SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Gn 48–50)
VERSO PARA MEMORIZAR: “
“Orou Ana e disse: O meu coração se regozija no Senhor, a minha força está exaltada no Senhor; a minha boca se ri dos meus inimigos, porquanto me alegro na Tua salvação” (1Sm 2:1).
Leituras da semana: Jz 4; 6; 14; Hb 11:32; 1Sm 2:12-25; 8:1-7
A época do juízes foi um período caótico na história
sagrada. O povo de Deus praticava o mal aos olhos do Senhor, Ele os
entregava nas mãos de um opressor; então clamavam novamente a Deus, e o
Senhor suscitava um libertador que trazia paz à terra. E assim até o
mesmo triste ciclo se repetir.
Débora, uma das juízas de Israel, foi notável pela
confiança que inspirava nos homens ao seu redor. Ela e Jael foram
heroínas, ao passo que os homens precisavam de encorajamento por causa
de sua timidez e falta de fé. Um subtema que se repete no grande
conflito também é visto na história de Gideão, quando as chances do povo
de Deus eram nulas.
Sansão foi um dos últimos juízes. Depois dele a nação caiu
em anarquia e desespero. Ele foi um herói relutante, mais interessado
em correr atrás de mulheres do que em seguir a Deus, um paralelo de seus
compatriotas, que estavam mais interessados em adorar ídolos do que em
servir ao Senhor.
Samuel trouxe esperança à nação. Sob sua direção, foi
estabelecida uma nova estrutura de liderança, com reis, e um de seus
últimos atos foi ungir o futuro rei Davi.
DOMINGO - Débora (Ano Bíblico: Êx 1–4)
A história de Débora acrescenta detalhes interessantes ao
tema do grande conflito. Ali vemos o povo de Deus sofrendo opressão, com
possibilidades praticamente nulas de vitória. Isso encontra paralelo no
que observamos em Apocalipse 12, que relata uma disputa muito desigual
entre um dragão de sete cabeças e um bebê recém-nascido (ver lição de
terça-feira da 1a semana).
Os principais personagens da história incluem Jabim, rei
de Canaã, Sísera, o comandante de seu exército, e Débora, uma profetisa e
juíza (alguém que resolvia disputas civis entre partes opostas) que
tinha um grau muito incomum de autoridade e influência para uma mulher
daquela época.
1. Leia Juízes 4. Em quais
aspectos vemos o tema do grande conflito expresso nesse capítulo? No
final, quem, somente, trouxe vitória a Israel, apesar da indignidade do
povo?
A heroína da história foi a esposa de Héber, Jael, que não
teve medo de se identificar com o povo de Deus e que desempenhou um
papel fundamental na derrota dos inimigos do Senhor. De nossa
perspectiva atual, não é fácil julgar os atos de Jael. Porém, a última
coisa que deveríamos fazer é usar os atos dela para justificar o engano e
a violência como meios para alcançar nossos fins, não importa o quanto
esses fins sejam corretos.
Nas conversas anteriores ao conflito, Débora assegurou a
Baraque que a batalha seria de Deus (um eco do grande conflito,
certamente). Dois verbos foram usados para descrever como Deus faria
isso (Jz 4:7). Ele faria com que Sísera fosse (no original, a expressão
indica a ideia de atrair ou arrastar, sugerindo o ato de pegar um peixe
numa rede) até o ribeiro Quisom, onde o “entregaria” nas mãos de
Baraque. O cântico de ação de graças de Débora (Juízes 5) revela alguns
dos detalhes. Por causa de uma pesada chuva, os carros de Sísera ficaram
atolados nas estreitas passagens próximas ao ribeiro Quisom. Os céus e
as nuvens “gotejaram” e as montanhas “se derreteram” em água (5:4, 5), e
Israel foi livrado.
Pense na confiança que esses homens de guerra tiveram em Débora. Embora, em certo nível, isso tenha sido bom, por que sempre devemos ter cuidado com o grau de confiança que depositamos em qualquer pessoa?
SEGUNDA - Gideão (Ano Bíblico:Êx 5–8)
2. Leia Juízes 6:1. O que aconteceu nessa ocasião? Jz 6:10
Depois de Débora, a terra ficou em paz durante os 40 anos
seguintes, mas logo os israelitas voltaram a cair nas mãos de
opressores. Dessa vez eram os midianitas que, com seus aliados, entravam
em Israel, destruíam
as lavouras recém-plantadas e roubavam os rebanhos (Jz 6:3-5). Israel ficou grandemente empobrecido e clamou ao Senhor (Jz 6:6, 7). As pessoas concluíram que seus ídolos eram inúteis.
as lavouras recém-plantadas e roubavam os rebanhos (Jz 6:3-5). Israel ficou grandemente empobrecido e clamou ao Senhor (Jz 6:6, 7). As pessoas concluíram que seus ídolos eram inúteis.
3. Leia Juízes 6:12-16. O
que o Anjo do Senhor disse a Gideão, e qual foi a reação dele? Gideão já
não devia saber por que eles estavam sendo afligidos? Jz 6:7-10
Apesar da queixa de Gideão, que era injustificada (eles
eram desobedientes, e por isso estavam sendo oprimidos), Deus estava
pronto a livrá-los novamente, mas dessa vez através de Gideão. É
interessante que Deus tenha chamado Gideão de “homem valente”, embora
ele visse a si mesmo de maneira completamente diferente: “Ai, Senhor
meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em
Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai” (Jz 6:15). Sem dúvida, um
dos componentes fundamentais da força de Gideão foi seu próprio senso de
falta de importância e de fraqueza.
Note, igualmente, o que Gideão pediu ao Senhor em Juízes
6:36-40. Isto é, ciente de sua própria fraqueza e de que as
probabilidades eram contrárias a ele, buscou uma certeza especial da
presença de Deus. Assim, temos ali um homem que compreendia plenamente
sua completa dependência do Senhor. Podemos ler, em Juízes 7, a respeito
do maravilhoso sucesso de Gideão contra os opressores de seu povo e
acerca do livramento que Deus operou em favor de Israel.
Por que o Senhor escolheu usar seres humanos caídos nesse livramento? Isto é, Ele não poderia ter chamado “mais de doze legiões de anjos” (Mt 26:53) para fazer, em favor de Israel, o que era preciso naquele momento? Qual é o nosso papel no grande conflito e na propagação do evangelho?
TERÇA - Sansão (Ano Bíblico: Êx 9 - 11)
As linhas de
batalha entre o bem e o mal ficaram indistintas na história de Sansão. O
início de sua vida foi impressionante, com o anúncio do Anjo do Senhor
de que ele devia ser nazireu desde o nascimento. O Anjo instruiu os pais
de Sansão sobre a preparação para receber aquele bebê especial. Foi
dito à mãe que não bebesse álcool nem ingerisse comidas proibidas (Jz
13:4, 13, 14; ver também Lv 11). Deus, na verdade, tinha planos
especiais para Sansão; infelizmente, as coisas não foram tão bem como
poderiam ter sido.
“Exatamente quando estava se tornando
adulto, época em que deveria executar sua missão divina, ocasião em que,
mais do que em todas as outras, deveria ser fiel a Deus, Sansão se
ligou aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia glorificar
mais a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se estava
colocando-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser
realizado pela sua vida. A todos os que em primeiro lugar procuram
honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa para aqueles que
se inclinam a agradar a si mesmos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 563).
4.Leia
Juízes 14:1-4. Como é possível que Deus tenha usado a fraqueza de Sansão
em relação às mulheres como “uma oportunidade para atacar os
filisteus”? (v. 4, NTLH).
Sansão “atacou” os filisteus de várias
formas, sempre como uma irada reação a desfeitas pessoais. Primeiro
matou 30 homens e levou as vestes deles para sua festa de casamento a
fim de pagar uma dívida (Jz 14:19). Depois destruiu as colheitas deles,
quando sua esposa foi dada em casamento ao seu padrinho (Jz 14:20;
15:1-5). A seguir, Sansão matou muitas pessoas como vingança pelo
fato de que os filisteus tinham matado sua esposa e o pai dela (Jz
15:6-8). Quando os filisteus tentaram se vingar desse ato (Jz 15:9, 10),
ele matou mil homens com a queixada de um jumento (Jz 15:14, 15). Por
fim, derrubou o templo deles e matou três mil pelo fato de que eles o
haviam cegado (Jz 16:21, 28, 30).
Pense num herói cheio de falhas. Há bem pouca coisa em Sansão que deveríamos imitar, embora ele seja mencionado em Hebreus 11:32 junto com alguns personagens importantes. Obviamente, a história vai além do que se pode ver. Pense no que Deus poderia ter feito com Sansão. E o que dizer de nós? Quanta coisa mais poderíamos fazer se estivéssemos vivendo à altura de nosso potencial?
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