segunda-feira, 30 de maio de 2016

10. Jesus em Jerusalém: 28 de maio a 4 de junho


10. Jesus em Jerusalém: 28 de maio a 4 de junho















SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Ne 12, 13)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” (Mt 21:42)
Leituras da semana: Zc 9:9; Mt 21:1-46; Rm 4:13-16; Ap 14:7-12; At 6:7; Mt 22:1-15
Em Mateus 20:27, 28, Jesus disse: “Quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos.” Aqui está Jesus, o Deus eterno, Aquele que criou todas as coisas, que viveu a vida de um servo aqui na Terra, atendendo às necessidades dos perdidos, dos doentes, dos necessitados, muitos dos quais ainda desdenhavam dEle. É um altruísmo e uma abnegação que mal podemos entender!
Por mais incompreensível que seja Sua disposição para servir, a maravilha é ainda maior, pois Ele, o eterno Deus, estava prestes a enfrentar então o firme propósito de Sua vinda a este mundo: “dar a Sua vida em resgate por muitos.” Esse altruísmo, essa abnegação, logo iria atingir o clímax num mistério que até “os anjos gostariam de entender” (1Pe 1:12, NTLH): a cruz.
A lição desta semana examina alguns dos principais eventos e ensinos de Jesus quando Ele foi a Jerusalém, não para ser coroado rei terrestre, como tantas pessoas haviam desejado e esperado, mas para ser feito “pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21).
Viva a comunidade do amor: organize um pequeno grupo. Convide seus amigos.
DOMINGO - Uma vinda profetizada (Ano Bíblico: Et 1–4)
Após a permanência no cativeiro em Babilônia por 70 anos, os judeus voltaram para Jerusalém. Estavam entusiasmados com a reconstrução do seu templo, mas quando o alicerce foi posto, os que se lembravam do magnífico templo de Salomão perceberam que esse segundo templo não seria tão belo quanto aquele. Assim, “choraram em alta voz” (Ed 3:12).
Porém, um encorajamento inesperado surgiu da parte de dois homens que estavam entre eles: um profeta idoso chamado Ageu e um profeta jovem chamado Zacarias. Ageu lembrou ao povo que a verdadeira glória do templo de Salomão não vinha do que Salomão ou qualquer outra pessoa houvesse trazido para ele. Não era o templo de Salomão. Era o templo de Deus. Ageu disse: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:6-9, ARC).
A esperança foi ainda maior quando o jovem profeta Zacarias falou: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zc 9:9).
1. Como essas profecias se aplicam ao relato de Mateus 21:1-11, sobre a entrada de Jesus em Jerusalém?
“Cristo estava seguindo o costume judaico nas entradas reais. O animal que montava era o mesmo cavalgado pelos reis de Israel, e a profecia havia predito que assim viria o Messias a Seu reino. Logo que Ele Se sentou no jumentinho, um grande grito de triunfo ecoou nos ares. A multidão O aclamou como o Messias, seu Rei. Jesus aceitou então a homenagem que nunca antes havia permitido, e os discípulos consideraram isso uma prova de que suas alegres esperanças de vê-lo estabelecido no trono logo se realizariam. O povo ficou convencido de que a hora de sua emancipação se aproximava. Em pensamento, viram os exércitos romanos expulsos de Jerusalém, e Israel mais uma vez como nação independente” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 570).
Vez após vez vemos como a Escritura se cumpriu. Contudo, na época, as pessoas não a compreenderam. Que lições poderíamos tirar de situações em que noções preconcebidas podem distorcer

a verdade?

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SEGUNDA - Jesus no templo (Ano Bíblico: Et 5–7)
Desde os primeiros dias após a queda da humanidade, sacrifícios de animais foram o meio escolhido por Deus para ensinar ao mundo o plano da salvação pela graça, por meio da fé no Messias vindouro (ver Rm 4:13-16). Um poderoso exemplo dessa verdade pode ser encontrado em Gênesis 4, na história de Caim e Abel, e na tragédia que se seguiu, relacionada à questão da adoração, entre outras coisas (ver também Ap 14:7-12). Assim, quando Deus chamou Israel como Seu povo escolhido, “reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19:6), também estabeleceu o serviço do santuário como uma explanação mais ampla e completa da salvação. Começando com o tabernáculo no deserto, passando pelo templo de Salomão e chegando ao templo construído após o retorno de Babilônia, o evangelho foi revelado nos símbolos e tipos do serviço do santuário.
Contudo, apesar de suas origens divinas, os serviços no templo e seus rituais eram realizados por seres humanos pecadores e, como ocorre com quase tudo em que as pessoas se envolvem, surgiu a corrupção até mesmo no serviço sagrado que Deus havia instituído para revelar Seu amor e Sua graça ao mundo caído. No tempo de Jesus, as coisas já haviam se tornado tão terrivelmente pervertidas pela ganância e avareza dos sacerdotes, a quem havia sido confiada a realização dos serviços, que “aos olhos do povo tinha sido destruída, em grande parte, a santidade do serviço sacrifical” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 590).
2. Leia Mateus 21:12-17. Que lições há nesse texto para nós, como adoradores de Deus?
Como em tantos outros episódios, Jesus citou as Escrituras para justificar Seus atos, o que constitui evidência adicional de que, como seguidores do Senhor, precisamos tornar a Bíblia o centro de toda a nossa visão do mundo e do nosso sistema moral. Além de Jesus ter citado as Escrituras, houve as curas miraculosas dos cegos e coxos. Tudo isso deu evidências ainda mais poderosas e convincentes de Sua natureza e Seu chamado divino. Quão trágico foi o fato de que aqueles que deviam ter sido os mais sensíveis e abertos a todas essas evidências foram os que mais lutaram contra Jesus! Temendo perder seus próprios tesouros terrenos e seu status como “administradores” e “guardiões” do templo, muitos acabaram perdendo exatamente aquilo para o que o serviço do templo apontava: a salvação em Jesus.
Como podemos nos certificar de que não estamos deixando que nosso desejo de ganhar ou conservar alguma coisa aqui, mesmo que seja boa, coloque em risco o que realmente importa: a

vida eterna em Jesus?
 TERÇA - Ausência de frutos (Ano Bíblico: Et 8–10)
A purificação do templo foi um ato de compaixão da parte de Jesus. A comercialização estava ocorrendo no pátio dos gentios, e Jesus desejava que Sua casa fosse um lugar de oração e adoração para todos os povos.

Mas a purificação também foi um ato de juízo. Os sacerdotes que administravam o templo haviam desperdiçado sua chance de abençoar todos os povos, e o dia do juízo para eles estava próximo. Se, depois de tudo que Jesus havia feito para revelar Seu chamado divino, aqueles homens ainda se recusavam a aceitá-Lo, que mais poderia acontecer senão a colheita dos resultados de suas próprias escolhas lamentáveis?

3. Leia Mateus 21:18-22. Que relação existe entre o ato de Jesus, de amaldiçoar a figueira, e Sua purificação do templo?

Jesus amaldiçoou a figueira como uma parábola dramatizada a respeito dos muitos líderes da nação judaica que estavam finalmente e irrevogavelmente colhendo o que haviam plantado. Porém, devemos nos lembrar de que essa parábola não estava se referindo a todos os líderes religiosos. Muitos, na verdade, chegaram a exercer fé em Jesus como o Messias. “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (At 6:7). Contudo, assim como a figueira não deu frutos, o mesmo ocorreu com o ministério do templo, que logo ficaria vazio.

Esse ato e as duras palavras de Jesus devem ter representado um grande choque para os discípulos, que ainda estavam tentando entender as lições de compaixão e inclusão que Jesus revelou em Seu ministério. Tratava-se do mesmo Jesus que tinha vindo, não para julgar o mundo, mas para salvá-lo; o mesmo que havia afirmado: “o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9:56). Cada palavra e cada ato em Seu ministério foram devotados a restaurar a humanidade caída, a indicar às pessoas a esperança e a promessa de uma nova vida nEle. Assim, o fato de Ele ter agido e falado de maneira tão dura e decisiva os surpreendeu. Essa foi a razão pela qual Mateus escreveu que os discípulos “admiraram-se” do que Ele havia feito.

Mais cedo ou mais tarde as pessoas costumam rejeitar a misericórdia e a graça de Deus (ver Gn 6:13; 15:16; 19:24; Ap 22:11). Por que é tão importante que deixemos esse tipo de julgamento com Deus, e nunca o façamos nós mesmos, seja a respeito dos outros ou a respeito de nós mesmos?


QUARTA - A pedra (Ano Bíblico: Jó 1, 2)

Se você tivesse apenas mais alguns dias de vida, o que faria com eles? Uma das coisas que Jesus fez foi contar histórias que causariam profundo impacto em Seus ouvintes.
4. Leia Mateus 21:33-46. Quem representam os seguintes personagens?
O dono de casa:
Os lavradores:
Os servos:
O filho:
Note que Jesus citou o salmo 118:22, 23. Ao mencionar a profecia da pedra rejeitada, Cristo Se referia a um acontecimento da história de Israel. O incidente estava ligado à construção do primeiro templo. Quando o templo de Salomão foi erigido, as imensas pedras para as paredes e o alicerce foram inteiramente preparadas na pedreira. Depois de serem levadas para o edifício, nenhum instrumento devia ser usado sobre elas, e nenhum som de talhadeira e martelo devia ser ouvido. Os trabalhadores tinham apenas que colocá-las na posição correta. “Foi trazida para ser  empregada nos fundamentos uma pedra de dimensões extraordinárias, e de singular feitio; mas os construtores não conseguiam achar lugar para ela e não a quiseram aceitar. Era-lhes um estorvo, estando ali, sem utilidade. Por muito tempo ficou assim como a pedra rejeitada. Mas, ao chegarem os edificadores à ocasião de colocar a pedra angular, procuraram por muito tempo uma de tamanho e resistência suficientes e do devido formato, para ocupar aquele lugar e suportar o grande peso que sobre ela repousaria. […] Afinal, a atenção dos construtores foi atraída para a pedra por tanto tempo rejeitada. […] A pedra foi aceita, levada para o lugar que lhe era designado, verificando-se que ela se ajustava perfeitamente” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 598).

5. Leia Mateus 21:44 novamente. Há duas maneiras diferentes de nos relacionarmos com a pedra: uma delas é cairmos sobre ela e ficarmos em pedaços; a outra é a pedra cair sobre nós e nos esmagar. Qual é a diferença fundamental entre as duas? Ver também Sl 51:7; Dn 2:34

QUINTA - O preço da graça (Ano Bíblico: Jó 3–5)

A boa notícia da Bíblia é que fomos criados por um Deus amoroso que providenciou para todos nós, por meio do sacrifício de Jesus na cruz, uma saída do caos de pecado e morte. Esse é um tema que aparece ao longo de toda a Bíblia. Podemos vê-lo também na seguinte parábola contada por Jesus.
6. Leia Mateus 22:1-15. O que essa parábola nos ensina sobre a salvação pela fé?
Por mais dura que essa parábola pareça ser, é importante nos lembrarmos de que estão em jogo questões fundamentais: a vida eterna ou a destruição eterna. Em comparação com isso, o que mais realmente importa?
Quando olhamos para a cruz, para o preço que Deus pagou a fim de salvar a humanidade, devemos ver exatamente como as questões envolvidas são vastas, amplas, e incompreensivelmente profundas. Estamos falando sobre o fato de uma Pessoa da eterna Divindade suportar, em Si mesma, o pleno impacto da ira de Deus contra o pecado. Não há nada mais sério do que isso. Se esse é um tema que estudaremos ao longo da eternidade, não é de surpreender que nossa mente mal consiga considerá-lo agora.
Então, temos palavras inflexíveis na parábola. Deus havia feito provisão total para que cada pessoa participasse da festa de casamento (ver Ap 19:7); tudo o que era necessário havia sido providenciado a um custo tão grande que nenhuma parábola poderia expressar com justiça. Portanto, já tinha sido suficientemente ruim que as pessoas convidadas para o casamento, na parábola, “não se importaram” (Mt 22:5) e foram tratar dos seus próprios negócios. Porém, alguns até atacaram os que lhes transmitiram o cordial convite. Portanto, a resposta inflexível não nos deve surpreender.
7. Qual é o significado da “veste nupcial”? Ver também Ap 19:8
A veste representa a justiça de Cristo, revelada na vida e nos atos dos santos. O homem sem a veste representa cristãos professos que reivindicam os privilégios da graça e da salvação, mas não deixaram a graça transformar sua vida nem seu caráter. A um grande custo, foram feitas todas as provisões para aqueles que atendem ao convite. Como a parábola mostra, para entrar no reino de Deus é preciso mais do que se apresentar à porta.
SEXTA - Estudo adicional (Ano Bíblico: Jó 6, 7)
A manchete do jornal londrino dizia: “Mulher ficou morta em apartamento durante três anos: encontrado no sofá o esqueleto de Joyce, com o aparelho de televisão ainda ligado” (www.theguardian.com/film/2011/Oct/09/joyce-vincentdeath-mystery-documentary). Ninguém sentiu falta dela? Ninguém telefonou para ver se ela estava bem? Como isso pôde acontecer, especialmente numa era de comunicação quase ilimitada? Quando a história veio à tona, virou notícia internacional, e as pessoas em Londres ficaram profundamente chocadas. Como foi possível
que ninguém soubesse? Contudo, sem a esperança e a promessa do evangelho, e da salvação que custou tanto para ser proporcionada a nós, todos estamos fadados ao mesmo esquecimento da pobre mulher londrina. Mas essa situação será pior, porque não haverá ninguém para nos encontrar, nem para lamentar nossa morte três anos, ou mesmo três bilhões de anos, após o fato. O consenso científico atual é que, mais cedo ou mais tarde, todo o cosmos irá se extinguir gradualmente e morrer no que tem sido chamado de “a morte térmica do Universo”. Porém, a cruz nos diz que esse conceito está errado. Em vez do esquecimento eterno, temos a promessa de vida eterna num novo Céu e nova Terra.
Perguntas para reflexão
1. Todos os esforços para derrotar a morte têm sido inúteis. O melhor que podemos fazer é preservar o cadáver, algo parecido com uma nova demão de tinta num carro com o motor fundido a fim de que ele possa rodar novamente. Foi necessário algo dramático, a morte e a ressurreição do Filho de Deus para vencer a morte em nosso favor. Por que a cruz deve ocupar lugar central em nossas esperanças?
2. Medite no que significa estar coberto com a justiça de Jesus. De que maneira uma compreensão adequada desse importante conceito nos impede de cair na graça barata ou no legalismo? Por que é fundamental que evitemos esses dois extremos?
Respostas sugestivas: 1. A profecia de Zacarias se cumpriu em Mateus 21, com a entrada do Rei Jesus em Jerusalém, montado em um jumento. 2. Muitos usam a religião para obter lucro e promover os próprios interesses. Precisamos estudar a Bíblia para entender que o verdadeiro propósito do templo, ou das igrejas, é ser uma casa de oração. A igreja é um lugar em que Jesus cura doentes. Enquanto líderes importantes ficaram indignados com Jesus, crianças e pessoas simples O louvavam. 3. A figueira representava os religiosos judeus nos dias de Jesus, secos e sem vida espiritual. Deus esperou por muito tempo que eles dessem fruto, mas finalmente, com a purificação do templo, mostrou que eles preferiram a maldição da incredulidade e suas terríveis consequências. 4. O dono de casa é Deus. Os lavradores são o povo judeu, especialmente os principais sacerdotes e os fariseus. Os servos são os profetas e mensageiros de Deus. O Filho é Jesus Cristo. 5. Cair sobre a pedra é se humilhar, é ser quebrantado e transformado por Deus. Ser esmagado pela pedra que cai é perder a oportunidade da salvação em Cristo e ser condenado no juízo. 6. Deus nos convida para o banquete da salvação. Se rejeitamos Seu convite, Ele chama novamente, insiste e apela ao nosso coração. Se continuamos rejeitando a salvação, Deus respeita nossa decisão e permite que colhamos as consequências. Se o povo de Deus desprezar os privilégios que Deus lhe dá, outros poderão assumir seu lugar. Não basta aceitar o convite para o banquete, é preciso se preparar para a festa, pois seremos julgados. 7. A veste nupcial é o linho finíssimo em Apocalipse 19:8: os atos de justiça dos santos, fundamentados e motivados na justiça de Cristo.

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