quarta-feira, 15 de julho de 2020

Lição 3- 11 a 17 de julho & Olhando as pessoas pelos olhos de Jesus



Sábado à tarde



VERSO PARA MEMORIZAR: “E disse-lhes: Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4:19).
LEITURAS DA SEMANA: Mc 8:22-26; Jo 4:3-34; Jo 1:40, 41; Mc 12:28-34; Lc 23:39-43; At 8:26-38

Jesus é o ganhador de almas por excelência. Ao observarmos Sua maneira de trabalhar com elas, aprendemos como levar outros a conhecer a salvação por meio de Cristo. Ao viajarmos com Ele pelas ruas movimentadas de Jerusalém, pelas estradas poeirentas da Judeia e pelas encostas cobertas de relva da Galiléia, descobrimos como Ele revelou os princípios do reino a pessoas que estavam em busca de salvação.

Jesus via todos os homens e mulheres como pessoas que podiam ser conquistadas para Seu reino. Ele enxergava cada um pelos olhos da compaixão divina. Ele via Pedro não como um pescador rude e grosseiro, mas como um poderoso pregador do evangelho. Ele via Tiago e João não como radicais impetuosos e facilmente irritáveis, mas como entusiásticos proclamadores de Sua graça. Ele via o profundo anseio por amor e aceitação genuínos no coração de Maria Madalena, da mulher samaritana e da mulher com o fluxo de sangue. Ele via Tomé não como um cético cínico, mas como alguém com perguntas sinceras. Fossem eles judeus ou gentios, homens ou mulheres, um ladrão na cruz, um centurião ou um louco possuído por demônios, Jesus via o potencial dado por Deus a essas pessoas e as enxergava pelos olhos da salvação.

Domingo, 12 de julho
O segundo toque

Há apenas um milagre em toda a Bíblia que Jesus operou em duas etapas. É a cura do cego em Betsaida. Essa história apresenta lições eternas para a igreja de Cristo. Ela ilustra o plano de Deus de usar os cristãos para trazer outras pessoas a Jesus. As Escrituras declaram: “Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-Lhe que o tocasse” (Mc 8:22). As duas palavras-chaves aqui são “trazer” e “rogar”. O cego não foi por conta própria. Seus amigos viram a necessidade dele e o levaram. O cego podia não ter muita fé, mas seus amigos tiveram, pois criam que Jesus curaria a cegueira daquele homem.

Existem aproximadamente 25 distintos milagres de cura realizados por Jesus no Novo Testamento. Em mais da metade deles, um parente ou amigo levou alguém ao Senhor para ser curado. Isso mostra que muitas pessoas nunca irão a Jesus, a menos que alguém que tenha fé as leve. Nossa função é nos tornarmos instrumentos para levar pessoas a Cristo.

A segunda palavra que merece nossa consideração em Marcos 8:22 é “rogar”. Ela pode significar “suplicar, implorar ou exortar” e sugere um apelo mais brando, suave e gentil do que uma exigência impetuosa e tumultuada. Os amigos daquele homem apelaram humildemente a Jesus, acreditando que Ele tinha tanto o desejo quanto o poder para ajudá-lo. Pode ser que o homem não acreditasse que Jesus poderia curá-lo, mas seus amigos criam no poder do Senhor. Por vezes, devemos levar outros a Jesus nas asas da nossa fé.

1. Leia Marcos 8:22-26. Em sua opinião, por que Cristo curou o cego em duas etapas? Sendo testemunhas de Jesus, quais lições essa história nos ensina?
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É possível que também não observemos as pessoas claramente. Será que às vezes as vemos mais como “árvores andando”, em formas vagas e indistintas, do que como candidatas ao reino de Deus? Em sua opinião, o que pode nos levar a não ver as pessoas nitidamente?

Segunda-feira, 13 de julho



Uma lição de aceitação

Ao exemplificar para os discípulos o que significava enxergar cada indivíduo de uma nova perspectiva, Jesus ensinou-lhes como ver as pessoas pelos olhos do Céu. Sua visão delas era radical. Ele não via o que elas eram, mas o que poderiam se tornar. Em todas as Suas interações com as pessoas, Cristo as tratou com dignidade e respeito. Muitas vezes, Ele surpreendeu os discípulos pela maneira como tratava os seres humanos. Isso foi verdade especialmente em Sua interação com a mulher samaritana.

A obra The Archaeological Study Bible [Bíblia de Estudo Arqueológica] faz esta observação interessante acerca da relação entre judeus e samaritanos: “O rompimento entre samaritanos e judeus data de um período antigo. De acordo com 2 Reis 17, os samaritanos eram descendentes dos povos da Mesopotâmia que foram estabelecidos à força nas terras do norte de Israel pelo rei da Assíria, como consequência do exílio de 722 a.C. Eles reuniam a adoração a Yahweh com práticas idólatras” (Zondervan Publishing, 2005, p. 1.727). Além dessas práticas idólatras, os samaritanos estabeleceram um sacerdócio e um templo concorrentes no Monte Gerizim. Considerando essas diferenças teológicas com os samaritanos, os discípulos devem ter ficado perplexos quando Jesus escolheu a rota samaritana para a Galileia. Eles ficaram surpresos de que Cristo não Se deixou levar por um debate religioso. Ele apelou diretamente ao desejo da mulher samaritana por aceitação, amor e perdão.

2. Leia João 4:3-34. Como Jesus Se aproximou da mulher samaritana? Qual foi a reação da mulher à conversa de Cristo com ela? Qual foi a reação dos discípulos a essa experiência e como Jesus ampliou a visão deles?

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A eterna lição que Jesus desejava ensinar aos Seus discípulos e a cada um de nós é simplesmente esta: “Aqueles que têm o Espírito de Cristo verão todos os homens pelos olhos da compaixão divina” (Ellen G. White, The Signs of the Times, 20 de junho de 1892).

Devido à influência da cultura e da sociedade, você olha com desdém ou desrespeito para algumas pessoas? Você deve mudar suas atitudes para com elas? Como essa mudança pode acontecer?

Terça-feira, 14 de julho

Comece onde você está


Alguém disse, e com razão: “Na vida, o único lugar de onde devemos começar é o ponto em que estamos, pois não há outra opção”. Jesus enfatizou esse princípio em Atos 1:8: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra”.

A mensagem de Jesus aos discípulos era clara demais para ser mal compreendida: comece onde você está. Testemunhe onde Deus o colocou. Em vez de sonhar com melhores oportunidades, comece por aquelas ao seu redor. Veja com olhos divinos as possibilidades mais próximas de você!

Você não precisa ser a pessoa mais instruída, a mais eloquente, a mais talentosa. Por mais úteis que alguns desses dons possam ser, se usados corretamente, no fim, tudo de que você precisa é seu amor a Deus e às pessoas. Se estiver disposto a testemunhar, Deus abrirá o caminho para você.

3. Leia João 1:40, 41; 6:5-11; 12:20-26. O que essas passagens revelam sobre a visão espiritual de André e sua abordagem ao testemunho? Assinale a alternativa correta:

A.( ) André sempre pensava em levar as pessoas a Jesus.
B.( ) Ele se preocupava apenas em evangelizar os judeus.

A experiência de André fala muito a nós. Ele começou com sua família. Primeiramente compartilhou Cristo com seu irmão Pedro. André desenvolveu um relacionamento cordial com um garotinho que depois providenciou para Jesus o material para um milagre. Além disso, ele soube exatamente o que fazer com os gregos. Em vez de debater teologia, ele sentiu a necessidade daqueles homens e os apresentou a Jesus.

A arte de efetivamente ganhar pessoas é a arte de desenvolver relacionamentos positivos e amorosos. Pense nas pessoas mais próximas a você que podem não conhecer Jesus. Elas veem em você alguém compassivo e atencioso? Elas veem em você uma paz e um propósito pelo qual anseiam? Sua vida é uma propaganda em favor do evangelho? Fazemos amigos para Deus ao compartilharmos Jesus. Eles se tornam amigos cristãos e, por fim, ao compartilharmos a verdade bíblica para o tempo do fim, eles também podem se tornar cristãos adventistas do sétimo dia.

Por que parece ser tão difícil levar nossos familiares a Cristo? Você já conseguiu compartilhar ­Jesus com membros da família ou com amigos? Quais são os princípios úteis nessa tarefa?
Quarta-feira, 15 de julho



Lidar com pessoas difíceis

Quando esteve na Terra, Jesus era mestre em lidar com pessoas difíceis. Por Suas palavras e ações, Ele demonstrava aceitação. Ouvia com sensibilidade as preocupações das pessoas, fazia perguntas e gradualmente revelava verdades divinas. Reconhecia o desejo interior nos corações endurecidos e via potencial nos pecadores mais vis. Para Jesus, ninguém estava além do alcance do evangelho. O Senhor acreditava no princípio de que “ninguém caiu tão fundo, nem é tão mau, que não possa encontrar libertação em Cristo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 258). Cristo enxergava as pessoas através de lentes diferentes das que nós utilizamos. Ele via em cada ser humano um reflexo da glória da criação original. Ele elevava o pensamento das pessoas à compreensão do que poderiam se tornar, e muitas se erguiam para atingir Suas expectativas para a vida delas.



4. Leia Mateus 4:18, 19, Marcos 12:28-34 e Lucas 23:39-43. Quais são as semelhanças nos apelos de Cristo a Pedro e André, ao escriba e ao ladrão na cruz?
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Quando esteve na Terra, onde quer que Jesus fosse, via possibilidades espirituais; percebia potenciais candidatos ao reino de Deus nas circunstâncias mais improváveis. Chamamos essa habilidade de “olhar para o crescimento da igreja”. Esse olhar que vê o crescimento da igreja é uma sensibilidade cultivada para ver as pessoas como Jesus as via, como pessoas que podem ser conquistadas para o reino de Deus. Isso também envolve “ouvidos atentos ao crescimento da igreja”, o que tem a ver com ouvir as necessidades não verbalizadas das pessoas. Diz respeito a ouvir o anseio do coração delas por algo que elas não têm, mesmo que não o tenham expressado abertamente.

Peça ao Senhor que torne você sensível ao ministério do Espírito Santo na vida de outras pessoas. Ore pedindo que Deus lhe dê o segundo toque e abra seus olhos para as oportunidades espirituais que Ele coloca em seu caminho a fim de compartilhar sua fé. Busque ao Senhor para que Ele lhe dê olhos que vejam, coração sensível e disposição de compartilhar o Cristo que está em seu coração, e você estará em uma emocionante jornada. A vida terá um significado totalmente novo. Você terá uma sensação de satisfação e alegria que nunca experimentou antes. Somente os que trabalham em favor das pessoas conhecem a satisfação que isso pode trazer.

Quinta-feira, 16 de julho

Percebendo oportunidades providenciais


O livro de Atos está repleto de histórias de como os discípulos se aproveitaram de oportunidades providenciais para o avanço do reino de Deus. Em todo o livro, vemos relatos impressionantes da igreja primitiva e de como ela cresceu, apesar dos desafios enfrentados interna e externamente.



Em 2 Coríntios 2:12, 13, por exemplo, o apóstolo Paulo conta sua experiência em Trôade: “Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedônia”. Deus miraculosamente abriu uma porta para Paulo pregar no continente europeu, e ele sabia que as portas que o Senhor abre hoje podem ser fechadas amanhã. Aproveitando a oportunidade e vendo as possibilidades, ele imediatamente partiu para a Macedônia.

O Deus do Novo Testamento é o Deus das portas abertas – Aquele que oferece oportunidades providenciais para compartilharmos a fé. No livro de Atos, Deus está em ação. Há portas abertas nas cidades, províncias, países e, acima de tudo, no coração das pessoas.

5. Leia Atos 8:26-38. O que esses versos ensinam sobre como Filipe estava aberto à orientação de Deus e sobre sua capacidade de responder às oportunidades divinas? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Filipe duvidou da voz de Deus e não Lhe obedeceu.
B.( ) Filipe estava sensível à voz do Senhor e foi se encontrar com o etíope.

“Um anjo guiou Filipe àquele que procurava a luz e que estava pronto para receber o evangelho; e hoje anjos guiarão os passos dos obreiros que permitirem ao Espírito Santo santificar sua língua e educar e enobrecer seu coração. O anjo enviado a Filipe poderia ter ele mesmo feito a obra pelo etíope, mas essa não é a maneira de Deus agir. Seu plano é que homens e mulheres trabalhem por seus semelhantes” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 109).

Se tivermos ouvidos para ouvir e olhos para ver, também seremos guiados por anjos invisíveis para alcançar, com as verdades do reino, os que buscam a verdade.

Observe como as Escrituras foram centrais nessa história. Além disso, foi muito importante que alguém que conhecia as Escrituras as esclarecessem. Quais lições extraímos desse relato?
Sexta-feira, 17 de julho

Estudo adicional
Texto de Ellen G. White: Atos dos Apóstolos, p. 103-111 (“O Evangelho em Samaria”).

Ao nosso redor, pessoas buscam as coisas da eternidade. Jesus disse de maneira tão apropriada: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9:37). O problema não estava na seara. Com os olhos divinamente ungidos, Jesus viu uma seara abundante, onde os discípulos viram apenas oposição. Qual foi a solução de Cristo para o problema? “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a Sua seara” (Mt 9:38). A solução é orar para que Deus envie você para a seara Dele.

Por que não fazer esta oração? “Senhor, estou disposto a ser usado para o avanço do Seu reino. Abra meus olhos para que eu veja as oportunidades providenciais que Tu colocas diante de mim todos os dias. Ensina-me a ser sensível às pessoas ao meu redor. Ajuda-me a falar palavras de esperança e encorajamento e a compartilhar Seu amor e Sua verdade com aqueles com quem entro em contato todos os dias”. Se você fizer essa oração, Deus fará coisas extraordinárias em sua vida.

Perguntas para consideração

1. Nem sempre é fácil levar pessoas a Jesus, não é mesmo? Somente Deus pode converter o coração, mas em Sua sabedoria Ele escolheu nos usar para fazer parte desse processo. Trabalhar por uma única pessoa exige tempo, esforço, paciência e um amor que nasce do alto. Como você pode morrer para o eu a fim de ser uma eficaz testemunha de Cristo?

2. Quais pessoas com quem você entra em contato não conhecem a Deus? O que você fez, ou está fazendo, ou deveria fazer, para testemunhar para elas?

3. Pense em Saulo de Tarso. Sua conversão parecia muito improvável! No entanto, sabemos o que aconteceu com ele. O que isso revela sobre o perigo de julgar os outros pelas aparências?

4. Tendo em mente a história de Saulo, o que fazemos com um texto como o de Mateus 7:6: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem”?

Respostas e atividades da semana: 1. Comente com a classe. 2. Jesus abordou a mulher samaritana pedindo-lhe água para beber. Ela ficou espantada porque Ele, sendo judeu, dirigia a palavra a ela. Cristo falou sobre a verdadeira adoração. Os discípulos também ficaram perplexos, porém nada Lhe disseram. Eles perceberam a ampla visão do Mestre sobre a natureza de Sua obra. 3. A. 4. Embora cada situação tenha tido suas particularidades, Jesus via além do que aquelas pessoas eram. Ele via potenciais candidatos ao reino dos Céus. Ele chamou Pedro e João para serem pescadores de homens; disse a um escriba que Ele não estava longe do reino dos Céus e convidou o ladrão da cruz a estar com Ele no paraíso. 5. B.

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