Sábado à tarde
Verso para memorizar:
“Empenhem-se para acrescentar à sua
fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio
próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à
piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor” (2Pe 1:5-7, NVI).
Leituras da semana:
2Pe 1:1-15; Ef 2:8; Rm 5:3-5; Hb 10:38; Rm 6:11; 1Co 15:12-57
Uma coisa extraordinária sobre o Novo Testamento é a grande
quantidade de verdades colocadas em um espaço bastante limitado. Veja,
por exemplo, a lição desta semana, que compreende 2 Pedro 1:1-14. Nesses
14 versos, Pedro nos ensina sobre a justificação pela fé e sobre o que
Deus pode fazer na vida dos que se entregam a Jesus. Ele falou também
sobre a maravilhosa verdade de que podemos nos tornar “coparticipantes
da natureza divina” (2Pe 1:4) e nos livrar da corrupção e das paixões do
mundo.Na verdade, Pedro não apenas apresentou uma espécie de “catálogo” das virtudes cristãs, mas o fez em uma ordem específica. Uma virtude sucede a outra, que sucede outra ainda, e assim por diante, até que elas culminam na mais importante de todas.
Pedro escreveu também sobre o significado de estar em Cristo e ser “purificado” (2Pe 1:9) dos nossos antigos pecados. Em seguida, ele ainda abordou o tema da certeza da salvação, a promessa de vida eterna no “reino eterno” (2Pe 1:11) do Senhor.
Por fim, o apóstolo discorreu sobre um assunto crucial, o estado dos mortos. Quantas verdades ricas e profundas em apenas 14 versos!
O Impacto Esperança será no próximo sábado, 27 de maio! Milhões de livros Em busca de esperança serão distribuídos. Incentive sua igreja a alcançar lugares ainda não alcançados e com grande circulação de pessoas!
Domingo, 21 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 34–36
Uma fé preciosa
1. De acordo com 2 Pedro 1:1-4, o que recebemos em
Jesus Cristo? Isto é, como a realidade da graça é vista nessa passagem?
Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A graça, o poder e as promessas. Mas precisamos nos esforçar para merecer essas dádivas.
B.( ) Uma fé muito valiosa, pois sem ela é impossível agradar a Deus. Para receber a graça, precisamos antes receber o dom da fé.
C.( ) Um fardo tão pesado que não podemos carregar, mesmo aceitando a graça.
Pedro começou sua segunda carta dizendo que ela é endereçada aos que com eles haviam obtido “fé igualmente preciosa” (2Pe 1:1); ou aos que “receberam uma fé tão preciosa quanto a nossa” (NTLH). A palavra traduzida como “preciosa” significa “de igual valor ou privilégio”. O apóstolo afirmou que eles “obtiveram” essa fé preciosa, não que a mereceram ou conquistaram, mas que a receberam como dom de Deus. Conforme escreveu Paulo: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2:8). A fé é preciosa porque sem ela “é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6); é valiosa porque, por meio dela, tomamos posse de muitas promessas maravilhosas.
Pedro enfatizou que o “divino poder” de Jesus nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade (2Pe 1:3). Somente mediante Seu poder existimos e podemos alcançar a santidade. Recebemos esse poder “pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude” (2Pe 1:3; veja também Jo 17:3).
Somos chamados a amar a Deus, mas como amar Alguém que não entendemos? Conhecemos o Pai por meio de Jesus, da Palavra, do mundo criado e de uma vida de fé e obediência. Conhecemos o Senhor à medida que experimentamos o que Ele faz em nossa vida. Esse conhecimento nos transforma. Nós O conhecemos mediante a graça que Ele nos concede.
Em seguida, Pedro disse algo ainda mais impressionante. Ele afirmou que recebemos também “preciosas e mui grandes promessas”, inclusive a de nos tornarmos coparticipantes da “natureza divina” (2Pe 1:4). A humanidade foi originalmente criada à imagem de Deus. No entanto, essa imagem foi muito desfigurada e degenerada. Quando nascemos de novo, temos uma nova vida em Jesus. Ele atua para restaurar Sua imagem divina em nós. No entanto, se quisermos que essa transformação ocorra, devemos fugir da corrupção e das paixões deste mundo.
Como você seria se não tivesse fé? Por que o dom da fé é realmente precioso?
No próximo domingo, realize com sua igreja e outras igrejas da região uma Feira de Saúde! Cuide da saúde das pessoas e multiplique esperança.
2. Leia 2 Pedro 1:5-7; Romanos 5:3-5; Tiago
1:3, 4 e Gálatas 5:22, 23. Qual é o tema em comum nesses textos?
Assinale a alternativa correta:
A. ( ) As virtudes cristãs. B. ( ) As maldições de Deus. C. ( ) Os pecados de Israel.
Listar as virtudes era algo comum entre os filósofos da Antiguidade. Essas listas eram, muitas vezes, chamadas de “catálogo de virtudes”, e há vários exemplos delas no Novo Testamento (Rm 5:3-5; Tg 1:3, 4; Gl 5:22, 23). É bem provável que os leitores de Pedro estivessem familiarizados com tais listas, embora houvesse diferenças interessantes entre as listas dos filósofos e a do apóstolo. Intencionalmente, Pedro organizou sua lista em uma sequência, de maneira que cada virtude serve de base para a posterior, até que a lista culmina no amor.
Cada virtude mencionada por ele tem um significado importante:
Fé: Nesse contexto, a fé era a crença salvífica em Jesus Cristo (veja Gl 3:11; Hb 10:38).
Virtude: No grego arête, virtude é qualquer boa qualidade, anunciada mesmo entre os filósofos pagãos. A fé é fundamental, mas deve levar a uma transformação de vida, na qual a virtude é expressa.
Conhecimento: Com certeza, Pedro não estava se referindo ao conhecimento em geral, mas àquele que vem de um relacionamento salvífico com Cristo Jesus.
Temperança/Domínio próprio: Cristãos maduros são capazes de controlar seus impulsos, especialmente aqueles que levam a excessos.
Paciência/Perseverança: É resistir, especialmente diante das provações e perseguições.
Piedade: No mundo pagão, a palavra traduzida nessa passagem como “piedade” referia-se ao comportamento ético que resultava da crença em um deus. No Novo Testamento, ela carregava também esse mesmo conceito, porém, como resultado da crença no único e verdadeiro Deus (1Tm 2:2, 3).
Fraternidade: Os cristãos são como uma família, e a piedade os levará a ser fraternos uns com os outros.
Amor: Pedro coroou sua lista com o amor. Suas palavras se assemelham às de Paulo: “Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1Co 13:13, NVI).
3. Qual é o papel do esforço humano para alcançar essas virtudes? (2Pe 1:5) Assinale a alternativa correta:
A.( ) As virtudes são inerentes ao ser humano. Não é necessário fazer nenhum esforço para ter uma vida piedosa e fiel.
B.( ) As virtudes não são naturais ao ser humano. Por isso, com a graça de Deus, precisamos fazer nossa parte para ter uma vida piedosa.
Depois de listar as virtudes que devemos buscar diligentemente, Pedro declarou qual seria o resultado dessa busca.
4. De acordo com 2 Pedro 1:8-11, qual é a relação entre o que já foi feito por nós e a maneira pela qual devemos viver?
Pedro encorajou seus leitores a viver de acordo com a nova realidade em Jesus. A fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor deviam existir e crescer em sua vida (2Pe 1:8, NVI).
O problema é que nem todos os cristãos viviam de acordo com essa nova realidade. Alguns eram “inoperantes” ou “improdutivos” no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2Pe 1:8, NVI). Tais pessoas haviam se esquecido de que foram purificadas de seus “antigos pecados” (2Pe 1:9, NVI). Portanto, declarou Pedro, os cristãos deviam viver a nova realidade em Jesus. Em Cristo, eles receberam o perdão, a purificação e o privilégio de ser coparticipantes da natureza divina. Por isso, deviam procurar “com diligência cada vez maior, confirmar” a sua “vocação e eleição” (2Pe 1:10). Não havia desculpa para viver como anteriormente; nenhuma justificativa para ser cristãos “inoperantes” ou “improdutivos”.
“Muito ouvimos acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomodada, sem cruz” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 44).
5. Leia Romanos 6:11. Como esse versículo de Paulo reflete as passagens de Pedro estudadas na lição de hoje? Complete as lacunas:
“Assim também vós considerai-vos ________________________________ para o ______________________, mas vivos para ______________________, em Cristo Jesus”.
Em certo sentido, tanto Pedro quanto Paulo declararam: “Seja o que você é”. Em Cristo, somos novas criaturas, purificadas do pecado e coparticipantes da natureza divina. Por isso, podemos viver de acordo com o nosso chamado. Devemos ser “semelhantes a Cristo”. Esse é o significado de ser “cristão”.
“Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo,
despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o
meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me
revelou” (2Pe 1:13, 14).
Em 1956, Oscar Cullman escreveu um breve estudo intitulado Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos? O testemunho do Novo Testamento. Ele argumentou que o conceito de ressurreição é incompatível com o da alma imortal. Além disso, ele afirmou que o Novo Testamento se posiciona inequivocamente ao lado da ressurreição dos mortos.
“Nenhuma outra publicação minha”, escreveu ele posteriormente, “provocou tanto entusiasmo ou tão intensa hostilidade.”
6. De acordo com 1 Coríntios 15:12-57, o que acontece na morte?
Um estudo sobre morte e ressurreição no Novo Testamento tem convencido a maioria dos estudiosos do Novo Testamento de que Cullman tinha razão. O Novo Testamento, de fato, admite o conceito da ressurreição, não o de uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo. Por exemplo, em 1 Tessalonicenses 4:16-18, Paulo encorajou os que haviam perdido pessoas queridas a consolarem uns aos outros com o fato de que, quando Jesus retornar, Ele ressuscitará os mortos. Em 1 Coríntios 15:12-57, Paulo descreveu extensivamente a ressurreição. Ele começou seu discurso destacando que a fé cristã está fundamentada na ressurreição de Jesus. Se Cristo não ressuscitou, então qualquer fé nEle é inútil. No entanto, Paulo afirmou que Ele realmente ressurgiu dos mortos, como as primícias dos que dormem. Sua ressurreição possibilita que ressurjam também aqueles que estão nEle.
Em 1 Coríntios 15:35-50, Paulo falou sobre o corpo ressuscitado, comparando-o ao nosso corpo atual. O que temos agora morrerá; o que receberemos por ocasião da ressurreição, jamais!
Em suma, ao discorrer sobre a morte, o Novo Testamento fala em termos da ressurreição, não da imortalidade da alma. É importante que tenhamos esse pano de fundo ao ler 2 Pedro 1:12-14.
7. De acordo com 2 Pedro 1:12-15, o que o
apóstolo quis dizer quando sugeriu que estava prestes a deixar seu
tabernáculo/corpo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Pedro estava partindo de Jerusalém.
B.( ) Ele estava prestes a morrer.
C.( ) O apóstolo estava abandonando suas funções no templo.
Em 2 Pedro 1:12-14, o apóstolo revelou o motivo de sua carta. Ele julgava estar prestes a morrer, e a epístola continha sua última mensagem ou testamento.
De acordo com suas palavras, Pedro esperava morrer logo: “Enquanto estou neste tabernáculo [...] certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo” (2Pe 1:13, 14). Ele comparou seu corpo a um tabernáculo que ele logo deixaria ao morrer. É evidente que o apóstolo estava se referindo ao seu corpo quando disse que deixaria seu tabernáculo. Tanto é que os tradutores modernos traduzem esses versos como “enquanto eu viver [...] pois sei que logo terei de deixar este corpo mortal” (2Pe 1:13, 14, NTLH). Nada na linguagem de Pedro sugere que, quando ele “deixasse” seu tabernáculo ou corpo, sua alma sobreviveria como uma entidade separada.
8. Com base em 2 Pedro 1:12-15, como o apóstolo lidou com a realidade de sua morte iminente? O que essa atitude revela sobre a fé? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Pedro ficou furioso com Jesus, pois queria viver muito mais.
B.( ) Ele aceitou sua morte e buscou deixar o legado de esperança.
C.( ) Ficou decepcionado com Jesus e deixou de ser Seu discípulo.
Esses versos tornam ainda mais solenes as palavras de Pedro. Ele escreveu essa passagem sabendo que sua vida em breve chegaria ao fim, pois conforme disse, “o Senhor Jesus” lhe havia revelado. No entanto, ele não demonstrava medo, preocupação nem mau presságio. Em vez disso, a ênfase de Pedro estava no bem-estar daqueles a quem deixaria para trás. Ele queria que eles ficassem firmes na “presente verdade” e, enquanto vivesse, os exortaria à fidelidade. Nesses versos, podemos ver a realidade e a profundidade da experiência de Pedro com o Senhor. Certamente, ele morreria logo e não seria uma morte agradável (veja Jo 21:18; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538). No entanto, seu interesse estava no bem dos outros. Verdadeiramente, Pedro foi um homem que viveu a fé que pregava.
Como vimos, Pedro sabia que estava prestes a morrer. Ele já
sabia havia muito tempo a maneira pela qual haveria de morrer, pois o
próprio Jesus lhe dissera. “Quando você era moço, você se aprontava e ia
para onde queria. Mas Eu afirmo a você que isto é verdade: quando for
velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para
onde você não vai querer ir” (Jo 21:18, NTLH).
Qual foi o fim de Pedro?
“Pedro, como estrangeiro judeu, foi condenado a ser açoitado e crucificado. Na perspectiva dessa terrível morte, o apóstolo se lembrou de seu grande pecado em haver negado a Jesus na hora de Seu julgamento. Antes tão despreparado para reconhecer a cruz, agora ele considerava uma alegria entregar a vida pelo evangelho, sentindo tão-somente que, para ele que havia negado seu Senhor, morrer da mesma forma pela qual seu Mestre havia morrido era uma honra demasiadamente grande para ele. Pedro havia se arrependido sinceramente daquele pecado e tinha sido perdoado por Cristo, o que se revelava pela alta missão que ele recebeu de alimentar as ovelhas e cordeiros do rebanho. Ele, porém, nunca pôde perdoar a si mesmo. Nem mesmo o pensamento das agonias da última e terrível cena puderam diminuir a amargura de sua tristeza e arrependimento. Como último favor, rogou aos seus algozes que fosse pregado na cruz de cabeça para baixo. O pedido foi atendido, e dessa maneira morreu o grande apóstolo Pedro” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538). Mesmo diante dessa perspectiva, a preocupação de Pedro foi com o bem espiritual do rebanho.
Perguntas para reflexão
1. Diante da necessidade de viver em santidade, por que muitos cristãos não conseguem “ser o que são” em Jesus?
2. Como podemos manifestar as virtudes listadas em 2 Pedro 1:5-7? Como podemos ajudar outras pessoas a fazer o mesmo?
3. Que esperança e conforto encontramos no exemplo de Pedro?
4. Qual era a “presente verdade” no tempo de Pedro? Qual é a “presente verdade” em nossos dias?
5. “Certamente, os mortos estão além da morte! ”, alguém escreveu. “A morte é o que os vivos levam consigo.” Como devemos, como cristãos, “levar” a morte?
Respostas e perguntas da semana: 1. F; V; F. 2. A. 3. B. 4. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para estudar essa passagem e explicar à classe essa relação. Pergunte a opinião dos demais alunos sobre a resposta apresentada. 5. Mortos – pecado – Deus. 6. Escolha um aluno com antecedência e peça que ele estude 1 Coríntios 15:12-57. Na classe, permita que ele compartilhe suas conclusões sobre o que acontece na morte. Promova entre os alunos uma discussão acerca desse tema. 7. B. 8. B.
A.( ) A graça, o poder e as promessas. Mas precisamos nos esforçar para merecer essas dádivas.
B.( ) Uma fé muito valiosa, pois sem ela é impossível agradar a Deus. Para receber a graça, precisamos antes receber o dom da fé.
C.( ) Um fardo tão pesado que não podemos carregar, mesmo aceitando a graça.
Pedro começou sua segunda carta dizendo que ela é endereçada aos que com eles haviam obtido “fé igualmente preciosa” (2Pe 1:1); ou aos que “receberam uma fé tão preciosa quanto a nossa” (NTLH). A palavra traduzida como “preciosa” significa “de igual valor ou privilégio”. O apóstolo afirmou que eles “obtiveram” essa fé preciosa, não que a mereceram ou conquistaram, mas que a receberam como dom de Deus. Conforme escreveu Paulo: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2:8). A fé é preciosa porque sem ela “é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6); é valiosa porque, por meio dela, tomamos posse de muitas promessas maravilhosas.
Pedro enfatizou que o “divino poder” de Jesus nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade (2Pe 1:3). Somente mediante Seu poder existimos e podemos alcançar a santidade. Recebemos esse poder “pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude” (2Pe 1:3; veja também Jo 17:3).
Somos chamados a amar a Deus, mas como amar Alguém que não entendemos? Conhecemos o Pai por meio de Jesus, da Palavra, do mundo criado e de uma vida de fé e obediência. Conhecemos o Senhor à medida que experimentamos o que Ele faz em nossa vida. Esse conhecimento nos transforma. Nós O conhecemos mediante a graça que Ele nos concede.
Em seguida, Pedro disse algo ainda mais impressionante. Ele afirmou que recebemos também “preciosas e mui grandes promessas”, inclusive a de nos tornarmos coparticipantes da “natureza divina” (2Pe 1:4). A humanidade foi originalmente criada à imagem de Deus. No entanto, essa imagem foi muito desfigurada e degenerada. Quando nascemos de novo, temos uma nova vida em Jesus. Ele atua para restaurar Sua imagem divina em nós. No entanto, se quisermos que essa transformação ocorra, devemos fugir da corrupção e das paixões deste mundo.
Como você seria se não tivesse fé? Por que o dom da fé é realmente precioso?
No próximo domingo, realize com sua igreja e outras igrejas da região uma Feira de Saúde! Cuide da saúde das pessoas e multiplique esperança.
Segunda-feira, 22 de maio
Ano Bíblico: Ed 1–3
Amor, o alvo das virtudes cristãs
A. ( ) As virtudes cristãs. B. ( ) As maldições de Deus. C. ( ) Os pecados de Israel.
Listar as virtudes era algo comum entre os filósofos da Antiguidade. Essas listas eram, muitas vezes, chamadas de “catálogo de virtudes”, e há vários exemplos delas no Novo Testamento (Rm 5:3-5; Tg 1:3, 4; Gl 5:22, 23). É bem provável que os leitores de Pedro estivessem familiarizados com tais listas, embora houvesse diferenças interessantes entre as listas dos filósofos e a do apóstolo. Intencionalmente, Pedro organizou sua lista em uma sequência, de maneira que cada virtude serve de base para a posterior, até que a lista culmina no amor.
Cada virtude mencionada por ele tem um significado importante:
Fé: Nesse contexto, a fé era a crença salvífica em Jesus Cristo (veja Gl 3:11; Hb 10:38).
Virtude: No grego arête, virtude é qualquer boa qualidade, anunciada mesmo entre os filósofos pagãos. A fé é fundamental, mas deve levar a uma transformação de vida, na qual a virtude é expressa.
Conhecimento: Com certeza, Pedro não estava se referindo ao conhecimento em geral, mas àquele que vem de um relacionamento salvífico com Cristo Jesus.
Temperança/Domínio próprio: Cristãos maduros são capazes de controlar seus impulsos, especialmente aqueles que levam a excessos.
Paciência/Perseverança: É resistir, especialmente diante das provações e perseguições.
Piedade: No mundo pagão, a palavra traduzida nessa passagem como “piedade” referia-se ao comportamento ético que resultava da crença em um deus. No Novo Testamento, ela carregava também esse mesmo conceito, porém, como resultado da crença no único e verdadeiro Deus (1Tm 2:2, 3).
Fraternidade: Os cristãos são como uma família, e a piedade os levará a ser fraternos uns com os outros.
Amor: Pedro coroou sua lista com o amor. Suas palavras se assemelham às de Paulo: “Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1Co 13:13, NVI).
3. Qual é o papel do esforço humano para alcançar essas virtudes? (2Pe 1:5) Assinale a alternativa correta:
A.( ) As virtudes são inerentes ao ser humano. Não é necessário fazer nenhum esforço para ter uma vida piedosa e fiel.
B.( ) As virtudes não são naturais ao ser humano. Por isso, com a graça de Deus, precisamos fazer nossa parte para ter uma vida piedosa.
Terça-feira, 23 de maio
Ano Bíblico: Ed 4–6
Seja quem você é
4. De acordo com 2 Pedro 1:8-11, qual é a relação entre o que já foi feito por nós e a maneira pela qual devemos viver?
Pedro encorajou seus leitores a viver de acordo com a nova realidade em Jesus. A fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor deviam existir e crescer em sua vida (2Pe 1:8, NVI).
O problema é que nem todos os cristãos viviam de acordo com essa nova realidade. Alguns eram “inoperantes” ou “improdutivos” no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2Pe 1:8, NVI). Tais pessoas haviam se esquecido de que foram purificadas de seus “antigos pecados” (2Pe 1:9, NVI). Portanto, declarou Pedro, os cristãos deviam viver a nova realidade em Jesus. Em Cristo, eles receberam o perdão, a purificação e o privilégio de ser coparticipantes da natureza divina. Por isso, deviam procurar “com diligência cada vez maior, confirmar” a sua “vocação e eleição” (2Pe 1:10). Não havia desculpa para viver como anteriormente; nenhuma justificativa para ser cristãos “inoperantes” ou “improdutivos”.
“Muito ouvimos acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomodada, sem cruz” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 44).
5. Leia Romanos 6:11. Como esse versículo de Paulo reflete as passagens de Pedro estudadas na lição de hoje? Complete as lacunas:
“Assim também vós considerai-vos ________________________________ para o ______________________, mas vivos para ______________________, em Cristo Jesus”.
Em certo sentido, tanto Pedro quanto Paulo declararam: “Seja o que você é”. Em Cristo, somos novas criaturas, purificadas do pecado e coparticipantes da natureza divina. Por isso, podemos viver de acordo com o nosso chamado. Devemos ser “semelhantes a Cristo”. Esse é o significado de ser “cristão”.
Quarta-feira, 24 de maio
Ano Bíblico: Ed 7–10
Deixando o tabernáculo
Em 1956, Oscar Cullman escreveu um breve estudo intitulado Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos? O testemunho do Novo Testamento. Ele argumentou que o conceito de ressurreição é incompatível com o da alma imortal. Além disso, ele afirmou que o Novo Testamento se posiciona inequivocamente ao lado da ressurreição dos mortos.
“Nenhuma outra publicação minha”, escreveu ele posteriormente, “provocou tanto entusiasmo ou tão intensa hostilidade.”
6. De acordo com 1 Coríntios 15:12-57, o que acontece na morte?
Um estudo sobre morte e ressurreição no Novo Testamento tem convencido a maioria dos estudiosos do Novo Testamento de que Cullman tinha razão. O Novo Testamento, de fato, admite o conceito da ressurreição, não o de uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo. Por exemplo, em 1 Tessalonicenses 4:16-18, Paulo encorajou os que haviam perdido pessoas queridas a consolarem uns aos outros com o fato de que, quando Jesus retornar, Ele ressuscitará os mortos. Em 1 Coríntios 15:12-57, Paulo descreveu extensivamente a ressurreição. Ele começou seu discurso destacando que a fé cristã está fundamentada na ressurreição de Jesus. Se Cristo não ressuscitou, então qualquer fé nEle é inútil. No entanto, Paulo afirmou que Ele realmente ressurgiu dos mortos, como as primícias dos que dormem. Sua ressurreição possibilita que ressurjam também aqueles que estão nEle.
Em 1 Coríntios 15:35-50, Paulo falou sobre o corpo ressuscitado, comparando-o ao nosso corpo atual. O que temos agora morrerá; o que receberemos por ocasião da ressurreição, jamais!
Em suma, ao discorrer sobre a morte, o Novo Testamento fala em termos da ressurreição, não da imortalidade da alma. É importante que tenhamos esse pano de fundo ao ler 2 Pedro 1:12-14.
Quinta-feira, 25 de maio
Ano Bíblico: Ne 1–4
Fé diante da morte
A.( ) Pedro estava partindo de Jerusalém.
B.( ) Ele estava prestes a morrer.
C.( ) O apóstolo estava abandonando suas funções no templo.
Em 2 Pedro 1:12-14, o apóstolo revelou o motivo de sua carta. Ele julgava estar prestes a morrer, e a epístola continha sua última mensagem ou testamento.
De acordo com suas palavras, Pedro esperava morrer logo: “Enquanto estou neste tabernáculo [...] certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo” (2Pe 1:13, 14). Ele comparou seu corpo a um tabernáculo que ele logo deixaria ao morrer. É evidente que o apóstolo estava se referindo ao seu corpo quando disse que deixaria seu tabernáculo. Tanto é que os tradutores modernos traduzem esses versos como “enquanto eu viver [...] pois sei que logo terei de deixar este corpo mortal” (2Pe 1:13, 14, NTLH). Nada na linguagem de Pedro sugere que, quando ele “deixasse” seu tabernáculo ou corpo, sua alma sobreviveria como uma entidade separada.
8. Com base em 2 Pedro 1:12-15, como o apóstolo lidou com a realidade de sua morte iminente? O que essa atitude revela sobre a fé? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Pedro ficou furioso com Jesus, pois queria viver muito mais.
B.( ) Ele aceitou sua morte e buscou deixar o legado de esperança.
C.( ) Ficou decepcionado com Jesus e deixou de ser Seu discípulo.
Esses versos tornam ainda mais solenes as palavras de Pedro. Ele escreveu essa passagem sabendo que sua vida em breve chegaria ao fim, pois conforme disse, “o Senhor Jesus” lhe havia revelado. No entanto, ele não demonstrava medo, preocupação nem mau presságio. Em vez disso, a ênfase de Pedro estava no bem-estar daqueles a quem deixaria para trás. Ele queria que eles ficassem firmes na “presente verdade” e, enquanto vivesse, os exortaria à fidelidade. Nesses versos, podemos ver a realidade e a profundidade da experiência de Pedro com o Senhor. Certamente, ele morreria logo e não seria uma morte agradável (veja Jo 21:18; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538). No entanto, seu interesse estava no bem dos outros. Verdadeiramente, Pedro foi um homem que viveu a fé que pregava.
Sexta-feira, 26 de maio
Estudo adicional
Qual foi o fim de Pedro?
“Pedro, como estrangeiro judeu, foi condenado a ser açoitado e crucificado. Na perspectiva dessa terrível morte, o apóstolo se lembrou de seu grande pecado em haver negado a Jesus na hora de Seu julgamento. Antes tão despreparado para reconhecer a cruz, agora ele considerava uma alegria entregar a vida pelo evangelho, sentindo tão-somente que, para ele que havia negado seu Senhor, morrer da mesma forma pela qual seu Mestre havia morrido era uma honra demasiadamente grande para ele. Pedro havia se arrependido sinceramente daquele pecado e tinha sido perdoado por Cristo, o que se revelava pela alta missão que ele recebeu de alimentar as ovelhas e cordeiros do rebanho. Ele, porém, nunca pôde perdoar a si mesmo. Nem mesmo o pensamento das agonias da última e terrível cena puderam diminuir a amargura de sua tristeza e arrependimento. Como último favor, rogou aos seus algozes que fosse pregado na cruz de cabeça para baixo. O pedido foi atendido, e dessa maneira morreu o grande apóstolo Pedro” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538). Mesmo diante dessa perspectiva, a preocupação de Pedro foi com o bem espiritual do rebanho.
Perguntas para reflexão
1. Diante da necessidade de viver em santidade, por que muitos cristãos não conseguem “ser o que são” em Jesus?
2. Como podemos manifestar as virtudes listadas em 2 Pedro 1:5-7? Como podemos ajudar outras pessoas a fazer o mesmo?
3. Que esperança e conforto encontramos no exemplo de Pedro?
4. Qual era a “presente verdade” no tempo de Pedro? Qual é a “presente verdade” em nossos dias?
5. “Certamente, os mortos estão além da morte! ”, alguém escreveu. “A morte é o que os vivos levam consigo.” Como devemos, como cristãos, “levar” a morte?
Respostas e perguntas da semana: 1. F; V; F. 2. A. 3. B. 4. Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para estudar essa passagem e explicar à classe essa relação. Pergunte a opinião dos demais alunos sobre a resposta apresentada. 5. Mortos – pecado – Deus. 6. Escolha um aluno com antecedência e peça que ele estude 1 Coríntios 15:12-57. Na classe, permita que ele compartilhe suas conclusões sobre o que acontece na morte. Promova entre os alunos uma discussão acerca desse tema. 7. B. 8. B.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua mensagem