quarta-feira, 25 de março de 2020

Lição 13 21 a 27 de março Do pó às estrelas


Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12:3)
LEITURAS DA SEMANA: Dn 12; Rm 8:34; Lc 10:20; Rm 8:18; Hb 2:14,15; Jo 14:29; Ap 11:3
O livro de Daniel começa com Nabucodonosor invadindo a Judeia e levando cativos para Babilônia; em contraste com isso, a narrativa é concluída com Miguel Se levantando para libertar o povo de Deus da Babilônia do tempo do fim. Isto é, como foi mostrado em todo o livro de Daniel, no fim, o Senhor resolve todos os problemas do Seu povo.
Como vimos também, Daniel e seus companheiros permaneceram fiéis a Deus e demonstraram sabedoria incomparável em meio às provações e desafios do exílio. Da mesma forma, ao enfrentar a tribulação, o povo de Deus do tempo do fim também permanecerá fiel, especialmente durante o “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1). Como Daniel e seus amigos em Babilônia, os fiéis demonstrarão sabedoria e compreensão. Eles não apenas experimentarão a sabedoria como uma virtude pessoal, mas estarão comprometidos, como consequência dessa sabedoria, a levar os outros à justiça. Alguns morrerão ou serão assassinados e, portanto, retornarão ao pó, mas serão ressuscitados para a eternidade. Como declara o texto bíblico: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna” (Dn 12:2).
Domingo, 22 de março
Miguel, nosso Príncipe
1. Leia Daniel 12:1. Quem muda o curso da História no tempo do fim? Como Romanos 8:34 e Hebreus 7:25 nos ajudam a entender o significado desse texto
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Cada capítulo de Daniel que estudamos até agora inicia-se mencionando o governante de uma nação pagã. Daniel 12 também começa com um governante, mas ao contrário de todos os outros capítulos, o governante é um Príncipe divino, que Se levanta para libertar o povo de Deus das mãos de seus inimigos.
Como vimos no estudo de Daniel 10, Miguel é o mesmo ser celestial poderoso que aparece a Daniel no rio Tigre. Ele surge ali como o representante celestial do povo de Deus. Ele também aparece em outras partes do livro de Daniel como o Filho do Homem (Dn 7), o Príncipe do exército (Dn 8) e o Ungido, o Príncipe (Dn 9). Portanto, Miguel, cujo nome significa “quem é como Deus?”, não deve ser outro senão o próprio Jesus Cristo.
É importante observar o momento da intervenção de Miguel. De acordo com Daniel 12:1, ela ocorre “nesse tempo” (Dn 12:1). Essa expressão se refere à época mencionada em Daniel 11:40-45. Esse é o período que se estende desde a queda do papado, em 1798, até a ressurreição no tempo do fim (Dn 12:2).
Dois aspectos importantes da obra de Miguel podem ser inferidos a partir do verbo “levantar” utilizado em Daniel 12:1 para descrever Sua ação. Primeiramente, esse verbo evoca o surgimento de reis para conquistar e governar. O verbo também tem primariamente uma conotação militar. Isso mostra que Miguel atua como um líder militar que protege o Seu povo e o conduz de maneira especial durante os últimos estágios do grande conflito.
Em segundo lugar, o verbo “levantar” também indica um cenário de juízo. Miguel “Se levanta” para agir como advogado no tribunal celestial. Como o Filho do Homem, Ele vem perante o Ancião de Dias para representar o povo de Deus durante o juízo investigativo (Dn 7:9-14). Portanto, o ato de Miguel Se levantar ou ascender nos lembra dos aspectos militares e judiciais de Sua obra. Em outras palavras, Ele está investido com o poder para derrotar os inimigos de Deus e com a autoridade para representar o Seu povo no tribunal celestial.
Pense no que significa saber que Miguel Se levanta em nosso favor, mesmo agora. Que esperança isso deveria nos dar como pecadores?

Primeiro Deus - Você já experimentou entregar tudo ao Senhor? Há algo que ainda não Lhe foi entregue?
Segunda-feira, 23 de março

Inscrito no livro
2. Daniel 12:1 fala sobre “todo aquele que for achado inscrito no livro”. O que isso significa?

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O momento da intervenção de Miguel também é descrito como um tempo de angústia sem paralelo. Isso corresponde ao tempo em que o Espírito de Deus será retirado da humanidade rebelde. Então as sete últimas pragas, como expressões da ira de Deus sobre as nações, serão derramadas sobre a Babilônia do tempo do fim (Ap 16; 18:20-24), e os poderes das trevas serão soltos sobre o mundo. A respeito desse tempo, Ellen G. White escreveu que “Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na Antiguidade” (O Grande Conflito, p. 614).
Mas o povo de Deus será libertado durante esse período terrível porque, no juízo investigativo conduzido no tribunal celestial, eles terão sido vindicados por Jesus, o Sumo Sacerdote celestial, e seus nomes estarão escritos no livro.
Para compreender o significado desse livro, devemos ter em mente que a Bíblia menciona dois tipos de livros celestiais. Um contém os nomes daqueles que pertencem ao Senhor e, às vezes, é chamado de “livro da vida”
(Êx 32:32; Lc 10:20; Sl 69:28; Fp 4:3; Ap 17:8).
Além do livro da vida, as Escrituras mencionam livros contendo os registros das ações humanas (Sl 56:8; Ml 3:16; Is 65:6). Esses são os livros usados no tribunal celestial para determinar o compromisso de cada pessoa com o Senhor. São registros celestiais, “bancos de dados” que contêm os nomes e as ações de todo ser humano. Algumas pessoas desaprovam a ideia de ter seus nomes, e especialmente seus feitos, escritos no Céu. Mas, uma vez que entregamos nossa vida a Cristo, nossos nomes são inscritos no livro da vida, e nossas más ações são apagadas no juízo. Esse registro celestial apresenta evidência judicial para todo o Universo de que pertencemos a Jesus e, portanto, temos o direito de ser protegidos durante o tempo de angústia.
Por que somente a justiça de Cristo, creditada a nós, é a nossa única esperança de sermos achados inscritos “no livro”? Comente com a classe.

Terça-feira, 24 de março

A ressurreição

3.Leia Daniel 12:2, 3. De qual evento ele falou nessa passagem? Considerando o que entendemos sobre a morte, por que esse evento é tão importante para nós? Assinale a alternativa correta:


A. ( ) Da ressurreição. É importante porque justos e injustos serão salvos.
B.()
Da ressurreição. Os justos terão a vida, e os ímpios, a vergonha eterna.
D
aniel fez provavelmente a referência mais explícita do Antigo Testamento à ressurreição vindoura. E, à medida que refletimos sobre essa passagem, descobrimos algumas verdades muito importantes. Primeiramente, como a metáfora do “sono” indica, nenhuma alma imortal habita corpos humanos. O ser humano é uma unidade indivisível de corpo, mente e espírito. Na morte, a pessoa deixa de existir e permanece inconsciente até a ressurreição. Em segundo lugar, esse texto aponta para a ressurreição futura como uma reversão do que acontece como consequência do pecado. De fato, a expressão traduzida como “pó da terra”, na linguagem original de Daniel 12:2 é “terra do pó”. Essa sequência incomum de palavras remonta a Gênesis 3:19, que, ao lado desse verso de Daniel, é uma das duas únicas passagens bíblicas em que a palavra “terra” precede a palavra “pó”. Isso implica que o pronunciamento da morte feito na queda do ser humano será revertido, e a morte não mais prevalecerá. Como Paulo declarou: “Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15:54).
4.
Leia Romanos 8:18 e Hebreus 2:14, 15. Por quais razões não precisamos temer a morte? Assinale a alternativa correta:
A.()Porque Cristo já a venceu. Ela não terá domínio sobre nós.
B. ( ) Porque quando morremos continuamos existindo em outro plano.
A morte traz ruína e é o fim de tudo por aqui. Porém, recebemos a promessa de que ela não terá a última palavra para os fiéis. A morte é um inimigo derrotado. Quando Cristo quebrou as cadeias da morte e ressurgiu do túmulo, Ele lhe desferiu o golpe fatal. Agora podemos contemplar além da realidade temporária da morte à realidade suprema da vida que recebemos de Deus em Cristo. Visto que Miguel Se levantará (veja Dn 12:1), aqueles que pertencem a Ele também se levantarão da “terra do pó” para brilhar como as estrelas para todo o sempre.

Em meio às dores e à luta da vida, como podemos obter esperança e consolo da promessa da ressurreição no fim? Por que, em um sentido muito real, quase nada mais importa?


Quarta-feira, 25 de março

O livro selado

5. Leia Daniel 12:4 e João 14:29. Por que o livro de Daniel deveria ser selado até o tempo do fim?
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Na conclusão da última seção principal do livro (Dn 10:1–12:4), o profeta recebeu a ordem para o selar até o tempo do fim. Porém, imediatamente depois disso, o anjo predisse que muitos correriam de uma parte para outra (Dn 12:4, ARC), e o saber se multiplicaria (Dn 12:4, ARA). Embora alguns estudiosos de Daniel tenham tomado essas palavras como uma previsão do progresso científico, que também poderia ser incluído no significado, o contexto parece indicar que correr “de uma parte para outra” (ARC) se refira à busca do próprio livro de Daniel. De fato, quando rememoramos a História, observamos que o livro de Daniel permaneceu, por séculos, uma obscura composição da literatura. Ele pode ter sido conhecido e estudado em certos lugares, mas alguns de seus principais ensinamentos e profecias permaneceram misteriosos. Por exemplo, as mensagens proféticas relacionadas à purificação do santuário celestial, ao juízo, à identidade e obra do chifre pequeno, juntamente com o cronograma de tempo relacionado a essas profecias, estavam longe de ser esclarecidas.

Contudo, a partir da Reforma Protestante, mais e mais pessoas começaram a estudar o livro de Daniel. No entanto, apenas no tempo do fim o livro foi finalmente aberto, e seu conteúdo mais completamente revelado. Como observou Ellen G. White, “desde 1798, porém, o livro de Daniel foi descerrado, aumentou-se o conhecimento das profecias, e muitos têm proclamado a mensagem solene do juízo próximo” (O Grande Conflito,
p. 356). “No final do século 18 e início do século 19, despertou-se um novo interesse pelas profecias de Daniel e Apocalipse em diferentes lugares do mundo. O estudo dessas profecias difundiu a crença de que o segundo advento de Cristo estava próximo. Vários estudiosos na Inglaterra, Joseph Wolff no Oriente Médio, Manuel Lacunza na América do Sul e Guilherme Miller nos Estados Unidos, junto com outros estudiosos das profecias, declararam, com base no estudo das profecias de Daniel, que o segundo advento estava prestes a ocorrer. Essa convicção se tornou a força motivadora de um movimento mundial” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 970).


Pense na grande vantagem que temos hoje de poder relembrar a História e ver como as profecias históricas de Daniel se cumpriram. Isso nos ajuda a confiar nas promessas de Deus?

Quinta-feira, 26 de março

O tempo de espera

6. Leia Daniel 12:5-13. Como o livro foi concluído?
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Curiosamente, a cena final ocorre no rio Tigre, o lugar da última importante visão de Daniel (Dn 10:4). No entanto, a palavra usada aqui não é a palavra hebraica comum para rio, mas o termo ye’or, que geralmente designa o rio Nilo. Isso nos lembra do Êxodo e mostra que, assim como o Senhor libertou Israel do Egito, Ele libertará o Seu povo no tempo do fim.

Três cronogramas proféticos foram apresentados. O primeiro deles (“um tempo, dois tempos e metade de um tempo”) responde à pergunta: “Quando se cumprirão estas maravilhas?” (Dn 12:6). As “maravilhas” se referem às coisas descritas na visão de Daniel 11, que são uma elaboração de Daniel 7 e 8. Mais especificamente, esse período de tempo foi mencionado em Daniel 7:25 e depois em Apocalipse 11:3; 12:6, 14 e 13:5. Ele também corresponde aos 1.260 anos de supremacia papal, que se estenderam de 538 d.C. a 1798 d.C. E Daniel 11:32-35 se refere à mesma perseguição sem mencionar sua duração.
Os outros dois períodos de tempo, 1.290 e 1.335 dias, respondem a uma pergunta feita pelo próprio Daniel ao homem vestido de linho: “Qual será o fim destas coisas?” (Dn 12:8). E ambos começam com a remoção do “sacrifício diário” e o estabelecimento da “abominação desoladora”. Na lição sobre Daniel 8, descobrimos que o sacrifício “diário” se refere à intercessão contínua de Cristo, que foi substituída por um sistema falsificado de adoração. Portanto, esse período profético deve começar em 508 d.C., quando Clovis, rei dos francos, converteu-se à fé católica. Esse importante evento preparou o caminho para a união entre Igreja e Estado, que prevaleceu ao longo da Idade Média. Assim, os 1.290 dias terminaram em 1798, quando o papa foi preso sob a autoridade do imperador francês Napoleão. E os 1.335 dias, o último período profético mencionado em Daniel, terminaram em 1843. Essa foi a época do movimento Milerita e do estudo renovado das profecias bíblicas. Foi um tempo de espera e esperança no retorno iminente de Jesus.

Ao longo de todo o livro de Daniel, vemos duas coisas: o povo de Deus sendo perseguido e, por fim, sendo justificado e salvo. Como essa realidade pode nos ajudar a permanecer fiéis, independentemente de nossas provações imediatas?



Primeiro Deus - Existe algo que está distraindo você, desviando-o do caminho do Céu? Prazeres, faltas dos outros, riquezas, etc.?

Sexta-feira, 27 de março

Estudo adicional
“As profecias apresentam uma sucessão de acontecimentos que nos levam ao início do juízo. Isto se observa especialmente no livro de Daniel. Entretanto, a parte de sua profecia que se refere aos últimos dias, Daniel teve ordem de fechar e selar até ‘o tempo do fim’. Não poderia, antes que alcançássemos o tempo do juízo, ser proclamada uma mensagem relativa ao mesmo juízo e baseada no cumprimento daquelas profecias. Mas, no tempo do fim, diz o profeta, ‘muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará’ (Dn 12:4, ARC).
“O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo. ‘Porque não será assim’, diz ele, ‘sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado’ (2Ts 2:3, ARC). Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do ‘homem do pecado’. Esse ‘homem do pecado’, que também é denominado ‘mistério da injustiça’, ‘filho da perdição’ e ‘iníquo’, representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Esse período terminou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. Paulo, com a sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até ao ano de 1798. É depois dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 356).
Perguntas para discussão
1. Quais perigos enfrentamos ao estabelecermos datas para acontecimentos futuros do tempo do fim? O que ocorre com a fé de muitos quando esses eventos previstos não acontecem? Qual princípio profético essencial encontramos nas palavras de Cristo em João 14:29 que nos ajuda a entender como usar a profecia para nosso benefício espiritual e evitar a armadilha de fazer ou acreditar em falsas predições?
2. Hoje temos comunicação instantânea e incríveis avanços científicos que nem sempre são para o bem. Isso torna a ideia de um “tempo de angústia, qual nunca houve” (Dn 12:1) algo que não é tão difícil de imaginar? Por quê?
3. Somente pelo evangelho podemos ser inscritos no livro. Sem ele, que esperança temos?
Respostas e atividades da semana: 1. Miguel, que vive para interceder por nós (Hb 7:25; Rm 8:34). 2. Que Deus mantém um registro de todas as nossas ações (boas e más) para serem usadas na hora do juízo. Porém, com Seu sangue, Ele apaga as nossas más ações e escreve nosso nome no livro da vida. 3. B. 4. A. 5. Porque aqueles acontecimentos não envolviam o tempo de Daniel. Foram revelados a fim de que, quando ocorressem, as pessoas cressem. 6. O livro foi concluído com o Ser divino dizendo que Daniel não devia se preocupar com o tempo em que as coisas ocorreriam, pois ele descansaria e, um dia, seria levantado para receber a sua herança.



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