quarta-feira, 28 de junho de 2017

Lição 1 24 de junho a 01 de julho Paulo: apóstolo dos gentios

 


Sábado à tarde

Verso para memorizar: “Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo: ‘Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!’” (At 11:18, NVI).
Leituras da semana: At 6:9-15; 9:1-9; 1Sm 16:7; Mt 7:1; At 11:19-21; 15:1-5
Não é tão difícil entender Saulo de Tarso (também conhecido como apóstolo Paulo, após sua conversão), e por que ele fez o que fez. Sendo judeu devoto, ensinado durante toda a sua vida sobre a importância da lei e sobre a futura redenção política de Israel, a ideia de que o tão aguardado Messias tinha sido vergonhosamente executado, como o pior dos criminosos, era demais para ele tolerar.
Portanto, não é de admirar que ele estivesse convencido de que os seguidores de Jesus estavam sendo desleais para com a Torá e, assim, prejudicando o plano de Deus para Israel. Suas alegações de que o Jesus crucificado era o Messias e de que Ele tinha ressuscitado, acreditava ele, eram terrível apostasia. Não poderia haver tolerância para com esse “absurdo” nem para quem se recusasse a abandonar essas ideias. Saulo estava determinado a ser o agente de Deus para livrar Israel dessas crenças. Assim, ele aparece pela primeira vez nas páginas das Escrituras como perseguidor violento dos seus compatriotas judeus que acreditavam que Jesus fosse o Messias.
Porém, Deus tinha planos bem diferentes para Saulo, planos que ele nunca poderia ter esperado: esse judeu não apenas pregaria que Jesus é o Messias, mas faria isso entre os gentios!
Inicie uma classe bíblica com os juvenis e jovens de sua comunidade, com o objetivo de prepará-los para o batismo da primavera, no mês de setembro. 
 Domingo, 25 de junho
Perseguidor dos cristãos

Saulo de Tarso aparece pela primeira vez em Atos como um dos envolvidos no apedrejamento de Estêvão (At 7:58) e, em seguida, em conexão com a ampla perseguição que irrompeu em Jerusalém (At 8:1-5). Pedro, Estevão, Filipe e Paulo desempenharam papel significativo no livro de Atos, pois estiveram envolvidos nos episódios que levaram à propagação da fé cristã para além do mundo judaico. Estevão é especialmente importante porque sua pregação e martírio parecem ter exercido influência profunda sobre Saulo de Tarso.
Estevão, um judeu que falava o idioma grego, era um dos sete diáconos (At 6:3-6). De acordo com Atos, alguns judeus estrangeiros que foram morar em Jerusalém (At 6:9) entraram em discussão com Estevão acerca do conteúdo de sua pregação sobre Jesus. É possível, talvez até provável, que Saulo de Tarso estivesse envolvido nesses debates.
1. Leia Atos 6:9-15. Quais foram as acusações apresentadas contra Estevão?
Assinale a alternativa correta:
A.( ) Traição e suborno.
B.( ) Blasfêmia contra Deus, Moisés, a lei e o templo.
C.( ) Blasfêmia contra o Espírito Santo.
A hostilidade feroz para com a pregação de Estevão parece ter resultado de duas coisas diferentes. Por um lado, Estevão atraiu a ira de seus adversários por não dar importância primária à lei judaica e ao templo, que haviam se tornado o foco do judaísmo e eram símbolos preciosos da identidade religiosa e nacional. Mas Estevão fez mais do que simplesmente menosprezar esses dois valiosos ícones; ele proclamou vigorosamente que Jesus, o Messias crucificado e ressurreto, era o verdadeiro centro da fé judaica.
Portanto, não é de admirar que ele tivesse irritado o fariseu Saulo (Fp 3:3-6), cujo zelo contra os cristãos primitivos indica que ele provavelmente pertencesse a uma ala rigorosa e militante dos fariseus, cheia de fervor revolucionário. Saulo entendia que as grandes promessas proféticas do reino de Deus ainda não tinham se cumprido (Dn 2; Zc 8:23; Is 40–55). Ele provavelmente acreditava que era sua tarefa ajudar Deus a tornar aquele dia uma realidade, o que se poderia fazer purificando Israel da corrupção religiosa e da ideia de que esse Jesus era o Messias.
Convencido de que estava certo, Saulo estava disposto a matar os que considerava errados. Embora precisemos ter zelo e fervor pelo que cremos, como temperar nosso zelo com a compreensão de que, às vezes, podemos estar equivocados?  

Segunda-feira, 26 de junho

A conversão de Saulo

“Ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu Sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões” (At 9:5, ARC).
Embora a perseguição de Saulo contra a igreja primitiva tivesse começado de maneira bastante discreta (no momento em que ele segurou as vestes dos assassinos de Estevão), ela rapidamente se intensificou (veja At 8:1-3; 9:1, 2, 13, 14, 21; 22:3-5). Várias palavras que Lucas usou para descrever Saulo revelam a figura de uma criatura selvagem, feroz, ou de um soldado saqueador, determinado a destruir seu oponente. A palavra traduzida por “devastava” em Atos 8:3 (NVI), por exemplo, é usada na tradução grega do Antigo Testamento (Sl 80:13) para descrever o comportamento descontrolado e destrutivo de um javali selvagem. A cruzada de Saulo contra os cristãos evidentemente não era um assunto de conveniência tratado com indiferença; era um plano determinado e sustentado para exterminar a fé cristã.
2. Examine as três descrições da conversão de Saulo (At 9:1-18; 22:6-21 e 26:2-19). Qual papel a graça de Deus teve nessa experiência? Saulo mereceu a bondade que o Senhor mostrou para com ele? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Foi a graça de Deus que alcançou Saulo e o transformou.
B.( ) Deus olhou para Saulo e viu que ele merecia a graça.
Da perspectiva humana, a conversão de Saulo deve ter parecido impossível (essa foi a razão do ceticismo que muitos manifestaram quando ouviram falar dela pela primeira vez).
A única coisa que Saulo merecia era a punição, mas, em vez disso, Deus concedeu graça a esse judeu fervoroso. Contudo, é importante notar que a conversão de Saulo não aconteceu num vácuo, nem foi forçada.
Saulo não era ateu. Ele era religioso, embora seriamente equivocado em sua compreensão de Deus. As palavras de Jesus a Paulo, “resistir ao aguilhão só lhe trará dor!” (At 26:14, NVI), indicam que o Espírito estivera convencendo Saulo. No mundo antigo, o “aguilhão” era uma vara com uma ponta afiada utilizada para cutucar bois, sempre que se recusavam a puxar o arado. Saulo havia resistido ao aguilhão de Deus por algum tempo, mas finalmente, em sua viagem para Damasco, por meio de um encontro miraculoso com o Jesus ressuscitado, ele decidiu parar de lutar.
 Sua conversão também foi uma experiência dramática, como a de Paulo? Se não, de que maneira a graça de Deus mudou sua vida? Por que é importante não esquecer o que recebemos em Cristo? 

Terça-feira, 27 de junho

Saulo em Damasco

Durante seu encontro com Jesus, Saulo ficou cego e foi instruído a ir à casa de um homem chamado Judas. Ali ele deveria aguardar a visita de Ananias. Sem dúvida, a cegueira física de Saulo foi um poderoso lembrete da cegueira espiritual, mais ampla, que o havia levado a perseguir os seguidores de Jesus.
Quando Jesus Se manifestou a ele na estrada de Damasco, tudo mudou. Nas questões sobre as quais Saulo pensava que tinha toda a razão, ele estava completamente equivocado. Em vez de trabalhar para Deus, havia trabalhado contra Ele. Quando entrou em Damasco, Saulo era um homem diferente do orgulhoso e zeloso fariseu que havia saído de Jerusalém. Em vez de comer e beber, passou seus primeiros três dias em Damasco jejuando, orando e refletindo sobre tudo o que tinha acontecido.
Leia Atos 9:10-14. Imagine o que deve ter passado na mente de Ananias: Saulo, o perseguidor, não era apenas um seguidor de Jesus, mas também se tornou Paulo, o apóstolo escolhido por Deus para levar o evangelho aos gentios (At 26:16-18)!
Não é de admirar que Ananias estivesse um tanto confuso. Se a igreja em Jerusalém estava hesitante em aceitar Paulo cerca de três anos após sua conversão (At 9:26-30), podemos imaginar as dúvidas e preocupações que enchiam o coração dos fiéis em Damasco, somente alguns dias depois do evento!
Observe também que Ananias recebeu uma visão do Senhor, mostrando-lhe a notícia surpreendente e inesperada sobre Saulo de Tarso. Talvez nenhuma outra coisa que não fosse uma visão o tivesse convencido de que aquelas informações acerca de Saulo eram verdadeiras e de que o inimigo dos cristãos judeus havia se tornado um deles.
Saulo tinha saído de Jerusalém com poder e autorização dos principais sacerdotes para acabar com a fé cristã (At 26:12). No entanto, Deus tinha uma missão bastante diferente para Saulo, apoiada numa autoridade muito maior. Saulo devia levar o evangelho ao mundo gentílico, uma ideia que, para Ananias e os outros fiéis judeus, deve ter sido ainda mais chocante do que a própria conversão de Saulo.
Onde Saulo havia procurado impedir a propagação da fé cristã, Deus o usaria para disseminá-la muito além do que os cristãos judeus poderiam imaginar.
3. Leia 1 Samuel 16:7, Mateus 7:1 e 1 Coríntios 4:5. Por que devemos ter cuidado ao avaliar a experiência espiritual de outras pessoas? Que erros temos cometido em nosso julgamento sobre os outros? O que temos aprendido com esses erros?

Quarta-feira, 28 de junho

O evangelho vai aos gentios

4. Onde foi estabelecida a primeira igreja gentílica? Quais acontecimentos ocasionaram a ida dos cristãos para lá? Qual lembrança do Antigo Testamento essa história traz? At 11:19-21, 26; Dn 2
A perseguição que irrompeu em Jerusalém após a morte de Estêvão fez com que muitos cristãos judeus fugissem para Antioquia, a 501 quilômetros ao norte. Sendo capital da província romana da Síria, Antioquia era inferior em importância apenas a Roma e Alexandria. Sua população, estimada em 500 mil pessoas, era extremamente cosmopolita, o que a tornava um local ideal não só para uma igreja de gentios, mas como ponto de partida para a missão universal da igreja primitiva.
5. De acordo com Atos 11:20-26, o que aconteceu em Antioquia, que resultou na visita de Barnabé à cidade e sua decisão posterior de convidar Paulo para se juntar a ele ali? Que descrição é apresentada da igreja daquela comunidade? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Alguns de Cirene e Chipre foram a Antioquia e começaram a pregar para os gregos. Muitos se converteram por meio de sua pregação. 
B.( ) Houve um grande incêndio em Antioquia, motivando Barnabé e outros a irem até lá e oferecerem auxílio.
Traçar uma cronologia da vida de Paulo é difícil, mas parece que cerca de cinco anos se passaram entre sua visita a Jerusalém depois da conversão (At 9:26-30) e o convite de Barnabé para que Paulo se juntasse a ele em Antioquia. O que Paulo fez em todos esses anos? É difícil dizer com certeza. Mas, com base em seus comentários em Gálatas 1:21, possivelmente ele tivesse pregado o evangelho nas regiões da Síria e da Cilícia. Alguns têm sugerido que, talvez, durante essa época ele tivesse sido deserdado por sua família (Fp 3:8) e sofrido uma série de dificuldades, como ele descreve em 2 Coríntios 11:23-28. A igreja em Antioquia floresceu sob a orientação do Espírito Santo. A descrição em Atos 13:1 indica que a natureza cosmopolita da cidade logo foi refletida na diversidade étnica e cultural da própria igreja (Barnabé era de Chipre, Lúcio de Cirene, Paulo da Cilícia, Simeão presumivelmente da África; pense também em todos os gentios convertidos). O Espírito procurava levar o evangelho a outros gentios, usando Antioquia como base para mais atividades missionárias de longo alcance, além da Síria e da Judeia.

Quarta-feira, 28 de junho

O evangelho vai aos gentios

4. Onde foi estabelecida a primeira igreja gentílica? Quais acontecimentos ocasionaram a ida dos cristãos para lá? Qual lembrança do Antigo Testamento essa história traz? At 11:19-21, 26; Dn 2
A perseguição que irrompeu em Jerusalém após a morte de Estêvão fez com que muitos cristãos judeus fugissem para Antioquia, a 501 quilômetros ao norte. Sendo capital da província romana da Síria, Antioquia era inferior em importância apenas a Roma e Alexandria. Sua população, estimada em 500 mil pessoas, era extremamente cosmopolita, o que a tornava um local ideal não só para uma igreja de gentios, mas como ponto de partida para a missão universal da igreja primitiva.
5. De acordo com Atos 11:20-26, o que aconteceu em Antioquia, que resultou na visita de Barnabé à cidade e sua decisão posterior de convidar Paulo para se juntar a ele ali? Que descrição é apresentada da igreja daquela comunidade? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Alguns de Cirene e Chipre foram a Antioquia e começaram a pregar para os gregos. Muitos se converteram por meio de sua pregação. 
B.( ) Houve um grande incêndio em Antioquia, motivando Barnabé e outros a irem até lá e oferecerem auxílio.
Traçar uma cronologia da vida de Paulo é difícil, mas parece que cerca de cinco anos se passaram entre sua visita a Jerusalém depois da conversão (At 9:26-30) e o convite de Barnabé para que Paulo se juntasse a ele em Antioquia. O que Paulo fez em todos esses anos? É difícil dizer com certeza. Mas, com base em seus comentários em Gálatas 1:21, possivelmente ele tivesse pregado o evangelho nas regiões da Síria e da Cilícia. Alguns têm sugerido que, talvez, durante essa época ele tivesse sido deserdado por sua família (Fp 3:8) e sofrido uma série de dificuldades, como ele descreve em 2 Coríntios 11:23-28. A igreja em Antioquia floresceu sob a orientação do Espírito Santo. A descrição em Atos 13:1 indica que a natureza cosmopolita da cidade logo foi refletida na diversidade étnica e cultural da própria igreja (Barnabé era de Chipre, Lúcio de Cirene, Paulo da Cilícia, Simeão presumivelmente da África; pense também em todos os gentios convertidos). O Espírito procurava levar o evangelho a outros gentios, usando Antioquia como base para mais atividades missionárias de longo alcance, além da Síria e da Judeia.
 Coloque-se na posição desses fiéis judeus preocupados com o ensino de Paulo. Por que sua preo­cupação e oposição tinham algum sentido? Como nossas ideias preconcebidas, bem como as noções culturais e religiosas, podem nos desviar do caminho correto, apesar das nossas boas intenções? Como evitar esse tipo de erro? 

Sexta-feira, 30 de junho

Estudo adicional

Sobre a relação entre conversão pessoal e a Igreja, leia de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 430-434: “Independência individual”; para uma proveitosa descrição do início da vida de Paulo e um comentário sobre sua conversão, leia o Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 226-234.
“Anteriormente, Paulo havia sido reconhecido como zeloso defensor da religião judaica e implacável perseguidor dos seguidores de Jesus. Corajoso, independente, perseverante, seus talentos e preparo o teriam capacitado a servir quase em qualquer atividade. Era capaz de arrazoar com clareza extraordinária, e por seu fulminante sarcasmo podia colocar o adversário em posição nada invejável. E agora, os judeus viam esse jovem extraordinariamente promissor unido com aqueles a quem antes havia perseguido, pregando destemidamente no nome de Jesus!
“Um general que tomba em combate está perdido para seu exército, mas sua morte não acrescenta força ao inimigo. Mas quando um homem preeminente se une às forças opositoras, não apenas se perdem seus serviços como ganham decidida vantagem aqueles com quem ele se uniu. Saulo de Tarso, no caminho para Damasco, podia facilmente ter sido fulminado pelo Senhor, e muita força se teria retirado do poder perseguidor. Deus, porém, em Sua providência, não apenas poupou a vida de Saulo, mas o converteu, transferindo assim um campeão do campo do inimigo para o lado de Cristo. Orador eloquente e crítico severo, Paulo, com seu decidido propósito e inquebrantável coragem, tinha as qualificações necessárias à igreja primitiva” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 124).
Perguntas para reflexão
1. Que lição aprendemos do fato de que alguns dos mais duros opositores de Paulo eram judeus que acreditavam em Jesus?
2. Como você pode defender princípios religiosos e, ao mesmo tempo, ter certeza de que não está lutando contra Deus?
Resumo: O encontro de Saulo com o Cristo ressuscitado na estrada de Damasco foi o momento decisivo em sua vida e na história da igreja primitiva. Deus mudou o antigo perseguidor da igreja e fez dele Seu apóstolo escolhido para levar o evangelho ao mundo gentílico. Entretanto, alguns tiveram dificuldade de aceitar a iniciativa de Paulo em relação à inclusão dos gentios na igreja unicamente pela fé – um poderoso exemplo de como o preconceito e a discriminação podem dificultar a missão.
Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. A. 3. Promova um debate em classe a respeito dessa questão. Peça aos alunos que contem suas experiências pessoais ao terem julgado mal alguém. 4. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para responder a essa questão na classe. 5. A. 6. B.

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