terça-feira, 31 de março de 2020

Lição 1 -28 de março a 10 de abril -A singularidade da Bíblia


Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119:105).
LEITURAS DA SEMANA: Dt 32:45-47; Gn 49:8-12; Is 53:3-7; 1Co 15:3-5, 51-55; Rm 12:2
Composta de 66 livros e escrita ao longo de 1.500 anos em três continentes (Ásia, África e Europa), por mais de quarenta autores, a Bíblia é singular. Não há outro livro, sagrado ou religioso, como as Escrituras. E não é de admirar, pois ela é a Palavra de Deus.
Há mais de 24.600 manuscritos do Novo Testamento sobreviventes dos primeiros quatro séculos depois de Cristo. Dos manuscritos originais de Platão, existem sete; dos de Heródoto, oito, e a Ilíada, de Homero, tem um pouco mais: 263 cópias. Portanto, há poderosas evidências confirmando a integridade do texto do Novo Testamento.
A Bíblia foi o primeiro livro a ser traduzido, o primeiro publicado na imprensa no Ocidente e o primeiro a ser distribuído em tantas línguas a ponto de poder ser lido por 95% da população da Terra hoje.
Ela é singular em seu conteúdo e mensagem, que se concentram nas ações redentivas do Criador ao longo dos séculos. A História está entrelaçada com a profecia, pois esta prediz o futuro dos planos de Deus e Seu reino. A Bíblia é a Palavra viva do Senhor, visto que o mesmo Espírito mediante o qual a Escritura foi inspirada (2Tm 3:16, 17) é prometido aos cristãos para guiá-los a toda a verdade bíblica (Jo 14:16, 17; Jo 15:26; Jo 16:13).

Domingo, 29 de março
A Palavra viva de Deus
Muitas vezes, as palavras mais importantes são as últimas que uma pessoa pronuncia. Moisés, o escritor dos cinco primeiros livros fundamentais da Bíblia, entoou um cântico para o povo pouco antes de sua morte (Dt 31:30–32:43).
1. Leia Deuteronômio 32:45-47. Como Moisés descreveu a Palavra de Deus e seu poder na vida dos hebreus prestes a entrar na Terra Prometida? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Como algo útil e que prolonga a vida dos filhos de Deus.
B. ( ) Como algo dispensável, pois foi escrita apenas para o povo hebreu.
Entre as últimas palavras de Moisés está uma forte exortação. Ao ordenar que aplicassem o coração a todas as palavras que Deus lhes havia falado por seu intermédio, Moisés desejava enfatizar que o foco dos israelitas deveria permanecer em Deus e em Sua vontade para a vida deles. Ao ensinar essas palavras aos seus filhos, cada geração havia transmitido o divino plano de salvação da aliança. Eles não deveriam escolher as palavras, mas obedecer a “todas as palavras desta lei” (Dt 32:46).
No final da História da Terra, Deus terá um povo que permanecerá fiel a todas as Escrituras, o que significa guardar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus (Ap 12:17; 14:12). Esse povo permanecerá fiel ao ensino da Bíblia, pois ela não apenas garante uma vida mais abundante na Terra, mas um destino eterno no lar que Jesus preparou para nós (Jo 14:1-3).
2. Leia João 1:1-5, 14; João 14:6. O que esses textos nos ensinam sobre Jesus e a vida eterna? Como o Verbo encarnado Se relaciona com a revelação e inspiração das Escrituras?
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Jesus é o foco e objetivo de todas as Escrituras. Sua encarnação como Messias foi um cumprimento das promessas do Antigo Testamento. Visto que Ele viveu, morreu e reviveu, temos não apenas a confirmação das Escrituras, mas, melhor ainda, a grande promessa de vida eterna em uma existência totalmente nova.
Leia novamente Deuteronômio 32:47. Em sua experiência, por que a obediência à Palavra de Deus não é vã? Por que a fé em Deus e a lealdade às Escrituras nunca são inúteis?

Segunda-feira, 30 de março
Quem escreveu a Bíblia e onde ela foi escrita?
A variedade de autores bíblicos, que viveram em diferentes locais e tiveram históricos diversos, apresenta um testemunho singular de que Deus trabalha para comunicar a História e a Sua mensagem a pessoas tão culturalmente distintas quanto o público-alvo da Sua Palavra.
3. O que os seguintes textos revelam sobre os escritores bíblicos e suas origens? Êx 2:10; Am 7:14; Jr 1:1-6; Dn 6:1-5; Mt 9:9; Fp 3:3-6; Ap 1:9
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A Bíblia foi escrita por pessoas de origens muito diferentes e em várias circunstâncias. Alguns escreveram em palácios, outros em prisões, alguns no exílio e outros ainda durante suas viagens missionárias para compartilhar o evangelho. Esses homens tinham formações e ocupações diferentes. Alguns, como Moisés, estavam destinados a ser reis ou, como Daniel, a ocupar altos cargos. Outros eram simples pastores. Alguns eram muito jovens, e outros, muito idosos. Apesar dessas diferenças, todos eles tinham algo em comum: foram chamados por Deus e inspirados pelo ­Espírito Santo para escrever mensagens ao Seu povo, não importando quando nem onde viveram.
Além disso, alguns escritores foram testemunhas oculares dos eventos que relataram. Outros fizeram investigação pessoal dos eventos ou usaram cuidadosamente documentos existentes (Js 10:13; Lc 1:1-3). Todas as partes da Bíblia são inspiradas (2Tm 3:16). Essa é a razão pela qual Paulo afirmou que “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, [...] pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15:4). O Deus que criou a linguagem humana habilitou pessoas escolhidas a comunicar o pensamento inspirado de maneira fidedigna e confiável em palavras humanas.
“Foi do agrado de Deus comunicar Sua verdade ao mundo mediante instrumentos humanos, e Ele próprio, por Seu Santo Espírito, habilitou e autorizou homens a fazer Sua obra. Ele guiou a mente na escolha do que dizer e do que escrever. O tesouro foi confiado a vasos de barro, todavia não é por isso menos do Céu” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 26).

A Bíblia foi escrita por diversos autores, em contextos diferentes, e ainda assim Deus é revelado por todos eles. Como esse incrível fato confirma a veracidade das Escrituras?

Terça-feira, 31 de março
A Bíblia como profecia
A Bíblia é singular entre outras obras religiosas conhecidas porque até 30% de seu conteúdo é composto por profecias e literatura profética. A integração da profecia e seu cumprimento no tempo é fundamental para a cosmovisão bíblica, pois o Deus que atua na História também conhece o futuro e o revelou a Seus profetas (Am 3:7). A Bíblia não é apenas a Palavra viva, ou a Palavra histórica, ela é a Palavra profética.

4. Leia os textos a seguir. Quais detalhes são revelados sobre a vinda do Messias?

Gn 49:8-12 __________________________

Sl 22:12-18 __________________________

Is 53:3-7 ___________________________

Dn 9:2-27 ___________________________

Mq 5:2 _____________________________

Ml 3:1 _____________________________

Zc 9:9 _____________________________

Há pelo menos 65 predições messiânicas diretas no Antigo Testamento. Além dessas, há muitas outras se acrescentarmos a tipologia (o estudo de como os rituais do Antigo Testamento, tais como os sacrifícios, eram pequenas profecias sobre Jesus). Essas profecias se referem a detalhes específicos. Por exemplo: “O cetro não se arredará de Judá” (Gn 49:10); Jesus nasceria em Belém, em Judá (Mq 5:2); Ele seria “desprezado e o mais rejeitado entre os homens”; espancado, falsamente acusado, mas não abriria a boca para Se defender (Is 53:3-7); Suas mãos e pés seriam perfurados; Suas vestes seriam divididas (Sl 22:12-18).

O fato de que essas profecias do Antigo Testamento foram cumpridas com tanta precisão na vida, morte e ressurreição de Cristo comprova a inspiração e revelação divinas da Palavra. Também indica que Jesus era quem Ele dizia ser e quem os outros diziam que Ele era. O Salvador seguiu os profetas antigos ao predizer Sua morte e ressurreição (Lc 9:21, 22;
Mt 17:22, 23), a queda de Jerusalém (Mt 24:1, 2) e Sua segunda vinda
(Jo 14:1-3). Portanto, a encarnação, a morte e a ressurreição foram preditas pela Bíblia, e o cumprimento delas garante sua confiabilidade.
Quais são as razões para nossa crença em Jesus e em Sua morte por nós? Comente com a classe e faça a pergunta: por que as evidências são tão convincentes?
Ao Senhor pertence tudo o que temos e somos. Nossa fidelidade é um reconhecimento disso

Quarta-feira, 01 de abril
A Bíblia como História
A Bíblia é singular quando comparada a outros livros “sagrados” porque é constituída na História. Isso significa que a Bíblia não apresenta meramente os pensamentos filosóficos de um ser humano (como Confúcio ou Buda), mas registra as ações de Deus na História à medida que elas se desenvolvem em direção a objetivos: 1) a promessa de um Messias; e 2) a segunda vinda de Jesus. Essa progressão é singular à fé judaicocristã, em contraste com a visão cíclica de muitas outras religiões mundiais desde o Egito antigo às religiões orientais modernas.

5. Leia 1 Coríntios 15:3-5, 51-55; Romanos 8:11 e 1 Tessalonicenses 4:14. O que essas passagens ensinam sobre a verdade histórica da ressurreição de Cristo e a respeito de seu significado pessoal para nós? Assinale a alternativa correta:

A.( ) A ressurreição de Jesus não nos afeta pessoalmente.

B.( ) Sua ressurreição nos dá a possibilidade de também ressuscitar.

O testemunho dos quatro evangelhos e de Paulo é que Jesus morreu, foi sepultado, ressuscitou dos mortos e apareceu a várias pessoas. Isso foi confirmado por testemunhas oculares que O colocaram no túmulo e posteriormente não O encontraram ali. Testemunhas tocaram Jesus, e Ele partilhou refeição com elas. Maria Madalena, Maria (a mãe de Jesus) e outras mulheres O viram como o Cristo ressuscitado. Os discípulos falaram com Ele na estrada para Emaús. Cristo apareceu a eles para apresentar a grande comissão do evangelho. Paulo escreveu que, se o testemunho das Escrituras é rejeitado, nossa pregação e fé são vãs (1Co 15:14). Outras traduções dizem “inútil” (NVI; NVT). Os discípulos declararam: “O Senhor ressuscitou” (Lc 24:34). O termo grego ontos se refere a algo que realmente aconteceu. É traduzido como “realmente”, “certamente” ou “de fato”. Os discípulos testificaram: “ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor” (ARC).
Cristo também é representado como “as primícias” (1Co 15:20) de todos os que morreram. O fato histórico de que Ele ressuscitou dos mortos e ainda vive é a garantia de que os mortos também ressuscitarão. Todos os justos “serão vivificados em Cristo” (1Co 15:22). O termo aqui implica um ato futuro de criação, quando “os que são de Cristo”, ou permanecerem fiéis a Ele, serão ressuscitados “na Sua vinda” (1Co 15:23), “ao ressoar da última trombeta” (1Co 15:52).

Por que a promessa da ressurreição é tão central à nossa fé, especialmente pelo fato de que os mortos estão dormindo? Sem ela, por que a nossa fé seria, de fato, “inútil”?

Quinta-feira, 02 de abril
O poder transformador da Palavra
6. Leia 2 Reis 22:3-20. Por que o rei Josias rasgou as vestes? Como sua descoberta mudou não somente ele, mas toda a nação de Judá? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Por causa da morte de seu filho. Depois disso, Judá prosperou.
B. ( ) Porque a leitura do livro da Lei mudou a sorte dele a de sua nação.
Em 621 a.C., quando Josias tinha cerca de 25 anos, Hilquias, o sumo sacerdote, descobriu “o livro da Lei”, que pode ter sido os cinco primeiros livros de Moisés ou, especificamente, o livro de Deuteronômio. Durante o reinado de seu pai, Amom, e de seu avô mais perverso, Manassés, esse livro havia se perdido em meio à adoração a Baal, Astarote e “todo o exército dos céus” (2Rs 21:3-9). Ao ouvir as condições da aliança, Josias rasgou as vestes em absoluta aflição, pois percebeu o quanto ele e seu povo se haviam distanciado da adoração ao verdadeiro Deus. O rei, então, começou uma reforma em todo o país, derrubando os lugares altos em que era praticada a idolatria e destruindo imagens de deuses estrangeiros. Terminada a reforma, havia apenas um lugar para adorar em Judá: o templo de Deus em Jerusalém. A descoberta da Palavra de Deus leva à convicção do pecado, ao arrependimento e ao poder para mudar. Essa mudança começou com Josias e, por fim, espalhou-se para o restante de Judá.
7. Como a Bíblia nos assegura que tem o poder para mudar nossa vida e nos mostrar o caminho para a salvação? Jo 16:13; 17:17; Hb 4:12; Rm 12:2
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Um dos mais poderosos testemunhos do poder da Bíblia é uma vida transformada. É a Palavra que entra em nossa mente, mostrando o pecado e depravação humanos e revelando nossa verdadeira natureza e a necessidade de um Salvador.
Um livro singular como a Bíblia, constituído na História, imbuído de profecias e com o poder para transformar a vida também deve ser interpretado de maneira singular. Não pode ser explicado como outros livros, pois a Palavra viva de Deus deve ser entendida à luz de um Cristo vivo, que prometeu enviar Seu Espírito para nos conduzir “a toda a verdade” (Jo 16:13). A Bíblia, então, como revelação da verdade de Deus, deve conter seus próprios princípios internos de interpretação. Esses princípios podem ser encontrados no estudo de como seus escritores a utilizaram e foram guiados por ela, quando permitiram que ela interpretasse a si mesma.

Sexta-feira, 03 de abril
Estudo adicional
Textos de Ellen G. White: O Grande Conflito, p. 593-602 (“Nossa Única Salvaguarda”); O Desejado de Todas as Nações, p. 662-680 (“Não se Turbe o Vosso Coração”).

“Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário para a salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como revelação autorizada e infalível de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 9).

Muitos morreram por defender e permanecer fiéis à Palavra. O Dr. Rowland Taylor, inglês, ministro de paróquia, resistiu à imposição da missa católica durante o reinado de Maria Sanguinária (1553 a 1558) em sua paróquia de Hadley, na Inglaterra. Depois de ser expulso da igreja e ridicularizado por sua adesão às Escrituras, ele apelou pessoalmente ao bispo de Winchester, o Lorde Chanceler da Inglaterra, mas este o mandou para a prisão e, por fim, o enviou para a fogueira. Pouco antes de sua morte, em 1555, ele disse: 

“Bom povo! Eu lhes ensinei apenas a santa Palavra de Deus e as lições que tirei de Seu livro abençoado, a Bíblia Sagrada. Eu vim aqui neste dia para selá-la com meu sangue” (John Foxe, The New Foxe’s Book of Martyrs [O Novo Livro dos Mártires de Foxe], reescrito e atualizado por Harold J. Chadwick. North Brunswick, Nova Jersey: Bridge-Logos Publishers, 1997, p. 193). O Dr. Taylor foi ouvido repetindo o Salmo 51 pouco antes de morrer. 

Perguntas para consideração

1. As profecias cumpridas confirmam a origem divina da Bíblia? Elas fortalecem nossa fé?
2. Por que é tão poderosa a evidência de Jesus como o Messias?
3. Jesus e os apóstolos demonstraram fé inabalável na fidedignidade e autoridade divinas da Palavra. Muitas vezes Jesus Se referiu às Escrituras e disse que elas deviam ser “cumpridas” (Mt 26:54, 56; Mc 14:49; Lc 4:21; Jo 13:18; Jo 17:12). Assim, se Cristo levou tão a sério as Escrituras (no Seu caso, o Antigo Testamento), especialmente em termos de profecias sendo cumpridas, qual deveria ser a nossa atitude diante da Bíblia?

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Jesus Cristo é a vida eterna. Ele é o Verbo encarnado e foi o responsável pela criação de todas as coisas, inclusive pela revelação de Deus nas Escrituras. 3. Os escritores da Bíblia tiveram origens diferentes, e as circunstâncias de seu chamado também foram distintas. 4. Gênesis 49:8-12: o Messias viria como leão; o cetro não se apartaria de Judá; Salmo 22:12-18 e Isaías 53:3-7: o Messias seria cercado por malfeitores; Seus pés e mãos seriam traspassados; lançariam sortes sobre Suas vestes; Daniel 9:2-27: ocorreria a vinda e a morte do Ungido, quando o sacrifício diário seria cessado. Miqueias 5:2: o Messias viria de Belém-Efrata. Malaquias 3:1: o Messias viria como o Anjo da Aliança; Zacarias 9:9: o Messias Se manifestaria como Rei, montado em um jumentinho. 5. B. 6. F; V. 7. O Espírito da verdade inspirou a Bíblia e usa a Palavra para nos transformar.

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