, e, em Romanos 9:26, ele citou Oseias 1:10. O pano de fundo é este: Deus instruiu Oseias a tomar “uma mulher de prostituições” (Os 1:2) como uma ilustração de Seu relacionamento com Israel, pois a nação havia buscado deuses estranhos. Os filhos que nasceram desse casamento receberam nomes que significavam a rejeição de Deus e o castigo do Israel idólatra. O terceiro filho foi chamado de Lo-amí (Os 1:9, ARC), cujo significado literal é “Não-Meu Povo”.
No entanto, em meio a tudo isso, Oseias predisse o dia em que, depois de punir Seu povo, Deus restauraria sua sorte, removeria seus falsos deuses e faria uma aliança com Israel (veja Os 2:11-19). Então, aqueles que eram Lo-amí, “Não-Meu-­Povo”, iriam se tornar Ammi, “Meu Povo”.
Nos dias de Paulo, os “Ammi” eram os cristãos, “não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios” (Rm 9:24). Que apresentação clara e poderosa do evangelho, o qual, desde o início, destinava-se ao mundo inteiro! Não é de admirar que nós, adventistas, tomemos parte da nossa vocação de Apocalipse 14:6: “Vi outro anjo voando pelo meio do Céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Hoje, assim como nos dias de Paulo e nos dias do antigo Israel, as boas-novas da salvação devem ser espalhadas por todo o mundo.
4. Leia Romanos 9:25-29. Observe quanto Paulo citou o Antigo Testamento para defender seu argumento sobre as coisas que estavam acontecendo em seus dias. Qual é a mensagem básica encontrada nessa passagem? Qual esperança está sendo oferecida a seus leitores? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Os gentios se tornariam povo de Deus, assim como um remanescente de Israel.
B.( ) Os judeus seriam sempre os filhos de Deus, enquanto os gentios seriam apenas servos.
O fato de que alguns compatriotas de Paulo rejeitaram o apelo do evangelho trouxe “grande tristeza e incessante dor” ao coração do apóstolo (Rm 9:2). Mas pelo menos havia um remanescente. As promessas de Deus não falham, mesmo quando o homem fracassa. Temos a esperança de que, no fim, as promessas de Deus serão cumpridas, e se as reivindicarmos, elas se cumprirão em nós também.

Pessoas já falharam com você? Você já falhou consigo mesmo e com os outros? Provavelmente mais vezes do que você pode contar, certo? Quais lições você aprendeu com essas falhas? Em quem sua confiança suprema deve estar? 

Quinta-feira, 07 de dezembro
Tropeço
5. “Que diremos, então? Os gentios, que não buscavam justiça, a obtiveram, uma justiça que vem da fé; mas Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou. Por que não? Porque não a buscava pela fé” (Rm 9:30-32, NVI). Qual é a mensagem nessa passagem? Como aplicar seus princípios hoje? Como evitar os mesmos erros que muitos israelitas cometeram?
Em palavras que não podem ser mal interpretadas, Paulo explicou aos seus compatriotas por que eles estavam perdendo algo que Deus desejava que eles tivessem, e mais do que isso, algo que realmente buscavam, mas não estavam alcançando.
Curiosamente, os gentios a quem Deus tinha aceitado nem sequer estavam se esforçando para obter essa aceitação. Eles estavam buscando seus próprios interesses e objetivos quando a mensagem do evangelho chegou até eles. Compreendendo seu valor, eles a aceitaram. Deus os declarou justos porque eles aceitaram Jesus Cristo como seu Substituto. Foi uma operação de fé.
O problema dos israelitas foi que eles esbarraram na pedra de tropeço (veja Rm 9:33). Alguns, nem todos (veja At 2:41), recusaram-se a aceitar Jesus de Nazaré como o Messias a quem Deus tinha enviado. Jesus não atendia às expectativas que eles tinham do Messias, portanto, quando Cristo veio, eles viraram as costas para Ele.
Antes de terminar esse capítulo, Paulo citou outro texto do Antigo Testamento: “Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido” (Rm 9:33). Nessa passagem, Paulo mostrou novamente quanto a verdadeira fé é fundamental no plano da salvação (veja também 1Pe 2:6-8). Uma rocha de escândalo? E ainda, quem cresse nEle não seria confundido? Sim, para muitos, Jesus é uma pedra de tropeço, mas, para aqueles que O conhecem e O amam, Ele é outra rocha, “a rocha da [nossa] salvação” (Sl 89:26).
Você já viu Jesus como “pedra de tropeço” ou “rocha de escândalo”? O que o levou a essa situação? Como você saiu dela? O que aprendeu para que nunca mais se encontre nessa situação novamente?  

Sexta-feira, 08 de dezembro
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, “Progressos na Inglaterra”, p. 261, 262, em O Grande Conflito; “Faith and Works” [Fé e Obras], p. 530, 531, na The SDA Encyclopedia [Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia]; “Comentários de Ellen G. White”, p. 1211, 1212, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1.
“Há uma eleição de indivíduos e de um povo, a única eleição encontrada na Palavra de Deus, em que um homem é escolhido para a salvação. Muitos têm olhado para o fim, pensando terem sido certamente eleitos para a glória celestial; mas não é essa a eleição que a Bíblia revela. O homem é escolhido para operar a sua salvação com temor e tremor. É escolhido para usar a armadura, para pelejar a boa peleja da fé. É escolhido para usar os meios que Deus colocou ao seu alcance para lutar contra todo desejo profano, enquanto Satanás executa o jogo da vida por ele. É escolhido para vigiar em oração, para examinar as Escrituras e evitar entrar em tentação. É eleito para ter fé continuamente, é eleito para ser obediente a cada palavra que procede da boca de Deus, para que não seja apenas ouvinte, mas praticante da Palavra. Essa é a eleição bíblica” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 453, 454).
“Embora ‘nuvens e obscuridade [estejam] ao redor dEle; justiça e juízo são a base de Seu trono’ (Sl 97:2). Podemos compreender Seu trato para conosco a ponto de discernir a misericórdia ilimitada unida ao infinito poder. Temos a possibilidade de compreender tanto de Seus propósitos quanto somos capazes de alcançar; para além disso podemos ainda confiar naquela mão onipotente, naquele coração repleto de amor” (Ellen G. White, Educação, p. 169).
Perguntas para discussão
1. Certos cristãos ensinam que, mesmo antes de nascermos, Deus escolheu alguns para ser salvos e outros para se perder. Se você fosse predestinado à perdição, não importariam suas escolhas, você estaria condenado (o que significa, para muitos, queimar eternamente no inferno). Somente por meio da providência de Deus, e não por meio de alguma escolha nossa, alguns estariam predestinados a viver sem a possibilidade de um relacionamento salvífico com Jesus na Terra, para serem queimados depois no fogo do inferno. O que há de errado com essa visão?
2. Como você vê a Igreja Adventista do Sétimo Dia e sua vocação no mundo em comparação com a função do antigo Israel? Quais são as semelhanças e as diferenças? Estamos fazendo melhor ou pior?
Respostas e atividades da semana: 1. Escolha um aluno para responder à questão e peça que apresente sua resposta à classe. 2. A. 3. Divida a classe em dois grupos e peça aos alunos que discutam a questão proposta. Ao final, peça que um representante de cada grupo compartilhe as respostas do grupo. 4. V; F. 5. Peça aos alunos que pensem sobre suas práticas religiosas. Pergunte se elas refletem mais a tentativa de buscar justiça pela fé ou pelas obras. Caso seja pelas obras, pergunte como é possível desenvolver a fé para a salvação.



 

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