sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

MENTE SAUDÁVEL, Os cuidados para se ter uma vida mentalmente saudável.

                             Não ignore uma nova vida


Nenhuma mudança ocorrerá se você não se dispuser a isso e criar estratégias para que tudo seja diferente (Foto: Shutterstock)

Está na moda falar sobre ser a melhor versão de si mesmo. Também estão na moda os discursos motivacionais, as teorias sobre comportamento humano… Nem a física quântica escapa. Desde que o mundo é mundo, o ser humano sente a necessidade de ser melhor, de mudar.

No entanto, nunca tivemos tanta gente emocionalmente doente. E ao mesmo tempo, nunca tivemos tantos vendedores de soluções para problemas de ordem emocional. A conta parece não fechar. E não fecha mesmo! A felicidade e a realização pessoal continuam anexadas ao futuro. A gratidão foi colocada dentro de um pote e não foi cultivada no coração. A liberdade de expressão e o direito de falar o que se pensa se tornaram uma espécie de autorização para o comportamento rude. As relações continuam descartáveis.
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Como ajudar pessoas que estão sofrendo emocionalmente?


Eu não sou pessimista. Pelo contrário: acredito na mudança, em vida nova, em superação. Trabalho diariamente com pessoas que me procuram exatamente porque desejam viver essas coisas todas. Por isso recomendo aos meus pacientes o pote da gratidão, faço palestras motivacionais. E quero que você entenda que o problema não está em tudo o que falei no parágrafo anterior.
Uma vida velha disfarçada de nova

A questão é que é possível continuar vivendo a velha vida disfarçada de nova vida. É o que acontece com a questão espiritual, não é mesmo? Quantas vezes, ao longo de nossa jornada espiritual, nos vemos em uma “nova vida em Cristo” que, na verdade, é apenas uma velha vida disfarçada de vida cristã? O mesmo se dá em outras áreas.

Quando você assume uma nova postura a nível de discurso, mas não a faz em relação à conduta, isso é viver uma velha vida disfarçada de nova. É possível pregar o amor sem amar; postar textão sobre não se importar com o que as pessoas dizem enquanto por dentro não consegue ouvir uma crítica; defender causas nobres sem viver de acordo com elas.

O fim de ano é um período propício para se estabelecer metas, admitir novos discursos, mas é preciso avançar para muito além disso. Infelizmente, muitas decisões nunca se realizam. O que fazer, então?
Viva mudanças reais

O primeiro passo para deixar a antiga vida e iniciar uma nova é entender o que mantém a antiga ativa. Que crenças você possui que sustentam sua forma de pensar e agir? Que tipo de situações favorecem os velhos hábitos?

Após ter entendido isso, é hora de elaborar uma estratégia para superá-la. Crenças limitantes (de incapacidade, não merecimento e vulnerabilidade, por exemplo) podem ser tratadas em terapia. Algumas situações que estimulam os velhos hábitos podem ser evitadas. A rotina pode ser modificada.

Ao se permitir trabalhar crenças, alterar pensamentos e experimentar uma conduta nova, amplia-se o repertório mental e comportamental. Essa ainda não é a nova vida, mas o ensaio dela. A nova vida vem com a persistência, a constância, com o amadurecimento de uma nova mentalidade acompanhada de uma nova conduta.

É muito mais trabalhoso empenhar-se em um processo real de mudança do que se deixar levar pelos modismos. Sem perceber, podemos ignorar as oportunidades diárias que temos para mudar o rumo de nossa jornada. Podemos aderir a um discurso novo, moderno, supostamente inteligente, e nem perceber que o muito falar pode esconder poucas ações. Por isso, é preciso buscar a nova vida que é produzida por mudanças substanciais naquilo que há de mais profundo em nós.

Mais um ciclo está terminando e muitos planos serão feitos para o seguinte. Mas, a menos que haja uma mentalidade nova, haverá apenas a velha vida para ser vivida.

Diante disso, desejo que “não vos conformeis com este século, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente […]” (Romanos 12:2).

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