SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Sl 145-150)
VERSO PARA MEMORIZAR: Deus “faz justiça aos
oprimidos e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados. O
Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o
Senhor ama os justos. O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a
viúva” (Sl 146:7-9).
Leituras da semana: Êx 22:21-23; 23:2-9; Am 8:4-7; Is 1:13-17; 58:1-14; At 20:35
Anos atrás, num dia frio na cidade de Nova York, um menino de dez
anos, descalço e tremendo, observava atentamente a vitrine de uma loja
de sapatos. Uma mulher foi até o menino e perguntou por que ele estava
observando a vitrine com tanto interesse. Ele disse que estava pedindo a
Deus que lhe desse um par de sapatos. A mulher o tomou pela mão e o
levou para dentro da loja. Ela pediu ao atendente que trouxesse seis
pares de meias; pediu também uma bacia com água e uma toalha. Levando
o rapazinho para o fundo da loja, ela tirou as luvas, lavou os pés dele e
os enxugou com a toalha. O atendente chegou com as meias. A mulher
colocou meias nos pés do menino e lhe deu um par de sapatos. Colocou a
mão na cabeça dele e perguntou se ele se sentia mais confortável. Quando
ela se virou para ir embora, o espantado rapazinho segurou a mão dela e
perguntou, com lágrimas: “A senhora é a esposa de Deus?”
Aquele menino falou uma verdade maior do que imaginava. A igreja de
Deus é Sua noiva, Sua esposa. Como membros de Sua igreja, precisamos
refletir seu caráter amoroso.
Forme pequenos grupos entre os jovens de sua comunidade.
Fortaleça a comunhão e promova a missão.
DOMINGO - Misericórdia e justiça: marcas do povo de Deus (Ano Bíblico: Pv 1-3)
Desde o princípio a justiça social fez parte das leis de
Deus e de Seu ideal para Seu povo. A justiça social é a intenção
original de Deus para a sociedade humana: um mundo em que as
necessidades básicas são satisfeitas, as pessoas prosperam e a paz
reina.
1. Leia os versos seguintes e resuma o
que eles dizem sobre a misericórdia e a justiça, ou sobre o que às vezes
é chamado de “justiça social”. Êx 22:21-23; 23:2-9; Lv 19:10; Pv 14:31;
29:7
A misericórdia e a justiça também são enfatizadas nas leis do sábado dadas ao antigo Israel. Deus delineou três tipos de sábado.
2. De que forma a ideia da misericórdia e da justiça
é refletida em cada um dos sábados mencionados nos textos a seguir? Êx
20:8-10; 23:10, 11; Lv 25:8-55
A. As instruções para a guarda do sábado incluíam o princípio da
garantia de oportunidades iguais para que todos descansassem, inclusive
servos, animais e estrangeiros.
B. A cada sete anos, o ano sabático era uma ocasião para o
cancelamento de dívidas, para demonstrar interesse pelos pobres e
libertar os escravos. Deus instruiu Seu povo a incluir os animais nos
benefícios do ano sabático (ver Lv 25:6, 7).
C. O ano do jubileu ocorria no quinquagésimo ano, após sete anos
sabáticos. A propriedade que havia sido vendida era devolvida ao
proprietário original, as dívidas eram perdoadas e os prisioneiros e
escravos eram libertados. O jubileu era um equalizador da sociedade, um
reinício que dava a todos a oportunidade de recomeçar a vida. Era uma
“salvaguarda contra os extremos da riqueza ou da miséria”(Ellen G.
White, A Ciência do Bom Viver, p. 185).
Ali, na própria estrutura da sociedade hebreia, podemos ver como a
justiça e a misericórdia atuavam juntas em favor dos menos afortunados
da sociedade.
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SEGUNDA - Preocupações universais (Ano Bíblico: Pv 4-7)
3. Leia Gênesis 2:1-3. O que essa passagem nos diz sobre a universalidade do sábado?
Se observarmos verdadeiramente o sábado, não nos contentaremos apenas
com nosso próprio descanso (Êx 23:12), redenção (Dt 5:12-15) e
restauração final na nova Terra (Is 66:22, 23), mas ajudaremos outras
pessoas a encontrarem o descanso em Deus. Na verdade, o sábado nos diz
que Deus é o Criador de todos os que vivem na Terra, Aquele que provê
descanso para todos eles. A universalidade do descanso do sábado implica
que todos nós, ricos ou pobres, temos algo em comum. A paternidade
comum de Deus significa uma igualdade e um interesse comum entre todos
os seres humanos.
Além disso, como vimos ontem, o interesse pela justiça social se
estende dos sábados semanais para os anos sabáticos e ao ano do jubileu.
Os princípios por trás dos três sábados apresentados em Levítico 23 e
25 se estendem também para os cristãos. O sábado apontará perpetuamente
para o passado, para a criação, para a cruz, bem como para o futuro e a
nova Terra. Ele fortalecerá nosso relacionamento com nosso compassivo
Criador e Salvador, levando-nos assim para mais perto daqueles que Ele
ama profundamente – pessoas que têm necessidades profundas, que são
pobres ou estão sofrendo.
Note que, embora o ano sabático e o ano do jubileu ilustrem
princípios eternos, isso não significa que devamos observar literalmente
essas festas hoje em dia. Não devemos. Diferentemente do sábado
semanal, instituído na criação, no mundo anterior à queda, o ano
sabático e o ano do jubileu estão entre os sábados cerimoniais que eram
“sombra das coisas que haviam de vir” (Cl 2:16, 17) e que apontavam para
o futuro, para o ministério e o sacrifício de Jesus, e que terminariam
com Sua morte na cruz. Esses sábados apontam para um princípio
relacionado à maneira pela qual devemos tratar os outros, especialmente
os necessitados. Como um povo redimido, Israel tinha a obrigação de ser
uma luz para o mundo, mostrando aos outros a misericórdia de Deus sem
parcialidade. Com ações de graças, deviam representar o caráter de Deus
àqueles que não O conheciam.
Leia Amós 8:4-7. O que estava acontecendo ali? Somos culpados de
fazer a mesma coisa com os outros? De acordo com o contexto, o que
significam as palavras: “Eu não Me esquecerei de todas as suas obras, para sempre”?
TERÇA - A voz profética: parte 1 (Ano Bíblico: Pv 8-11)
4. “Erga a voz em favor dos que não podem
defender-se, seja o defensor de todos os desamparados. Erga a voz e
julgue com justiça; defenda os direitos dos pobres e dos necessitados”
(Pv 31:8, 9, NVI). Como podemos aplicar esses princípios à nossa vida?
Até agora, nesta semana, notamos que Deus deseja que Seu povo
expresse Suas características de misericórdia e justiça como parte do
comportamento ideal que deve ter. Os profetas hebreus erguiam
frequentemente a voz em favor dos necessitados, chamando o povo de Deus
ao arrependimento por ter representado mal o interesse divino pelos
marginalizados e oprimidos. Na verdade, para Deus esse comportamento
altruísta de socorrer os outros é igual à verdadeira adoração.
5. Leia Isaías 1:13-17. Qual é a definição divina da verdadeira adoração? Como podemos aplicar esses conceitos à nossa vida?
Embora muitos dos profetas do Antigo Testamento dirigissem a atenção
das pessoas para eventos futuros que estavam além de seu tempo, também
se concentravam muito na reforma espiritual e moral, e no serviço
abnegado que devia ocorrer em sua época. A voz profética dos servos do
Senhor soava mais alto quando o povo de Deus fazia esforços
extravagantes para Lhe prestar culto, mas não refletia Sua compaixão
para com os sofredores que os cercavam. Não dá para imaginar
uma testemunha mais ineficaz do que aquela que está tão ocupada
“adorando” a Deus que não tem tempo para ajudar os necessitados. Não
estamos revelando uma forma de “adoração” quando servimos ao Senhor ao
atender às necessidades dos outros?
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