terça-feira, 18 de abril de 2017

Lição 4 15 a 22 de abril Relações sociais



Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Rs 11, 12
Verso para memorizar: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1Pe 4:8).
Leituras da semana: 1Pe 2:13-23; 1Pe 3:1-7; 1Co 7:12-16; Gl 3:27, 28; At 5:27-32; Lv 19:18
A carta de Pedro também confronta algumas questões sociais difíceis de seu tempo. Por exemplo, como os cristãos deveriam suportar um governo opressivo e corrupto como o Império Romano pagão? O que Pedro disse aos seus leitores, e o que suas palavras significam para nós?
Como os escravos cristãos deveriam reagir quando seus senhores os tratavam de maneira severa e injusta? Embora as relações atuais entre empregadores e empregados sejam diferentes do relacionamento entre senhor e escravo no primeiro século, aqueles que têm que lidar com chefes injustos e abusivos certamente se identificarão com o que Pedro disse. É extraordinário que ele tenha apontado Jesus como o perfeito exemplo de como os cristãos devem se comportar quando são maltratados (1Pe 2:21-24).
Como os maridos e esposas devem se relacionar, especialmente quando divergem sobre uma questão tão fundamental como a crença religiosa?
Finalmente, como os cristãos devem se relacionar com a ordem social e política, quando ela pode ser incontestavelmente corrupta e contrária à fé cristã?

Domingo, 16 de abril
 
Ano Bíblico: 1Rs 13, 14
Igreja e Estado
Embora escrita há muito tempo, a Bíblia toca em questões muito relevantes hoje, como a relação entre os cristãos e o governo.
Em alguns casos, ela é bastante óbvia. Apocalipse 13 descreve uma época em que obedecer aos poderes políticos significará desobedecer a Deus. Nesse caso, a escolha é clara. (Veja o estudo de quinta-feira).
1. Leia 1 Pedro 2:13-17. Como o cristão deve se relacionar com o governo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Sujeitando-se às autoridades constituídas na Terra, como bons servos de Deus.
B.( ) Militando e se envolvendo diretamente nas questões políticas.
C.( ) Ficando indiferente, pois Jesus está voltando.
As crueldades do Império Romano eram bem conhecidas por aqueles que viviam em seu território. Ele havia se expandido graças aos caprichos de homens ambiciosos que usavam de força militar implacável. O Império Romano enfrentava com violência qualquer resistência. Tortura e morte por crucificação eram apenas dois horrores que seus soldados infligiam sobre aqueles a quem puniam. O governo romano foi dominado pelo nepotismo e pela corrupção. A elite dominante exercia o poder com arrogância e crueldade. Apesar de tudo isso, Pedro exortou seus leitores a aceitar a autoridade de toda instituição humana no império, desde o imperador aos governantes (1Pe 2:13, 14).
Pedro argumentou que os imperadores e governantes castigam os que fazem o mal e louvam os que praticam o bem (1Pe 2:14). Ao fazer isso, eles desempenham um papel importante na formação da sociedade.
Na verdade, apesar de todas as suas falhas, o Império Romano proporcionou estabilidade e trouxe libertação da guerra. Sua justiça era severa, mas era baseada no Estado de direito. Os governantes romanos construíram estradas e estabeleceram um sistema monetário que atendia às suas necessidades militares. Ao fazer isso, Roma criou um ambiente que possibilitou o crescimento da população e fez com que ela, em muitos casos, prosperasse. Vistos por esse prisma, os comentários de Pedro sobre o governo fazem sentido. Nenhum governo é perfeito, e certamente aquele em que Pedro e seus leitores viveram também não era. Portanto, a lição para nós é que devemos ser bons cidadãos, obedecendo às leis do nosso país tanto quanto pudermos, apesar das imperfeições do governo sob o qual vivemos.

Segunda-feira, 17 de abril
 
Ano Bíblico: 1Rs 15, 16
Senhores e escravos
2. Leia 1 Pedro 2:18-23. Qual é o significado dessa difícil passagem bíblica? Qual princípio podemos extrair dela para nossa vida?
Uma leitura cuidadosa de 1 Pedro 2:18-23 revela que, em vez de endossar a escravidão, os versos dão conselhos espirituais de como entender as circunstâncias difíceis que, naquele momento, não podiam ser mudadas.
A palavra oiketes, traduzida como “servo” ou “escravo” em 1 Pedro 2:18, era usada especificamente para se referir a escravos domésticos. A palavra mais comum para escravos, doulos, foi empregada em Efésios 6:5, uma passagem bíblica que dá conselho semelhante aos escravos.
No Império Romano, altamente estratificado, os escravos eram considerados propriedade legal sob o domínio absoluto de seu senhor, que poderia tratá-los bem ou com crueldade. Existia uma série de motivos pelos quais as pessoas se tornavam escravas: a derrota de um exército, nascimento na condição de filhos de escravos e a necessidade de se “vender” para saldar dívidas. Alguns escravos recebiam grandes responsabilidades. Alguns administravam vastas fazendas dos seus senhores. Outros cuidavam das propriedades e dos interesses comerciais de seus patrões, e alguns até mesmo educavam os filhos deles.
A liberdade de um escravo podia ser comprada; nesse caso, ele se tornava “redimido”. Paulo e Pedro usaram esse termo para descrever o que Jesus fez por nós (Ef 1:7; Rm 3:24; Cl 1:14; 1Pe 1:18, 19).
É importante lembrar que grande parte dos primeiros cristãos era escrava. Sendo assim, eles eram reféns de um sistema que não podiam mudar. Aqueles que tinham a infelicidade de ter senhores duros e injustos se encontravam em situações particularmente difíceis. Até mesmo os que tinham bons patrões poderiam enfrentar circunstâncias complicadas. As instruções de Pedro a todos os cristãos escravos são consistentes com outras declarações do Novo Testamento. Assim como Cristo, eles deveriam se submeter e suportar as adversidades (1Pe 2:18-20). Não há nenhuma honra em ser castigado por cometer erros. O verdadeiro espírito de Cristo é revelado quando sofremos injustamente. Assim como Jesus, não devemos revidar nem ameaçar em tais ocasiões, mas confiar nossa vida a Deus, que há de julgar com justiça (1Pe 2:23).

Terça-feira, 18 de abril
 
Ano Bíblico: 1Rs 17–19
Esposas e maridos
3. Leia 1 Pedro 3:1-7. Que circunstância especial Pedro abordou nessa passagem? Qual é a relevância de suas palavras para o casamento hoje? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) O relacionamento íntimo entre os cônjuges. A passagem bíblica os ajuda a lidar com problemas de ordem sexual nos casamentos.
B.( ) A submissão das esposas cristãs aos esposos descrentes. Pedro instriu as mulheres a respeito da convivência com maridos incrédulos.
C.( ) A discórdia quanto às tarefas domésticas. Os ensinos do apóstolo são úteis, pois esclarecem qual é o papel de cada cônjuge no casamento.
Um indício textual importante habilita o leitor atento a resolver a questão tratada em 1 Pedro 3:1-7. Nessa passagem bíblica, o apóstolo se referiu aos maridos que “não obedecem à Palavra” (1Pe 3:1, ARC). Em outras palavras, Pedro estava falando sobre o que deveria acontecer quando uma esposa cristã fosse casada com um marido não cristão.
Ela encontraria dificuldades sendo casada com marido que não compartilhasse de sua fé. O que deveria ocorrer nessas circunstâncias? Assim como Paulo
(1Co 7:12-16), Pedro aconselhou que as esposas cristãs não deixassem seus maridos. Em vez disso, afirmou que as esposas nessa condição deveriam ter vida exemplar.
As funções disponíveis às mulheres do primeiro século no Império Romano eram determinadas, em grande parte, pela sociedade específica. As esposas romanas, por exemplo, tinham mais direitos diante da lei no tocante à propriedade e à reparação legal do que a maioria das mulheres a quem Pedro estava escrevendo. Porém, em algumas sociedades desse tempo, as mulheres eram excluídas da política, do governo e da liderança na maioria das religiões. Pedro as exortou a adotar uma série de medidas admiráveis no contexto em que se encontravam. Ele as exortou a ser puras e respeitosas (1Pe 3:2). Aconselhou a mulher cristã a se interessar mais por sua beleza interior do que pelo adorno de penteados da moda, joias ou roupas caras (1Pe 3:3-5). A mulher que teme ao Senhor se comportará de tal maneira que recomende o cristianismo àquele com quem tem maior intimidade, seu marido.
As palavras de Pedro não devem, de maneira alguma, ser tomadas pelos maridos como permissão para maltratar suas esposas. Como ele ressaltou, os maridos devem mostrar consideração para com as esposas (1Pe 3:7).
Embora Pedro estivesse tratando de uma questão específica, mulheres cristãs casadas com descrentes, podemos observar um pouco do matrimônio cristão ideal. Cônjuges cristãos devem se apoiar mutuamente e viver com integridade ao adorar a Deus por meio de suas atividades diárias.

Quarta-feira, 19 de abril
 
Ano Bíblico: 1Rs 20, 21
Relações sociais
4. Leia Romanos 13:1-7; Efésios 5:22-33; 1 Coríntios 7:12-16 e Gálatas 3:27, 28. Como podemos comparar o que Paulo disse às palavras de 1 Pedro 2:11–3:7?
Em várias passagens, Paulo abordou algumas questões levantadas em 1 Pedro 2:11–3:7. Seus escritos são notavelmente compatíveis com o que encontramos em 1 Pedro. Por exemplo, assim como Pedro, Paulo exortou seus leitores a se sujeitarem às “autoridades superiores” (Rm 13:1). Governantes são designados por Deus e são o temor daqueles que fazem o mal, não o bem (Rm 13:3). Portanto, os cristãos devem dar “a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rm 13:7).
Paulo também enfatizou que as mulheres casadas com descrentes deveriam ter uma vida exemplar e, como resultado, seus esposos poderiam se unir à igreja
(1Co 7:12-16). O modelo que Paulo tinha do matrimônio cristão também era fundamentado na reciprocidade. Os maridos deveriam amar suas esposas como
Cristo amou a igreja (Ef 5:25). Além disso, ele aconselhou os escravos a obedecer a seus senhores terrestres como se estivessem obedecendo a Cristo (Ef 6:5).
Paulo estava disposto a trabalhar dentro dos limites culturais legalmente impostos. Ele compreendia o que podia, ou não, ser mudado em sua cultura. No entanto, ele acreditava que o cristianismo acabaria transformando o pensamento da sociedade em relação às pessoas. Assim como Jesus, Pedro e Paulo não procuraram fazer nenhuma revolução política a fim de mudar a ordem social. Em vez disso, a mudança poderia ocorrer por meio da influência do povo de Deus na sociedade.
5. Leia Gálatas 3:27-29. Como devemos nos relacionar uns com os outros em virtude do que Jesus fez por nós? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Devemos viver separados das pessoas diferentes de nós, pois elas não foram escolhidas por Deus.
B.( ) Devemos, como cristãos, unir-nos uns aos outros, pois diante de Jesus somos todos iguais.
C.( ) Devemos militar por igualdade social, tornando-nos cada vez mais engajados na política.

Quinta-feira, 20 de abril
 
Ano Bíblico: 1Rs 22; 2Rs 1
O cristianismo e a ordem social
Embora soubessem que os governos e as instituições humanas eram falhos e corrompidos, e apesar de suas más experiências com governantes e líderes religiosos, tanto Paulo quanto Pedro exortaram os primeiros cristãos a se submeter às autoridades humanas (1Pe 2:13-17; Rm 13:1-10). Eles declararam que os cristãos deveriam pagar impostos e contribuir com as obrigações trabalhistas. Na medida do possível, os cristãos devem ser cidadãos exemplares.
6. Leia Atos 5:27-32. Qual é a relação entre a obediência que Pedro manda prestar às autoridades (1Pe 2:13-17) e o que ele e os outros apóstolos realmente fizeram nesse incidente?
Sempre que possível, devemos ______________ às autoridades. Porém, nesse caso, os ______________ preferiram obedecer a ______________ a obedecer aos ______________.
O sucesso inicial da igreja cristã resultou na prisão de Pedro e João (At 4:1-4). Eles foram interrogados pelos governantes, anciãos e escribas; depois, foram soltos com a severa advertência de que deveriam abandonar a pregação do evangelho (At 4:5-23). Logo depois, eles foram presos novamente e questionados sobre a razão pela qual não obedeceram ao que as autoridades lhes haviam ordenado (At 5:28). Pedro respondeu: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5:29).
7. Que verdade fundamental aprendemos com essas palavras? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Devemos obedecer a Deus até onde nos convém.
B.( ) Devemos obedecer a Deus acima de todas as coisas.
Pedro não estava sendo hipócrita, dizendo uma coisa e fazendo outra. Quando se tratou de obedecer a Deus ou ao ser humano, a escolha foi clara. Até chegar a esse ponto, os cristãos devem apoiar o governo e a ele se submeter, mesmo que também trabalhem para viabilizar mudanças sociais. Quando questões morais estão em jogo, os cristãos devem promover legalmente as mudanças sociais que refletem os valores e ensinamentos de Jesus. A maneira pela qual se deve fazer isso depende de muitos fatores. No entanto, ser cidadão leal e fiel não significa automaticamente que o cristão não possa ou não deva ajudar a melhorar a sociedade.
8. Leia Levítico 19:18 e Mateus 22:39. O mandamento de amar o próximo inclui a necessidade de promover mudanças que tornem a vida dele melhor e mais justa?

Sexta-feira, 21 de abril
 
Ano Bíblico: 2Rs 2, 3
Estudo adicional
Leia os seguintes capítulos do livro O Grande Conflito, de Ellen G. White: “O Maior Perigo Para o Lar e a Vida”, p. 582-592; “Nossa Única Salvaguarda”, p. 593-602 e “Aproxima-se o Tempo de Angústia”, p. 613-634.
Ellen G. White defendia que os adventistas do sétimo dia deveriam ser bons cidadãos e obedecer à lei da terra. Ela ainda pediu às pessoas que não desobedecessem aberta e flagrantemente às leis dominicais locais, isto é, embora devessem santificar o sétimo dia como Deus lhes havia ordenado, elas não precisavam transgredir deliberadamente as leis que proibiam o trabalho no domingo. Em um caso específico, no entanto, ela deixou claro que os adventistas não deveriam obedecer à lei. Se um escravo escapasse dos domínios de seu senhor, a lei exigia que ele fosse devolvido ao patrão. Ela protestou contra essa lei e mandou que os adventistas não a obedecessem, a despeito das consequências: “Quando as leis dos homens conflitam com a Palavra e a lei de Deus, cumpre-nos obedecer a estas, sejam quais forem as consequências. À lei de nossa terra que nos obriga a entregar um escravo ao seu senhor, não devemos obedecer; e cumpre-nos sofrer as consequências de transgredir essa lei. O escravo não é propriedade de nenhum homem. Deus é seu legítimo senhor, e o homem não tem nenhum direito de tomar em suas mãos o que foi criado por Deus, e pretender que seja propriedade sua” (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 201, 202).
Perguntas para reflexão
1. Os cristãos nunca devem reivindicar seus direitos? Quais são os nossos direitos?
2. Conhece exemplos em que os cristãos foram uma força poderosa para a mudança e o bem na sociedade? Que lições aprendemos com esses relatos?
3. Conhece casos de cristãos que, em vez de ajudar a transformar os males da sociedade, condescenderam com eles e até mesmo os justificaram? Que lições aprendemos com essas histórias?
4. 1 Pedro 2:17 diz: “Honrai o imperador”. Naquele tempo, o imperador provavelmente fosse Nero, um dos mais vis e corruptos de toda uma linhagem de homens também vis e corruptos. O que isso nos ensina?
5. Leia 1 Pedro 2:21-25. Como esses versos resumem a mensagem do evangelho? Que esperança eles nos oferecem? Qual chamado eles nos fazem? Será que temos obedecido ao que eles nos mandam?
Respostas e tarefas para a semana: 1. A. 2. Com antecedência, peça a um aluno que estude essa passagem bíblica durante a semana e compartilhe suas conclusões no sábado com a classe. Promova uma discussão prática sobre como a escravidão, ainda que velada, pode ocorrer ainda nos dias de hoje. 3. F; V; F. 4. Peça aos alunos que formem 3 grupos. Cada grupo deverá estudar as passagens com uma semana de antecedência e explicar, no sábado seguinte, as semelhanças e as diferenças entre os textos de Paulo e a passagem bíblica de Pedro. 5. B. 6. Obedecer – apóstolos – Deus – homens. 7. B. 8. Peça que um aluno estude essas passagens com antecedência e compartilhe com a classe suas reflexões acerca das mudanças necessárias em nossa comunidade.





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