segunda-feira, 2 de maio de 2016

06. Descanso em Cristo: 30 de abril a 07 de maio

06. Descanso em Cristo: 30 de abril a 07 de maio


SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 2Rs 24, 25)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11:28).
Leituras da semana: Mt 11:28-30; 12:1, 2; Lc 14:1-6; Jo 5:9-16; Mt 12:9-14; Is 58:7-13
“Cristo era um vivo representante da lei. Nenhuma transgressão de seus santos preceitos se encontrou em Sua vida. Olhando para uma nação de testemunhas ansiosas por uma oportunidade de condená-Lo, Ele pôde dizer, sem contestação: ‘Quem dentre vós Me convence de pecado?’” (Jo 8:46; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 287).
A vida de Jesus refletiu plenamente o significado da lei de Deus, os dez mandamentos. Ele foi a lei personificada. Assim, ao estudar Sua vida, vemos o que é guardar os mandamentos e como guardá-los de uma forma que não seja legalismo árido e formal.
Entre esses mandamentos está o quarto, o sábado. Nesta semana, ao continuar o estudo de Mateus, examinaremos algumas controvérsias sobre o sábado e veremos, na vida de Jesus, uma revelação do que significa guardar o sábado. Pois se a lei é, de fato, um reflexo do caráter de Deus, e se Jesus personificou essa lei, ao entender como Cristo guardou o quarto mandamento e o que Ele ensinou sobre isso, podemos aprender mais sobre o caráter de Deus e a respeito de maneiras pelas quais podemos refletir esse caráter em nossa vida.
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DOMINGO - O jugo leve de Cristo (Ano Bíblico: 1Cr 1–3)

Em Mateus 11:20-27, Jesus começou com uma poderosa repreensão a algumas das cidades da Galileia que rejeitaram Seu ministério. O que torna tão assustadora essa repreensão e Sua advertência de condenação é que essas cidades haviam recebido grandes oportunidades de conhecer a verdade. Cristo, a Verdade (Jo 14:6), tinha andado como ser humano entre seus habitantes. E, se isso não bastasse, também havia realizado ali “numerosos milagres” (Mt 11:20); contudo, eles não quiseram se arrepender. Na verdade, Jesus disse que, se os “milagres” (Mt 11:23) que Ele
havia feito em Cafarnaum tivessem sido feitos em Sodoma, “teria ela permanecido até ao dia de hoje”. Em outras palavras, eles eram piores do que os sodomitas.

Logo depois disso, nos versos 25 a 27, Jesus começou a orar, agradecendo ao Pai e falando sobre Seu relacionamento com Ele. Reconheceu, também, tudo o que o Pai Lhe havia concedido, mostrando ainda mais claramente que as cidades que O rejeitaram enfrentariam consequências trágicas.
1. Leia Mateus 11:28-30. Por que essas palavras de Jesus foram colocadas exatamente nesse ponto, logo após Sua oração e depois da lamentação sobre as cidades incrédulas?
Depois de condenar a incredulidade e reafirmar Sua intimidade com o Pai, Jesus ofereceu, a todos os cansados, descanso nEle. Em outras palavras, Ele estava dizendo às pessoas que não cometessem o mesmo erro que aquelas cidades haviam cometido ao rejeitá-Lo. Ele tem autoridade e poder para cumprir o que promete, e prometeu que, quando formos a Ele, encontraremos descanso para a alma. Em vista do contexto, esse descanso inclui a paz, a certeza da salvação e a esperança que aqueles que O rejeitam não têm.
O que mais Jesus quis dizer quando prometeu que nos dará descanso? Isso significa inatividade? Quer dizer que qualquer coisa serve? Claro que não. Jesus tem um padrão muito elevado para nós; vimos isso no Sermão do Monte. Mas o relacionamento com Jesus não tem o objetivo de nos deixar exaustos. Aprendendo dEle, imitando-O e imitando Seu caráter, podemos achar descanso para muitos fardos e problemas da vida. Como veremos, uma das expressões desse descanso se encontra na guarda do sábado.
Como você experimenta o descanso prometido por Jesus? Qual é a relação entre ser “manso e humilde” e carregar um fardo leve?
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 SEGUNDA - Agitação por causa de um dia de descanso (Ano Bíblico: 1Cr 4–6)

Se, como grande parte do mundo cristão argumenta, o sábado foi abolido, substituído, ultrapassado, cumprido (ou o que quer que seja), por que Jesus passou tanto tempo tratando de como guardar o sábado?
2. Leia os versos seguintes. Sobre quais questões existem divergências nesses textos? Sobre quais pontos não há divergência? Mt 12:1, 2; Lc 14:1-6; Mc 2:23-28; Jo 5:9-16
Sabendo que uma das razões pelas quais Israel tinha ido para o cativeiro babilônico foi a profanação do sábado, os fariseus desejavam impedir que isso acontecesse novamente. Portanto, haviam criado uma série de regras e regulamentos sobre o que era e o que não era aceitável no sábado, com a ideia de proteger sua santidade. Quais eram algumas dessas regras?
Se uma galinha botar um ovo no sábado, está certo comê-lo? A opinião da maioria dos fariseus era que, se fosse uma galinha poedeira, não era certo comer o ovo botado no sábado porque ela estaria trabalhando. Contudo, se não fosse uma galinha poedeira, mas apenas uma galinha que estava sendo engordada para ser consumida, então o ovo podia ser consumido, porque esse não era o trabalho principal da galinha. Havia também uma sugestão de que o ovo botado no sábado por uma galinha poedeira podia ser consumido, contanto que a galinha fosse morta mais tarde por ter transgredido o sábado.
Está certo olhar-se no espelho no sábado? A resposta é: Não, porque se você vir um cabelo branco pode ser tentado a arrancá-lo, o que seria uma colheita e, como tal, transgressão do sábado.
Se sua casa pegar fogo no sábado, é certo tentar salvar suas roupas? A resposta é: Você deve tirar apenas uma muda de roupa. Contudo, se você vestir uma muda de roupa, então pode carregar outra muda. A propósito, se sua casa pegar fogo, não é certo pedir a um gentio que apague o fogo, mas se o gentio apagar o fogo assim mesmo, tudo bem.
É certo cuspir no sábado? A resposta é: Você pode cuspir em cima de uma rocha, mas não pode cuspir no chão, porque isso produziria lama ou argamassa.
Podemos rir dessas regras, porém, corremos o risco de fazer a mesma coisa à nossa própria maneira, não só a respeito do sábado, mas também de todos os aspectos de nossa fé, isto é, perder de vista o que é verdadeiramente importante e nos concentrar no que é trivial. Como evitar essa armadilha?

TERÇA - A resposta de Jesus (Ano Bíblico: 1Cr 7–9)

Este era o ambiente no qual Jesus estava trabalhando: regras rígidas para a guarda do sábado, impossíveis de ser cumpridas, que arruinavam o propósito original do sábado. Ele devia ser um dia de repouso do trabalho; um dia para adorar a Deus e ter comunhão com outros fiéis de uma forma que não podemos fazer durante a semana de trabalho. Um dia em que as crianças sabiam que seus pais estariam mais acessíveis a elas do que poderiam estar em outras circunstâncias; um dia para se regozijar especialmente no que foi feito em nosso favor pelo nosso Criador e Redentor.
3. Leia Mateus 12:3-8 e 1 Samuel 21:1-6. Como Jesus reagiu ao pesado jugo dos fariseus? Qual foi a linha de raciocínio de Jesus?
Nesse episódio, Jesus disse o que voltou a dizer mais tarde de maneira muito mais forte (ver Mt 23:23, 24): que eles deviam se concentrar no que era realmente importante. Jesus recapitulou a conhecida história do rei Davi que, ao fugir, tomou o pão do tabernáculo, que devia ser comido somente pelos sacerdotes. Nessa situação, a fome de Davi e de seus companheiros era mais importante do que o ritual do tabernáculo que tinha outro propósito. Da mesma forma, a fome dos seguidores de Jesus era mais importante do que as orientações sobre o sábado (a respeito da colheita) que se destinavam a outro propósito.
Jesus citou também o trabalho dos sacerdotes no templo no dia de sábado. O sábado permitia o trabalho do ministério. Da mesma forma, o sábado permitia o trabalho dos companheiros de Jesus, porque Ele e Seu trabalho eram maiores que o templo.
Nada que Jesus disse nessa ocasião ou em qualquer outro momento a respeito da guarda do sábado diminuiu a ordem divina para que o guardemos. Ele estava tentando libertá-los, não do sábado, mas das regras sem sentido que ocultavam o propósito desse dia, que era o de ser uma expressão do descanso que temos em Cristo como nosso Criador e Redentor.

“Nos dias de Cristo, a observância do sábado havia se tornado tão distorcida que refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, em lugar do caráter do amorável Pai celestial” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 284). Analisando seus atos, o que você poderia fazer para garantir que eles reflitam o caráter de nosso amorável Pai celestial, e não o caráter do egoísmo e da arbitrariedade?

QUARTA - Cura no sábado (Ano Bíblico: 1Cr 10–12)

É muito interessante fazer uma leitura completa dos evangelhos para ver todas as vezes em que os escritores registraram incidentes ocorridos no sábado entre Jesus e os líderes religiosos. Se o sábado estava prestes a ser abolido, por qual motivo os escritores dos quatro evangelhos incluíram relatos, numerosos em alguns casos, da luta que Jesus travou com os líderes a respeito da guarda desse dia? Essa ideia se torna ainda mais evidente quando nos lembramos de que os evangelhos foram escritos muitos anos após o ministério de Jesus. Embora os estudiosos estejam divididos quanto às datas exatas, a maioria deles os coloca pelo menos 20 a 30 anos após a morte de Jesus. Assim, naquela altura, se o sábado já havia sido substituído pelo domingo, certamente não há qualquer alusão a essa mudança em nenhum dos relatos inspirados sobre a vida de Jesus. Portanto, temos fortes evidências de que o sábado não foi abolido, mudado nem substituído, por meio de
qualquer exemplo ou ordem de Jesus registrada nos quatro evangelhos. Ao contrário, se olharmos para as ordens e o exemplo de Jesus, os evangelhos nos mostram que o sábado continua sendo válido.

4. Leia Mateus 12:9-14. Qual é a questão envolvida nesse texto, e por que esse seria outro motivo para divergência?
“Em outro sábado, ao entrar Jesus na sinagoga, viu ali um homem cuja mão era mirrada. Os fariseus O observavam, ansiosos para ver o que Ele faria. Bem sabia o Salvador que, curando no sábado, seria considerado transgressor, mas não hesitou em derrubar o muro das exigências tradicionais que obstruíam o sábado. […] Era uma máxima entre os judeus que deixar de fazer o bem, havendo oportunidade para isso, era fazer o mal; negligenciar salvar a vida, era matar. Assim, Jesus os atacou com suas próprias armas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 286).
Novamente, como no incidente anterior, Jesus procurou indicar o propósito mais elevado da lei e da vida de fé. Essas pessoas prefeririam deixar aquele homem em sua dor e sofrimento, a transgredir suas próprias regras de origem humana a respeito do sábado, o qual havia sido tão pervertido que, embora eles tirassem um boi de uma cova nesse dia, se recusavam a aliviar o sofrimento de um ser humano.
Precisamos ter muito cuidado para garantir que nossa maneira de praticar a fé não esteja atrapalhando o modo pelo qual Deus nos chamou a viver essa fé!

QUINTA - A guarda do sábado (Ano Bíblico: 1Cr 13–16)

Como está claro pelo relato dos evangelhos, Jesus não aboliu o sábado. O que Ele fez foi restaurá-lo, libertando-o dos pesados fardos que as pessoas haviam colocado sobre ele. Centenas de anos mais tarde os cristãos ainda estavam descansando e adorando no sábado. O historiador Sócrates Escolástico escreveu: “Quase todas as igrejas ao redor do mundo celebram os mistérios sagrados [a Ceia do Senhor] no sábado todas as semanas, mas os cristãos de Alexandria e de Roma, por causa de alguma tradição antiga, se recusam a fazê-lo” (História Eclesiástica, livro 5, p. 289). Não há dúvida de que, sejam quais forem as razões pelas quais todos esses incidentes foram registrados nos evangelhos, o motivo não era que as pessoas deixassem de observar o sábado.
5. Leia novamente Mateus 12:12 e se concentre na frase: “Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem”. O que isso significa no contexto imediato ao qual Jesus estava se referindo? O que a guarda do sábado deve incluir?
Embora a lei judaica permitisse o cuidado médico no sábado para uma pessoa cuja vida estivesse em perigo, Jesus levou isso um passo adiante: as curas, talvez até aquelas que pudessem ser feitas em outros dias, foram realizadas no sábado. Com isso em mente, leia o que Jesus disse posteriormente em Mateus: “Por isso, todo mestre da lei instruído quanto ao Reino dos céus é como o dono de uma casa que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas” (Mt 13:52, NVI). Sem dúvida, Jesus também estava tirando novas coisas de Seu tesouro.
6. Leia Isaías 58:7-13. De que forma esse texto ajuda a refletir sobre o significado verdadeiro de seguir o Senhor e viver os princípios da lei, inclusive o sábado? Como entender a frase “reparador de brechas”, especialmente no contexto das três mensagens angélicas?

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