terça-feira, 27 de setembro de 2016

01. O fim: 24 de sete

01. O fim: 24 de setembro a 1º de outubro


SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Mq 5-7)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Disse-lhe Jesus: Eu Sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25).
Leituras da semana: Jó 42:10-17; Gn 4:8; Mt 14:10; 1Co 4:5; Dn 2:44; Jó 14:14, 15
Alunos de redação aprendem sobre a importância de uma boa conclusão para textos e obras. É preciso dar à história uma conclusão satisfatória, principalmente no gênero ficção, em que tudo é inventado. Porém, uma boa conclusão é importante até mesmo nos livros de não ficção.
Mas, e na vida real, que envolve seres humanos de verdade, longe das páginas dos livros ou dos roteiros de cinema? Que espécie de conclusão vemos em nossas histórias pessoais? As “pontas soltas” são bem “amarradas”, como em uma boa obra literária?
Parece que esse não é o nosso caso. Como nossas histórias poderiam ter um final feliz se elas sempre acabam em morte? Nesse sentido, nunca temos um final feliz. Afinal, que alegria encontramos na morte?
Isso também vale para a história de Jó. Embora a conclusão de seu livro apresente um final feliz, pelo menos em contraste com tudo que Jó sofreu, as coisas não foram tão bem assim, pois sua história também terminou em morte. Ao iniciar o estudo do livro de Jó, começaremos pelo final, que levanta questões sobre nosso próprio fim, não apenas aqui, mas para a eternidade.
O Mutirão de Natal deste ano terá início no mês de outubro. Deixe o amor de Deus usar sua igreja em lindas ações de generosidade.
DOMINGO - Felizes para sempre? (Ano Bíblico: Naum)
Muitas vezes as histórias infantis terminam com a frase: “E viveram felizes para sempre”. Em alguns idiomas isso é um clichê. A ideia é que, sejam quais forem os acontecimentos dramáticos (uma princesa sequestrada, um lobo mau ou um rei perverso), o herói e sua nova esposa saem vitoriosos no final.
É assim que termina o livro de Jó, pelo menos numa primeira impressão. Depois de todas as provações e calamidades que sobrevieram a Jó, seu livro termina, na melhor das hipóteses, em um tom relativamente positivo.
1. Leia Jó 42:10-17. De acordo com o texto, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para a seguinte pergunta: Como Jó terminou seus dias?
( ) Ele morreu feliz por ter reconquistado tudo o que perdera.
( ) Ele morreu velho e farto de dias. Deus lhe deu o dobro de tudo que antes possuíra.
Se você perguntasse sobre um livro da Bíblia em que tudo acaba bem para o personagem principal (um livro com um “final feliz”), muitas pessoas mencionariam o livro de Jó.
Afinal de contas, veja tudo o que Jó possuía no fim da história. Familiares e amigos que não estiveram ao seu lado durante as provações (com exceção de Elifaz, Bildade, Zofar, Eliú e a esposa de Jó), foram confortá-lo. Eles também foram generosos, presenteando-o com dinheiro e anéis de ouro. Quando a história chegou ao fim, Jó tinha o dobro do que teve no início, pelo menos em termos de riqueza e prosperidade material (compare Jó 42:12 com Jó 1:3). Ele teve mais dez filhos (sete homens e três mulheres) para substituir os sete filhos e três filhas que haviam morrido (veja Jó 1:2, 18, 19). Além disso, em toda a terra “não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó” (Jó 42:15), o que não é dito das primeiras filhas. Aquele homem que tinha tanta certeza de sua morte viveu mais 140 anos! “Então, morreu Jó, velho e farto de dias” (Jó 42:17). Em hebraico, a expressão “farto de dias” (às vezes curiosamente traduzida como “farto de anos”) é usada para descrever os últimos dias de Abraão (Gn 25:8), Isaque (Gn 35:29) e Davi (1Cr 29:28). Essa expressão transmite a ideia de que alguém está bem e feliz diante de um acontecimento certamente infeliz: a morte.
Gostamos de histórias com final feliz, não é mesmo? Você conhece histórias com final feliz? Que lições podemos aprender com elas?
No próximo sábado, faça uma oração de dedicação das lições da Escola Sabatina e dos alunos em sua igreja.
SEGUNDA - Final infeliz (Ano Bíblico: Habacuque)
A história de Jó (aquele que morreu “velho e farto de dias”) termina com “o vento soprando a seu favor”. Como sabemos, e sabemos muito bem, não é assim que a história termina para muitas outras pessoas. Mesmo aquelas que foram fiéis, virtuosas e dignas de honra, nem sempre acabaram em uma situação como a de Jó.
2. Qual foi o fim dos seguintes personagens bíblicos?
Abel (Gn 4:8):
Urias (2Sm 11:17):
Eli (1Sm 4:18):
Rei Josias (2Cr 35:22-24):
João Batista (Mt 14:10):
Estevão (At 7:59, 60)
A Bíblia está repleta de histórias que não tiveram um final feliz. A própria vida é repleta de histórias sem final feliz. Muitas pessoas não saem das provações de maneira tão vitoriosa quanto Jó, sejam elas martirizadas por uma boa causa, mortas por uma doença terrível ou submetidas à miséria e ao sofrimento. Na verdade, falando honestamente: quantas vezes as coisas dão certo assim como deram para Jó? Perceba que nem precisamos da Bíblia para saber desse fato terrível. Quem não conhece histórias com final infeliz?
Que histórias com final infeliz você conhece? O que você aprendeu com elas?
*Lembrete: Aproveite mais o estudo da lição e envolva cada aluno na busca das respostas para as perguntas de cada dia, com base nas respostas e atividades para a semana, sugeridas no fim da lição de sexta-feira.
TERÇA - Restauração parcial (Ano Bíblico: Sofonias)
A história de Jó termina num tom positivo, em comparação com a história de outros personagens bíblicos e, muitas vezes, de outras pessoas em geral. Estudiosos da Bíblia por vezes discutem a respeito da “restauração” de Jó. De fato, até certo ponto muitas coisas lhe foram restauradas.
Mas se esse fosse o completo fim da história, pergunto com toda a sinceridade: A história realmente estaria completa? Certamente, as coisas melhoraram para Jó, e melhoram muito! Mas apesar disso, Jó um dia acabou morrendo. Todos os seus filhos e filhas também morreram, todos os seus netos e netas, e assim por diante. Com certeza, todos eles, de alguma forma, também enfrentaram muitos dos mesmos traumas e provações que enfrentamos, aflições que simplesmente retratam a realidade da vida neste mundo caído.
Pelo que sabemos, Jó nunca conheceu as razões por trás das calamidades que lhe sobrevieram. Ele teve mais filhos, mas, e quanto à sua tristeza e luto por aqueles que havia perdido? O que dizer das cicatrizes que ele certamente carregou pelo resto da vida? A história de Jó teve um final feliz, porém não foi completamente feliz. Restaram muitas partes incompletas, muitas perguntas sem respostas.
A Bíblia afirma que o Senhor “mudou a sorte de Jó” (Jó 42:10) e, de fato, a mudou, principalmente quando a comparamos com tudo o que havia acontecido antes. Mas ainda restavam muitas coisas incompletas, sem resposta, não realizadas.
Isso não deveria nos surpreender, não é mesmo? Afinal de contas, não importa qual seja o “final” da nossa história neste mundo, bom ou ruim, feliz ou infeliz, algumas coisas ainda continuam incompletas, sem resposta e não realizadas.
Por isso, de certa forma o final da história de Jó pode ser entendido como um símbolo, embora fraco, do verdadeiro final de todo sofrimento e infortúnio humanos. Ele é um prenúncio da grande esperança e da promessa que temos, mediante o evangelho de Jesus Cristo, de uma restauração plena e completa, de modo que a restauração de Jó pareça insignificante.
3. De acordo com 1 Coríntios 4:5, nesta vida algumas coisas permanecerão sem resposta, incompletas e não realizadas. Esse texto nos aponta uma esperança.
Que esperança é essa? Marque a(s) alternativa(s) correta(s):

A. ( ) A esperança de que um dia Deus revele aqui nesta Terra todas as respostas que desejamos encontrar.
B. ( ) A esperança de que dias melhores virão e que, pela nossa própria experiência, aprenderemos a responder as inquietações da nossa existência.
C. ( ) A esperança da volta de Jesus, quando tudo o que está oculto será trazido à luz, e tudo que foi perdido será restaurado.
D. ( ) A esperança de nos encontrarmos como indivíduos e entendermos nosso papel na Terra.

QUARTA - O último reino (Ano Bíblico: Ageu)

A Bíblia é, entre outras coisas, um livro de história. Porém, ela não é simplesmente um livro histórico, pois fala de acontecimentos do passado e de eventos históricos para nos transmitir lições espirituais. A Bíblia utiliza fatos do passado para nos ensinar verdades de como devemos viver hoje (veja 1Co 10:11).
No entanto, a Bíblia não fala apenas do passado. Em teologia, utilizamos o termo escatologia para nos referir aos eventos dos últimos dias (ao fim dos tempos). Esse termo é derivado de uma palavra grega cujo significado é “último”. Às vezes, ele é utilizado para abranger crenças sobre a morte, julgamento, Céu e inferno. Ele também se refere à promessa que temos de uma nova existência, em um mundo novo.
A Bíblia fala muitas coisas a respeito do fim dos tempos. O livro de Jó termina com sua morte. Se esse fosse o único livro que tivéssemos, poderíamos crer que a história de Jó tivesse terminado como terminam todas as outras: com a morte. Não haveria nenhuma esperança.
A Bíblia, porém, nos ensina algo mais. Ela mostra que, no fim dos tempos, o reino eterno de Deus será estabelecido. Ele existirá para sempre e será o lar eterno dos remidos. Diferentemente dos reinos terrestres que surgiram e caíram, esse será eterno.
4. Leia Daniel 2:44 e 7:18. Esses versículos apontam para uma esperança. Que esperança é essa? Analise as afirmações abaixo e marque a única opção correta:
I. A esperança de que não teremos mais lutas aqui na Terra e de que o ser humano resolverá sozinho seus problemas.
II. A esperança da volta de Jesus e da destruição dos reinos deste mundo.
III. A esperança da chegada do reino eterno, que perdurará para sempre.
A. ( ) A alternativa I está correta.
B. ( ) As alternativas II e III estão corretas.
C. ( ) As alternativas I e II estão corretas.
“O grande plano da redenção tem como resultado trazer de novo o mundo ao favor de Deus, de maneira completa. Tudo o que se perdeu pelo pecado é restaurado. Não somente o homem é redimido, mas também a Terra, a fim de ser a eterna habitação dos obedientes. Durante seis mil anos Satanás tem lutado para manter a posse da Terra. Agora se cumpre o propósito original de Deus ao criá-la. ‘Os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade’” (Dn 7:18; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 342).
O livro de Jó realmente termina com a sua morte. A boa notícia para nós, e para Jó, é que o fim de seu livro não é o fim de sua história. E nossa morte igualmente não será o fim da nossa história.

 

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