quinta-feira, 23 de junho de 2016

13. Crucificado e ressurreto: 18 a 25 de junho


13. Crucificado e ressurreto: 18 a 25 de junho

 

 

SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Sl 23–30)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra” (Mt 28:18).

Leituras da semana: Mt 27:11-26; Jo 3:19; Is 59:2; Mt 27:45, 46, 49-54; Hb 8:1-6; Mt 28:1-20

Um anúncio numa revista britânica perguntava se alguém doaria seu corpo para a Ciência. Ele dizia que cientistas haviam estudado a mumificação egípcia e que estavam procurando um voluntário com alguma doença terminal que estivesse preparado para doar seu corpo após a morte. Esses cientistas acreditavam, afirmava o anúncio, que haviam descoberto o segredo de como os egípcios faziam a mumificação, e que o corpo “seria preservado – potencialmente por centenas ou mesmo milhares de anos” (www.independent.co.uk/news/science/now-you-canbe-mummified-just-like-the-egyptians-1863896.html).

Como cristãos, não precisamos nos preocupar em ter nosso corpo preservado. Deus nos prometeu algo muito melhor do que isso. A morte de Jesus, na qual Ele pagou em Si mesmo a penalidade pelos nossos pecados, e Sua ressurreição, na qual Ele foi “as primícias dos que dormem” (1Co 15:20), prepararam o caminho, não para que nosso corpo fosse “preservado”, como o dos antigos faraós (além disso, se você já viu um desses corpos, percebeu que eles, de qualquer forma, não são nada bonitos), mas transformado num corpo incorruptível que viverá para sempre.

Nesta semana, que trata dos capítulos finais de Mateus, estudaremos as inexauríveis verdades referentes à morte e à ressurreição de nosso Senhor, e estudaremos a respeito da esperança que esses dois acontecimentos nos oferecem.

Incentive os jovens de sua igreja a dedicar as próximas férias à colportagem evangelística e a estudar em nossos internatos.

DOMINGO - Jesus ou Barrabás (Ano Bíblico: Sl 31–35)

1. Leia Mateus 27:11-26. Quais são algumas das implicações mais profundas da opção oferecida às pessoas e da escolha que elas fizeram?

Era Barrabás, o assassino, que devia ser crucificado na cruz do meio. Os criminosos que estavam de ambos os lados provavelmente fossem seus comparsas. Barrabás não era o primeiro nome do indivíduo, mas seu segundo nome. Bar significa “filho de”, assim como Simão Barjonas significava “Simão, filho de Jonas”, ou Bartolomeu significava “filho de Tolomeu”. Barrabás significava “filho de abbas”, isto é, “filho do pai”. Muitos manuscritos antigos registram o primeiro nome de Barrabás como sendo Yeshua (Jesus). Yeshua era um nome comum na época e significava “Yahweh salva”. Assim, o nome de Barrabás tinha mais ou menos o sentido de “Yahweh salva, filho do pai”.
Que farsa!

“Esse homem havia afirmado ser o Messias. Pretendia autoridade para estabelecer uma nova ordem de coisas, para emendar o mundo. Sob uma ilusão satânica, pretendia que tudo quanto pudesse obter por furtos e assaltos era dele. Por meios diabólicos havia realizado coisas admiráveis, atraído seguidores e despertado sedição contra o governo romano. Sob a capa de entusiasmo religioso, era um endurecido e consumado vilão, dado à rebelião e à crueldade. Oferecendo ao povo escolha entre esse homem e o inocente Salvador, Pilatos julgava despertar-lhes o sentimento da justiça. Esperava conquistar-lhes a simpatia para Jesus, em oposição aos sacerdotes e príncipes” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 733).

Pilatos estava errado. A menos que estejam sob a convicção do Espírito Santo, inevitavelmente as pessoas fazem a escolha espiritual errada, como fez aquela multidão. No fim, todos temos a escolha entre Cristo e Barrabás, entre Cristo e o mundo corrompido e caído, entre a vida e a morte. “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3:19).

Por que as pessoas têm a tendência de preferir as trevas à luz? Como você pode ver, até em si mesmo, essa tendência inata? O que isso lhe diz sobre a realidade de nossa natureza caída, e sobre
nossa necessidade de nos entregarmos totalmente ao Senhor?

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SEGUNDA - Nosso Substituto crucificado (Ano Bíblico: Sl 36–39)

2.“Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra. Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:45, 46). Qual é o significado desse clamor? Como entendemos suas implicações em termos do plano da salvação?

Mateus registrou o que tem sido chamado pelos teólogos de “o grito do abandono”. “Abandono” traz a ideia de desamparo, de alguém deixado sozinho e necessitado. Nesse caso, podemos ver o senso de abandono da parte do Pai, experimentado por Jesus. As trevas que cercaram a Terra naquela ocasião simbolizavam o juízo divino (Is 13:9-16; Am 5:18-20; Jr 13:16); Jesus estava experimentando em Si mesmo as horríveis consequências do pecado e da completa separação do Pai. Em nosso lugar, Ele estava suportando em Si mesmo o juízo divino contra o pecado. “Assim também Cristo, tendo-Se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para a salvação” (Hb 9:28; ver também 2Co 5:21). Na cruz Jesus Se apropriou da linguagem de Salmos 22:1 porque, de maneira singular, estava experimentando o que os seres humanos experimentam: a separação de Deus por causa do pecado. “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59:2).

Não se tratava de fingimento. Jesus suportou verdadeiramente a ira de Deus contra o pecado. A penalidade pelas nossas transgressões caiu sobre Ele e, assim, encheram Sua alma de consternação e pavor enquanto Ele suportava o peso da culpa, nossa culpa, sobre Si. Quão mau deve ser o pecado aos olhos de Deus, uma vez que foi preciso que um dos membros da Divindade sofresse a culpa e a punição dele, para que fôssemos perdoados!

Contudo, mesmo em meio a esse horror, Jesus pôde clamar: “Meu Deus, Meu Deus!” Apesar de tudo o que estava acontecendo com Ele, Sua fé permaneceu intacta. Ele permaneceria fiel até o fim, a despeito do sofrimento, apesar do senso de ter sido abandonado pelo Pai.

Como é sentir a separação de Deus devido ao pecado? Por que nosso único caminho de volta é reivindicar a justiça de Cristo, além do arrependimento, confissão e resolução de abandonar
o pecado?

TERÇA - Véu rasgado e rochas fendidas (Ano Bíblico: Sl 40–45)

Cada um dos autores dos evangelhos contou a história de Jesus a partir de perspectivas diferentes, mas todos se concentraram em Sua morte. Porém, somente Mateus escreveu sobre o véu rasgado e as sepulturas abertas.

3. Leia Mateus 27:49-54. Qual é o significado desses acontecimentos? Para qual esperança eles apontam?

Cristo morreu logo depois que a turba, não entendendo as palavras de Jesus, havia zombado dEle por ter chamado Elias para vir salvá-Lo. A zombaria deles foi outro exemplo, poderoso mas triste, de como Jesus foi mal interpretado por muitos de Seu próprio povo.

Mateus registrou que a cortina do templo se rasgou de alto a baixo. O simbolismo é inequívoco: havia começado uma nova era na história da salvação. Os serviços sacrificais, que por tanto tempo haviam apontado para Jesus, não mais eram necessários. Os velhos símbolos terrestres haviam sido substituídos por algo muito melhor.

4. Leia Hebreus 8:1-6. O que essa passagem diz que nos ajuda a entender o que aconteceu com o sistema do santuário terrestre? O que o substituiu?

Mateus registrou não só o fato de que o véu se rasgou, mas também que as rochas se fenderam, que as sepulturas se abriram e alguns dentre os mortos foram ressuscitados – eventos que puderam acontecer apenas por causa do que Jesus havia realizado ao morrer pelo pecado como nosso Substituto. Portanto, em Mateus, vemos acontecimentos que o antigo sistema, em si, nunca poderia ter causado. “É impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10:4). É claro que somente Jesus poderia tirar pecados, e para nós o grande resultado, a grande promessa decorrente do fato de Jesus tirar nossos pecados é a ressurreição dos mortos. Sem essa promessa, nada temos (ver 1Co 15:13, 14, 19). Nessas primeiras ressurreições (não sabemos quantas foram) podemos ver a esperança e a promessa de nossa ressurreição futura.

QUARTA - O Cristo ressuscitado (Ano Bíblico: Sl 46–50)

A fé cristã se centraliza não somente na cruz, mas na tumba vazia. A verdade é que a maioria das pessoas, inclusive as não cristãs, creem que um homem chamado Jesus de Nazaré morreu numa cruz. Não muito tempo depois de Jesus ter vivido, encontramos referências históricas como esta, de Tácito (57-117 d.C.), um historiador romano: “Nero […] infligiu as mais requintadas torturas a uma classe odiada por suas abominações, chamada de cristãos […] pela populaça. Christus, que deu origem ao nome, sofreu a penalidade máxima durante o reinado de Tibério, nas mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos” (www.causeofjesusdeath.com/jesus-in-secular-history).

Não havia dúvidas naquela época, como não há hoje, a respeito da condenação e crucifixão de uma figura histórica chamada Jesus.

A parte difícil é a ressurreição: a ideia de que Jesus de Nazaré, que morreu numa sexta-feira à tarde, voltou à vida num domingo de manhã. Essa é a dificuldade de muitas pessoas. Afinal de contas, um judeu crucificado pelos romanos na Judeia era uma ocorrência bastante comum. Mas um judeu ressuscitar dos mortos depois de ter sido crucificado? Essa é uma história completamente diferente.

Contudo, sem essa crença no Jesus ressuscitado, simplesmente não temos fé cristã. Paulo escreveu: “Se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. […] Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão” (1Co 15:14, 19, NVI). A morte de Jesus, em si, tinha que ser seguida pela ressurreição, porque em Sua ressurreição temos a certeza da nossa.

Quando chegamos à história da ressurreição de Jesus, temos duas opções. A primeira é considerar essa história uma propaganda sentimental escrita por alguns solitários seguidores de Jesus para manter viva Sua memória, da mesma forma que tentamos manter viva a memória de alguma figura bem conhecida que morre hoje em dia. A segunda opção é tomá-la literalmente, como um relato em primeira mão de um evento extraordinário, um evento mais tarde interpretado como tendo implicações para todo ser humano que já viveu.

Leia Mateus 28:1-15. Por que Jesus disse às mulheres: “Alegrem-se” (v. 9, New King James Version)? Eles estavam alegres porque Ele tinha ressuscitado, porque seu Mestre havia voltado. Mas qual é a verdadeira razão para nos regozijarmos com a ressurreição de Jesus?

QUINTA - A grande comissão (Ano Bíblico: Sl 51–55)

Para muitas pessoas, é muito difícil entender por que Jesus voltou para o Céu e confiou o ministério do evangelho aos seres humanos. Muitas vezes nós O decepcionamos e, como os evangelhos mostram, Seus primeiros seguidores não foram exceção. Sim, é confiando a nós o ministério que Cristo mostra Seu amor por nós e nossa necessidade dEle.

5. Leia Mateus 28:16-18. Compare as palavras de Jesus: “Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra” (v. 18), com Daniel 7:13, 14. Como essas passagens estão inter-relacionadas?

6. Leia Mateus 28:19, 20. O que Jesus disse ali, e qual é a relevância de Suas palavras para nós?

Ellen G. White sugere que quase 500 crentes haviam se reunido no monte das Oliveiras quando Jesus subiu ao Céu (Ver 1Co 15:6). Sua comissão evangélica não foi só para os discípulos, mas para todos os crentes. “É um erro fatal”, escreve ela, “supor que a obra de salvar depende apenas do pastor ordenado. Todos a quem veio a celestial inspiração, são depositários do evangelho. Todos quantos recebem a vida de Cristo são mandados a trabalhar pela salvação de seus semelhantes. Para essa obra foi estabelecida a igreja, e todos quantos tomam sobre si seus sagrados votos, comprometem-se, assim, a ser coobreiros de Cristo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 822 e 829).

Você tem pensado com frequência em si mesmo como um coobreiro de Cristo? De que maneiras específicas você pode ser mais ativo em levar o evangelho ao mundo?

SEXTA - Estudo adicional (Ano Bíblico: Sl 56–61)


Embora tenham descrito a história da ressurreição, Mateus, Marcos, Lucas e João não nos deram uma verdadeira explicação teológica sobre ela, ainda que ela seja tão importante para a fé cristã. É nos escritos de Paulo que obtemos a explicação mais detalhada sobre o significado da cruz e da ressurreição. Leia 1 Coríntios 15:20-22 e Colossenses 2:12. Pedro escreveu: “E isso é representado pelo batismo que agora também salva vocês — não a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus — por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (1Pe 3:21, NVI). Embora não saibamos por que os escritores dos evangelhos não deram uma explicação detalhada, alguns eruditos vêm nisso uma evidência adicional da veracidade de seu relato. Afinal de contas, escrevendo muitos anos depois do acontecimento, por que eles não usaram a oportunidade para dar uma explicação detalhada do que eles desejavam que as pessoas acreditassem sobre a ressurreição? Se a ressurreição fosse uma fraude, por que não aproveitar a oportunidade para fazê-la significar o que quer que eles desejassem que ela significasse? Em vez disso, eles simplesmente contaram a história, sem fazer nenhuma tentativa de embelezá-la com quaisquer explicações teológicas quanto ao que ela devia significar.
Perguntas para reflexão
1. No momento da morte de Jesus, o véu do templo da antiga aliança foi rasgado de alto a baixo, e foi inaugurada a nova aliança, que é presidida por um novo sumo sacerdote, Jesus Cristo.        (Hb 10:19-21). Como o fato de que agora o próprio Cristo atua como nosso Sumo Sacerdote faz você se sentir?
2. O evangelho de Mateus trata de muitos assuntos. Que coisas em especial o impressionaram a respeito da maneira pela qual Jesus foi apresentado ali? Como o estudo desse evangelho pode ajudar você a entender o que significa ser um cristão e ajudá-lo a seguir os ensinos de Jesus?
Respostas sugestivas: 1. Jesus representa a verdadeira libertação por meio do amor, justiça e sacrifício. Barrabás representa a falsa e ilícita libertação, por meio de ódio, violência, injustiça e vício. O povo preferiu libertar as trevas e a mentira, e crucificar a verdade e a luz. Jesus não fez nenhum mal, e foi condenado. Barrabás não fez nenhum bem, e foi inocentado, num julgamento injusto. Jesus preferiu morrer pela verdade do que viver pela mentira. O apoio político ou popular não torna o crime uma virtude. Jesus pagou pelo crime de Barrabás. 2. Jesus Se sentiu separado do Pai porque os pecados do mundo inteiro foram colocados sobre Ele. Jesus pagou nossa dívida e sofreu a dor que deveríamos sentir, para que pudéssemos ser reconciliados com Deus. 3. O véu do santuário se rasgou para mostrar que o serviço do santuário terrestre foi encerrado com a morte de Cristo. Nossa fé deve estar no sangue de Cristo e em Sua obra em nosso favor; os santos ressuscitados na morte de Cristo são uma garantia de que um dia todos os fiéis ressurgirão para a vida eterna. 4. Depois do sacrifício de Cristo na cruz, o serviço do santuário terrestre não mais era necessário. Após a ressurreição, Jesus assumiu a função de sacerdote no santuário celestial, com base numa aliança superior e em superiores promessas, incluindo o perdão dos pecados, a ressurreição dos fiéis e a vida eterna. 5. Ambas mostram que Jesus recebeu, da parte do Pai, autoridade e domínio. Isso ocorreu após a ressurreição. Ele compartilha essa autoridade conosco para o cumprimento da missão e promete nos sustentar nessa tarefa. 6. São palavras muito importantes. Elas mostram que o verdadeiro discípulo de Jesus tem uma missão clara: caminhar ao lado de Jesus, ensinando a obediência, batizando e fazendo discípulos de todas as nações.

 

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