Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Verso para memorizar:
“Carregando Ele mesmo em Seu corpo,
sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os
pecados, vivamos para a justiça; por Suas chagas, fostes sarados” (1Pe
2:24).
Leituras da semana:
1Pe 1:18, 19; Cl 1:13, 14; Is 53:1-12; Jo 11:25; Sl 18:50; 2Pe 1:1
A despeito do contexto ou dos problemas específicos abordados
por Pedro, seu foco estava em Jesus. Cristo permeia todos os escritos do
apóstolo; Ele é o fio de ouro que atravessa toda a sua carta.
Desde a primeira frase, em que Pedro afirmou ser “apóstolo” (enviado)
de Jesus Cristo, até sua última declaração: “Paz a todos vocês que
estão em Cristo” (1Pe 5:14, NVI), Jesus é seu tema central. Nessa
primeira epístola, Pedro escreveu sobre a morte de Jesus como sacrifício
oferecido em nosso favor. Falou sobre o grande sofrimento pelo qual
Cristo passou, deixando Seu exemplo naqueles momentos de dor como modelo
para nós. Ele também discorreu sobre a ressurreição de
Jesus e seu significado para nós. Além disso, escreveu sobre Ele não apenas como o Messias, o Cristo “ungido”, mas como o Messias divino; ou seja, vemos em 1 Pedro mais evidências da divindade de Jesus. Ele é o próprio Deus, que veio à Terra com a natureza humana, viveu e morreu para que tenhamos a esperança e a promessa da vida eterna.
Jesus e seu significado para nós. Além disso, escreveu sobre Ele não apenas como o Messias, o Cristo “ungido”, mas como o Messias divino; ou seja, vemos em 1 Pedro mais evidências da divindade de Jesus. Ele é o próprio Deus, que veio à Terra com a natureza humana, viveu e morreu para que tenhamos a esperança e a promessa da vida eterna.
Nesta semana, voltaremos às páginas de 1 Pedro e analisaremos mais atentamente o que elas revelam sobre Jesus.
Domingo, 14 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 14–16
Jesus, nosso sacrifício
Talvez o principal tema da Bíblia seja a obra de Deus em salvar
a humanidade. Desde a queda de Adão e Eva, em Gênesis, até a queda de
Babilônia em Apocalipse, as Escrituras, de uma ou de outra maneira,
revelam a obra de “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Esse tema
também é revelado nas cartas de Pedro.
1. Leia 1 Pedro 1:18, 19 e Colossenses 1:13, 14. O
que significa ser redimido? Qual é a relação entre o sangue e a
redenção? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ser resgatado do reino das trevas para o reino da luz pelos méritos de Jesus. O preço da redenção foi pago com sangue.
B.( ) Ser resgatado do controle da natureza pecaminosa e ser santificado. A redenção só é possível com derramamento de sangue.
C.( ) As duas alternativas anteriores estão corretas.
Em 1 Pedro 1:18, 19 há uma descrição da importância da morte de
Jesus: “Vocês […] foram redimidos […] pelo precioso sangue de Cristo,
como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (NVI). Existem duas ideias
fundamentais nessas palavras: redenção e sacrifício de animais.
A palavra redenção foi empregada na Bíblia em diversos
contextos. Por exemplo, o primeiro jumentinho que nascesse (que não
poderia ser sacrificado) e o filho primogênito (Êx 34:19, 20) eram
redimidos pelo sacrifício de um cordeiro substituto. Era possível usar
dinheiro para comprar de volta (redimir/resgatar) itens que haviam sido
vendidos por causa da pobreza (Lv 25:25, 26). E o mais importante, um
escravo podia ser redimido (Lv 25:47-49). Primeiramente, Pedro revelou
aos seus leitores que o custo para redimi-los de seu “fútil
procedimento” que seus pais os haviam legado (1Pe 1:18) foi nada menos
do que o “precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o
sangue de Cristo” (1Pe 1:19). A imagem do cordeiro evidentemente evoca o
conceito do sacrifício animal.
Portanto, Pedro comparou a morte de Cristo à de um animal sacrificado
no Antigo Testamento. O pecador trazia para o santuário uma ovelha sem
defeito. Em seguida, colocava as mãos sobre ela (Lv 4:32, 33). O animal
então era abatido e parte de seu sangue era espalhado sobre o altar. O
sacerdote derramava o restante do sangue na base do altar (Lv 4:34). A
morte do animal sacrificial provia a “expiação” por aquele que oferecia o
sacrifício (Lv 4:35). Com isso, Pedro estava dizendo que Jesus morreu
em nosso lugar e que Sua morte nos libertou da velha vida e da
condenação que, de outra maneira, recairia sobre nós.
Segunda-feira, 15 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 17–20
A paixão de Cristo
Muitas vezes, os cristãos falam sobre “a paixão de Cristo”. A palavra paixão
vem de um verbo grego que significa “sofrer”. A expressão “paixão de
Cristo” geralmente se refere aos sofrimentos de Jesus no período final
de Sua vida, começando com Sua entrada triunfal em Jerusalém. Pedro
também discorreu longamente sobre o sofrimento de Cristo naqueles
últimos dias.
2. De acordo com 1 Pedro 2:21-25 e Isaías 53:1-12, o
que Jesus sofreu em nosso lugar? Assinale “V” para verdadeiro ou “F”
para falso:
A.( ) As consequências do pecado e da morte eterna.
B.( ) A morte em favor dos anjos caídos.
C.( ) O castigo que era nosso.
Há um significado especial para o sofrimento de Jesus. Ele carregou
“em Seu corpo, sobre o madeiro, nossos pecados, para que nós, mortos
para os pecados, vivamos para a justiça” (1Pe 2:24. O madeiro é uma
referência à cruz. Compare com At 5:30.). O pecado trouxe a morte (Rm
5:12). Como pecadores, merecemos morrer. No entanto, o perfeito Jesus,
em quem não Se achou nenhum dolo (1Pe 2:22), morreu em nosso lugar.
Nessa substituição, temos o plano da salvação.
3. Leia Isaías 53:1-12. O que Jesus sofreu ao
executar o plano da salvação em nosso favor? O que isso revela sobre o
caráter de Deus? Complete as lacunas:
Cristo foi rejeitado e ________________________; foi
________________________ por nossas transgressões e moído por nossas
________________________. Isso mostra que o ________________________ de
Deus é tão grande, que Ele não mediu esforços para nos
________________________.
“Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O
Salvador não podia enxergar além dos portais do sepulcro. A esperança
não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava
da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Jesus temia que o pecado
fosse tão ofensivo a Deus que Sua separação fosse eterna. Cristo sentiu a
angústia que há de experimentar o pecador quando a misericórdia não
mais interceder pela humanidade culpada. Foi o sentimento do pecado,
trazendo a ira divina sobre Jesus, como substituto do homem, que tornou
tão amargo o cálice que Ele sorveu e quebrantou o coração do Filho de
Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).
Qual deve ser nossa resposta diante do que Cristo sofreu por nós? De
acordo com 1 Pedro 1:21, como podemos seguir Seu exemplo?
Terça-feira, 16 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 21–23
A ressurreição de Jesus
4. Leia 1 Pedro 1:3, 4, 21; 3:21; João 11:25;
Filipenses 3:10, 11 e Apocalipse 20:6. Qual é a razão da esperança
mencionada nesses textos? O que isso significa para nós? Assinale a
alternativa correta:
A.( ) As riquezas que teremos no Céu. Sem elas, seremos somente servos pobres na eternidade.
B.( ) O segundo Pentecostes. Sem ele, não terminaremos a obra.
C.( ) A ressurreição de Jesus. Sem ela, não temos nenhuma esperança em relação à morte.
Conforme já vimos, a primeira epístola de Pedro foi endereçada aos
que estavam sofrendo em razão de sua crença em Jesus. Por isso, logo no
início de sua carta, o apóstolo dirigiu a atenção de seus leitores à
esperança que os aguardava, algo considerado especialmente apropriado.
Como ele disse, a esperança do cristão é viva porque está fundamentada
na ressurreição de Jesus (1Pe 1:3). Graças à Sua ressurreição, podemos
aguardar com expectativa uma herança celestial que jamais perecerá nem
passará (1Pe 1:4). Em outras palavras, não importa quanto as coisas se
tornem difíceis, pense no que nos espera quando tudo terminar.
A ressurreição de Jesus é a garantia de que também podemos ser
ressuscitados (1Co 15:20, 21). Como expressou Paulo, “se Cristo não
ressuscitou, é vã a vossa fé; e ainda permaneceis nos vossos pecados”
(1Co 15:17). Contudo, por ter ressurgido dos mortos, Ele provou que tem
poder para vencer a própria morte. Portanto, a esperança cristã encontra
seu alicerce no fato histórico da ressurreição de Cristo. Sua
ressurreição é o fundamento que possibilitará nossa ressurreição no fim
dos tempos.
Onde estaríamos sem essa esperança e promessa? Tudo o que Cristo fez
por nós culmina na promessa da ressurreição! Sem ela, que esperança
teríamos? Afinal de contas, sabemos que, ao contrário da crença cristã
popular, os mortos dormem um sono inconsciente na sepultura.
“Para o cristão, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e
escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e ‘quando Cristo,
que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis
com Ele em glória’ (Jo 8:51, 52; Cl 3:4). [...] Em Sua segunda vinda,
todos os queridos mortos Lhe ouvirão a voz, saindo para uma vida
gloriosa, imortal” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 787).
Por que a promessa da ressurreição é tão importante para nossa fé?
Viva em comunidade: Convide uma família do seu bairro para almoçar em
sua casa. Convide também amigos da igreja. Semeie o amor e multiplique
esperança!
Quarta-feira, 17 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
Jesus como o Messias
Como vimos anteriormente, um dos momentos decisivos do
ministério de Jesus na Terra foi quando, em resposta à pergunta sobre
quem Ele era, Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”
(Mt 16:16). A palavra “Cristo” (christos, em grego; em hebraico, mashiyach)
significa “ungido”, o “Messias”. O termo vem da raiz “ungir”, tendo
sido utilizado em diversos contextos do Antigo Testamento. Foi usado até
mesmo para designar um rei pagão, Ciro (veja Is 45:1). Portanto, quando
Pedro chamou Jesus de “o Cristo”, estava expressando um ideal derivado
do Antigo Testamento.
5. Leia os seguintes textos do Antigo Testamento que
empregam a palavra “Messias” ou “ungido”. O que o contexto revela sobre
seu significado? Ao chamar Jesus de “Messias”, como Pedro entendeu seu
sentido?
Sl 2:2 __________________________________________________________________
Sl 18:50 __________________________________________________________________
Dn 9:25 __________________________________________________________________
1Sm 24:6 __________________________________________________________________
Is 45:1 __________________________________________________________________
Embora Pedro tenha sido inspirado pelo Senhor quando declarou que
Jesus era o Messias (Mt 16:16, 17), com certeza ele não havia entendido
plenamente o que isso significava. Ele não compreendia exatamente quem
era o Messias, qual era Sua obra e, talvez o mais importante, como Ele a
realizaria.
Pedro não estava sozinho em sua falta de compreensão a respeito desse
assunto. Havia muitas concepções diferentes acerca do Messias em
Israel. Por mais que o uso das palavras “Messias” ou “ungido” nos textos
acima prenunciasse o que Ele finalmente seria e faria, isso não
apresentava um panorama completo.
João 7:40 revela um pouco do que os judeus esperavam do Messias. Ele
seria descendente de Davi, da cidade de Belém (Is 11:1-16; Mq 5:2). Essa
parte eles entenderam corretamente. Contudo, no imaginário popular, o
Messias da linhagem de Davi faria o que Davi fez, isto é, derrotaria os
inimigos dos judeus. Ninguém esperava um Messias crucificado pelos
romanos.
Evidentemente, quando escreveu suas epístolas, Pedro tinha uma
compreensão mais clara acerca de Jesus como o Messias e sobre tudo o que
Ele faria pela humanidade, visto que ele O chamou de “Jesus Cristo” 15
vezes em suas duas cartas.
Quinta-feira, 18 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 26–28
Jesus, o Messias divino
Pedro sabia que Jesus não era apenas o Messias, mas também o
próprio Senhor. Ou seja, ao escrever suas epístolas, ele tinha
conhecimento de que o Messias era o próprio Deus. Embora a palavra
“Senhor” [Lord, em inglês] possa ter um significado secular, o
termo também pode ser uma clara referência à divindade. Em 1 Pedro 1:3 e
2 Pedro 1:8, 14, 16, o apóstolo se referiu a Jesus como o Messias, o
Cristo, o Senhor, o próprio Deus.
Assim como outros escritores do Novo Testamento, Pedro descreveu a relação entre Deus e Jesus empregando as palavras Pai e Filho.
Por exemplo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Pe
1:3; compare com 2Pe 1:17). Jesus é retratado como o Filho amado (2Pe
1:17), e parte de Sua autoridade como Senhor e de Seu status celestial
vem desse relacionamento especial que Ele tem com Deus, o Pai.
6. Leia 2 Pedro 1:1; João 1:1 e João 20:28. O que esses textos revelam sobre a divindade de Jesus? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ele é Filho de Deus, mas não é Deus.
B.( ) Ele é uma criatura assim como os anjos.
C.( ) Ele é o próprio Deus encarnado, o Senhor.
Em 2 Pedro 1:1, o apóstolo diz: “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”.
No original grego, o mesmo artigo definido (“o”) é usado para Deus e
para Salvador. Gramaticalmente, isso significa que tanto “Deus” quanto
“Salvador” se referem a Jesus. Portanto, essa passagem é uma das
indicações muito claras da plena divindade de Cristo no Novo Testamento.
À medida que os primeiros cristãos se esforçavam para compreender
quem era Jesus, eles colocaram gradualmente as evidências da Sua
divindade no Novo Testamento. Nos escritos de Pedro, assim como nos
textos de outros autores, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são
distintos (por exemplo, Pai/Filho: 1Pe 1:3; 2Pe 1:17; Espírito Santo:
1Pe 1:12; 2Pe 1:21). Contudo, ao mesmo tempo, Cristo é retratado como
plenamente divino, assim como o Espírito Santo. Com o passar dos anos, e
depois de muita discussão, a igreja desenvolveu a doutrina da Trindade a
fim de explicar o mistério da divindade da melhor maneira possível. A
Igreja Adventista do Sétimo Dia tem a doutrina da Trindade como uma de
suas 28 crenças fundamentais. Portanto, vemos em Pedro uma representação
clara de Jesus não apenas como o Messias, mas como o próprio Deus.
Mesmo sendo o Filho de Deus, Jesus veio para viver e morrer como ser
humano, para nos salvar. O que isso revela sobre o Deus a quem servimos?
Ele merece o nosso amor e confiança?
Sexta-feira, 19 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 29–31
Estudo adicional
Ao falar dos títulos de Jesus, “parece lógico começar com
‘Messias’, visto que a igreja cristã deve seu nome ao equivalente grego Christos,
o ‘Ungido’. A palavra hebraica designa a figura do libertador a quem os
judeus aguardavam e que seria o agente divino na inauguração de uma
nova era para o povo de Deus. Tanto o termo grego como o hebraico
derivam de raízes que significam ‘ungir’. É evidente que, ao chamar
Jesus de ‘Cristo’, os escritores do Novo Testamento viam-O como alguém
especialmente separado para uma tarefa específica.
“O título Christos ocorre mais de 500 vezes no Novo
Testamento. Embora houvesse entre os contemporâneos de Jesus mais de um
conceito de messianidade, geralmente se admite que, por volta do
primeiro século, os judeus concebiam o Messias como alguém que possuía
especial relacionamento com Deus. Ele surgiria no fim do tempo, quando o
reino de Deus seria estabelecido. Era alguém por meio de quem Deus
interviria na História para o livramento do Seu povo. Jesus aceitava o
título de “Messias”, mas não encorajava seu uso, pois o termo encerrava
conotações políticas que dificultavam o seu emprego. Embora relutasse em
tirar proveito desse título em público para descrever Sua missão, Jesus
não repreendeu Pedro (Mt 16:16, 17) nem a mulher samaritana (Jo 4:25,
26) quando o utilizaram. Ele sabia que era o Messias, conforme se deduz
do relato de Marcos, onde Jesus afirma que receberia galardão quem desse
de beber um copo de água a um de Seus seguidores, porque eles eram
discípulos de Cristo (Mc 9:41)” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 186).
Perguntas para reflexão
1. De acordo com Isaías 53:1-12, o que Jesus fez por nós? Por que precisamos dEle como nosso substituto?
2. Ao longo da História, a promessa bíblica de vida
após a morte foi usada para manter as pessoas oprimidas. Por isso,
muitos rejeitam a noção cristã de vida futura. Qual seria sua resposta a
esse pensamento?
3. O que a divindade de Jesus revela sobre o caráter de Deus?
Respostas e tarefas da semana: 1. C. 2. V; F; V. 3. Desprezado – traspassado – iniquidades – amor – salvar. 4. C. 5.
Com pelo menos uma semana de antecedência, escolha 5 alunos e dê a cada
um deles um dos textos mencionados, pedindo que preparem uma breve
resposta para apresentar na classe. Peça a opinião dos outros alunos
sobre as respostas dadas quanto ao significado dos textos bíblicos. 6. C.
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