Segue
nota de esclarecimento do juiz Marcus Antonio de Sousa Silva sobre o
caso envolvendo o deputado estadual Georgiano Neto (PSD) no município de
Guadalupe.
NOTA DE ESCLARECIMENTO – ELEIÇÕES EM GUADALUPE
Em razão do episódio
envolvendo o veículo do deputado estadual, Georgiano Neto (PSD), na
noite do último sábado (1º), no município de Guadalupe, o juiz Marcus
Antonio de Sousa Silva presta os seguintes esclarecimentos:
A Polícia Militar
abordou o veículo em via pública, no bairro Cruzeta, após denúncia de
suposta retenção de documentos e compra de votos, às 21 horas do sábado,
dia 1º de outubro. Lá, o proprietário do veículo se identificou como
deputado estadual, que tinha prerrogativas de função e só autorizava a
inspeção se fosse por ordem de um desembargador. Diante do fato, os
policiais entraram em contato com este magistrado, que determinou o
envio do veículo para o Cartório Eleitoral.
Estavam no veículo,
o motorista, o deputado Georgiano Neto, o vice-prefeito e um
ex-prefeito de Guadalupe. No Cartório, o deputado disse que deveríamos
esperar o advogado e que tinha imunidade parlamentar. Pouco tempo depois
chega o deputado federal Júlio César (PSD), pai do deputado estadual,
e, em apoio ao filho, também recusou a inspeção, dizendo que o juiz era
partidário. Posteriormente, mudou de ideia e disse que só autorizaria a
revista com a presença de um coronel da PM. Por telefone, foi informado
que havia na região o coronel Edson Ferreira, que se encontrava em
Floriano.
Ao chegar ao
Cartório Eleitoral, o coronel Edson Ferreira disse que o parlamentar
federal estava concordando com a revista desde que a ordem judicial
fosse por escrito. Este magistrado, verificando o adiantado da hora e a
presença de um pequeno grupo de apoiadores de ambas as facções políticas
que disputavam o pleito – uns defendendo a revista outros contra –
insuflados por suas lideranças, determinou a expedição do mandado.
Superado o impasse, foi realizada a revista pelo delegado Thiago Sales e
Silva, titular da Polícia Civil. Registro, pois, que toda a ação foi
acompanhada pela Polícia Civil, Polícia Militar e pelo Promotor
Eleitoral de Guadalupe, José de Arimatéa Dourado Leão.
Portanto, diante do
ocorrido, diversamente do que foi dito pelo parlamentar, o magistrado
signatário da presente nota não se coaduna com a parcialidade, muito
menos com a perseguição de quem quer que seja, defendendo o tratamento
isonômico a todos os participantes do evento. Destaque-se por oportuno
que todas as decisões tomadas foram com o intuito exclusivo de atender
ao interesse público, evitar o confronto entre os apoiadores e garantir a
lisura do processo eleitoral.
Friso, pois, que as
declarações que visam macular a imagem deste juiz não têm qualquer
respaldo a prosperar. Como magistrado responsável por presidir diversos
pleitos eleitorais, não compactuo com nenhum tipo de irregularidade,
tendo anos de experiência no exercício do cargo, sem qualquer mácula
registrada em meu currículo.
À disposição para esclarecimentos adicionais.
Juiz Marcus Antonio de Sousa Silva
fonte: portal Cidade Luz
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