quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Crise no Éden – 2 a 9 de janeiro

ÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Gn 4-7)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).
Leituras da Semana: Gn 1:28; Rm 8:17; Mt 6:26; Gn 2:15-17; 3:1-7, 10-19
Após a criação do mundo, Deus declarou que tudo era “muito bom” (Gn 1:31). No entanto, hoje é óbvio que tudo deixou de ser “muito bom”. Apesar de vários “ismos” e ideologias que, ao longo dos séculos, têm tentado endireitar as coisas, nosso mundo continua marchando rumo ao caos, à insegurança, violência, guerra, poluição, opressão e exploração. Se o século 20 começou com muito otimismo sobre o futuro e sobre o que os seres humanos poderiam fazer para melhorá-lo, certamente o século 21 perdeu esse otimismo, e com boa razão.
Como chegamos a essa situação? A resposta se encontra no grande conflito que, embora tenha começado no Céu, infelizmente chegou à Terra, bem no início da história do planeta.
Nesta semana examinaremos como Satanás conseguiu tirar vantagem da liberdade humana e, assim, dar início à devastação que todos nós experimentamos até hoje. A história da queda continua sendo um forte lembrete de que nossa única segurança, como seres humanos, está não apenas em crer no que Deus diz, mas também em obedecer ao que Ele diz, o que é ainda mais importante.
Promova em sua igreja a aquisição da meditação matinal deste ano e da assinatura da Revista Adventista. Clube da leitura: O livro especial para este ano é “A Ciência do Bom Viver”.

 

DOMINGO - Três bênçãos (Ano Bíblico: Gn 8-11)

No contexto da criação, a frase “e viu Deus que [algo] era bom” aparece sete vezes em Gênesis 1: em referência à luz (1:4), à terra seca e ao mar (v. 10), às ervas que dão semente e às árvores que dão frutos (v. 12); em relação ao sol, à lua e às estrelas (v. 16), aos mares repletos de peixes e aos céus cheios de pássaros (v. 21); em referência aos animais selváticos, aos animais domésticos e aos répteis (v. 25). Finalmente, em relação à obra de Deus concluída, foi feita a declaração: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31).
Além de declarar que tudo que havia feito era “muito bom”, Deus foi um passo além e “abençoou” Sua criação em três áreas específicas.
Primeiro, Ele abençoou as criaturas marinhas e os pássaros, dizendo–lhes: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves” (Gn 1:22).
Em segundo lugar, quando Adão e Eva foram criados, Deus os abençoou também, com um encorajamento semelhante: “Sede fecundos, multiplicai–vos, enchei a Terra” (Gn 1:28).
1. Leia Gênesis 1:22, 28. Ambas as bênçãos começam da mesma forma, mas que aspecto extra é acrescentado para Adão e Eva?
Junto com os peixes e os pássaros, os seres humanos participam do incentivo divino para que sejam fecundos e se multipliquem, mas houve uma diferença quando foi dada a Adão e Eva a responsabilidade de cuidar da Terra e de todas as suas criaturas. Aqui temos um vislumbre do significado de ser criado à imagem de Deus. O Criador convidou nossos primeiros pais a ser coadministradores para preservar a criação e cuidar dela (ver Rm 8:17; Hb 1:2, 3).
A terceira bênção dada na história da criação é o sábado (Gn 2:3). Aqui há uma confirmação adicional do fato de que as pessoas são muito mais do que simples animais; foram criadas para desfrutar comunhão com o Criador de uma forma que nenhuma das outras criaturas pode fazer. Aqui vemos evidência inequívoca do lugar especial dado aos seres humanos na criação. Jesus enfatizou esse ponto: “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6:26). Sem desvalorizar as outras criaturas, Ele deixou claro que as pessoas são únicas e especiais na Terra.
O relato bíblico da criação dá aos seres humanos a dignidade que um ponto de vista alternativo das origens, como a evolução, não pode dar. À luz do relato bíblico da origem humana, você está tratando todas as pessoas como merecem ser tratadas?

 

SEGUNDA - O teste junto à árvore (Ano Bíblico: Gn 12-15)

 

Deus criou tudo por uma série de separações com limites claramente definidos: luz e trevas, águas acima e águas abaixo, terra e mar, dia e noite, criaturas segundo a sua espécie, um dia separado dos outros, uma mulher diferente de um homem e uma árvore separada das outras.
2. Leia Gênesis 1:4, 6, 7, 14, 18, 21, 24, 25. Limites claramente definidos foram traçados mesmo antes da criação dos seres humanos. Qual é a importância desse fato?
Assim como Deus formou do pó da terra o homem, os animais do campo e as aves (Gn 2:7, 19), também fez “brotar” do solo belas árvores que davam deliciosos frutos (v. 8, 9). Deus escolheu também uma área de terra especial onde plantou um jardim. Só podemos tentar imaginar sua beleza; os maravilhosos jardins que vemos hoje certamente são um pálido reflexo do que deve ter sido o Éden. No meio desse jardim especialmente plantado no Éden (separado do restante do mundo) havia duas árvores singulares: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. O fruto da segunda árvore não devia ser comido, do contrário haveria sérias consequências (Gn 2:17).
3. Leia Gênesis 2:15-17. Como a ideia de uma linha de separação foi revelada no teste que avaliaria a obediência de Adão e Eva?
A divisão é clara e concreta: comer de todas as outras árvores, mas não daquela que era distinta e separada. Não havia nada de ambíguo nas palavras de Deus. Adão e Eva foram criados como seres morais, e a moralidade não pode existir sem liberdade. Esse foi um teste para ver o que eles iriam fazer com essa liberdade. “A árvore da ciência se tornou a prova de sua obediência e amor a Deus. O Senhor achou conveniente não lhes impor senão uma proibição quanto ao uso de tudo que estava no jardim; mas, se não atendessem à Sua vontade nesse particular, incorreriam na culpa de transgressão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 53).
Quais são as coisas das quais você precisa se separar definitivamente?

TERÇA - A queda: parte 1 (Ano Bíblico: Gn 16-19)

Descrita como mais “sagaz” do que qualquer outro animal (Gn 3:1), a serpente se tornou um poderoso símbolo ao longo da história bíblica. Moisés levantou uma serpente de bronze numa haste para impedir que as pessoas morressem numa praga de serpentes mortais durante o êxodo (Nm 25:5-9). A mesma serpente de bronze se tornou objeto de idolatria e de prática do ocultismo, e foi destruída pelo rei Ezequias cerca de 700 anos mais tarde (2Rs 18:4). No livro do Apocalipse, a “antiga serpente” é claramente identificada como “diabo e Satanás” (Ap 12:9).
4. Leia Gênesis 3:1-5. Que tática Satanás usou para enganar Eva?
As primeiras palavras proferidas pela serpente foram de cinismo e dúvida: “Foi isto mesmo que Deus disse […]?” (Gn 3:1, NVI). Em vez de pensar por que uma serpente estava falando, Eva foi imediatamente apanhada pelas provocantes observações que tinham o objetivo de destruir sua fé. Quando Satanás perguntou: “Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?” (Gn 3:1, NVI), a implicação (com base na língua original) foi que Deus os havia proibido de comer de todas as árvores, quando, na verdade, não era isso que Deus os havia proibido de fazer.
O caráter de Deus foi questionado ali. Esse foi um ataque direto a Ele. A serpente deve ter confundido Eva, porque a resposta dela acrescentou um detalhe que, segundo o relato bíblico, Deus não havia exigido, ao responder à serpente: “Podemos comer do fruto das árvores do jardim, mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’” (Gn 3:2, 3, NVI; ver Gn 2:17). A parte sobre não tocar no fruto foi acrescentada por Eva, talvez por estar confusa.
O sucesso de Satanás até esse ponto o tornou ousado; por isso, ele desafiou diretamente a autoridade de Deus: “Certamente não morrerão!” (Gn 3:4, NVI).
O fato de que a serpente, na árvore, estava tocando o fruto e continuava viva, tornou suas declarações dignas de crédito. Então Satanás lançou a ideia final: “Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal” (v. 5, NVI). O tentador fez parecer que Deus não só era desonesto, mas que estava deixando de dar a eles alguma coisa boa.
Ao se sentir oprimido por forças maiores que você, como pode obter coragem do Senhor, que é maior do que todas as coisas?
Satanás misturou a verdade com o erro. Quais são algumas crenças que misturam a verdade com o erro? Por que essa mistura é sempre mortal, especialmente em termos de teologia?

QUARTA - A queda: parte 2 (Ano Bíblico: Gn 20-22)

Quando Deus decidiu criar Adão e Eva, declarou que eles seriam feitos à Sua imagem e conforme a Sua semelhança (Gn 1:26). A isca no “anzol” do tentador foi que, se eles comessem do fruto proibido, se tornariam “como Deus”. A realidade é que eles já eram como Deus. Haviam sido criados à Sua imagem, mas o triste fato é que, no calor da tentação, perderam de vista essa sagrada verdade.
Além disso, Deus era o provedor original do alimento para eles, mas parte da rebelião consistiu no fato de que Adão e Eva escolheram algo para comer que estava fora dos limites estabelecidos por Deus. Seria como você ser convidado para uma refeição na casa de alguém e, em vez de comer o que está na mesa, procurar o armário ou a geladeira e se servir de algo de que gosta. Isso não apenas seria um insulto aos anfitriões, mas também demonstraria que você não valoriza o relacionamento com eles.
5. Leia Gênesis 3:4-7. O tentador assegurou a Eva que, ao comer do fruto, seus olhos se abririam. O que eles viram quando seus olhos se abriram, e o que essa nova visão simbolizava?
Eva foi vencida por seus sentidos (Gn 3:6). A árvore era bonita, e quando ela deu uma mordida no fruto, imaginou que estava entrando numa condição mais elevada de existência. Quando compartilhou sua experiência com Adão, realmente os olhos de ambos se abriram (v. 7), mas ficaram envergonhados com o que viram.
Uma importante questão ali foi a rejeição de Deus como Provedor de todas as coisas boas e a escolha de uma solução criada pelo homem para a necessidade humana (nesse caso, o desejo de comer). Deus tinha previamente assegurado o alimento para Adão e Eva e havia provido o cardápio. Ao comer da árvore proibida, eles deixaram de lado essa provisão e mostraram uma falta de confiança injustificada, especialmente em vista das circunstância singulares em que se encontravam.
Que tipo de “fruto proibido” (que frequentemente parece tão tentador, tão agradável e tão cheio de promessas) temos à disposição? De que forma podemos evitar erros semelhantes diante desses enganos poderosos?

QUINTA - As consequências (Ano Bíblico: Gn 23-25)

Talvez já estejamos há muito tempo na eternidade quando entendermos plenamente quanto dano foi causado por esse único incidente junto à árvore. Tudo que Deus havia feito durante a semana da criação começou a se desmanchar. Os relacionamentos que Deus estabeleceu foram rompidos: entre as pessoas e Deus (elas se esconderam dEle), entre uma pessoa e outra (Adão culpou Eva por seu problema) e entre os seres humanos e o meio ambiente (a serpente se tornou inimiga, o solo passou a produzir espinhos e cardos e só forneceria alimento após muito suor humano).
6. Leia Gênesis 3:10-19. O que as desculpas de Adão e Eva revelam sobre quanto eles já haviam sido corrompidos?
Note como Deus lidou com essas desculpas. Antes que Ele pudesse redimi-los, Adão e Eva tinham que admitir a responsabilidade pelo que haviam feito. Assim, o Senhor explicou cuidadosamente os resultados de seus atos individuais. Antes, porém, a serpente foi amaldiçoada e lhe foi dito que comeria pó, seria odiada pela mulher e teria a cabeça ferida (Gn 3:14, 15).
Depois, o Senhor disse a Eva que ela devia experimentar grande dor ao dar à luz filhos (Gn 3:16). Adão, enquanto isso, devia trabalhar arduamente e suar para obter comida, em vez de viver como rei (Gn 3:17-19).
Adão e Eva teriam que enfrentar a escolha de continuar em rebelião ou voltar para Deus. Aceitar a responsabilidade por seu erro foi o primeiro passo na volta para Deus, mas nem mesmo esse reconhecimento foi suficiente para resolver o problema causado aos seres humanos pelo pecado. Tinha que haver outro meio para assegurar o futuro da humanidade. Assim, Deus providenciou um sacrifício animal (Gn 3:21). Uma criatura, uma serpente, os havia levado ao pecado, à derrota e aos relacionamentos rompidos. Outra criatura, um cordeiro, apontaria para o Libertador vindouro, que garantiria restauração, reconciliação e um futuro (ver Gn 3:15).
Contudo, em vez de governar a Terra, Adão e Eva agora dependiam da Terra e um do outro como nunca antes. “Entre os seres inferiores, Adão era como rei, e enquanto permaneceu fiel a Deus, toda a natureza reconheceu seu governo. Mas, transgredindo ele, foi despojado desse domínio” (Ellen G. White, Educação, p. 26).
Imediatamente após a queda foi apresentada a esperança da salvação. Leia Gênesis 3:15. Como você pode tornar sua essa esperança e se alegrar nela, sabendo que ela se aplica a você, apesar de suas escolhas passadas?

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