SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 2Cr 34–36)
VERSO PARA MEMORIZAR: “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?” (Mt 18:1).
Leituras da semana: Ec 9:10; Mt 18:1-4; 18:21-35; 19:16-30; Gl 3:21, 22; Mt 19:27
Como seres humanos, somos produto do nosso meio, da nossa cultura. Essas coisas moldam grandemente nossos valores, nossas crenças e atitudes. Quer tenha sido criado numa grande área metropolitana ou numa aldeia em que não havia água tratada, não faz diferença: você é, em grande parte, o resultado da cultura e do ambiente em que cresceu. E mesmo que seja capaz de ir para um novo ambiente, aquele em que foi criado deixará sua marca em sua vida até a morte. Infelizmente, a maioria de nossos ambientes e culturas trabalha contra os princípios do reino de Deus. Afinal de contas, este é um mundo caído, e seus valores refletem essa condição caída. O que mais eles refletiriam? É muito difícil vermos isso porque estamos imersos em nossa cultura e em nosso ambiente.
A obra de Deus em nosso coração consiste, entre outras coisas, em nos indicar os valores, a moral e os padrões do Seu reino, que diferem grandemente daqueles nos quais nascemos e fomos criados. Os discípulos tiveram que aprender essas lições, e nós também temos que aprendê-las.
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DOMINGO - A grandeza da humildade (Ano Bíblico: Ed 1–3)
Quem não deseja grandeza? Isto é, quem não deseja ser grande ou fazer grandes coisas? Esse desejo nem sempre procede do egoísmo, da vaidade ou da arrogância. Pode consistir, simplesmente, em fazer o melhor que se pode em tudo, esperando, talvez, trazer bênçãos a outros (ver também Ec 9:10). O problema, contudo, está em se definir “grandeza”. Para nossa mente humana caída, é fácil entender esse conceito de maneira muito diferente da compreensão divina.
1. Leia Mateus 18:1-4. De acordo com Jesus, qual é a verdadeira grandeza, e como devemos entendê-la a fim de podermos aplicá-la à nossa vida?
Para definir a verdadeira grandeza, Jesus chamou uma criança, colocou-a diante dEle e disse: “Aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus” (v. 4). Jesus não falou nada sobre ser um grande pregador, ou um grande homem de negócios, ou mesmo um grande filantropo. Aos olhos de Deus, a grandeza é o que somos por dentro, não o que somos por fora, embora o nosso interior tenha impacto sobre o que somos exteriormente.
Note que Jesus define a grandeza de forma diferente da maioria das pessoas. Afinal de contas, quem acorda determinado dia e decide que a grandeza desejada na vida é ser tão humilde quanto uma criancinha? Para nós, parece estranho almejar algo assim, mas isso ocorre somente porque estamos contaminados pelos princípios, ideias e conceitos do mundo.
O que significa ser humilde como uma criancinha? Um dos indicadores da humildade é a obediência, é colocar a Palavra de Deus acima da nossa própria vontade. Se você está no caminho errado em sua vida, é porque está em seu próprio caminho. A solução é simples: humilhe-se e volte ao caminho de Deus por meio da obediência à Sua Palavra. Se Adão e Eva tivessem permanecido humildes, não teriam pecado. É interessante considerar que a árvore da vida e a árvore do conhecimento estavam, ambas, localizadas no meio do jardim. Muitas vezes a vida e a destruição não estão longe uma da outra. A diferença é a humildade.
Quais são outras atitudes e ideias que temos por causa de nosso contato com o mundo, apesar de estarem em conflito com a Palavra de Deus? Leve sua resposta para a classe no sábado.
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SEGUNDA - A grandeza do perdão (Ano Bíblico: Ed 4–6)
Uma das piores consequências da queda é vista nas relações interpessoais. Desde o ato de Adão ao tentar culpar Eva por seu pecado (Gn 3:12) até este momento, aqui na Terra, a humanidade tem sido devastada e degradada pelos conflitos entre as pessoas. Infelizmente, os conflitos não estão apenas no mundo, mas na igreja também.
2. Leia Mateus 18:15-35. O que Jesus nos disse nesse texto? Por que muitas vezes não seguimos o que Ele nos disse?
Vamos admitir: é mais fácil reclamar de alguém pelas costas do que ir diretamente à pessoa e tratar da questão. E é precisamente por esse motivo que não queremos fazê-lo, apesar de o Senhor nos ordenar que o façamos. Mas Jesus nos ensina a ir diretamente à pessoa que nos magoou e tentar restaurar o relacionamento. Se a pessoa não for receptiva, então há instruções adicionais.
“Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18:20). Veja o contexto aqui: trata da disciplina e a restauração de outra pessoa. Temos a tendência de aplicar esse verso de maneira mais ampla.
Jesus diz que o Espírito Santo Se faz presente quando um pequeno grupo de pessoas está tentando restaurar um crente. Essa é a bela obra da redenção. E ela começa quando fazemos humildemente a coisa certa e conversamos diretamente com quem nos magoou. Esse ato seria também outro exemplo de grandeza da parte daqueles que o praticam.
3. Leia Mateus 18:21-35. Que ideia fundamental Jesus estava apresentando?
Quando Jesus diz que devemos perdoar “até setenta vezes sete [vezes]”, o que Ele realmente está dizendo é que nunca devemos deixar de perdoar alguém. Jesus está falando sério a respeito da necessidade de perdão, não só para o benefício dos outros, mas para o nosso próprio. Veja quão forte é a parábola que Ele contou para demonstrar Seu conceito. Podemos ser perdoados por muitas coisas, e é disso que o evangelho trata, isto é, do perdão (ver Êx 32:32; At 5:31; Cl 1:14), mas se não perdoarmos os outros assim como fomos perdoados por Deus, podemos enfrentar
sérias consequências.
Por que é tão importante que meditemos sobre a cruz, sobre o perdão que nos foi dado por causa dela? Se Deus fez isso por nós, porque foi necessário para nos perdoar, como podemos aprender a perdoar os outros, não importando quão impossível esse perdão pareça agora?
TERÇA - Ídolos da alma (Ano Bíblico: Ed 7–10)
4. Leia Mateus 19:16-30. Como cristãos do Novo Testamento, de que forma devemos nos identificar com essa história hoje? Que lições podemos tirar dela?
Embora não seja dita muita coisa específica sobre esse homem, podemos captar alguns pontos evidentes. Ele era rico, um homem de posição (ver Lc 18:18), e aparentemente um seguidor muito escrupuloso da lei de Deus. Podemos ver, também, que ele sentia que estava faltando algo em sua vida. Isso lembra um pouco a história de Martinho Lutero; embora fosse externamente um monge piedoso, em seu íntimo, ele estava insatisfeito com sua vida espiritual e lutava para alcançar a certeza da salvação. Em ambos os casos, os homens sentiam que o grande abismo entre eles e Deus não poderia ser tapado por suas obras exteriores.
“Esse príncipe tinha em alta conta sua própria justiça. Não pensava, na verdade, que faltasse em qualquer coisa; contudo, não estava de todo satisfeito. Sentia a falta de algo que não possuía. Não poderia Jesus abençoá-lo assim como havia feito às criancinhas, e satisfazer-lhe a necessidade da alma?” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 518).
Algumas pessoas poderiam argumentar que, nessa história, Jesus estava ensinando que recebemos a vida eterna com base em nossas boas obras. Afinal de contas, em Mateus 19:17, Jesus disse: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.” Se essa fosse a única passagem sobre o assunto, seria possível usá-la como evidência para provar esse ponto de vista. Mas numerosas outras passagens, especialmente nos escritos de Paulo, nos ensinam que a lei não salva; apenas indica nossa necessidade de salvação (ver Rm 3:28; Gl 3:21, 22; Rm 7:7). Em vez disso, Jesus devia estar procurando fazer esse homem ver sua grande necessidade de alguma coisa além do que o que ele estava fazendo. Se apenas guardar a lei pudesse dar a salvação, então o homem já a possuía, uma vez que era escrupuloso na observância dela. O evangelho precisa penetrar no coração, ir até os ídolos da alma, e qualquer coisa à qual estejamos nos apegando e que seja um empecilho para nosso relacionamento com Deus precisa ser eliminada. Nesse caso, era o dinheiro. Jesus falou sobre o quanto é difícil um rico ser salvo; contudo, pouco depois desse diálogo, Lucas registrou uma bela história onde exatamente isso acontece (ver Lc 19:1-10).
Se você estivesse na posição do jovem rico, e fizesse a Jesus a mesma pergunta, o que você acha que Ele lhe diria? Pense nas implicações de sua resposta.
QUARTA - O que iremos ganhar? (Ano Bíblico: Ne 1–4)
Logo após o incidente com o jovem rico, o que aconteceu? “Então, Lhe falou Pedro: Eis que nós tudo deixamos e Te seguimos; que será, pois, de nós (Mt 19:27)?”
Não há nada nessa citação que diga o que motivou a pergunta, mas ela pode facilmente ter sido feita em resposta direta ao fato de o jovem rico ter se retirado da presença de Jesus. Parece que Pedro estava deixando implícito que, diferentemente daquele homem, e de outros que haviam rejeitado Jesus ou O seguiram por algum tempo e depois O abandonaram, ele e os outros discípulos haviam deixado tudo por Jesus. Continuavam fiéis a Ele, mesmo com grande custo pessoal. Assim, a pergunta é: O que iremos ganhar com isso?
A partir de nossa perspectiva hoje, poderíamos ver a pergunta como outro indicativo de como os discípulos eram duros de coração e espiritualmente vagarosos. Por outro lado, por que não fazer uma pergunta como a de Pedro? Por que ele não devia ficar pensando no que obteria seguindo Jesus?
A vida é difícil, mesmo para os que têm o melhor dela. Todos estamos sujeitos a traumas, a desapontamentos, à dor de nossa existência caída. No século 19 um intelectual italiano chamado Giácomo Leopardi escreveu sobre a infelicidade geral dos seres humanos, dizendo que “enquanto alguém estiver sentindo a vida, estará também sentindo desprazer e dor”. A vida é frequentemente uma luta, e o bem neste mundo nem sempre compensa o mal que sofremos. Portanto, a pergunta de Pedro faz todo o sentido. Já que a vida é difícil, que vantagem temos por
seguir Jesus? O que devemos esperar se fizermos o tipo de entrega que Jesus nos pede?
5. Como Jesus respondeu à pergunta? Mt 19:28-20:16
Note que Jesus não repreendeu Pedro por ser egoísta ou algo parecido. Deu-lhe primeiro uma resposta direta e, depois, contou a parábola sobre os trabalhadores e seu salário. Embora ao longo dos séculos haja surgido muita discussão a respeito do significado da parábola, o conceito básico dela é claro: receberemos de Jesus o que Ele nos prometeu.
Se alguém lhe perguntasse: “O que vou ganhar seguindo Jesus?”, o que você responderia?
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