segunda-feira, 4 de julho de 2016

02. Restauração do domínio: 2 a 9 de julho

02. Restauração do domínio: 2 a 9 de julho

 

SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Sl 100-105)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Também disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a Terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (Gn 1:26).

Leituras da semana: Gn 1:26-28; Sl 8:3-8; Gn 2:15; Rm 8:20-22; Êx 20:1-17; Rm 1:25; 2Ts 3:10

Na queda, nossos primeiros pais perderam mais do que apenas a imagem original de Deus. “Quando foi criado, Adão foi colocado no domínio da Terra. Porém, ao ceder à tentação, colocou-se sob o poder de Satanás, e o domínio que havia exercido passou para aquele que o havia vencido. Assim, Satanás se tornou ‘o deus deste mundo’ (2Co 4:4, NTLH). Ele usurpou o domínio da Terra que havia sido confiado originalmente a Adão. Mas Cristo, que por Seu sacrifício pagou a penalidade do pecado, não só redimiria o homem, mas recuperaria o domínio que este havia perdido. Tudo o que tinha sido perdido pelo primeiro Adão seria restaurado pelo segundo” (Ellen G. White, Signs of the Times, 4 de novembro de 1908).

Embora a ideia de “domínio” tenha conotações negativas hoje, isso não ocorria lá no Éden. O que significava o domínio concedido aos seres humanos? O que a igreja pode fazer para ajudar as pessoas a recuperar um pouco do que foi perdido após a trágica queda de nossos primeiros pais no Éden?
Inicie uma classe bíblica com os juvenis e jovens de sua comunidade, com o objetivo de prepará-los para o batismo da primavera, no mês de setembro.

DOMINGO - Criado para o domínio (Ano Bíblico: Sl 106-110)

Recentemente alguém escreveu o seguinte sobre uma amiga, ateísta declarada, que disse que às vezes “acorda no meio da noite, preocupada com uma série de perguntas profundas: ‘Será que este mundo é verdadeiramente resultado de uma grande explosão cósmica acidental? Como pode não haver nenhum planejamento, nenhum grande propósito para nossa existência e para a do Universo como um todo? Será que todas as vidas – incluindo a minha, a do meu marido e as dos meus dois filhos – são totalmente irrelevantes e sem sentido? Será que minha vida não tem nenhum significado nem propósito?’”

Depois da queda, a humanidade perdeu muito! Como a história da queda mostrou, tornamo-nos alienados, não só de Deus, mas uns dos outros. Até mesmo nossa relação para com a Terra mudou. E, como mostram as perguntas feitas pela mulher citada acima, também lutamos para entender quem somos e qual é o propósito da vida. Para muitos, esses problemas se tornam muito piores pela ideia prevalecente de que nossa existência resultou apenas do acaso, sem nenhum planejamento ou propósito estabelecido por um Deus criador.

1. Quais são os propósitos para a criação da humanidade? Gênesis 1:26-28; Salmo 8:3-8; Isaías 43:6, 7. O que significa a expressão “criei para Minha glória” (Is 43:7)? De que forma a glória de Deus está relacionada ao domínio?

Como podemos ver nos versos de Gênesis, ainda que Deus tenha tido outras razões para criar Adão e Eva, eles também foram criados para ter domínio sobre a Terra (Gn 1:26-28). Juntos, refletindo a glória e o caráter de Deus, o primeiro casal devia ser um canal por meio do qual Aquele que tem a glória e o domínio supremos (Ap 1:5, 6) iria sustentar, administrar e cuidar do restante de Sua criação na Terra. Quem sabe como a glória de Deus teria sido revelada por meio deles e de seu domínio sobre o mundo se não tivesse surgido o pecado?

Agora, porém, por meio da fé em Jesus e da entrega de nossa vida a Ele em fé, obediência e cooperação, podemos dizer, com Davi: “O Senhor cumprirá o Seu propósito para comigo!” (Sl 138:8, NVI). Saber que Deus tem um propósito para cada um de nós é motivo de confiança e alegria, especialmente quando nos entregamos a Ele para que Sua vontade se cumpra em nós.

Se alguém lhe perguntasse: “Qual é o propósito da sua vida?”, o que você responderia, e por quê?

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SEGUNDA - O privilégio do domínio(Ano Bíblico: Sl 111-118)

2. Qual é o “domínio” que os seres humanos deviam ter sobre a Terra? Gn 1:26-28

A palavra bíblica “domínio” vem do verbo hebraico radah. Essa palavra indica direito e responsabilidade de governar. Implica, nesse contexto, uma hierarquia de poder e autoridade, na qual a humanidade está posicionada acima do restante do mundo natural. Embora o verbo radah, de acordo com seu uso no Antigo Testamento, não defina como esse domínio devia ser exercido, o contexto de uma criação inocente e perfeita mostra que a intenção deve ter sido um domínio de natureza benevolente.

Conclusões semelhantes podem ser extraídas a respeito da ordem de sujeitar a Terra em Gênesis 1:28. O verbo sujeitar, do hebraico kavash, também retrata um relacionamento hierárquico no qual os seres humanos estão colocados acima da Terra e recebem poder para controlá-la. Em outras partes do Antigo Testamento o verbo kavash é ainda mais enfático do que radah, e descreve o ato literal de subjugar, de forçar outra pessoa a ocupar uma posição subordinada (Nm 32:22, 29; Jr 34:11, 16; Et 7:8; Ne 5:5). Em muitos desses casos, fica evidente o abuso de poder e Deus expressa Seu desagrado com isso. Mas, novamente, tendo em vista o contexto da história da Criação, de um casal sem pecado criado à imagem de Deus para governar a Terra, essa sujeição poderia ser caracterizada somente como um serviço benevolente que os seres humanos prestariam à criação, como representantes do Criador. Certamente, isso não consistiria numa exploração.

Encontramos uma dimensão adicional desse conceito de domínio em Gênesis 2:15, quando Deus colocou Adão no jardim para cultivá-lo (abad –trabalhar, servir, lavrar) e guardá-lo (shamar – cercar, guardar, proteger, cuidar, olhar atentamente, vigiar, preservar, considerar, reservar).

Tendo isso em mente, descobrimos que domínio é administração ou governo cuidadoso e amoroso. Em seu relacionamento com Deus, nossos primeiros pais tinham todos os recursos e a autoridade de que precisavam para exercer seu domínio, que deveria refletir o amor de Deus por Sua criação.

Embora a palavra “domínio” tenha conotações negativas, não era esse o caso quando ela foi usada pela primeira vez na Bíblia. Quais princípios aprendemos com o uso desse termo antes do pecado? Como podemos aplicá-los aos nossos relacionamentos com coisas ou pessoas sobre as quais temos “domínio”?

  TERÇA - Limites (Ano Bíblico: Sl 119)

O domínio dos seres humanos sobre “toda a Terra” (Gn 1:26) indica que não há limites ao nosso domínio? A história bíblica indica que o domínio (que também pode ser entendido como “administração”) precisa ter limites.
Por exemplo, Deus disse a Adão que a árvore do conhecimento do bem e do mal era proibida (ver Gn 2:15-17). O primeiro pecado, portanto, foi no contexto da administração. Adão e Eva excederam os limites que Deus havia estabelecido ao domínio deles. A criação ainda está sofrendo por causa dessa violação de limites (ver Rm 8:20-22).
3. Leia Êxodo 20:1-17. Que tipo de “limites” são estabelecidos pela lei de Deus? O que a lei nos diz sobre os limites do domínio humano?
Ao longo da história da humanidade (por exemplo, o faraó em Êxodo 1–14; Herodes em Mateus 2), e até o fim dos tempos (ver Apocalipse 13), tiranos dirigidos por Satanás são conhecidos por tentar dominar aquilo sobre o que não têm controle legítimo. Eles imitam Satanás, que usurpou o poder e se tornou “o príncipe deste mundo” (Jo 12:31, NVI). O domínio que se degenera se torna opressão.
Por outro lado, há aqueles que se recusam a administrar as coisas sobre as quais precisam exercer domínio (ver Mt 25:14-30; Lc 19:12-27).
Embora o pecado tenha levado a humanidade a perder o nível de domínio concedido na criação, nosso domínio original não foi inteiramente perdido por causa do pecado. Ainda há muita coisa dentro de nossa atual esfera de responsabilidade: por exemplo, o controle sobre nossa vida pessoal, que Cristo nos capacita a exercer (ver 1Co 9:25-27; Gl 5:22, 23), e o cuidado da Terra e de suas criaturas, bem como de tudo o que Deus nos concedeu (ver Tg 1:17; Mt 25:14-30). Como cristãos, precisamos compreender quais são nossos limites, e então ser administradores fiéis dentro desses limites.
Quais são os limites específicos que você precisa respeitar em relação aos outros, como familiares, amigos e colegas de trabalho? Que princípios podemos usar para saber quais são esses limites (ver, por exemplo, Mateus 7:1, 12)?
QUARTA - O cuidado da Terra (Ano Bíblico: Sl 120-134)
4. “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15). Que princípio encontramos nesse texto sobre a maneira pela qual devemos cuidar do planeta?
Antes do pecado, Adão e Eva tinham recebido a incumbência de administrar tudo o que Deus havia criado. Eles tinham controle sobre a vida vegetal e animal. Contudo, após o pecado toda a natureza parecia se rebelar contra eles na mesma extensão em que eles se haviam rebelado contra Deus. Os seres humanos começaram a verificar que eram impotentes diante dos elementos (o clima, o cultivo da terra e o reino animal).
“Entre os seres inferiores, Adão estivera como rei, e enquanto permaneceu fiel a Deus, toda a natureza reconheceu seu governo. Mas quando ele transgrediu, foi despojado desse domínio. O espírito de rebelião que ele mesmo havia acolhido, estendeu-se por toda a criação animal. Assim, não somente a vida do homem, mas a natureza dos animais, as árvores da floresta, a relva do campo, o próprio ar que ele respirava, tudo apresentava a triste lição do conhecimento do mal” (Ellen G. White, Educação, p. 26, 27).
Hoje ainda somos devastados por desastres naturais e pelo nosso ecossistema em deterioração, pelo menos em alguns lugares. Assim, fazemos grandes esforços para usar a tecnologia e a indústria a fim de nos proteger. Contudo, ainda que a tecnologia e a indústria nos ajudem, às vezes essa mesma tecnologia pode causar danos ao planeta. A ecologia é uma questão moral, ética e teológica, principalmente quando a exploração da Terra pode levar a grandes dificuldades para outros.
“Os adventistas defendem um estilo de vida simples e saudável, em que as pessoas não participam da rotina do consumismo desenfreado, do acúmulo de bens e da produção exagerada de lixo. É necessário que haja respeito pela criação, restrição no uso dos recursos naturais, reavaliação das necessidades e reafirmação da dignidade da vida criada” (Declarações da Igreja, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2003, p. 36).
Como alcançar o equilíbrio em nossa atitude para com a Terra, sendo bons administradores do nosso lar e evitando o perigo de transformar em deuses a Terra e o meio ambiente? Que advertência encontramos em Romanos 1:25?
QUINTA - Restauração do domínio (Ano Bíblico: Sl 135-139)
Por meio da queda os seres humanos perderam muito, inclusive o tipo de domínio que nossos primeiros pais tiveram o privilégio de exercer no Éden. Cristo veio a fim de restaurar para nós aquilo que perdemos.
Pelo que Cristo fez por nós, também somos chamados por Deus para alcançar outros, ajudando-os a recuperar, em Cristo, aquilo que Ele nos havia concedido. Esse processo só será concluído na segunda vinda de Jesus e nos eventos que ocorrerão depois disso. No entanto, podemos fazer muita coisa agora para auxiliar os necessitados, perdidos e oprimidos. Podemos ser usados por Deus para ajudar a iniciar essa restauração agora mesmo, alcançando e auxiliando os necessitados em todos os aspectos.
5. O que podemos fazer para ajudar as pessoas a recuperar um pouco do “domínio” perdido através do pecado?
Dt 15:7-12:
Lc 14:12-14:
1Pe 3:15:
Tg 1:27:
Is 58:7:
2Ts 3:10:
Como parte do corpo da igreja, há muito que podemos fazer, que devemos fazer e que fomos chamados a fazer para ajudar os necessitados. Às vezes, pode ser algo básico, como oferecer alimento, roupas ou abrigo para alguém em urgente necessidade. Embora o serviço humanitário seja necessário, é preciso algo mais que isso para ajudar as pessoas a restaurar o domínio em sua vida.
Embora devamos sempre estar prontos a dar a razão da esperança que há em nós, devemos também, quando e onde pudermos, satisfazer as necessidades físicas das pessoas e indicar-lhes um modo de vida melhor.
Embora cada situação seja diferente, e as necessidades sejam variadas, fomos chamados por Deus para ser luz e fonte de cura e esperança em nossa comunidade. Essa é uma parte essencial do que significa ser testemunhas do Deus de amor e salvação a quem servimos.
Na força do Senhor, precisamos fazer tudo que pudermos para ser um farol que ilumina e leva esperança aos necessitados. Como cristãos, não podemos fazer menos que isso. Ao cumprir esse papel de serviço, ajudamos as pessoas a ver como Deus é. Além disso, ao cuidar das suas necessidades físicas, preparamos o caminho para que o coração delas seja alcançado pelo Espírito Santo. Era isso que Jesus fazia, e é isso que somos chamados a fazer também.
SEXTA - Estudo adicional (Ano Bíblico: Sl 140-144)
Leia, de Ellen G. White, “Temperança e Dietética” e “Disciplina”, em Educação, p. 202-206, 287-290; “Necessidade de Domínio Próprio”, em Conselhos sobre o Regime Alimentar, p. 73, 74; “Os Princípios da Mordomia” e “Participando das Alegrias dos Remidos”, em Conselhos sobre Mordomia, p. 111-113, 348-350.
Se não fosse pela Palavra de Deus, que revela nossas origens e a origem do pecado, da morte e do mal, simplesmente consideraríamos isso como algo comum, meramente uma parte da vida. Mas a história da queda nos mostra que, na verdade, as coisas não deveriam ser assim. Então, logo depois que eles pecaram, repentinamente sua relação com o mundo se tornou diferente, porque eles mudaram, e o mundo físico mudou também. Subitamente, o domínio que eles haviam desfrutado foi perdido, e as consequências foram enormes! “Os espinhos e cardos (Gn 3:17, 18), as consequências do dilúvio (Gn 7:12), as terras desérticas e áridas, e os gemidos da Terra por libertação (Rm 8:19-22) são algumas das imagens usadas pela Bíblia para descrever o efeito do pecado sobre o mundo” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, SP, Casa Publicadora Brasileira, 2011; p. 286). Deveríamos ser muito gratos pelo plano da salvação, que irá restaurar tudo o que foi perdido!
Perguntas para reflexão
1. Embora o contexto imediato de Êxodo 23:10-12, Deuteronômio 11:11, 12 e 20:19, 20 não tenha a ver com a ecologia como a entendemos hoje, que princípios encontrados nesses textos nos ajudam a entender nossa necessidade de ser bons administradores do meio ambiente? Como saber se já ultrapassamos os limites, deixando de ser bons mordomos do meio ambiente para nos tornarmos adoradores dele?
2. Pense sobre o mundo natural que conhecemos. Ele é um amigo ou um inimigo? Como você pode justificar sua resposta?
3. Qual é o significado e o propósito da vida? Qual é a diferença entre nossas respostas e as respostas dos que não creem em Deus nem na salvação?
4. Como podemos recuperar o domínio do mundo de tal maneira que ajude a restaurar seu significado original?
Respostas sugestivas: 1. Refletir a imagem de Deus; administrar o meio ambiente e os outros seres vivos com base na vontade do Criador; viver em família e se multiplicar; adorar e glorificar o Senhor. 2. Governar a Terra e suas criaturas; administrar a natureza, proteger o meio ambiente e, ao lado dos seres criados, adorar o Criador.3. Os limites do amor, os limites da lei dos dez mandamentos, que nos dizem para amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos. O mandamento do sábado ensina o respeito aos trabalhadores e aos animais. 4. Devemos cultivar a terra para que ela produza alimento para manter a vida humana; não devemos explorar nem destruir a natureza por motivos gananciosos; precisamos ajudar a proteger e restaurar o meio ambiente. 5. Doar e emprestar aos pobres com generosidade; ser justo para com os empregados; dar atenção e ajuda aos necessitados e pessoas que não podem nos recompensar; ensinar aos outros sobre a esperança em Cristo; visitar órfãos e viúvas nas suas tribulações; buscar a santificação; repartir o pão com o faminto, recolher em casa os desabrigados e vestir o nu; ser acessível aos semelhantes; ser um exemplo no trabalho, para não ser pesado aos outros.


 


 

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