sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Nota de Esclarecimento – Caso Dep. Georgiano Neto em Guadalupe – Juiz Marcus Antonio de Sousa Silva

Segue nota de esclarecimento do juiz Marcus Antonio de Sousa Silva sobre o caso envolvendo o deputado estadual Georgiano Neto (PSD) no município de Guadalupe.
NOTA DE ESCLARECIMENTO – ELEIÇÕES EM GUADALUPE
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Em razão do episódio envolvendo o veículo do deputado estadual, Georgiano Neto (PSD), na noite do último sábado (1º), no município de Guadalupe, o juiz Marcus Antonio de Sousa Silva presta os seguintes esclarecimentos:
 A Polícia Militar abordou o veículo em via pública, no bairro Cruzeta, após denúncia de suposta retenção de documentos e compra de votos, às 21 horas do sábado, dia 1º de outubro. Lá, o proprietário do veículo se identificou como deputado estadual, que tinha prerrogativas de função e só autorizava a inspeção se fosse por ordem de um desembargador. Diante do fato, os policiais entraram em contato com este magistrado, que determinou o envio do veículo para o Cartório Eleitoral.
 Estavam no veículo, o motorista, o deputado Georgiano Neto, o vice-prefeito e um ex-prefeito de Guadalupe. No Cartório, o deputado disse que deveríamos esperar o advogado e que tinha imunidade parlamentar. Pouco tempo depois chega o deputado federal Júlio César (PSD), pai do deputado estadual, e, em apoio ao filho, também recusou a inspeção, dizendo que o juiz era partidário. Posteriormente, mudou de ideia e disse que só autorizaria a revista com a presença de um coronel da PM. Por telefone, foi informado que havia na região o coronel Edson Ferreira, que se encontrava em Floriano.
 Ao chegar ao Cartório Eleitoral, o coronel Edson Ferreira disse que o parlamentar federal estava concordando com a revista desde que a ordem judicial fosse por escrito. Este magistrado, verificando o adiantado da hora e a presença de um pequeno grupo de apoiadores de ambas as facções políticas que disputavam o pleito – uns defendendo a revista outros contra – insuflados por suas lideranças, determinou a expedição do mandado. Superado o impasse, foi realizada a revista pelo delegado Thiago Sales e Silva, titular da Polícia Civil. Registro, pois, que toda a ação foi acompanhada pela Polícia Civil, Polícia Militar e pelo Promotor Eleitoral de Guadalupe, José de Arimatéa Dourado Leão.
 Portanto, diante do ocorrido, diversamente do que foi dito pelo parlamentar, o magistrado signatário da presente nota não se coaduna com a parcialidade, muito menos com a perseguição de quem quer que seja, defendendo o tratamento isonômico a todos os participantes do evento. Destaque-se por oportuno que todas as decisões tomadas foram com o intuito exclusivo de atender ao interesse público, evitar o confronto entre os apoiadores e garantir a lisura do processo eleitoral.
 Friso, pois, que as declarações que visam macular a imagem deste juiz não têm qualquer respaldo a prosperar. Como magistrado responsável por presidir diversos pleitos eleitorais, não compactuo com nenhum tipo de irregularidade, tendo anos de experiência no exercício do cargo, sem qualquer mácula registrada em meu currículo.
 À disposição para esclarecimentos adicionais.
 Juiz Marcus Antonio de Sousa Silva

fonte: portal Cidade Luz

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