Sábado à tarde Ano Bíblico: Ez 11-13
VERSO PARA MEMORIZAR: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:8-10).
LEITURAS DA SEMANA: Rm 8:20-23; Jo 3:16, 17; Mt 9:36; Ef 2:8-10; 1Jo 3:16, 17; Ap 14:6, 7
Quando falamos em mandamentos, requisitos ou instruções de Deus corremos o risco de pensar que, de alguma forma, o que fazemos pode nos tornar merecedores ou contribuir para nossa salvação ou, de outro modo, obter o favor de Deus. Mas a Bíblia revela repetidamente que somos pecadores salvos pela graça de Deus mediante Jesus e Sua morte substitutiva na cruz. O que poderíamos acrescentar a isso? Ou, como Ellen G. White escreveu: “Se juntássemos tudo que é bom e santo, nobre e belo no ser humano, e apresentássemos o resultado aos anjos de Deus, como se desempenhasse uma parte na salvação humana ou na obtenção de mérito, a proposta seria rejeitada como traição” (Fé e Obras, p. 24).
Portanto, nossas obras de misericórdia e compaixão para com os necessitados não devem ter um foco legalista. Ao contrário, à medida que crescemos em nossa compreensão e apreciação da salvação, o elo entre o amor de Deus e Seu interesse pelos pobres e oprimidos será transmitido a nós, recebedores de Seu amor. Assim como recebemos, também doaremos. Quando vemos como Deus nos amou, também percebemos quanto Ele ama os outros e nos convida a amá-los também.
O dia 14 de setembro será o Dia Mundial do Desbravador. Celebre a data em sua igreja e valorize esse ministério.
Domingo, 01 de setembro Ano Bíblico: Ez 14-17
“Deus amou ao mundo de tal maneira...”
João 3:16 diz: “Deus amou ao mundo de tal maneira [...]”. A palavra grega para mundo é kosmos, que significa “o mundo como uma entidade organizada e criada” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 929). Esse verso trata da salvação da humanidade, mas o plano da salvação também tem implicações para toda a criação.
1. Leia Romanos 8:20-23. O que esse texto ensina sobre as questões mais amplas do plano da salvação? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Somente o ser humano será libertado da ruína e da angústia do pecado.
B. ( ) A criação de forma geral aguarda para ser redimida da corrupção.
É evidente que a salvação diz respeito a cada um de nós em nosso relacionamento pessoal com o Senhor. Mas não para por aí. Justificação não é apenas ter nossos pecados perdoados. Ela também deve estar relacionada à maneira pela qual, por meio de Jesus e do poder do Espírito Santo, o Senhor cria a família de Deus, que celebra o perdão e a certeza da salvação ao testemunhar ao mundo mediante suas boas obras.
2. Leia João 3:16, 17. Como o verso 17 contribui para uma compreensão mais ampla do verso 16?
Aceitamos o fato de que Deus ama outras pessoas além de nós. Ele ama aqueles a quem amamos, e nos alegramos com isso. O Senhor também ama os que buscamos alcançar com o evangelho, e nosso reconhecimento dessa verdade é muitas vezes nossa motivação para que possamos alcançá-los. Mas Ele também ama aqueles com quem nos sentimos desconfortáveis ou até amedrontados. Deus ama todas as pessoas, em todos os lugares, até mesmo aquelas de quem pessoalmente não gostamos.
A criação é uma forma de ver a demonstração dessa realidade. A Bíblia mostra de maneira constante o mundo ao nosso redor como uma evidência da bondade de Deus: “Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45). A própria vida é um dom de Deus e, independentemente da resposta ou atitude do indivíduo para com o Criador, cada pessoa recebe esse dom.
Como isso deve mudar nossa atitude para com os outros e suas circunstâncias, quando os reconhecemos como seres criados e amados por Deus?
Segunda-feira,02 de setembro Ano Bíblico: Ez 18-20
Compaixão e arrependimento
As entremeadas histórias de salvação e o grande conflito nos convidam a reconhecer uma verdade sobre a vida que é fundamental à nossa compreensão do mundo e de nós mesmos: nós e nosso mundo somos caídos, arruinados e pecadores. Nosso mundo não é o que foi criado para ser e, embora ainda manifestemos em nós a imagem do Deus que nos criou, somos parte da ruína do mundo. O pecado em nossa vida é da mesma natureza do mal que causa tanta dor, opressão e exploração em todo o mundo.
Portanto, é justo sentirmos a dor, o incômodo, a tristeza e a tragédia do mundo e das pessoas ao nosso redor. Teríamos que ser robôs para não sentir o sofrimento da vida na Terra. Os lamentos no livro dos Salmos, o sofrimento de Jeremias e dos outros profetas, bem como as lágrimas e a compaixão de Jesus demonstram a pertinência dessa reação ao mal, especialmente àqueles que são, muitas vezes, feridos por causa das aflições.
3. Leia Mateus 9:36; 14:14; Lucas 19:41, 42, e João 11:35. De acordo com esses versos, o que moveu Jesus à compaixão? Como podemos ter um coração sensível à dor ao nosso redor?
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Precisamos nos lembrar de que o pecado e o mal não estão apenas ao redor nem são apenas o resultado da ruína das outras pessoas: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1:8). No entendimento dos profetas bíblicos, o pecado era uma tragédia, não primariamente porque alguém quebrou “as regras”, mas porque o pecado rompeu o relacionamento entre Deus e Seu povo, e porque nosso pecado fere outras pessoas. Isso pode acontecer em menor ou maior escala, mas é o mesmo mal.
Egoísmo, ganância, mesquinhez, preconceito, ignorância e negligência estão na raiz de todo mal, de toda injustiça, pobreza e opressão no mundo. E confessar nossa pecaminosidade é o primeiro passo para lidar com esse mal, bem como o primeiro passo para permitir que o amor de Deus ocupe seu devido lugar em nosso coração: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).
Terça-feira, 03 de setembro Ano Bíblico: Ez 21-23
Graça e boas obras
4. Resuma Efésios 2:8-10 com suas palavras. O que esses versos revelam sobre a relação entre a graça e as boas obras?
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A Bíblia revela que fomos criados para, entre outras coisas, adorar a Deus e servir aos outros. Somente em nossa imaginação podemos tentar entender como seriam essas ações em um ambiente sem pecado.
Por enquanto, por causa do pecado, conhecemos apenas este mundo arruinado e caído. Felizmente, a graça de Deus, expressada e representada no sacrifício de Jesus pelos pecados do mundo, torna possível o perdão e a cura. Portanto, mesmo em meio a essa existência arruinada, nossa vida se torna mais plenamente uma obra de Deus, e Ele nos usa para, juntamente com Ele, curar e reparar os danos e as feridas na vida dos outros (veja Ef 2:10). “Os que recebem devem comunicar a outros. De todas as direções vêm pedidos de auxílio. Deus roga aos homens que ministrem alegremente a seus semelhantes” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 103).
Não realizamos boas obras (ao cuidar dos pobres, elevar os oprimidos e alimentar os famintos) a fim de ganhar a salvação nem justificação diante de Deus. Em Cristo, pela fé, temos toda a aprovação de que necessitamos aos olhos do Senhor. Além disso, reconhecemo-nos como pecadores e vítimas do pecado, embora tenhamos a consciência de que somos amados e redimidos por Deus. Enquanto ainda lutamos contra as tentações do egocentrismo e da ganância, a graça abnegada e humilde de Deus oferece uma nova vida e um amor que transforma nossa vida.
Quando olhamos para a cruz, vemos o grande e pleno sacrifício feito por nós e percebemos que não podemos acrescentar nada ao que ele nos oferece em Cristo. Mas isso não significa que não devamos fazer algo em resposta ao que recebemos em Cristo. Ao contrário, devemos corresponder ao amor revelado a nós demonstrando amor aos outros.
5. Leia 1 João 3:16, 17. Qual deve ser nossa resposta à cruz? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Como Cristo deu a vida por nós, devemos dar nossa vida aos nossos irmãos.
B. ( ) Precisamos sempre pensar primeiramente em nós.
Quarta-feira, 04 de setembro Ano Bíblico: Ez 24-26
Nossa humanidade em comum
Por Seu ministério e ensino, Jesus instigou uma inclusão radical. Todos os que sinceramente buscavam Sua atenção (mulheres de má reputação, coletores de impostos, leprosos, samaritanos, centuriões romanos, líderes religiosos ou crianças), eram recebidos com genuína ternura e cuidado. Como a igreja primitiva viria a descobrir de maneira transformadora, isso incluía a oferta do dom da salvação.
À medida que os primeiros cristãos lentamente reconheciam a característica inclusiva do evangelho, eles não apenas acrescentavam à sua fé boas obras em favor dos outros como uma coisa “boa” a ser feita. Isso era fundamental à sua compreensão do evangelho, conforme eles tinham experimentado na vida, ministério e morte de Jesus. Ao lutarem contra os problemas e questões que surgiam, primeiramente de maneira individual para líderes como Paulo e Pedro (veja, por exemplo, At 10:9-20), depois como um corpo da igreja no Concílio de Jerusalém (veja At 15), eles começaram a perceber a mudança dramática que essas “boas-novas” trouxeram à sua compreensão do amor e do caráter inclusivo de Deus e como isso deve ser vivido por aqueles que professam segui-Lo.
6. O que os textos a seguir ensinam sobre nossa humanidade em comum? De que maneira cada uma dessas ideias deve influenciar nossa atitude em relação aos outros?
Ml 2:10 ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
At 17:26 ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Rm 3:23 ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Gl 3:28 ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Gálatas 3:28 é um resumo teológico da história prática que Jesus contou sobre o bom samaritano. Em vez de discutirmos acerca das pessoas a quem devemos servir, apenas sirvamos e estejamos preparados para ser servidos por quem não esperamos que nos sirva. O elemento comum da família humana global é percebido em um nível superior na comunidade dos que estão unidos pelo evangelho, pelo salvífico amor de Deus que nos chama à unidade Nele: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres” (1Co 12:13).
Quinta-feira, 05 de setembro Ano Bíblico: Ez 27-29
O evangelho eterno
O convite e o apelo transformadores do evangelho “a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6) têm continuado por toda a história cristã. No entanto, o Apocalipse descreve uma proclamação renovada dessa mensagem (as boas-novas sobre Jesus e tudo o que isso implica) no fim dos tempos.
7. Leia Apocalipse 14:6, 7. Como a compreensão comum do evangelho, resumida em João 3:16, está incluída na mensagem específica do anjo, no verso 7?
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Apocalipse 14:7 reúne três elementos essenciais já observados neste estudo sobre a preocupação de Deus com o mal, a pobreza e a opressão em toda a história da Bíblia:
Juízo. O apelo ao juízo (para que a justiça seja feita) tem sido um repetido clamor dos que têm sido oprimidos ao longo da História. Felizmente, a Bíblia descreve Deus como Aquele que ouve os clamores dos aflitos. Como foi muitas vezes expressado nos Salmos, por exemplo, os que estavam sendo tratados injustamente consideravam o juízo uma boa notícia.
Adoração. Os escritos dos profetas hebreus muitas vezes relacionam a adoração e as boas obras, especialmente ao comparar a adoração dos que afirmavam ser o povo de Deus com os erros que eles haviam cometido e continuavam praticando. Em Isaías 58, por exemplo, Deus declarou explicitamente que a adoração que Ele mais desejava eram atos de bondade e cuidado para com os pobres e necessitados (veja Is 58:6, 7).
Criação. Como vimos, um dos elementos fundamentais do apelo de Deus por justiça é a família comum da humanidade, o fato de que todos fomos criados à Sua imagem e somos amados por Ele, de que temos valor aos Seus olhos e de que ninguém deve ser explorado nem oprimido pela ganância de outros e por seu ganho injusto. Parece claro que essa proclamação do evangelho no fim dos tempos é um chamado amplo e abrangente para aceitarmos o resgate, a redenção e a restauração que Deus deseja para a humanidade caída. Portanto, mesmo em meio às questões relativas à adoração verdadeira e falsa e à perseguição (veja Ap 14:8-12), o povo de Deus defenderá o que é certo, os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, mesmo em meio ao pior dos males.
Como podemos encontrar maneiras de ministrar aos necessitados e, ao mesmo tempo, compartilhar com eles tanto a esperança quanto a advertência encontradas nas três mensagens angélicas?
Sexta-feira, 06 de setembro Ano Bíblico: Ez 30-32
Estudo adicional
Textos de Ellen G. White: O Desejado de Todas as Nações, p. 19-26 (“Deus Conosco”), e A Ciência do Bom Viver, p. 95-107 (“Salvo Para Servir”).
“Deus reclama toda a Terra como Sua vinha. Embora nas mãos do usurpador, ela pertence a Deus. É Sua não menos pela redenção que pela criação. [...] Diariamente, todo o mundo recebe bênçãos de Deus. Cada gota de chuva, cada raio de luz que cai sobre esta geração ingrata, cada folha, e flor, e fruto testifica da longanimidade de Deus e de Seu grande amor” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 301, 302).
“Em Cristo não há nem judeu nem grego, servo nem livre. Todos são aproximados por Seu precioso sangue” (Gl 3:28; Ef 2:13).
“Há pessoas pobres e tentadas que necessitam de palavras de compaixão e atos de ajuda. Há viúvas que carecem de compaixão e assistência. Há órfãos, aos quais Cristo ordenou aos Seus seguidores que recebessem como um encargo divino. Muitas vezes são abandonados. Podem ser maltrapilhos, grosseiros e, segundo toda a aparência, nada atraentes; contudo são propriedade de Deus. Foram comprados por preço, e aos Seus olhos são tão preciosos quanto nós. São membros da grande família de Deus, e os cristãos, como mordomos Seus, são por eles responsáveis” (Ellen G. White, Parábolas de
Jesus, p. 386, 387).
Perguntas para discussão
1. Ao realizar boas obras e ajudar os outros, como resistir à tentação de pensar que isso nos torna melhores e nos traz mérito perante Deus?
2. Sua igreja faz “distinção” entre pessoas ou todos são iguais em Cristo? Como ser mais inclusivo?
3. Como encontrar o equilíbrio entre fazer o bem aos necessitados e, ao mesmo tempo, alcançá-los com o evangelho? Como fazer as duas coisas?
Resumo: O amor de Deus, expresso no plano da salvação, oferece perdão, vida e esperança. Como recebedores dessa graça, buscamos compartilhar isso com os outros não para obter a salvação, mas porque fomos criados e recriados para fazê-lo. O evangelho transforma relacionamentos e nos motiva a servir, especialmente aos mais necessitados.
Respostas e atividades da semana:
1. B.
2. Jesus veio não para julgar o mundo, mas para salvá-lo.
3. Jesus Se compadeceu da multidão, de Jerusalém, e ficou comovido com a morte de Lázaro. Para ser sensíveis, não podemos nos acostumar com o mal.
4. As boas obras são fruto da salvação.
5. V; F.
6. Em Malaquias 2:10, temos todos o mesmo Pai, que é Deus; Atos 17:26 ensina que viemos de Adão; Romanos 3:23 afirma que todos pecamos e carecemos da glória de Deus. Gálatas 3:28 enfatiza que em Cristo todos somos um; portanto, devemos tratar uns aos outros como Cristo nos tratou.
7. A compreensão das implicações do evangelho no verso 7 está associada ao juízo, à adoração e à criação.