terça-feira, 13 de agosto de 2019

Lição 07: Jesus e os Necessitados - 10 a 17 de Agosto 2019

VERSO PARA MEMORIZAR:
 “O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4:18, 19, ARC)).
LEITURAS DA SEMANA:
Lc 1:46-55; 4:16-21; 7:18-23; Mt 12:15-21; 21:12-16; Mc 11:15-19; Is 53:3-6

SÁBADO A TARDE - 10 DE AGOSTO 2019 - INTRODUÇÃO - Ano Bíblico: Jr 1-3
Entre outras razões para Sua encarnação, Jesus veio nos mostrar como Deus é. O Mestre fez isso por meio de Seus ensinos, de Seu sacrifício e de Sua vida; isto é, pela Sua maneira de Se relacionar com pessoas comuns. Muitas de Suas ações causaram mudanças imediatas e concretas na vida de outras pessoas.
Esse aspecto do ministério do Messias havia sido predito pelos profetas do Antigo Testamento, pela mãe de Jesus, Maria, e até pelo próprio Jesus quando Ele definiu Sua missão em Seu primeiro sermão registrado (Lc 4). Além disso, os escritores dos evangelhos, ao narrarem a história do Salvador, muitas vezes usaram a linguagem dos profetas do Antigo Testamento para explicar o que Ele estava fazendo. Dessa maneira, a vida de Cristo foi vista claramente na tradição desses profetas, incluindo a compaixão deles pelos pobres e oprimidos.
Contudo, os líderes religiosos enxergavam Jesus como uma ameaça. Em um terrível exemplo de injustiça e crueldade, eles prenderam Jesus, julgaram-No injustamente e O crucificaram. Em Cristo, Deus conheceu a injustiça – e, em Sua morte, expôs o horror do mal. Em Sua ressurreição, porém, Ele triunfou para a vida, bondade e salvação.

DOMINGO, 11 DE AGOSTO 2019 - CÂNTICO DE MARIA - Ano Bíblico: Jr 4-6
Imagine a cena: Maria tinha recebido uma mensagem do anjo Gabriel alguns dias antes. Ele havia dito que ela seria a mãe de Jesus, o Filho do Altíssimo. Ela ainda não havia contado a ninguém, mas foi visitar Isabel, sua parente mais velha, que também estava esperando um bebê. Com discernimento espiritual, Isabel reconheceu a novidade de Maria antes mesmo que ela tivesse a chance de dizer qualquer coisa e, juntas, elas celebraram as promessas e a bondade de Deus.
1. Leia Lucas 1:46-55. Observe a mistura de louvores entre o que se referia apenas a Maria – “o Poderoso me fez grandes coisas” (Lc 1:49) – até o aspecto mais geral. Por que nosso louvor e adoração a Deus devem incluir uma ênfase tanto pessoal quanto geral?
Essa notável canção poderia se encaixar bem entre os salmos ou escritos dos profetas hebreus. Maria estava transbordando com um sentimento de admiração e gratidão a Deus. Ela evidentemente via a atuação de Deus em sua vida, mas também estava bem ciente das implicações maiores do plano de Deus para sua nação e para a humanidade.
Porém, no entendimento de Maria, Deus não era somente poderoso e digno de louvor, mas também misericordioso e, aparentemente, revelava uma consideração especial pelos humildes, oprimidos e pobres. O anjo havia acabado de ir embora após anunciar as “boas-novas” do iminente nascimento de Jesus a Maria, e ela já estava cantando o seguinte: “[O Senhor] derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos” (Lc 1:52, 53).
Logo no início da história da vida de Jesus na Terra, Ele foi apresentado como um governante (veja Lc 1:43), mas um governante de um reino diferente. Conforme muitos comentaristas descreveram, o reino de Deus a ser inaugurado e estabelecido por Jesus era um “reino invertido” quando comparado à ordem social comum dos reinos deste mundo. Nas descrições do reino de Jesus, os poderosos e ricos deste mundo eram os menores, e os pobres e oprimidos eram libertados, satisfeitos e elevados.
Se a igreja deve ser uma expressão do reino de Deus, ela desempenha bem sua função de exemplificar o “reino invertido” descrito por Maria? Como algo assim poderia ser manifestado, sem que sejamos injustos com os ricos e poderosos, que também são recebedores do amor de Cristo?

SEGUNDA-FEIRA, 12 DE AGOSTO 2019 - A DECLARAÇÃO DE MISSÃO DE JESUS - Ano Bíblico: Jr 7-9
Em Seu primeiro sermão público, Jesus leu o texto de Isaías 61:1, 2. Não foi coincidência o fato de que esses versos foram o texto de Seu primeiro sermão, quer eles tenham sido a leitura prescrita para aquele dia, quer Jesus tenha intencionalmente encontrado esses versos relevantes no manuscrito que recebeu para ler. Nem é coincidência que o início do registro de Lucas sobre o ministério público de Jesus apresente a história do breve sermão Dele em Lucas 4:16-21, que incluiu as palavras: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4:21).
Parece que Jesus assimilou o “tom” do cântico de Maria sobre um “reino invertido” e começava a colocá-lo em prática em Seu ministério. Jesus e Lucas (em sua narrativa da história do Mestre) utilizaram a profecia de Isaías para explicar o que Ele fazia e estava para fazer, mas a utilização dessa profecia também era outra maneira de expressar o que Maria havia descrito 30 anos antes. Os pobres, feridos e oprimidos eram o foco especial e os destinatários das boas-novas trazidas por Jesus.
Cristo adotou esses versos de Isaías 61 como Sua declaração de missão. Seu ministério foi espiritual e prático, e Ele demonstrou que esses aspectos não estão tão distantes quanto às vezes supomos. Para Cristo e Seus discípulos, o cuidado físico e prático das pessoas significava ao menos parte do cuidado espiritual delas.
2. Leia e compare os textos de Lucas 4:16-21 e Lucas 7:18-23. Em sua opinião, por que Jesus respondeu dessa maneira? Como você responderia a perguntas semelhantes sobre a divindade e messianidade de Jesus?
Quando Jesus enviou Seus discípulos, a comissão que Ele lhes deu também estava de acordo com essa missão. Embora eles devessem anunciar que estava “próximo o reino dos Céus” (Mt 10:7), as instruções de Jesus a Seus discípulos eram de que eles curassem os enfermos, ressuscitassem os mortos, purificassem os leprosos e expulsassem os demônios. De graça haviam recebido, de graça deviam dar (Mt 10:8). O ministério deles em Seu nome era refletir e pôr em prática os valores e princípios do ministério de Jesus e do reino para o qual Ele convidava as pessoas. Os discípulos também deviam se unir a Cristo em Sua missão de elevar os últimos, os menores e os perdidos.
Como podemos também equilibrar essa obra com a mensagem crucial da pregação das três mensagens angélicas ao mundo perdido? Por que tudo o que fazemos deve estar relacionado, de uma ou de outra maneira, com a proclamação da “verdade presente”?

TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO 2019 - JESUS CURA - Ano Bíblico: Jr 10-13
Os evangelhos estão repletos de histórias dos milagres de Jesus, especialmente os relatos de cura. Como Isaías havia profetizado, Ele curava os cegos e libertava os que haviam sido mantidos cativos pela doença, e às vezes após muitos anos de sofrimento (veja, por exemplo, Mc 5:24-34Jo 5:1-15). Mas Ele fez mais do que isso: Cristo fez o aleijado andar novamente; curou os leprosos – não apenas por Sua palavra, mas por Seu toque, embora fossem “impuros”. Confrontou demônios que possuíam a mente e o corpo das pessoas; e até ressuscitou os mortos.
Podemos supor que esses milagres tenham ocorrido para atrair multidões e provar Seu poder aos céticos e críticos. Mas esse nem sempre foi o caso. Em vez disso, Jesus muitas vezes ordenou à pessoa curada que não contasse a ninguém o milagre. Embora pareça improvável que os recém-curados seguissem essa ordem e guardassem a maravilhosa notícia para si, Jesus estava tentando mostrar que Seus milagres eram algo mais importante do que um espetáculo. Evidentemente, o objetivo final era que as pessoas recebessem a salvação Nele.
No entanto, os milagres de cura de Jesus foram uma expressão de Sua compaixão. Por exemplo, nos momentos que antecederam à alimentação dos cinco mil, Mateus narrou: “Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-Se dela e curou os seus enfermos” (Mt 14:14). Jesus sentiu a dor dos sofredores e fez o que pôde às pessoas com as quais entrou em contato a fim de ajudá-las e levantá-las.
3. Leia a profecia de Isaías em Mateus 12:15-21. De que maneira Isaías e Mateus identificaram o que Jesus estava fazendo como algo maior do que apenas curar alguns doentes, ou algumas centenas de enfermos?
“Cada milagre realizado por Cristo foi um sinal de Sua divindade. Estava fazendo a própria obra predita acerca do Messias, mas para os fariseus essas obras de misericórdia eram um claro escândalo. Os guias judaicos olhavam com cruel indiferença aos sofrimentos humanos. Em muitos casos, seu egoísmo e opressão haviam causado a dor que Jesus aliviava. Assim, Seus milagres eram uma vergonha para eles” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 406).
Os milagres de cura de Jesus foram atos de compaixão e justiça. Mas em todos os casos, eles não eram um fim em si mesmos. Em última análise, todas as obras de Cristo foram realizadas com o propósito de levar as pessoas à vida eterna (veja Jo 17:3).

QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO 2019 - PURIFICANDO O TEMPLO - Ano Bíblico: Jr 14-16
Quando lemos as histórias de Jesus nos evangelhos, muitas vezes somos atraídos por Sua imagem mansa – Seu cuidado para com os doentes e as crianças, Suas histórias acerca da busca pelos perdidos e Seus discursos sobre o reino de Deus. Por isso, quando O vemos agindo de maneira enérgica e sem rodeios, especialmente contra os líderes religiosos de Sua época e algumas de suas práticas, podemos ficar surpresos.
4. Leia Mateus 21:12-16Marcos 11:15-19Lucas 19:45-48 e João 2:13-17. Qual é a importância do fato de que esses relatos semelhantes foram contados em todas as narrativas dos evangelhos?
Não nos surpreende que esse incidente tenha sido incluído em cada um dos evangelhos. É uma história repleta de drama, ação e furor. Jesus estava evidentemente preocupado com o uso que estavam fazendo do templo e com a substituição da verdadeira adoração pela venda de animais sacrificais. Que profanação de tudo o que esses sacrifícios representavam, isto é, Sua morte substitutiva pelos pecados do mundo!
Essa ação direta se encaixa bem na tradição dos profetas hebreus. Esse ponto é sugerido em cada um dos evangelhos, por Jesus ou pelos escritores desses relatos ao citarem Isaías, Jeremias e Salmos para explicar o que ocorreu nessa história. O povo reconheceu Jesus como profeta (veja Mt 21:11) e aproximou-se Dele enquanto Ele curava e ensinava no pátio do templo depois de ter expulsado os mercadores e cambistas. As pessoas encontraram cura em Seu toque e a esperança crescia no coração delas enquanto ouviam Seu ensinamento.
Os líderes religiosos também reconheceram Jesus como profeta, Alguém que apresentava perigo ao seu poder e à estabilidade da ordem social, e conspiraram para matá-Lo, da mesma forma que seus antepassados tramaram contra os profetas nos séculos anteriores (Examine o contraste entre as duas respostas a Cristo em Lc 19:47, 48).
Sendo membros da igreja, como garantir que nossas congregações nunca se tornem lugares que necessitem daquilo que o templo necessitava nos dias de Cristo? Quais são os perigos espirituais que devemos evitar? Como fazer isso?

QUINTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO 2019 - A CRUZ DE CRISTO - Ano Bíblico: Jr 17-19
É confortante saber que Deus vê e ouve os clamores dos pobres e oprimidos. É impressionante saber que Deus, em Jesus, suportou o pior da perversidade, opressão e injustiça do mundo. Apesar de toda a compaixão e bondade que Jesus demonstrou em Sua vida e ministério, Sua morte veio como resultado de ódio, ciúmes e injustiça.
Desde as angustiadas orações de Jesus no Jardim do Getsêmani até Sua prisão, julgamentos, tortura, zombaria, crucificação e morte, Ele suportou uma extenuante prova de dor, crueldade, maldade e poder opressivo. Isso foi exacerbado pela inocência, pureza e bondade Daquele que sofreu tudo isso: “Antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:7, 8). Através da lente da história da salvação, vemos a beleza do sacrifício de Jesus por nós, mas não devemos esquecer a brutalidade do sofrimento e da injustiça que Ele sofreu.
5. Leia Isaías 53:3-6. O que aconteceu com Jesus, o inocente que sofreu pelo culpado? Como isso nos ajuda a entender o que Ele enfrentou em nosso favor?
Em Jesus, Deus sabe o que é ser vítima do mal e da injustiça. A execução de um homem inocente é um ultraje; o assassinato do Filho de Deus mais ainda. Deus Se identificou tanto conosco em nossa condição quebrantada e caída que não podemos duvidar de Sua empatia, compaixão e fidelidade: “Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4:15). Que revelação do caráter do nosso Deus! Como podemos compreender as boas-novas sobre Deus representadas pela cruz?
Em tudo que fazemos para o Senhor, especialmente para alcançar os necessitados, por que devemos sempre manter a morte de Jesus, como nosso Substituto, no centro de nossa missão e propósito?

SEXTA-FEIRA, 16 DE AGOSTO 2019 - ESTUDO ADICIONAL - Ano Bíblico: Jr 20-23
Textos de Ellen G. White: Beneficência Social, p. 117-124 (“Nos Passos do Mestre”); A Ciência do Bom Viver, p. 29-50 (“Dias de Ministério”); O Desejado de Todas as Nações, p. 589-600 (“O Templo Novamente Puri­ficado”), e p. 723-740 (“Na Sala de Julgamento de Pilatos”).
“Deus deu em Sua Palavra prova decisiva de que punirá os transgressores de Sua Lei. Os que se lisonjeiam de que Ele é muito misericordioso para exercer justiça contra o pecador apenas têm que olhar para a cruz do Calvário. A morte do imaculado Filho de Deus testifica que ‘o salário do pecado é a morte’, que toda transgressão da Lei de Deus deve receber sua justa paga. Cristo, que não tinha pecado, Se fez pecado pelo homem. Suportou a culpa da transgressão, sendo-Lhe ocultado o rosto do Pai até se Lhe quebrantar o coração e desfazer a vida. Todo esse sacrifício foi feito a fim de que os pecadores pudessem ser remidos. De nenhum outro modo o homem conseguiria se livrar da pena do pecado. E toda pessoa que se recusa a tornar-se participante da expiação provida a tal preço, deve levar em si mesma a culpa e o castigo da transgressão” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 539, 540).

Perguntas para Discussão

1. O texto acima retrata Cristo, o Inocente, sofrendo o castigo do culpado! Por que é importante manter essa verdade diante de nós?
2. Jesus não defendeu a reforma política para promover o Seu “reino”. Afinal, a História está repleta de relatos de pessoas que usaram de violência e opressão para “ajudar” os oprimidos. Muitas vezes, o que aconteceu foi a substituição de uma classe opressora por outra. Embora os cristãos devam trabalhar com as autoridades para ajudar os oprimidos, por que precisamos ter cautela em usar a política para alcançar esses objetivos?
3. No plano da salvação, o justo sofreu pelos injustos. Isso deve nos tornar novas criaturas?

Resumo:

 Nos evangelhos, o ministério de Jesus foi apresentado com referência à obra dos profetas do Antigo Testamento. Boas-novas aos pobres, liberdade aos oprimidos e cura aos quebrantados foram proclamadas como sinais do Messias e cumpridas por Jesus em Seu ministério. Ele também sofreu a injustiça e venceu o pior da humanidade caída. Graças à Sua morte injusta, nossos pecados foram perdoados e temos a promessa da vida eterna.

Respostas e atividades da Semana:

1. Devemos louvar o Senhor porque Ele é o Criador, porém, é importante louvá-­­Lo também de um modo mais pessoal, que fale de Suas ações em nossa vida. 
2. Jesus provou que era o Messias ao cumprir as profecias e restaurar vidas física e espiritualmente. 
3. Comente com a classe. 
4. Essa história é importante, pois mostra que Jesus também veio purificar o templo e remover dali os sacrifícios profanos. 
5. Jesus tomou sobre Si o nosso pecado e as nossas dores. Sua morte substituiu a nossa morte, para que herdássemos a paz que era Dele.

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