terça-feira, 30 de maio de 2017

Lição 10 27 de maio a 03 de junho Profecia e as Escrituras


Sábado à tarde

                                                                                                                   Verso para memorizar: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2Pe 1:19).

Leituras da semana: Is 53:1-12; Dn 7:13, 14; 2Pe 1:16-20; Mt 17:1-6; 2Tm 3:15-17

À medida que estudamos as cartas de Pedro, um ponto a ser destacado é a confiança e a certeza do apóstolo acerca do que ele escrevia. O mesmo pode ser observado em Paulo. Ele tinha clara e firme convicção do que proclamava em relação a Jesus Cristo e à cruz.

Nos textos desta semana, estudaremos mais sobre essa certeza de Pedro. Ele mesmo explicou por que tinha tanta convicção. Segundo ele, não cremos em “fábulas engenhosamente inventadas” (2Pe 1:16), conforme as religiões pagãs de seu tempo. Em vez disso, Pedro tinha duas razões para ter certeza daquilo em que acreditava.

Primeiramente, ele havia sido testemunha ocular do “nosso Senhor Jesus Cristo” (2Pe 1:9). A segunda razão, e talvez ainda mais importante, é a “confirmada palavra profética” (2Pe 1:19). Outra vez, Pedro voltou à Bíblia para confirmar a verdade sobre Jesus, especialmente às seções proféticas que falam sobre Ele. Cristo utilizou algumas dessas mesmas seções para Se referir a Si mesmo (Mt 26:54; Lc 24:27). Portanto, se Jesus e Pedro levaram as Escrituras tão a sério, como ousaríamos fazer o contrário?
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Domingo, 28 de maio

 Jesus no Antigo Testamento

Pedro escreveu suas duas epístolas com convicção. Ele sabia do que estava falando, pois conhecia Aquele sobre quem pregava. Pedro tinha certeza de que Jesus era Aquele a quem os profetas do Antigo Testamento haviam se referido. Sua confiança nas Escrituras o ajudou reconhecer o Verbo que “Se fez carne” (Jo 1:14).

Em 1 Pedro 1:10-12, o apóstolo dirigiu seus leitores ao Antigo Testamento, aos profetas do passado e ao que eles haviam ensinado sobre Cristo. De acordo com ele, o Espírito Santo revelou duas verdades fundamentais sobre Jesus no Antigo Testamento: os sofrimentos de Cristo e Sua glória futura (1Pe 1:11). Essas duas imagens podem ser encontradas em todo o Antigo Testamento.

1. O que os seguintes textos ensinam sobre as profecias a respeito de Jesus? Sl 22; Is 53:1-12; Zc 12:10; 13:7; Jr 33:14, 15; Dn 7:13, 14

Em 1 Pedro 1:10-12, o apóstolo declarou a seus leitores que eles ocupavam uma posição muito especial na história da salvação, tendo recebido uma revelação muito maior do que a dos profetas do Antigo Testamento. Os profetas falaram às pessoas de sua própria época; no entanto, algumas partes fundamentais de suas mensagens não foram cumpridas senão quando Cristo veio.

Certas coisas preditas pelos profetas somente se cumpriram nos dias em que os leitores de Pedro viveram. Esses cristãos puderam ouvir, “daqueles que lhes pregaram o evangelho pelo Espírito Santo enviado do Céu”, verdades que os anjos desejavam conhecer (1Pe 1:12, NVI). Tendo recebido a pregação do evangelho, eles conheceram a natureza do sofrimento e humilhação do Redentor com muito mais detalhes do que os profetas do passado. É evidente que eles tiveram que esperar, como veremos, pelas “glórias que se seguiriam” (1Pe 1:11, NVI). Visto que a primeira parte dessas profecias foi cumprida, podemos ter a certeza de que a última parte igualmente se cumprirá.

Quais promessas bíblicas já se cumpriram em sua vida? Quais ainda não se cumpriram? O que elas significam para você? Como você pode se apegar a elas, a despeito das circunstâncias?

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Segunda-feira, 29 de maio
Testemunhas oculares da majestade
2. De acordo com 2 Pedro 1:16-18, quais outras evidências o apóstolo deu para sua fé em Jesus? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Sonhos, visões e fábulas poderosas.
B.( ) A voz de Deus no monte da transfiguração.
C.( ) O fato de que ele tinha sido uma testemunha ocular da majestade divina.
Além da palavra profética, Pedro havia testemunhado muitas coisas sobre as quais ele pregou. Segundo ele, o cristianismo não se fundamenta em “fábulas engenhosamente inventadas” (2Pe 1:16), mas em acontecimentos reais na História.
Os evangelhos relatam que Pedro esteve presente em muitos momentos cruciais na vida e no ministério de Jesus. Ele presenciou as pregações, os ensinos e os milagres de Cristo. Pedro foi testemunha ocular de muitos acontecimentos, desde o primeiro milagre, o da multiplicação dos peixes (Lc 5:4-6), até o encontro com o Mestre na Galileia depois de Sua ressurreição (Jo 21:15).
3. Qual acontecimento testemunhado pelo apóstolo é especialmente enfatizado em 2 Pedro 1:17, 18? Qual é a importância desse evento? Assinale a alternativa correta:
A.( ) O momento em que Jesus afundou no mar da Galileia. Os discípulos viram que não podiam confiar nem mesmo em Cristo.
B.( ) A ocasião em que o Pai abandonou o Filho na cruz. Os discípulos perceberam que Jesus havia morrido em vão.
C.( ) O evento em que se ouviu a voz do Pai na transfiguração de Jesus.
Pedro destacou uma ocasião específica da qual havia sido testemunha ocular: a transfiguração de Jesus. Cristo havia levado consigo Pedro, Tiago e João ao topo de uma montanha, a fim de orar (Lc 9:28). Enquanto esteve com eles, foi transfigurado diante de seus olhos. Seu rosto resplandecia e Suas vestes se tornaram deslumbrantes (Mt 17:2; Lc 9:29). Moisés e Elias se juntaram a Ele e uma voz do Céu disse: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mt 17:5).
Pedro havia presenciado muitas coisas durante o tempo que passou com Jesus. No entanto, ele destacou essa ocasião. Ela revela que Cristo é o Filho de Deus, que Seus dias na Terra foram vividos conforme o plano dEle e que Ele tinha uma relação muito especial com o Pai. De tudo o que Pedro havia testemunhado e do que ainda haveria de testemunhar, ele enfatizou nessa carta a transfiguração de Jesus.
Pense em um acontecimento que marcou profundamente sua experiência espiritual. Como sua vida foi impactada? O que isso significa para você hoje?  
Terça-feira, 30 de maio
 A estrela da alva em nosso coração
4. “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2Pe 1:19). Por que esse verso é tão importante para nós? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Porque ressalta a “palavra profética” como uma candeia que aponta para Jesus, a “Estrela da alva”.
B.( ) Porque revela que precisamos aceitar qualquer palavra profética que escutamos, não importando a procedência.
C.( ) Porque revela que no Céu seremos estrelas da alva e iguais a Deus.
Nessa passagem, assim como em muitas partes da Bíblia (Gn 1:4; Jo 1:5; Is 5:20; Ef 5: 8), é feita uma distinção entre luz e trevas. Para Pedro, a Palavra de Deus brilhava como luz em lugar “tenebroso” (alguns traduzem a palavra tenebroso como “imundo”, “sujo”). Por essa razão, ele deixou muito claro que devemos seguir essa luz até que “o dia clareie e a estrela da alva nasça em” nosso “coração”. Somos seres caídos. Vivemos em um mundo caído e tenebroso. Precisamos que o poder sobrenatural de Deus nos tire dessa escuridão e nos conduza à luz que é Jesus.
Pedro estava mostrando um alvo a seus leitores. Alguns acreditam que a expressão “até que o dia clareie” se refira à segunda vinda de Cristo. Embora seja essa a nossa esperança suprema, a ideia da “estrela da alva” nascendo em nosso coração parece mais imediata e pessoal. Essa estrela se refere a Jesus (Ap 2:28; 22:16). O “nascimento” dEle em nosso coração significa conhecê-Lo, apegar-nos a Ele e provar do Cristo vivo em nossa vida. Jesus não deve ser apenas uma verdade doutrinária. Ele deve ser o centro da nossa existência, nossa fonte de esperança e fé. Portanto, nessa passagem bíblica, Pedro estabeleceu uma clara relação entre estudar a Palavra de Deus e ter um relacionamento salvífico com Jesus, a “Estrela da alva”.
Quando a luz brilhar em nós, certamente a comunicaremos a outros. “A Terra toda deve ser iluminada com a glória da verdade de Deus. A luz deve resplandecer para todas as terras e povos. E é daqueles que receberam a luz que ela deve resplandecer. A Estrela da alva raiou sobre nós, e devemos projetar sua luz no caminho dos que andam em trevas” (Ellen G. White, Vida e Ensinos, p. 220).
Como o estudo da Bíblia o ajuda a conhecer melhor a Cristo?

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Quarta-feira, 31 de maio
 Palavra profética confirmada
5. Leia 2 Pedro 1:19-21. A quais profecias Pedro se referiu? O que ele quis dizer ao declarar que nenhuma profecia das Escrituras provém de particular elucidação? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Às profecias sobre a queda de Babilônia. Toda profecia é relevante, seja qual for a sua origem.
B.( ) Às profecias contra o rei de Tiro. Toda profecia é fruto do pensamento humano.
C.( ) Às profecias do Antigo Testamento. Nenhuma profecia é fruto de interpretação pessoal, mas provém da vontade de Deus e da inspiração do Espírito Santo.
Pedro apresentou duas evidências para enfatizar que o cristianismo não está fundamentado em fábulas engenhosamente inventadas (2Pe 1:16). Primeiramente, seu testemunho ocular (2Pe 1:16-18); em segundo lugar, as profecias das Escrituras (2Pe 1:19-21), um argumento utilizado anteriormente (1Pe 1:10-12).
Pedro declarou que “nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação” (2Pe 1:20). Nessa afirmação, ele não estava proibindo o estudo da Bíblia, pois seria a negação de suas palavras em 1 Pedro 1:13: “Cingindo o vosso entendimento” ou “estejam com a mente preparada, prontos para a ação” (NVI). Tampouco seria essa a intenção de alguém que tinha elogiado os profetas por sua diligente investigação do significado das profecias que haviam recebido (1Pe 1:10).
O que Pedro quis dizer? A igreja se desenvolvia e estudava em grupo. Os cristãos faziam parte de um corpo maior (1Co 12:12-14). Na realidade, o apóstolo estava advertindo contra o tipo de estudo em que se rejeita qualquer ideia proveniente de uma comunidade de cristãos. Ao interagir com outras pessoas, podemos crescer. O Espírito trabalha com a igreja e com seus indivíduos. Ideias podem ser compartilhadas, refinadas e aprofundadas. Mas aquele que age sozinho, recusando a contribuição de outros, provavelmente chegará a interpretações equivocadas em relação às profecias.
Nos versículos seguintes encontramos uma boa razão para esse comentário feito por Pedro. Havia entre seus leitores falsos profetas e mestres (2Pe 2:1). Ele recomendou que eles apresentassem sua interpretação das Escrituras à liderança da igreja como um todo. Quantas pessoas são levadas pelo fanatismo e erro, pois se recusam a seguir o conselho de uma comunidade de cristãos guiada pelo Espírito? Esse foi um perigo naquela época e continua sendo hoje.
Por que é importante estar aberto ao conselho da igreja? Até onde devemos nos submeter ao conselho dos outros?  
Quinta-feira, 01 de junho

 A Palavra em nossa vida

Como vimos, Pedro deu grande ênfase às Escrituras Sagradas. O trecho de 2 Pedro 1:19-21 é uma confirmação poderosa da importância da Bíblia para nossa experiência cristã e de sua inspiração divina. O verso 21 deixa claro o argumento do apóstolo. Diferentemente de outros livros, a Bíblia não é fruto da vontade ou imaginação humana. Ela foi produzida pelo poder do Espírito Santo, que atuou por meio de “homens santos que falaram da parte de Deus”.

6. De acordo com 2 Timóteo 3:15-17, qual é a função das Escrituras em nossa vida? Como essa passagem bíblica reforça a verdade de 2 Pedro 1:19-21? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) A Bíblia existe para nos incomodar. Assim como Pedro, Paulo enfatizou que as Escrituras são produto de espíritos estranhos.

B.( ) Sua função é nos guiar ao desespero, pois revela nossos pecados e não nos apresenta alternativa para eles. 

C.( ) Ela existe para nos conduzir à verdade. Ela nos ensina, corrige, repreende e instrui na justiça. Pedro e Paulo declararam que as Escrituras não têm origem humana, mas divina.

Depois de advertir Timóteo quanto aos perigos que ele e a igreja enfrentariam, Paulo resumiu a importância da Bíblia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16).

Analisaremos esses três pontos.

Ensino: As doutrinas são os ensinamentos da igreja. Elas expressam as crenças da comunidade sobre vários temas bíblicos considerados importantes na Palavra de Deus. O ideal é que toda doutrina seja cristocêntrica e nos ajude a viver de acordo com a “perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).

Orientação: Paulo disse a Timóteo que as Escrituras são úteis “para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16). Pedro fez um comentário semelhante ao dizer que as profecias bíblicas são como uma candeia que brilha em lugar tenebroso (2Pe 1:19). Em outras palavras, as Escrituras orientam como devemos viver e quais são as condutas certas e erradas. Inspirada pelo Espírito Santo, a Bíblia é a vontade de Deus revelada.

Sábio para a salvação”: Ao afirmar que as Escrituras nos tornam sábios para a salvação (2Tm 3:15), Paulo ressaltou que a Palavra de Deus aponta para Jesus. A salvação tem por base a crença de que Ele morreu pelos nossos pecados.

Ensino, orientação moral e conhecimento da salvação [...] Não é de admirar que a Bíblia seja como “uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em [nosso] coração” (2Pe 1:19).
Sexta-feira, 02 de junho 
                                                                                                                                                                                                                         Estudo adicional

“O primeiro e mais elevado dever de todo ser racional é aprender das Escrituras o que é a verdade, e então andar na luz, animando outros a lhe seguirem o exemplo. Dia após dia devemos estudar a Bíblia diligentemente, ponderando todo pensamento e comparando passagem com passagem. Com o auxílio divino devemos formar nossas opiniões por nós mesmos, visto que temos que responder por nós mesmos perante Deus.

“As verdades mais claramente reveladas na Escritura Sagrada têm sido envoltas em dúvida e trevas por homens instruídos que, com pretensão de grande sabedoria, ensinam que as Escrituras têm um sentido místico, secreto, espiritual, que não transparece na linguagem empregada. Esses homens são falsos mestres. Foi a essa classe que Jesus declarou: ‘Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?’ (Mc 12:24). A linguagem da Bíblia deve ser explicada de acordo com seu sentido óbvio, a menos que seja empregado um símbolo ou figura. Cristo fez a promessa: ‘Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus’ (Jo 7:17). Se os homens tão somente tomassem a Bíblia como é, e não houvesse falsos mestres para transviar e lhes confundir o espírito, seria realizada uma obra que alegraria os anjos e que traria para o redil de Cristo milhares de milhares que agora se acham a vaguear no erro” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 598, 599).

Perguntas para reflexão

1. Como podemos chegar a um entendimento claro das Escrituras?

2. Martinho Lutero escreveu: “A Escritura é sua própria luz.” Há uma unidade subjacente à Bíblia; uma passagem pode nos ajudar a compreender outras passagens. Quais exemplos desse princípio encontramos?

3. Quais acontecimentos impactaram profundamente sua experiência cristã? O que eles têm em comum? O que podemos aprender com a experiência dos outros?

4. De que maneira o estudo da Bíblia aprofunda sua caminhada com o Senhor?

Respostas e atividades da semana: 1. Com uma semana de antecedência, sorteie entre os alunos os textos bíblicos referentes às profecias messiânicas do Antigo Testamento. Peça que cada um deles destaque um aspecto da profecia encontrada no texto que recebeu. Pergunte à classe: Essas profecias se cumpriram no tempo dos profetas ou no tempo de Cristo? Existem aspectos dessas profecias que ainda não se cumpriram? 2. F; V; V. 3. C. 4. A. 5. C. 6. F; F; V.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Informativo Mundial das Missões – 27/05/17

Informativo Mundial das Missões – 27/05/17

Olá pessoal!
Segue mais um vídeo, áudio e texto resumido. Enfim, a Carta Missionária.
Vídeo – 720×480 MP4 ALTA (62,9 MB): Download aqui
Vídeo – 720×480 MP4 MÉDIA
(23,2 MB): Download aqui
Vídeo – 360×240 MP4 BAIXA (9,9 MB): Download aqui


 

terça-feira, 23 de maio de 2017

Lição 9 20 a 27 de maio Seja quem você é



Sábado à tarde
                     
Verso para memorizar: “Empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor” (2Pe 1:5-7, NVI).
                                                                                                      
Leituras da semana: 2Pe 1:1-15; Ef 2:8; Rm 5:3-5; Hb 10:38; Rm 6:11; 1Co 15:12-57
Uma coisa extraordinária sobre o Novo Testamento é a grande quantidade de verdades colocadas em um espaço bastante limitado. Veja, por exemplo, a lição desta semana, que compreende 2 Pedro 1:1-14. Nesses 14 versos, Pedro nos ensina sobre a justificação pela fé e sobre o que Deus pode fazer na vida dos que se entregam a Jesus. Ele falou também sobre a maravilhosa verdade de que podemos nos tornar “coparticipantes da natureza divina” (2Pe 1:4) e nos livrar da corrupção e das paixões do mundo.
Na verdade, Pedro não apenas apresentou uma espécie de “catálogo” das virtudes cristãs, mas o fez em uma ordem específica. Uma virtude sucede a outra, que sucede outra ainda, e assim por diante, até que elas culminam na mais importante de todas.
Pedro escreveu também sobre o significado de estar em Cristo e ser “purificado” (2Pe 1:9) dos nossos antigos pecados. Em seguida, ele ainda abordou o tema da certeza da salvação, a promessa de vida eterna no “reino eterno” (2Pe 1:11) do Senhor.
Por fim, o apóstolo discorreu sobre um assunto crucial, o estado dos mortos. Quantas verdades ricas e profundas em apenas 14 versos!

O Impacto Esperança será no próximo sábado, 27 de maio! Milhões de livros Em busca de esperança serão distribuídos. Incentive sua igreja a alcançar lugares ainda não alcançados e com grande circulação de pessoas!  

Domingo, 21 de maio
                                                                                                                     Ano Bíblico: 2Cr 34–36 
 Uma fé preciosa
1. De acordo com 2 Pedro 1:1-4, o que recebemos em Jesus Cristo? Isto é, como a realidade da graça é vista nessa passagem? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A graça, o poder e as promessas. Mas precisamos nos esforçar para merecer essas dádivas.
B.( ) Uma fé muito valiosa, pois sem ela é impossível agradar a Deus. Para receber a graça, precisamos antes receber o dom da fé.
C.( ) Um fardo tão pesado que não podemos carregar, mesmo aceitando a graça.
Pedro começou sua segunda carta dizendo que ela é endereçada aos que com eles haviam obtido “fé igualmente preciosa” (2Pe 1:1); ou aos que “receberam uma fé tão preciosa quanto a nossa” (NTLH). A palavra traduzida como “preciosa” significa “de igual valor ou privilégio”. O apóstolo afirmou que eles “obtiveram” essa fé preciosa, não que a mereceram ou conquistaram, mas que a receberam como dom de Deus. Conforme escreveu Paulo: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2:8). A fé é preciosa porque sem ela “é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6); é valiosa porque, por meio dela, tomamos posse de muitas promessas maravilhosas.
Pedro enfatizou que o “divino poder” de Jesus nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade (2Pe 1:3). Somente mediante Seu poder existimos e podemos alcançar a santidade. Recebemos esse poder “pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude” (2Pe 1:3; veja também Jo 17:3).
Somos chamados a amar a Deus, mas como amar Alguém que não entendemos? Conhecemos o Pai por meio de Jesus, da Palavra, do mundo criado e de uma vida de fé e obediência. Conhecemos o Senhor à medida que experimentamos o que Ele faz em nossa vida. Esse conhecimento nos transforma. Nós O conhecemos mediante a graça que Ele nos concede.
Em seguida, Pedro disse algo ainda mais impressionante. Ele afirmou que recebemos também “preciosas e mui grandes promessas”, inclusive a de nos tornarmos coparticipantes da “natureza divina” (2Pe 1:4). A humanidade foi originalmente criada à imagem de Deus. No entanto, essa imagem foi muito desfigurada e degenerada. Quando nascemos de novo, temos uma nova vida em Jesus. Ele atua para restaurar Sua imagem divina em nós. No entanto, se quisermos que essa transformação ocorra, devemos fugir da corrupção e das paixões deste mundo.

Como você seria se não tivesse fé? Por que o dom da fé é realmente precioso?  

No próximo domingo, realize com sua igreja e outras igrejas da região uma Feira de Saúde! Cuide da saúde das pessoas e multiplique esperança. 

Segunda-feira, 22 de maio
                                                                                                                            Ano Bíblico: Ed 1–3
Amor, o alvo das virtudes cristãs

2. Leia 2 Pedro 1:5-7; Romanos 5:3-5; Tiago 1:3, 4 e Gálatas 5:22, 23. Qual é o tema em comum nesses textos? Assinale a alternativa correta:
A. (   ) As virtudes cristãs.   B. (   ) As maldições de Deus.   C. (   ) Os pecados de Israel.
Listar as virtudes era algo comum entre os filósofos da Antiguidade. Essas listas eram, muitas vezes, chamadas de “catálogo de virtudes”, e há vários exemplos delas no Novo Testamento (Rm 5:3-5; Tg 1:3, 4; Gl 5:22, 23). É bem provável que os leitores de Pedro estivessem familiarizados com tais listas, embora houvesse diferenças interessantes entre as listas dos filósofos e a do apóstolo. Intencionalmente, Pedro organizou sua lista em uma sequência, de maneira que cada virtude serve de base para a posterior, até que a lista culmina no amor.
Cada virtude mencionada por ele tem um significado importante:
Fé: Nesse contexto, a fé era a crença salvífica em Jesus Cristo (veja Gl 3:11; Hb 10:38).
Virtude: No grego arête, virtude é qualquer boa qualidade, anunciada mesmo entre os filósofos pagãos. A fé é fundamental, mas deve levar a uma transformação de vida, na qual a virtude é expressa.
Conhecimento: Com certeza, Pedro não estava se referindo ao conhecimento em geral, mas àquele que vem de um relacionamento salvífico com Cristo Jesus.
Temperança/Domínio próprio: Cristãos maduros são capazes de controlar seus impulsos, especialmente aqueles que levam a excessos.
Paciência/Perseverança: É resistir, especialmente diante das provações e perseguições.
Piedade: No mundo pagão, a palavra traduzida nessa passagem como “piedade” referia-se ao comportamento ético que resultava da crença em um deus. No Novo Testamento, ela carregava também esse mesmo conceito, porém, como resultado da crença no único e verdadeiro Deus (1Tm 2:2, 3).
Fraternidade: Os cristãos são como uma família, e a piedade os levará a ser fraternos uns com os outros.
Amor: Pedro coroou sua lista com o amor. Suas palavras se assemelham às de Paulo: “Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1Co 13:13, NVI).
3. Qual é o papel do esforço humano para alcançar essas virtudes? (2Pe 1:5) Assinale a alternativa correta:
A.( ) As virtudes são inerentes ao ser humano. Não é necessário fazer nenhum esforço para ter uma vida piedosa e fiel.
B.( ) As virtudes não são naturais ao ser humano. Por isso, com a graça de Deus, precisamos fazer nossa parte para ter uma vida piedosa.

Terça-feira, 23 de maio
                                                                                                                               Ano Bíblico: Ed 4–6
Seja quem você é

Depois de listar as virtudes que devemos buscar diligentemente, Pedro declarou qual seria o resultado dessa busca.
4. De acordo com 2 Pedro 1:8-11, qual é a relação entre o que já foi feito por nós e a maneira pela qual devemos viver?
Pedro encorajou seus leitores a viver de acordo com a nova realidade em Jesus. A fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor deviam existir e crescer em sua vida (2Pe 1:8, NVI).
O problema é que nem todos os cristãos viviam de acordo com essa nova realidade. Alguns eram “inoperantes” ou “improdutivos” no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2Pe 1:8, NVI). Tais pessoas haviam se esquecido de que foram purificadas de seus “antigos pecados” (2Pe 1:9, NVI). Portanto, declarou Pedro, os cristãos deviam viver a nova realidade em Jesus. Em Cristo, eles receberam o perdão, a purificação e o privilégio de ser coparticipantes da natureza divina. Por isso, deviam procurar “com diligência cada vez maior, confirmar” a sua “vocação e eleição” (2Pe 1:10). Não havia desculpa para viver como anteriormente; nenhuma justificativa para ser cristãos “inoperantes” ou “improdutivos”.
“Muito ouvimos acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomodada, sem cruz” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 44).
5. Leia Romanos 6:11. Como esse versículo de Paulo reflete as passagens de Pedro estudadas na lição de hoje? Complete as lacunas:
“Assim também vós considerai-vos ________________________________ para o ______________________, mas vivos para ______________________, em Cristo Jesus”.
Em certo sentido, tanto Pedro quanto Paulo declararam: “Seja o que você é”. Em Cristo, somos novas criaturas, purificadas do pecado e coparticipantes da natureza divina. Por isso, podemos viver de acordo com o nosso chamado. Devemos ser “semelhantes a Cristo”. Esse é o significado de ser “cristão”.

Quarta-feira, 24 de maio
                                                                                                                              Ano Bíblico: Ed 7–10 
Deixando o tabernáculo

“Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou” (2Pe 1:13, 14).
Em 1956, Oscar Cullman escreveu um breve estudo intitulado Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos? O testemunho do Novo Testamento. Ele argumentou que o conceito de ressurreição é incompatível com o da alma imortal. Além disso, ele afirmou que o Novo Testamento se posiciona inequivocamente ao lado da ressurreição dos mortos.
“Nenhuma outra publicação minha”, escreveu ele posteriormente, “provocou tanto entusiasmo ou tão intensa hostilidade.”
6. De acordo com 1 Coríntios 15:12-57, o que acontece na morte?
Um estudo sobre morte e ressurreição no Novo Testamento tem convencido a maioria dos estudiosos do Novo Testamento de que Cullman tinha razão. O Novo Testamento, de fato, admite o conceito da ressurreição, não o de uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo. Por exemplo, em 1 Tessalonicenses 4:16-18, Paulo encorajou os que haviam perdido pessoas queridas a consolarem uns aos outros com o fato de que, quando Jesus retornar, Ele ressuscitará os mortos. Em 1 Coríntios 15:12-57, Paulo descreveu extensivamente a ressurreição. Ele começou seu discurso destacando que a fé cristã está fundamentada na ressurreição de Jesus. Se Cristo não ressuscitou, então qualquer fé nEle é inútil. No entanto, Paulo afirmou que Ele realmente ressurgiu dos mortos, como as primícias dos que dormem. Sua ressurreição possibilita que ressurjam também aqueles que estão nEle.
Em 1 Coríntios 15:35-50, Paulo falou sobre o corpo ressuscitado, comparando-­­o ao nosso corpo atual. O que temos agora morrerá; o que receberemos por ocasião da ressurreição, jamais!
Em suma, ao discorrer sobre a morte, o Novo Testamento fala em termos da ressurreição, não da imortalidade da alma. É importante que tenhamos esse pano de fundo ao ler 2 Pedro 1:12-14.

 
Quinta-feira, 25 de maio
                                                                                                                             Ano Bíblico: Ne 1–4
Fé diante da morte

7. De acordo com 2 Pedro 1:12-15, o que o apóstolo quis dizer quando sugeriu que estava prestes a deixar seu tabernáculo/corpo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Pedro estava partindo de Jerusalém.
B.( ) Ele estava prestes a morrer.
C.( ) O apóstolo estava abandonando suas funções no templo.
Em 2 Pedro 1:12-14, o apóstolo revelou o motivo de sua carta. Ele julgava estar prestes a morrer, e a epístola continha sua última mensagem ou testamento.
De acordo com suas palavras, Pedro esperava morrer logo: “Enquanto estou neste tabernáculo [...] certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo” (2Pe 1:13, 14). Ele comparou seu corpo a um tabernáculo que ele logo deixaria ao morrer. É evidente que o apóstolo estava se referindo ao seu corpo quando disse que deixaria seu tabernáculo. Tanto é que os tradutores modernos traduzem esses versos como “enquanto eu viver [...] pois sei que logo terei de deixar este corpo mortal” (2Pe 1:13, 14, NTLH). Nada na linguagem de Pedro sugere que, quando ele “deixasse” seu tabernáculo ou corpo, sua alma sobreviveria como uma entidade separada.
8. Com base em 2 Pedro 1:12-15, como o apóstolo lidou com a realidade de sua morte iminente? O que essa atitude revela sobre a fé? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Pedro ficou furioso com Jesus, pois queria viver muito mais.
B.( ) Ele aceitou sua morte e buscou deixar o legado de esperança.
C.( ) Ficou decepcionado com Jesus e deixou de ser Seu discípulo.
Esses versos tornam ainda mais solenes as palavras de Pedro. Ele escreveu essa passagem sabendo que sua vida em breve chegaria ao fim, pois conforme disse, “o Senhor Jesus” lhe havia revelado. No entanto, ele não demonstrava medo, preocupação nem mau presságio. Em vez disso, a ênfase de Pedro estava no bem-estar daqueles a quem deixaria para trás. Ele queria que eles ficassem firmes na “presente verdade” e, enquanto vivesse, os exortaria à fidelidade. Nesses versos, podemos ver a realidade e a profundidade da experiência de Pedro com o Senhor. Certamente, ele morreria logo e não seria uma morte agradável (veja Jo 21:18; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538). No entanto, seu interesse estava no bem dos outros. Verdadeiramente, Pedro foi um homem que viveu a fé que pregava.

Sexta-feira, 26 de maio
                                                                                                                                         
Estudo adicional

Como vimos, Pedro sabia que estava prestes a morrer. Ele já sabia havia muito tempo a maneira pela qual haveria de morrer, pois o próprio Jesus lhe dissera. “Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas Eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir” (Jo 21:18, NTLH).
Qual foi o fim de Pedro?
“Pedro, como estrangeiro judeu, foi condenado a ser açoitado e crucificado. Na perspectiva dessa terrível morte, o apóstolo se lembrou de seu grande pecado em haver negado a Jesus na hora de Seu julgamento. Antes tão despreparado para reconhecer a cruz, agora ele considerava uma alegria entregar a vida pelo evangelho, sentindo tão-somente que, para ele que havia negado seu Senhor, morrer da mesma forma pela qual seu Mestre havia morrido era uma honra demasiadamente grande para ele. Pedro havia se arrependido sinceramente daquele pecado e tinha sido perdoado por Cristo, o que se revelava pela alta missão que ele recebeu de alimentar as ovelhas e cordeiros do rebanho. Ele, porém, nunca pôde perdoar a si mesmo. Nem mesmo o pensamento das agonias da última e terrível cena puderam diminuir a amargura de sua tristeza e arrependimento. Como último favor, rogou aos seus algozes que fosse pregado na cruz de cabeça para baixo. O pedido foi atendido, e dessa maneira morreu o grande apóstolo Pedro” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538). Mesmo diante dessa perspectiva, a preocupação de Pedro foi com o bem espiritual do rebanho.
Perguntas para reflexão
1. Diante da necessidade de viver em santidade, por que muitos cristãos não conseguem “ser o que são” em Jesus?
2. Como podemos manifestar as virtudes listadas em 2 Pedro 1:5-7? Como podemos ajudar outras pessoas a fazer o mesmo?
3. Que esperança e conforto encontramos no exemplo de Pedro?
4. Qual era a “presente verdade” no tempo de Pedro? Qual é a “presente verdade” em nossos dias?
5. “Certamente, os mortos estão além da morte! ”, alguém escreveu. “A morte é o que os vivos levam consigo.” Como devemos, como cristãos, “levar” a morte?
Respostas e perguntas da semana: 1. F; V; F. 2. A. 3. B. 4. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para estudar essa passagem e explicar à classe essa relação. Pergunte a opinião dos demais alunos sobre a resposta apresentada. 5. Mortos – pecado – Deus. 6. Escolha um aluno com antecedência e peça que ele estude 1 Coríntios 15:12-57. Na classe, permita que ele compartilhe suas conclusões sobre o que acontece na morte. Promova entre os alunos uma discussão acerca desse tema. 7. B. 8. B.
 

domingo, 14 de maio de 2017

Lição 8- 13 a 20 de maio Jesus nos escritos de Pedro


Sábado à tarde
                                                                                                                        Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Verso para memorizar: “Carregando Ele mesmo em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por Suas chagas, fostes sarados” (1Pe 2:24).
 
Leituras da semana: 1Pe 1:18, 19; Cl 1:13, 14; Is 53:1-12; Jo 11:25; Sl 18:50; 2Pe 1:1
A despeito do contexto ou dos problemas específicos abordados por Pedro, seu foco estava em Jesus. Cristo permeia todos os escritos do apóstolo; Ele é o fio de ouro que atravessa toda a sua carta.
Desde a primeira frase, em que Pedro afirmou ser “apóstolo” (enviado) de Jesus Cristo, até sua última declaração: “Paz a todos vocês que estão em Cristo” (1Pe 5:14, NVI), Jesus é seu tema central. Nessa primeira epístola, Pedro escreveu sobre a morte de Jesus como sacrifício oferecido em nosso favor. Falou sobre o grande sofrimento pelo qual Cristo passou, deixando Seu exemplo naqueles momentos de dor como modelo para nós. Ele também discorreu sobre a ressurreição de
Jesus e seu significado para nós. Além disso, escreveu sobre Ele não apenas como o Messias, o Cristo “ungido”, mas como o Messias divino; ou seja, vemos em 1 Pedro mais evidências da divindade de Jesus. Ele é o próprio Deus, que veio à Terra com a natureza humana, viveu e morreu para que tenhamos a esperança e a promessa da vida eterna.
Nesta semana, voltaremos às páginas de 1 Pedro e analisaremos mais atentamente o que elas revelam sobre Jesus.

Domingo, 14 de maio
                                                                                                                         Ano Bíblico: 2Cr 14–16
Jesus, nosso sacrifício
Talvez o principal tema da Bíblia seja a obra de Deus em salvar a humanidade. Desde a queda de Adão e Eva, em Gênesis, até a queda de Babilônia em Apocalipse, as Escrituras, de uma ou de outra maneira, revelam a obra de “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Esse tema também é revelado nas cartas de Pedro.
1. Leia 1 Pedro 1:18, 19 e Colossenses 1:13, 14. O que significa ser redimido? Qual é a relação entre o sangue e a redenção? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ser resgatado do reino das trevas para o reino da luz pelos méritos de Jesus. O preço da redenção foi pago com sangue.
B.( ) Ser resgatado do controle da natureza pecaminosa e ser santificado. A redenção só é possível com derramamento de sangue.
C.( ) As duas alternativas anteriores estão corretas.
Em 1 Pedro 1:18, 19 há uma descrição da importância da morte de Jesus: “Vocês […] foram redimidos […] pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (NVI). Existem duas ideias fundamentais nessas palavras: redenção e sacrifício de animais.
A palavra redenção foi empregada na Bíblia em diversos contextos. Por exemplo, o primeiro jumentinho que nascesse (que não poderia ser sacrificado) e o filho primogênito (Êx 34:19, 20) eram redimidos pelo sacrifício de um cordeiro substituto. Era possível usar dinheiro para comprar de volta (redimir/resgatar) itens que haviam sido vendidos por causa da pobreza (Lv 25:25, 26). E o mais importante, um escravo podia ser redimido (Lv 25:47-49). Primeiramente, Pedro revelou aos seus leitores que o custo para redimi-los de seu “fútil procedimento” que seus pais os haviam legado (1Pe 1:18) foi nada menos do que o “precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pe 1:19). A imagem do cordeiro evidentemente evoca o conceito do sacrifício animal.
Portanto, Pedro comparou a morte de Cristo à de um animal sacrificado no Antigo Testamento. O pecador trazia para o santuário uma ovelha sem defeito. Em seguida, colocava as mãos sobre ela (Lv 4:32, 33). O animal então era abatido e parte de seu sangue era espalhado sobre o altar. O sacerdote derramava o restante do sangue na base do altar (Lv 4:34). A morte do animal sacrificial provia a “expiação” por aquele que oferecia o sacrifício (Lv 4:35). Com isso, Pedro estava dizendo que Jesus morreu em nosso lugar e que Sua morte nos libertou da velha vida e da condenação que, de outra maneira, recairia sobre nós.

Segunda-feira, 15 de maio
                                                                                                                          Ano Bíblico: 2Cr 17–20
A paixão de Cristo
Muitas vezes, os cristãos falam sobre “a paixão de Cristo”. A palavra paixão vem de um verbo grego que significa “sofrer”. A expressão “paixão de Cristo” geralmente se refere aos sofrimentos de Jesus no período final de Sua vida, começando com Sua entrada triunfal em Jerusalém. Pedro também discorreu longamente sobre o sofrimento de Cristo naqueles últimos dias.
2. De acordo com 1 Pedro 2:21-25 e Isaías 53:1-12, o que Jesus sofreu em nosso lugar? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) As consequências do pecado e da morte eterna.
B.( ) A morte em favor dos anjos caídos.
C.( ) O castigo que era nosso.
Há um significado especial para o sofrimento de Jesus. Ele carregou “em Seu corpo, sobre o madeiro, nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça” (1Pe 2:24. O madeiro é uma referência à cruz. Compare com At 5:30.). O pecado trouxe a morte (Rm 5:12). Como pecadores, merecemos morrer. No entanto, o perfeito Jesus, em quem não Se achou nenhum dolo (1Pe 2:22), morreu em nosso lugar. Nessa substituição, temos o plano da salvação.
3. Leia Isaías 53:1-12. O que Jesus sofreu ao executar o plano da salvação em nosso favor? O que isso revela sobre o caráter de Deus? Complete as lacunas:
Cristo foi rejeitado e ________________________; foi ________________________ por nossas transgressões e moído por nossas ________________________. Isso mostra que o ________________________ de Deus é tão grande, que Ele não mediu esforços para nos ________________________.
“Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O Salvador não podia enxergar além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Jesus temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus que Sua separação fosse eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando a misericórdia não mais interceder pela humanidade culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Jesus, como substituto do homem, que tornou tão amargo o cálice que Ele sorveu e quebrantou o coração do Filho de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).

 Qual deve ser nossa resposta diante do que Cristo sofreu por nós? De acordo com 1 Pedro 1:21, como podemos seguir Seu exemplo? 

Terça-feira, 16 de maio
                                                                                                                          Ano Bíblico: 2Cr 21–23
A ressurreição de Jesus
4. Leia 1 Pedro 1:3, 4, 21; 3:21; João 11:25; Filipenses 3:10, 11 e Apocalipse 20:6. Qual é a razão da esperança mencionada nesses textos? O que isso significa para nós? Assinale a alternativa correta:
A.( ) As riquezas que teremos no Céu. Sem elas, seremos somente servos pobres na eternidade.
B.( ) O segundo Pentecostes. Sem ele, não terminaremos a obra.
C.( ) A ressurreição de Jesus. Sem ela, não temos nenhuma esperança em relação à morte.
Conforme já vimos, a primeira epístola de Pedro foi endereçada aos que estavam sofrendo em razão de sua crença em Jesus. Por isso, logo no início de sua carta, o apóstolo dirigiu a atenção de seus leitores à esperança que os aguardava, algo considerado especialmente apropriado. Como ele disse, a esperança do cristão é viva porque está fundamentada na ressurreição de Jesus (1Pe 1:3). Graças à Sua ressurreição, podemos aguardar com expectativa uma herança celestial que jamais perecerá nem passará (1Pe 1:4). Em outras palavras, não importa quanto as coisas se tornem difíceis, pense no que nos espera quando tudo terminar.
A ressurreição de Jesus é a garantia de que também podemos ser ressuscitados (1Co 15:20, 21). Como expressou Paulo, “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé; e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15:17). Contudo, por ter ressurgido dos mortos, Ele provou que tem poder para vencer a própria morte. Portanto, a esperança cristã encontra seu alicerce no fato histórico da ressurreição de Cristo. Sua ressurreição é o fundamento que possibilitará nossa ressurreição no fim dos tempos.
Onde estaríamos sem essa esperança e promessa? Tudo o que Cristo fez por nós culmina na promessa da ressurreição! Sem ela, que esperança teríamos? Afinal de contas, sabemos que, ao contrário da crença cristã popular, os mortos dormem um sono inconsciente na sepultura.
“Para o cristão, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e ‘quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória’ (Jo 8:51, 52; Cl 3:4). [...] Em Sua segunda vinda, todos os queridos mortos Lhe ouvirão a voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 787).
Por que a promessa da ressurreição é tão importante para nossa fé? 
 Viva em comunidade: Convide uma família do seu bairro para almoçar em sua casa. Convide também amigos da igreja. Semeie o amor e multiplique esperança! 
Quarta-feira, 17 de maio
                                                                                                                         Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
Jesus como o Messias
Como vimos anteriormente, um dos momentos decisivos do ministério de Jesus na Terra foi quando, em resposta à pergunta sobre quem Ele era, Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). A palavra “Cristo” (christos, em grego; em hebraico, mashiyach) significa “ungido”, o “Messias”. O termo vem da raiz “ungir”, tendo sido utilizado em diversos contextos do Antigo Testamento. Foi usado até mesmo para designar um rei pagão, Ciro (veja Is 45:1). Portanto, quando Pedro chamou Jesus de “o Cristo”, estava expressando um ideal derivado do Antigo Testamento.
5. Leia os seguintes textos do Antigo Testamento que empregam a palavra “Messias” ou “ungido”. O que o contexto revela sobre seu significado? Ao chamar Jesus de “Messias”, como Pedro entendeu seu sentido?
Sl 2:2 __________________________________________________________________
Sl 18:50 __________________________________________________________________
Dn 9:25 __________________________________________________________________
1Sm 24:6 __________________________________________________________________
Is 45:1 __________________________________________________________________
Embora Pedro tenha sido inspirado pelo Senhor quando declarou que Jesus era o Messias (Mt 16:16, 17), com certeza ele não havia entendido plenamente o que isso significava. Ele não compreendia exatamente quem era o Messias, qual era Sua obra e, talvez o mais importante, como Ele a realizaria.
Pedro não estava sozinho em sua falta de compreensão a respeito desse assunto. Havia muitas concepções diferentes acerca do Messias em Israel. Por mais que o uso das palavras “Messias” ou “ungido” nos textos acima prenunciasse o que Ele finalmente seria e faria, isso não apresentava um panorama completo.
João 7:40 revela um pouco do que os judeus esperavam do Messias. Ele seria descendente de Davi, da cidade de Belém (Is 11:1-16; Mq 5:2). Essa parte eles entenderam corretamente. Contudo, no imaginário popular, o Messias da linhagem de Davi faria o que Davi fez, isto é, derrotaria os inimigos dos judeus. Ninguém esperava um Messias crucificado pelos romanos.
Evidentemente, quando escreveu suas epístolas, Pedro tinha uma compreensão mais clara acerca de Jesus como o Messias e sobre tudo o que Ele faria pela humanidade, visto que ele O chamou de “Jesus Cristo” 15 vezes em suas duas cartas.

Quinta-feira, 18 de maio
                                                                                                                          Ano Bíblico: 2Cr 26–28
Jesus, o Messias divino
Pedro sabia que Jesus não era apenas o Messias, mas também o próprio Senhor. Ou seja, ao escrever suas epístolas, ele tinha conhecimento de que o Messias era o próprio Deus. Embora a palavra “Senhor” [Lord, em inglês] possa ter um significado secular, o termo também pode ser uma clara referência à divindade. Em 1 Pedro 1:3 e 2 Pedro 1:8, 14, 16, o apóstolo se referiu a Jesus como o Messias, o Cristo, o Senhor, o próprio Deus.
Assim como outros escritores do Novo Testamento, Pedro descreveu a relação entre Deus e Jesus empregando as palavras Pai e Filho. Por exemplo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Pe 1:3; compare com 2Pe 1:17). Jesus é retratado como o Filho amado (2Pe 1:17), e parte de Sua autoridade como Senhor e de Seu status celestial vem desse relacionamento especial que Ele tem com Deus, o Pai.
6. Leia 2 Pedro 1:1; João 1:1 e João 20:28. O que esses textos revelam sobre a divindade de Jesus? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ele é Filho de Deus, mas não é Deus.
B.( ) Ele é uma criatura assim como os anjos.
C.( ) Ele é o próprio Deus encarnado, o Senhor.
Em 2 Pedro 1:1, o apóstolo diz: “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No original grego, o mesmo artigo definido (“o”) é usado para Deus e para Salvador. Gramaticalmente, isso significa que tanto “Deus” quanto “Salvador” se referem a Jesus. Portanto, essa passagem é uma das indicações muito claras da plena divindade de Cristo no Novo Testamento.
À medida que os primeiros cristãos se esforçavam para compreender quem era Jesus, eles colocaram gradualmente as evidências da Sua divindade no Novo Testamento. Nos escritos de Pedro, assim como nos textos de outros autores, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são distintos (por exemplo, Pai/Filho: 1Pe 1:3; 2Pe 1:17; Espírito Santo: 1Pe 1:12; 2Pe 1:21). Contudo, ao mesmo tempo, Cristo é retratado como plenamente divino, assim como o Espírito Santo. Com o passar dos anos, e depois de muita discussão, a igreja desenvolveu a doutrina da Trindade a fim de explicar o mistério da divindade da melhor maneira possível. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem a doutrina da Trindade como uma de suas 28 crenças fundamentais. Portanto, vemos em Pedro uma representação clara de Jesus não apenas como o Messias, mas como o próprio Deus.
 Mesmo sendo o Filho de Deus, Jesus veio para viver e morrer como ser humano, para nos salvar. O que isso revela sobre o Deus a quem servimos? Ele merece o nosso amor e confiança?

Sexta-feira, 19 de maio
                                                                                                                            Ano Bíblico: 2Cr 29–31
Estudo adicional
Ao falar dos títulos de Jesus, “parece lógico começar com ‘Messias’, visto que a igreja cristã deve seu nome ao equivalente grego Christos, o ‘Ungido’. A palavra hebraica designa a figura do libertador a quem os judeus aguardavam e que seria o agente divino na inauguração de uma nova era para o povo de Deus. Tanto o termo grego como o hebraico derivam de raízes que significam ‘ungir’. É evidente que, ao chamar Jesus de ‘Cristo’, os escritores do Novo Testamento viam-O como alguém especialmente separado para uma tarefa específica.
“O título Christos ocorre mais de 500 vezes no Novo Testamento. Embora houvesse entre os contemporâneos de Jesus mais de um conceito de messianidade, geralmente se admite que, por volta do primeiro século, os judeus concebiam o Messias como alguém que possuía especial relacionamento com Deus. Ele surgiria no fim do tempo, quando o reino de Deus seria estabelecido. Era alguém por meio de quem Deus interviria na História para o livramento do Seu povo. Jesus aceitava o título de “Messias”, mas não encorajava seu uso, pois o termo encerrava conotações políticas que dificultavam o seu emprego. Embora relutasse em tirar proveito desse título em público para descrever Sua missão, Jesus não repreendeu Pedro (Mt 16:16, 17) nem a mulher samaritana (Jo 4:25, 26) quando o utilizaram. Ele sabia que era o Messias, conforme se deduz do relato de Marcos, onde Jesus afirma que receberia galardão quem desse de beber um copo de água a um de Seus seguidores, porque eles eram discípulos de Cristo (Mc 9:41)” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 186).
Perguntas para reflexão
1. De acordo com Isaías 53:1-12, o que Jesus fez por nós? Por que precisamos dEle como nosso substituto?
2. Ao longo da História, a promessa bíblica de vida após a morte foi usada para manter as pessoas oprimidas. Por isso, muitos rejeitam a noção cristã de vida futura. Qual seria sua resposta a esse pensamento?
3. O que a divindade de Jesus revela sobre o caráter de Deus?
Respostas e tarefas da semana: 1. C. 2. V; F; V. 3. Desprezado – traspassado – iniquidades – amor – salvar. 4. C. 5. Com pelo menos uma semana de antecedência, escolha 5 alunos e dê a cada um deles um dos textos mencionados, pedindo que preparem uma breve resposta para apresentar na classe. Peça a opinião dos outros alunos sobre as respostas dadas quanto ao significado dos textos bíblicos. 6. C.