quarta-feira, 11 de maio de 2016

07. Senhor de judeus e gentios: 7 a 14 de maio

07. Senhor de judeus e gentios: 7 a 14 de maio


SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 1Cr 21–24)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Is 42:6).
Leituras da semana: Mt 14:1-21; Êx 3:14; Mt 14:22-33; Is 29:13; Mt 15:1-20; Mt 15:21-28
Em Mateus 15:24, Jesus disse explicitamente: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Não há dúvida de que o ministério de Cristo, durante os anos em que Ele esteve na Terra, foi dirigido principalmente à nação de Israel.
Porém, como a Bíblia inteira mostra, Israel não era o único povo com o qual Deus Se importava. A razão pela qual Deus escolheu Israel era que Ele pudesse abençoar todos os povos da Terra. “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” (Is 42:5-7).
Seria por meio de Israel, ou, mais especificamente, a partir do Messias, que surgiria de Israel, que Deus alcançaria o mundo todo. Nesta semana estudaremos um pouco mais o esforço de Deus para alcançar todos os que precisam de salvação.

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DOMINGO - Alimentar os famintos (Ano Bíblico: 1Cr 25–27)
Um dos atos mais conhecidos de Jesus foi a ocasião em que Ele providenciou alimentação para cinco mil homens, “além de mulheres e crianças” (Mt 14:21). No entanto, como ocorre com tudo o mais no Novo Testamento, essa história não aconteceu sem um contexto que nos ajuda a entender ainda mais profundamente o significado do que Jesus fez.
1. Leia Mateus 14:1-21. O que aconteceu pouco antes da alimentação miraculosa, e que papel esse evento pode ter desempenhado no que ocorreu a seguir?
Coloque-se no lugar dos discípulos naquele momento. João Batista, que evidentemente era um homem de Deus, havia acabado de ser decapitado. Eles sabiam disso, porque tinham dado a notícia a Jesus. Embora o texto não revele, isso deve ter sido extremamente desanimador para eles. Sem dúvida, sua fé foi provada. Contudo, depois do que Jesus fez a seguir, a fé dos discípulos deve ter recebido um novo impulso, especialmente após aquele desapontamento.
Há, porém, um significado muito mais profundo nessa história, independentemente de quanto ela tenha aumentado a fé dos discípulos. O ato de Jesus ao alimentar o povo fez com que todos se lembrassem do maná que Deus tinha providenciado para os israelitas no deserto. “Surgiu dentro do judaísmo a tradição de que o Messias viria numa Páscoa e que, com Sua vinda, o maná começaria a cair novamente. […] Portanto, quando Jesus alimentou os cinco mil, precisamente antes da Páscoa, ninguém devia ficar surpreso se a multidão começasse a especular se Ele era o Messias e se Ele estava para fazer um milagre ainda maior: alimentar todas as pessoas durante todo o tempo, restaurando o maná” (Jon Paulien, John: The Abundant Life Bible Amplifier [João: Comentário Bíblico Vida Abundante]. Boise: Pacific Press Publishing Association, 1995; p. 139, 140).
Esse era exatamente o tipo de Messias que o povo desejava: Alguém que cuidasse de suas necessidades exteriores. Naquele momento, as multidões estavam prontas para tornar Jesus rei, mas Ele não tinha vindo para ser rei, e Sua recusa os desapontou grandemente. Eles tinham suas expectativas, e quando estas não foram satisfeitas, muitos abandonaram Jesus, embora o Senhor tivesse vindo para fazer muito mais do que supunham suas expectativas estreitas e mundanas.
Quão estreitas são suas expectativas quanto à maneira de Deus agir?
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SEGUNDA - Senhor de toda a criação (Ano Bíblico: 1Cr 28, 29)
Depois da alimentação miraculosa, Jesus ordenou que Seus discípulos entrassem no barco (Mt 14:22). Ele desejava tirá-los da confusão e da pressão. Um bom mestre protege seus discípulos daquilo que eles ainda não estão prontos para enfrentar. “Chamando os discípulos, Jesus ordenou-lhes que tomassem o barco e voltassem imediatamente para Cafarnaum, deixando-O a despedir a multidão. […] [Eles] protestaram contra essa medida, mas Jesus falou com uma autoridade que não havia assumido antes para com eles. Sabiam que seria inútil qualquer oposição de sua parte e, silenciosos, dirigiram-se para o mar” (O Desejado de Todas as Nações, p. 378).
2. Leia Mateus 14:23-33. O que esses versos revelam sobre quem era Jesus e acerca da natureza da salvação?
Um momento revelador ocorreu quando os aterrorizados discípulos ficaram imaginando quem estaria andando na água em sua direção. Jesus lhes disse: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais” (v. 27). A expressão “Sou Eu” é outra maneira de traduzir a expressão grega ego eimi, que significa “Eu Sou”. Esse é o nome do próprio Deus (ver também Êx 3:14).
As Escrituras, vez após vez, mostram que o Senhor tem o controle de toda a natureza. O Salmo 104, por exemplo, mostra claramente que Deus não é somente criador, mas também mantenedor, e que é por meio de Seu poder que o mundo continua existindo e que as leis da natureza operam. Não há nada ali que sugira o deus do deísmo, que criou o mundo e depois o abandonou. Sejamos judeus ou gentios, todos devemos nossa contínua existência ao poder sustentador do mesmo Senhor que acalmou o mar (ver também Hb 1:3).
O grito de Pedro: “Salva-me, Senhor!” (Mt 14:30) deve ser também o nosso, porque, se o Senhor não nos salvar, quem o fará? O desamparo de Pedro naquela situação se reflete em nossa própria fraqueza diante de tudo o que o mundo pecaminoso lança contra nós.
Pense na sua fraqueza, no sentido de estar à mercê de forças muito maiores que você e que estão além do seu controle. Como essa realidade ajuda a fortalecer sua dependência de Jesus?
 TERÇA - O coração do hipócrita (Ano Bíblico: 2Cr 1–4)
3. “O Senhor disse: […] este povo se aproxima de Mim e com a sua boca e com os seus lábios Me honra, mas o seu coração está longe de Mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens” (Is 29:13). Embora nesse texto Deus estivesse falando ao antigo Israel, que mensagem há para a igreja de hoje? Quais são as duas principais questões a respeito das
quais Deus o estava advertindo, e como podemos ter certeza de que não estamos fazendo o mesmo?

Muitos séculos depois que Isaías escreveu essas palavras, Jesus as citou numa controvérsia com os líderes religiosos.
4. Leia Mateus 15:1-20. Qual é a questão específica ali, e como Jesus tratou dela?
Em algum momento após ter voltado de Cafarnaum, Jesus entrou num debate com os líderes judeus sobre o que torna uma pessoa impura. Os mestres haviam acrescentado à lei todos os tipos de regulamentos sobre impureza externa. Por exemplo, era preciso lavar as mãos de uma certa forma, porém os discípulos de Jesus não estavam dando atenção a esse regulamento. Quando os escribas e fariseus de Jerusalém chamaram a atenção sobre isso, Jesus respondeu de maneira enfática.
Em resumo, Ele condenou fortemente aquilo que, com facilidade, se torna uma armadilha para qualquer pessoa: a hipocrisia. Quem, em algum momento, já não foi culpado disso, ao condenar alguém por um ato (verbalmente ou no coração), embora já tivesse feito ou estivesse fazendo a mesma coisa ou algo pior? Todos nós, se não formos cuidadosos, e se não buscarmos a graça de Deus, cairemos na tendência de ver as faltas dos outros e, ao mesmo tempo, ser cegos para as nossas. Portanto, todos temos a tendência de ser hipócritas.
Muitos odeiam a hipocrisia dos outros e têm facilidade de ver esse problema nos outros. Como podemos ter certeza de que nossa capacidade de ver a hipocrisia alheia não seja simplesmente
a manifestação dela em nós mesmos?

 QUARTA - Migalhas da mesa (Ano Bíblico: 2Cr 5–7)
Depois de alimentar e curar Seu próprio povo, e de pregar para ele, Jesus tomou uma decisão dramática. Ele saiu da área dos judeus e entrou na região dos excluídos, os gentios.
5. Leia Mateus 15:21-28. Como devemos entender essa história?
Em muitos aspectos, essa não é uma história fácil de se ler, porque não temos a vantagem de ouvir o tom de voz e ver as expressões faciais das pessoas envolvidas. A princípio parece que Jesus ignorou essa mulher; depois, quando falou com ela, Suas palavras parecem muito rudes: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (v. 26).
Contudo, precisamos considerar algumas coisas.
Primeiro, é verdade que naquela época os judeus se referiam aos gentios como cachorros, o que sugeria a imagem de muitos cachorros correndo pelas ruas. Mas Jesus usou ali o termo grego mais carinhoso, “cachorrinho”, o que traria à mente a imagem de cães de estimação alimentados com as coisas que são servidas à mesa.
Segundo, essa mulher cananeia chamou Jesus de “Filho de Davi”. Isso mostra a familiaridade dela com o contexto judaico de Jesus. Como um bom mestre, Jesus passou a dialogar com ela e talvez a testá-la. Craig Keener escreveu: “Talvez Ele estivesse exigindo que ela entendesse Sua verdadeira missão e identidade, para que não O tratasse como um dos mágicos ambulantes a quem os gentios às vezes apelavam, solicitando que fizessem exorcismos. Porém, Ele certamente a estava convidando a reconhecer a prioridade de Israel no plano divino, um reconhecimento que, para ela, incluía a admissão de sua condição de dependência. […] Podemos comparar isso à exigência de Eliseu de que Naamã mergulhasse no Jordão, apesar da preferência de Naamã pelos rios arameus Abana e Farfar […], o que acabou levando Naamã a reconhecer o Deus e a terra de Israel” (2Rs 5:17, 18; The Gospel of Matthew: A Socio-Rhetorical Commentary [O evangelho de Mateus: um comentário sócio-retórico], p. 417).
Finalmente, é provável que essa mulher fosse grega de classe alta integrante de um grupo de pessoas que tinham “rotineiramente tomado o pão dos judeus pobres que residiam nas imediações de Tiro. […] Então […] Jesus inverteu as relações de poder, pois o ‘pão’ que Jesus oferecia pertencia primeiramente a Israel. […]; essa “grega” devia suplicar ajuda de um judeu itinerante” (Ibid.).
Esta não é uma passagem fácil, mas devemos confiar em Jesus. Ao dialogar com aquela mulher, Jesus a dignificou, assim como fez com a mulher junto ao poço. No momento em que ela foi embora, Jesus já havia curado sua filha e sua fé no Filho de Davi havia sido despertada.

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