quarta-feira, 27 de julho de 2016

05. Como o evangelho transforma a comunidade: 23 a 30 de julho

05. Como o evangelho transforma  a comunidade: 23 a 30 de julho


SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Is 1-4)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mt 4:23).
Leituras da semana: Lc 4:16-19; 10:25-37; Mt 5:13; Is 2:8; Jo 4:35-38; Mt 13:3-9
Robert Louis Stevenson, mais conhecido por sua história de aventuras, A Ilha do Tesouro, foi uma criança doente e não pôde frequentar a escola regularmente. Depois, seus pais contrataram um professor para lhe dar aulas e uma babá para ajudá-lo em suas necessidades pessoais. Certa noite, quando a babá foi verificar se estava tudo em ordem antes que ele dormisse, encontrou-o fora da cama, com as mãos e o nariz pressionados contra a janela. A babá lhe disse firmemente que voltasse para a cama antes que pegasse um resfriado.
Robert lhe disse: “Venha até a janela, e olhe o que eu estou vendo.” Havia um homem acendendo as lâmpadas da rua. “Olhe”, disse Robert, “um homem está abrindo buracos na escuridão” (Margaret Davis, Fear Not! Is There Anything Too Hard for God? Aspect Books, p. 332).
O que o Novo Testamento ensina sobre ajudar os necessitados? Jesus disse que devemos ser “a luz do mundo” (Mt 5:14). Ao fazer isso, refletimos Jesus, a Verdadeira Luz do mundo (Jo 8:12). Os ensinos de Jesus, que Ele exemplificou em Seu próprio ministério terrestre, dão claras instruções quanto à maneira pela qual, por meio dEle, podemos “abrir buracos na escuridão”.
No mês de agosto, ofereça esperança à sua comunidade realizando o Projeto Quebrando o Silêncio. Sua dedicação pode mudar a vida de muitas famílias.
DOMINGO - A declaração de missão de Jesus (Ano Bíblico: Is 5-7)
Jesus, o jovem rabi de Nazaré, havia Se tornado muito popular na região da Galileia (Lc 4:15). Quando Ele falava, as pessoas ficavam “maravilhadas da Sua doutrina; porque Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mt 7:28, 29). Num sábado, quando Lhe foi entregue o rolo do livro de Isaías, Jesus leu os dois primeiros versos de Isaías 61, parando no meio de uma declaração, exatamente antes da frase “e o dia da vingança do nosso Deus” (Is 61:2).
1. Leia Lucas 4:16-19. Onde encontramos essas mesmas palavras? (Ver Isaías 61:1, 2.) O que Jesus estava proclamando ao ler esses versos?
Como já vimos, a expressão “o ano aceitável do Senhor” é identificada como o ano do jubileu (ver Levítico 25). Nessa visita a Nazaré, Jesus citou uma passagem messiânica das Escrituras e assegurou aos Seus ouvintes: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4:21). Nesse sermão Ele Se revelou como o Ungido que pregava as boas-novas aos pobres, a libertação aos cativos, a restauração da vista aos cegos, a liberdade para os oprimidos e a restituição efetuada no jubileu. Essa lista é uma boa descrição de Seu ministério terrestre, que tinha como foco o ensino, a cura e o serviço, especialmente em favor dos necessitados.
2. Por que Jesus não completou a declaração de Isaías 61:2?
Talvez Jesus tenha parado antes da frase “o dia da vingança do nosso Deus” porque não queria que Seu ministério fosse associado ao conceito prevalecente de que o Messias viria para liderar exércitos que derrotariam os opressores de Israel e os colocariam sob o poder dos israelitas. Esse era um falso conceito que, infelizmente, impediria muitos de Seus compatriotas de considerarem Sua pessoa e Seu ministério da maneira correta. Porém, Ele Se concentrou no que iria fazer por aqueles que precisavam do que Ele tinha a oferecer ali, naquele momento, independentemente da situação política da época.
Que lição encontramos na maneira pela qual Jesus anunciou Seu ministério? O que aprendemos com Sua ênfase no trabalho prático que precisamos fazer?

Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/
SEGUNDA - Ame seu próximo (Ano Bíblico: Is 8-10)
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10:27).
3. Qual é mensagem de Lucas 10:25-37 a respeito da questão de ajudar os necessitados?
O doutor da lei entendeu que todos os mandamentos giram em torno de amar a Deus com tudo o que temos e amar o próximo como a nós mesmos. A pergunta que precisava ser respondida era: “Quem é o meu próximo?”
Uma vez que a ideia prevalecente no tempo de Cristo era considerar alguém do seu próprio povo como seu próximo e relegar todos os outros à condição de estranhos, esse doutor da lei esperava que Jesus esclarecesse a questão. A parábola contada por Jesus revela uma perspectiva totalmente diferente. Nosso próximo é qualquer pessoa que encontremos e que precise de nós. Ser o próximo de alguém é satisfazer as necessidades dessa pessoa. O sacerdote e o levita estavam mais preocupados em evitar a contaminação e proteger da impureza seus deveres religiosos. Essa era uma forma conveniente de usar a religião como desculpa para não renunciar ao egoísmo a fim de ajudar alguém que, muito provavelmente, nunca poderia retribuir. Em contraste, o samaritano viu como seu próximo esse “estranho” e “inimigo” ferido, cuidando misericordiosamente das necessidades dele em vez de cuidar das suas. A ideia principal é que, em vez de perguntar: “Quem é meu próximo?”, precisamos perguntar: “Quem será o próximo dos fracos e oprimidos?” Não importa quem seja a pessoa; aquela que estiver necessitada é a que devemos ajudar, e ponto final.
“Deus não reconhece distinção alguma de nacionalidade, etnia ou classe social. É o Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela criação, e todos são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação e abrir todos os compartimentos do templo a fim de que todos possam ter livre acesso a Deus. Seu amor é tão amplo, tão profundo, tão pleno, que penetra em toda parte” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 386).
Quais preconceitos o impedem de ser o próximo de alguém, de acordo com o exemplo do bom samaritano?
TERÇA - A receita completa (Ano Bíblico: Is 11-14)
“Vós sois o sal da Terra” (Mt 5:13).
Nessa passagem, Jesus está chamando Seus seguidores para que sejam “sal”, que é um agente transformador. A igreja é um “saleiro”, que contém o “sal da Terra”. Com o que ou com quem esse “sal” deve se misturar? Somente com nós mesmos, ou com “ingredientes” diferentes de nós?

Você pode entender melhor a resposta a essa pergunta se encher uma fôrma de pão com sal, e outra com massa de pão contendo sal como um de seus ingredientes. Na primeira fôrma, o sal é a receita inteira; dificilmente essa receita seria saborosa, muito menos comestível. Na segunda fôrma, o sal é parte da receita e está misturado com ingredientes diferentes dele mesmo. Como tal, ele transforma um pão sem graça num pão delicioso. O sal cumpre seu papel quando se mistura com elementos diferentes de si mesmo. Algo semelhante ocorre com os cristãos. Isso não acontecerá se permanecermos confortavelmente dentro do “saleiro”, a igreja.
Assim, há um ponto que não podemos ignorar. Podemos, em todos os aspectos possíveis, ser pessoas moralmente corretas, no sentido de que não fumamos, não bebemos, e não nos envolvemos em orgias, jogos de azar e crimes. Tudo isso é importante. Porém, a questão não é apenas o que não fazemos, mas o que fazemos. O que temos feito para ajudar nossa comunidade e os que têm alguma necessidade?
4. Leia novamente Mateus 5:13, concentrando-se no restante do verso. Como o sal pode perder seu sabor?
“Mas se o sal perdeu o sabor, se existe apenas uma profissão de piedade, sem o amor de Cristo, não há poder para o bem. A vida não pode exercer salvadora influência no mundo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 439).
Volte à ilustração da receita. Como vimos, se tudo o que tivermos for o sal, isso não é bom. Na verdade, excesso de sal na alimentação pode ser prejudicial. O sal tem que ser misturado com o que é diferente dele. Assim, se somos exatamente como o mundo, ou se somos semelhantes a ele, não faremos diferença nele. Não teremos nada a oferecer. O sal passará a ser inútil. E o que Jesus disse que acontecerá a ele então?
Contudo, se estivermos impregnados do sabor do amor de Cristo, desejaremos nos aproximar dos “estranhos”, misturando-nos com outros para que sejamos agentes da transformação, fazendo uma diferença positiva na vida deles e, por extensão, levando as pessoas ao que realmente tem importância na vida: a salvação em Jesus.
Leia Deuteronômio 12:30; 31:20; Isaías 2:8. Qual é o perigo apresentado nessas passagens? Como podemos nos precaver para não cair nessa armadilha?
QUARTA - Cultivando o campo espiritual (Ano Bíblico: Is 15-19)
5. Leia João 4:35-38. Quais são os passos necessários para alcançar as pessoas?
O trabalho de um agricultor é um bom exemplo das diversas etapas do desenvolvimento espiritual. Outros tipos de atividades agrícolas precisam ser realizadas antes de uma colheita farta (Mt 9:35-38). Não são necessários somente ceifeiros na seara do Senhor. Você pode imaginar um agricultor, na época da colheita, dizendo a seus trabalhadores: “A época da colheita está chegando, por isso precisamos começar a plantar as sementes”? A colheita só ocorre depois que o agricultor se empenhou em cultivar a terra durante um longo período.
6. A agricultura inclui a preparação do solo, pois nem todo solo é originalmente bom. (Leia Mateus 13:3-9.) O que sua igreja pode fazer em sua comunidade para amolecer o “solo duro” e remover “rochas” e “espinhos”?
Alguns trabalhadores fizeram o árduo trabalho agrícola antes da colheita, e outros colhem os benefícios do seu esforço. Às vezes as estratégias evangelísticas têm enfatizado mais a colheita do que o trabalho preparatório. Não é assim que deve ocorrer. O solo precisa ser preparado muito antes que o evangelista venha e comece a pregar, com a esperança de colher frutos.
Devemos olhar para o trabalho agrícola como um processo: analisar o solo, preparar e arar a terra, plantar, irrigar, fertilizar, combater as pragas, esperar, colher e preservar a colheita.
Colher é apenas uma parte do processo. Na igreja, o processo de “agricultura” poderia incluir atividades de análise do solo, como pesquisas de avaliação das necessidades da comunidade, análise das características da população e entrevistas com líderes comunitários. Pode haver atividades de preparação e cultivo da terra, como atendimento às necessidades da comunidade que foram reveladas pela avaliação; atividades de plantio de sementes, como seminários, estudos bíblicos e pequenos grupos; e oração pela chuva do Espírito Santo. Poucas pessoas são ganhas para Cristo participando de apenas uma atividade. Precisamos nutri-las num processo de múltiplas participações em atividades evangelísticas, aumentando assim a probabilidade de que elas estejam prontas para a colheita. Se confiarmos em eventos esporádicos, é improvável que as novas plantas sobrevivam até a colheita.
Que papel você exerce agora nesse processo de conquistar pessoas para Deus? Acha que deveria desempenhar um papel diferente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua mensagem