quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Lição 5 27 de janeiro a 02 de fevereiro-- Mordomos após o Éden

Sábado à tarde
 
Verso para memorizar: “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2:4).
Leituras da semana: Is 22:14-18; 1Co 4:1, 2; Cl 2:2, 3; Ef 6:13-17; 2Co 5:10 
O primeiro trabalho de Adão e Eva envolvia mordomia. Deus lhes tinha dado o jardim e todas as criaturas para que eles cuidassem, desfrutassem e dominassem sobre eles, embora não fossem donos de nada (Gn 2:15). Em vez disso, eles eram mordomos do que o Senhor lhes tinha confiado.
Nesta semana, vamos examinar mais atentamente a definição de “mordomia” após a queda, depois que nossos primeiros pais foram expulsos do Éden. Isso quer dizer que também somos mordomos, mas em um ambiente bastante diferente do que Adão e Eva desfrutaram anteriormente.
O que é “mordomia”? Certos personagens da Bíblia revelaram o que é ser um mordomo mediante seu estilo de vida. Outros textos o definem mais claramente. Quando nos tornamos mordomos de Deus, nosso foco sai do mundo e de seus valores materialistas e passa a se concentrar no Criador e Sua missão. Como ocorreu com Adão e Eva, Deus nos confiou sagradas responsabilidades. Desde a queda no Éden, no entanto, a tarefa de um mordomo mudou, pois, juntamente com a responsabilidade de cuidar do mundo material, recebemos também a incumbência de ser bons mordomos das verdades espirituais
Anote na agenda da sua família: de 24 a 31 de março teremos a Semana Santa. Comece a orar e consagrar a vida ao Senhor. Ele quer usar você para alcançar pessoas para Cristo!  

Domingo, 28 de janeiro
Mordomos no Antigo Testamento
A palavra “mordomo” ocorre apenas algumas vezes no Antigo Testamento. Na maioria dos casos, ela significa aquele que “administra a casa”, que é o responsável pelo funcionamento de uma residência; isto é, um “mordomo” (Gn 43:19; 44:1, 4; 1Rs 16:9). O mordomo tinha a responsabilidade de administrar os assuntos domésticos e os bens de seu senhor, fazendo o que lhe fosse pedido. A definição de mordomo no Antigo Testamento pode ser encontrada na identificação de suas características. Os mordomos não podem ser separados de sua mordomia, pois ela revela sua identidade.
Algumas caraterísticas de um mordomo são evidentes no Antigo Testamento. Primeiramente, sua posição era de grande responsabilidade (Gn 39:4). O mordomo era escolhido por causa de suas habilidades, e ele recebia o respeito e a confiança de seu patrão por realizar o trabalho. Em segundo lugar, o mordomo sabia que aquilo que tinha sido confiado a ele pertencia ao proprietário (Gn 24:34-38). Essa é a diferença suprema entre o mordomo e o dono. O mordomo compreendia sua função. Em terceiro lugar, quando o mordomo tomava para si o que lhe tinha sido confiado, a relação de confiança entre ele e o proprietário era rompida, e ele era dispensado (Gn 3:23; Os 6:7).
1. Leia Isaías 22:14-18. Durante o reinado de Ezequias, Sebna foi nomeado mordomo e tesoureiro, ambas importantes posições de autoridade. O que aconteceu com ele como resultado do abuso de sua posição? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.(     ) Foi condecorado pela sua vontade de crescer na vida.
B.(     ) Foi expulso e morreu vergonhosamente.
“O mordomo se identifica com o patrão. Aceita as responsabilidades de um mordomo e age em lugar do dono da casa, fazendo o que ele faria se estivesse presidindo. Os interesses do senhor se tornam seus. A posição do mordomo é de dignidade, porque o patrão confia nele. Se, de algum modo, ele atua egoisticamente, e reverte em proveito próprio as vantagens obtidas pela negociação com os bens de seu senhor, trai a confiança nele depositada” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 246)
Somos mordomos de tudo que possuímos. Como essa compreensão deve impactar tudo o que fazemos?  
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Segunda-feira, 29 de janeiro
Mordomos no Novo Testamento
As duas palavras básicas para “mordomo” no Novo Testamento são epitropos, que ocorre três vezes, e oikonomos, que ocorre dez vezes. Ambas descrevem funções que incorporam responsabilidades administrativas, confiadas ao mordomo pelo proprietário.
Tanto no Novo como no Antigo Testamento, os mordomos são definidos pelo que fazem. O Novo Testamento descreve especificamente o mordomo em termos de responsabilização (Lc 12:48) e expectativas (1Co 4:2). No entanto, o foco do Antigo Testamento se concentra mais em declarar a propriedade de Deus do que em nos definir diretamente como Seus mordomos. Portanto, embora o conceito de mordomo seja muito semelhante em ambos os Testamentos, o Novo Testamento expande o conceito para além da administração doméstica.
Na parábola do mordomo desonesto (Lc 16:1-15), Jesus ampliou a definição de mordomo. Sua lição é sobre algo mais do que um mordomo que escapa do desastre financeiro. Ela é aplicável àqueles que fogem do desastre espiritual mediante uma sábia manifestação de fé. Um mordomo sábio se preparará para a breve volta de Jesus, além do “aqui” e “agora” (Mt 25:21).
2. Leia 1 Coríntios 4:1, 2; Tito 1:7 e 1 Pedro 4:10. O que esses textos revelam sobre o mordomo e a mordomia?
“Abrirei meu coração ao Espírito Santo a fim de que sejam despertadas todas as faculdades e energias que Deus me confiou? Pertenço a Cristo e estou empenhado em Seu serviço. Sou um despenseiro de Sua graça” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 301).
Em Lucas 12:35-48, Jesus também usou o termo “mordomo” metaforicamente. Ele falou sobre o mordomo sábio que estava pronto para o retorno do Filho do Homem, e descreveu o mordomo infiel que abandonou os cuidados porque seu mestre demorou para voltar. O mordomo infiel se transformou num tirano e passou a abusar dos que estavam ao seu redor. Ele não era mais um padrão de boas obras nem um administrador de graça.
Quando aceitamos a Cristo, somos Seus mordomos, chamados a administrar os recursos de Deus. Ainda mais importante, devemos administrar as realidades espirituais da vida cristã em preparação para o Céu.
Leia Lucas 12:45. Na luta com o sentimento de “demora”, por que devemos tomar cuidado para não cair nesse engano? 

Terça-feira, 30 de janeiro
Mordomos dos mistérios de Deus
3. Leia Colossenses 2:2, 3 e 1 Timóteo 3:16. O que esses textos identificam como “mistério”?
Zofar, o naamatita, disse a Jó: “Você consegue perscrutar os mistérios de Deus?” (Jó 11:7, NVI). A palavra “mistério” significa algo enigmático, obscuro, desconhecido, inexplicável ou incompreensível. Embora os mistérios de Deus tenham sido registrados nas Escrituras, compreendê-los plenamente ainda está além do nosso alcance. Por isso eles são mistérios. É como se fôssemos míopes e estivéssemos olhando para o céu, esperando enxergar o menor detalhe. Não podemos enxergar tão longe a menos que Deus nos revele esses mistérios.
4. Em Deuteronômio 29:29, o que Moisés declarou sobre o que nos foi revelado? Assinale a alternativa correta:
A.(     ) As coisas reveladas não são úteis.
B.(     ) As coisas reveladas pertencem a nós.
Somos mordomos de coisas que não entendemos completamente. Conhecemos apenas o que a revelação e as Escrituras nos mostram. Nossa maior mordomia é viver “como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus” (1Co 4:1, NVI).
Como Seus mordomos, Deus deseja que cuidemos da verdade que Ele revelou, e que a preservemos, ensinemos e protejamos. Nossa maneira de fazer isso é a verdadeira mordomia, e significa que estamos “conservando o mistério da fé com a consciência limpa” (1Tm 3:9).
O maior de todos os mistérios é que todos podemos experimentar a Cristo, a “esperança da glória”. O plano da salvação é sobrenatural e não o podemos compreender plenamente. O fato de que o Criador de todas as coisas (Jo 1:1-3) desceu a esta Terra e foi “manifestado na carne” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 6, p. 122) apenas para oferecer a Si mesmo como sacrifício pelos pecados da humanidade, envolve mistérios que provavelmente nunca serão plenamente compreendidos por nenhuma criatura. Até mesmo os anjos estudam o mistério divino e tentam entender por que Jesus veio à Terra (1Pe 1:12). No entanto, o que eles sabem faz com que todos nós louvemos ao Senhor por Sua glória e bondade (veja Ap 5:13).
Você foi chamado para ser mordomo do evangelho. Quais responsabilidades isso coloca sobre você automaticamente? 

Quarta-feira, 31 de janeiro
Mordomos da verdade espiritual
Quando pensamos em mordomia, pensamos em coisas tangíveis, e com razão. Mas, como vimos, a mordomia vai além disso. Assim como bens tangíveis, os dons intangíveis também vêm de Deus. Eles são bens espirituais que Deus nos concede (1Pe 4:10) para que possamos, em Cristo, desenvolver um caráter cristão e nos tornar o povo que podemos ser Nele. Portanto, devemos administrar os dons intangíveis com ainda mais cuidado do que os tangíveis, pois eles são infinitamente mais valiosos.
5. Leia Efésios 6:13-17. Devemos ser mordomos das coisas que Deus nos concedeu. Quais são essas coisas? Por que a administração apropriada dessas dádivas é tão fundamental para nós?
“O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). O mundo, com tudo o que ele oferece, não pode nos conceder a redenção que temos em Cristo. A salvação, um dom que Deus nos dá, é o nosso bem mais valioso. Ter sempre em mente a realidade da redenção nos ajuda a manter a perspectiva na administração dos outros bens que também recebemos de Deus.
“Apenas à luz que resplandece do Calvário, pode o ensino da Natureza ser aprendido corretamente. Por meio da história de Belém e da cruz mostre-se quão bom é vencer o mal, e como cada bênção que nos vem é um dom da redenção” (Ellen G. White, Educação, p. 101).
A redenção é nossa somente porque Jesus pagou o preço máximo. Paulo claramente afirmou que Nele “temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua graça” (Ef 1:7). A expressão “temos a redenção” significa que a redenção é nossa, mas somente porque Deus a concedeu a nós. É fundamental, então, que nos revistamos “de toda a armadura de Deus” (Ef 6:11), para que o diabo não tome a nossa salvação, pois ele só pode fazer isso se lhe permitirmos, o que ocorrerá somente se não obedecermos ao que nos é revelado na “Palavra de Deus” (Ef 6:17). Nossa maior proteção é obedecer, pela fé, à luz que nos foi dada.
Como podemos nos revestir da armadura de Deus, descrita em Efésios 6:13-17? Em que aspectos somos mordomos de tudo o que recebemos nessa armadura? 
 
 Quinta-feira, 01 de fevereiro
Nossa responsabilidade como mordomos
Os mordomos sábios são definidos por sua disposição de aceitar e executar o princípio moral da responsabilidade pessoal. A aceitação da responsabilidade pessoal é a escolha que fazemos, revelada pelas ações que tomamos. Dessa maneira, é reconhecida a relação entre causa e efeito. A disposição de aceitar a responsabilidade pessoal é uma característica essencial que não pode ser ignorada na definição de mordomo, pois os mordomos devem ter a determinação de manter no coração o melhor interesse do Proprietário. Portanto, essa disposição é uma escolha que define o relacionamento que um mordomo tem com Deus.
“Deus deseja Se relacionar diretamente com as pessoas. Em Seu relacionamento com os seres humanos, Ele reconhece o princípio da responsabilidade pessoal. Procura encorajar um senso de dependência pessoal e destacar a necessidade de orientação pessoal. Seus dons são confiados às pessoas como indivíduos. Cada indivíduo tem sido colocado como mordomo de encargos sagrados; cada um deve cumprir sua responsabilidade de acordo com a orientação do Doador; e cada um deve prestar contas de sua mordomia a Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 176).
Quando nos tornamos mordomos, não transferimos nossa responsabilidade para outra pessoa ou organização. Nossa responsabilidade pessoal é com Deus e será refletida em todas as nossas interações com aqueles que nos rodeiam (Gn 39:9, veja também Dn 3:16). Abraçaremos a tarefa que está diante de nós aplicando o máximo das nossas habilidades. O sucesso aos olhos de Deus dependerá mais da nossa fé e pureza do que da inteligência e talento.
6. Leia 2 Coríntios 5:10. O que significa ser um mordomo sábio? Qual será a base do julgamento da nossa mordomia?
Teólogos e filósofos têm discutido durante séculos a difícil questão do livre-­arbítrio. Mas a Bíblia é clara: nós, como seres humanos, temos livre-arbítrio e liberdade de escolha. A ideia de que seremos julgados pelas nossas ações não teria sentido de outra maneira. Portanto, pela graça de Deus temos a responsabilidade pessoal de tomar as decisões corretas em tudo o que fazemos, inclusive sendo
fiéis mordomos de todos os bens divinos confiados a nós.

Sexta-feira, 02 de fevereiro
Estudo adicional
Em alguns textos do Antigo Testamento, a palavra “mordomo” não é traduzida de um único termo, mas da expressão asher al bayt, que significa “aquele que administra uma casa”. O texto de Gênesis 43:19 pode ser traduzido assim: “E se chegaram ao mordomo da casa de José, e lhe falaram à porta”. Se considerarmos que a família que reside na casa é parte da própria casa, então o que é mais valioso para uma pessoa do que a própria casa? Portanto, um mordomo é alguém a quem está sendo confiado algo muito valioso que, no entanto, não lhe pertence. Em muitos aspectos, isso torna a responsabilidade ainda maior do que se o mordomo fosse responsável pelos próprios bens.
Essa mesma ideia continua no Novo Testamento, que “toma ideias do Antigo Testamento e as une às ideias, conceitos e palavras do primeiro século, enriquecendo e ampliando o ensino sobre mordomia. As palavras gregas mais comuns usadas em relação à mordomia são derivadas de oikos e oikia, “casa”. O oikonomos é aquele que cuida da casa: o mordomo ou o administrador. Oikonomia é o substantivo abstrato, “administração da casa”, cujo significado é muitas vezes muito mais amplo” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, 2012, p. 721-724).
Perguntas para discussão
1. Em vez de assumir a responsabilidade por ter comido o fruto proibido, o que Adão disse a Deus, diante da pergunta sobre o que ele havia feito? (Veja Gn 3:12). Uma das primeiras atitudes provocadas pelo pecado foi a transferência da culpa para o outro! O que isso revela sobre nossa própria atitude? Como evitar culpar os outros pelos nossos erros?
2. Reflita sobre a ideia de ser mordomo de coisas intangíveis, espirituais. O que isso significa? Como “administrar” essas coisas?
3. Pense nas três mensagens angélicas (Ap 14:6-12). Recebemos a responsabilidade de ser mordomos dessas verdades. Que verdades são essas?
4. É importante acreditar nas coisas espirituais que não compreendemos?
Respostas e atividades da semana: 1. F; V. 2. Escolha três alunos e peça a cada um deles que leia um dos textos em voz alta. Discuta cada um dos textos com a classe e comente sobre maneiras práticas de ser um bom mordomo no século 21. 3. Escolha dois alunos e peça a cada um deles que leia um dos textos em voz alta. Em seguida, comente a questão com a classe. 4. B. 5. Divida a classe em dois grupos para discutir a questão. Peça a um representante de cada grupo que compartilhe sua resposta. 6. Escolha um aluno e peça que ele leia o texto em voz alta. Em seguida, comente a questão com a classe. O que significa fazer o bem por meio do corpo?



 
 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Beber para esquecer

Provérbios 31:6 e 7 ensina que pessoas amarguradas 
podem beber vinho para esquecer sua pobreza e fadiga






 O capítulo 31 de Provérbios apresenta o consumo de vinho como algo negativo: essa bebida entorpece a mente das autoridades,   fazendo-as se esquecerem   da lei e perverterem o direito (Pv 31:4, 5). E aquilo 

que prejudica a mente das                                                         autoridades deve também                                                         prejudicar a mente das                                                             demais pessoas.
LEIA TAMBÉM: Propaganda falsa
No entanto, como uma exceção, é dito para se dar bebida forte “aos que perecem e vinho aos amargurados de espírito” (Pv 31:6). Esse verso bíblico tem sido empregado para justificar a ingestão de bebidas alcoólicas por prazer ou como antídoto contra o estresse do dia a dia e as mágoas que, vez por outra, se abatem sobre todos. Estaria ele justificando a ingestão de bebidas alcoólicas, como beber socialmente ou “para esquecer”? Outros pensam que esse verso bíblico permite o uso de bebidas embriagantes apenas para doentes em fase terminal, como antídoto contra a dor e as angústias advindas de uma situação extrema. Afinal, nos tempos bíblicos, esse era o costume, visto que em Israel não se usavam as modernas drogas (morfina, por exemplo) contra a dor.
A palavra “vinho” em Provérbios 31:6 é yayin e é empregada tanto em sentido de algo bom, recomendável (cf. Sl 104:14, 15), quanto em sentido mau, reprovável (Pr 23:31; 31:4). Somente o contexto de um verso bíblico pode lançar luz se “vinho” seria alusão a suco de uva não fermentado ou ao suco já fermentado e transformado em bebida embriagante.
O significado de “vinho” nessa passagem pode ser explicado pela palavra shekar, presente no mesmo verso e traduzida como “bebida forte”, bebida fermentada – sempre apresentada em sentido negativo todas as vezes em que aparece no Antigo Testamento. Vê-se que “vinho” (yayin) está em paralelo sinônimo com “bebida forte” (shekar) e deve ser vinho embriagante. Note o paralelismo: Dai bebida forte (shekar) aos que perecem e vinho (yayin) aos amargurados de espírito.
Deve-se notar ainda que a expressão “os que perecem” está em paralelo sinônimo com “os amargurados de espírito”, uma lançando luz sobre a outra. Ou seja, os “amargurados de espírito” são os mesmos “que perecem”. E essas expressões apontam para alguém que está morrendo, em fase terminal, ao qual deviam ser dadas bebidas embriagantes para alívio da dor e da angústia. Esse verso não está absolutamente permitindo bebidas embriagantes a pessoas sadias, que não estejam passando por situações extremas, nem correndo risco de morte iminente.
Com respeito às bebidas alcoólicas, sejam elas feitas do suco de uva fermentado ou de algum cereal, como a cevada, o melhor que alguém deveria fazer é abster-se totalmente. A verdade é que nunca se sabe até onde irá alguém que ingeriu o primeiro gole. Na dúvida, não prove. Siga o conselho paulino: “Não vos embriagueis com vinho […], mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18). A embriaguez começa com a primeira dose.
OZEAS MOURA, doutor em Teologia, com especialização em Antigo Testamento, é professor no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP)
Envie sua pergunta para ra@cpb.com.br
(Texto publicado originalmente na edição de março de 2016 da Revista Adventista)

Evangelho na tela

Vista como grande aliada na evangelização, a TV tem 
recebido novos investimentos da igreja em diversas partes do mundo
Márcio Basso Gomes






Construção de um novo estúdio de TV na Suécia deve profissionalizar a produção audiovisual e ampliar a influência da mensagem adventista na região. Foto: LifeStyleTV

A primeira transmissão de um programa de TV adventista aconteceu nos Estados Unidos no dia 25 de março de 1956. Idealizado e apresentado pelo pastor George Vandeman, o It Is Written (Está Escrito) também foi a primeira atração cristã em cores da história da televisão americana.
Seis décadas depois dessa iniciativa pioneira, a igreja ao redor do mundo conta com 46 canais que transmitem programações em 57 idiomas. Um dos últimos colocados no ar foi o Canal 11 da Samoa Americana.
Vista como grande aliada na evangelização, a TV tem se fortalecido inclusive em países como a China, onde recentemente foi inaugurado um novo estúdio em Taipei, no estado de Taiwan. Desde 2007, quando começou a operar, o Hope Channel chinês já produziu mais de 500 programas, muitos deles transmitidos pela TV pública taiwanesa. E a partir de 2011 ele começou a ter sua programação em tempo integral no ar.
A produção audiovisual também será uma das ferramentas que a igreja pretende usar por ocasião da ­campanha evangelística que será realizada neste ano na terra do sol nascente. Para esse momento, o Hope Channel do Japão, em parceria com 25 profissionais, sendo 13 de centros de mídia do Brasil, Austrália, Índia, Filipinas e Ásia Central, produziu 130 vídeos.
Últimas novidades
Nas Ilhas Fiji, o Hope Channel é o único canal cristão de TV que funciona 24 horas por dia no arquipélago da Oceania. Em 1º de novembro, ele começou a transmitir em sinal aberto através da plataforma digital Walesi. De acordo com John Tousere, diretor do canal, a TV adventista terá o potencial de alcançar 94% da população de aproximadamente 900 mil pessoas. “Fiji está começando a transição do sinal analógico para o digital. Como nossa TV já transmite em sinal digital, o futuro do Hope Channel Fiji é bastante promissor”, acrescenta o pastor Williams Costa Jr., líder mundial do departamento de Comunicação da Igreja Adventista.
Um pouco mais para a esquerda do mapa, na Austrália, o programa At the Table (À Mesa) também começou a ser transmitido em sinal aberto. A atração, que vai ao ar todos os sábados pelo Canal 10, é veiculada igualmente na Nova Zelândia, além de estar disponível no YouTube, Facebook e no site oficial do programa.
Sonho realizado
É da pequena cidade de Hörby, no sul da Suécia, que a mensagem adventista é também transmitida 24 horas por dia, 7 dias por semana, para suecos, noruegueses e dinamarqueses, tanto nos idiomas locais quanto em inglês. O sinal vai ao ar através da LifestyleTV, emissora mantida totalmente por doações.
No mês de novembro, a LifestyleTV recebeu autorização para construir um novo estúdio, de 950 m². A obra, prevista para ser inaugurada em agosto, servirá para substituir o atual estúdio, que há 12 anos fica na sala de uma casa. “Sonhamos com este dia e por ele oramos durante muitos anos”, afirma Claus Nybo, fundador e líder da LifestyleTV.
“A internet está em expansão, mas a TV ainda é um ­veículo de muita expressividade. Quando a TV surgiu, todo mundo dizia que o rádio iria desaparecer. Porém, ele continua firme e forte até hoje, assim como jornais, revistas e livros”, Costa Jr. lembra. Por isso, a tendência é que a igreja continue investindo nessa mídia para levar esperança através da telinha.
MÁRCIO BASSO GOMES é jornalista (com informações da ANN, Adventist Review e Adventist Record)
(Matéria publicada originalmente na edição de janeiro de 2018)

Proibido pregar


Por mais que a Rússia não apareça na maioria dos rankings mundiais de intolerância religiosa, os reflexos da nova lei têm sido vistos como um retrocesso à liberdade de crença no país. Foto: Fotolia Sede da Copa do Mundo de 2018, a Rússia tem sido palco de frequentes disputas travadas no campo da liberdade religiosa. Esse direito humano fundamental foi colocado em jogo por uma lei sancionada pelo presidente russo em julho do ano passado. Cerca de um ano e meio depois, a legislação mostrou ser mais do que um pacote de medidas para reforçar a segurança pública e proteger os cidadãos contra o terrorismo. Uma das consequências tem sido a restrição às atividades missionárias consideradas ilegais, razão pela qual dezenas de casos já foram parar nos tribunais. Recentemente, a Forum 18, organização norueguesa de direitos humanos que atua em defesa da liberdade religiosa, divulgou uma lista envolvendo 193 casos registrados contra pessoas e organizações ligadas a diversos segmentos religiosos, especialmente cristãos, entre julho de 2016 e julho do ano passado (para ver a lista completa, clique aqui). Do total, 143 resultaram em condenações iniciais, sendo que em 140 deles foram impostas multas. Segundo o dossiê, a maioria dos réus é de cidadãos da Rússia. No entanto, estrangeiros também foram processados (desses, cinco foram deportados). O relatório cita, inclusive, casos de membros e igrejas adventistas que tiveram que pagar multa ou dar explicações à justiça por distribuir literatura, identificar incorretamente o nome da denominação em materiais ou receber missionários estrangeiros. São variados os motivos das ações ajuizadas com base na nova lei. Segundo dados do Slavic Center for Law and Justice, organização não governamental que busca proteger a liberdade religiosa na Rússia, mais de 30% dos casos estão relacionados ao desempenho de atividades sem identificar o nome completo da denominação (conforme cadastrado pelo governo), 56% à violação das regras para o trabalho missionário e 14% às infrações cometidas por estrangeiros. No fim de novembro, os reflexos da lei anti-evangelismo foram discutidos por advogados, ativistas de direitos humanos, bem como por representantes do governo, do Ministério da Justiça e de diversas denominações religiosas na Câmara Pública, em Moscou. Relatórios apresentados durante a reunião proposta pela comissão liderada por Oleg Goncharov, adventista ­nomeado neste ano para o setor do órgão consultivo do Kremlin responsável por promover o diálogo inter-étnico e inter-religioso, mostraram que a maioria das sentenças resultou de interpretações equivocadas. Quase metade delas (48%) foi aplicada a pessoas físicas, apesar de a definição de “atividade missionária” na nova lei russa se referir a “associações religiosas” e de a Constituição russa assegurar o direito de cada cidadão expressar livremente suas crenças. Como resultado, os participantes do debate pretendem solicitar à Suprema Corte russa explicações sobre a aplicação da lei, sugerir que as agências estatais promovam programas educacionais, seminários, conferências e reuniões para esclarecer a questão, e encaminhar à Duma (Câmara dos Deputados da Rússia) proposta de mudanças na legislação. MÁRCIO TONETTI é editor associado da Revista Adventista (com informações da Divisão Euroasiática e da Adventist Review) (Matéria publicada originalmente na edição de janeiro de 2018)

domingo, 21 de janeiro de 2018

Lição 4, 20 a 27 de janeiro --Fugindo do mundanismo


Sábado à tarde
Verso para memorizar: “As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte […]. Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem” (Pv 11:4, 28)
Leituras da semana: Sl 119:11; Ef 6:18; Rm 8:5, 6; Hb 11:1-6; 1Rs 3:14; Ez 36:26, 27
Embora Satanás tenha fracassado ao confrontar Jesus, ele foi bem-sucedido em sua luta contra todas as outras pessoas. Ele continuará a vencer, a menos que o combatamos com a armadura e o poder de Deus. Somente o Senhor nos oferece libertação das seduções do mundo.
Portanto, devemos nos concentrar em nosso Mantenedor celestial. Davi percebeu o verdadeiro valor nesta vida quando escreveu: “Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará” (Sl 34:10). Salomão reconheceu que a sabedoria e o entendimento eram mais valiosos do que a prata e o ouro (Pv 3:13, 14). A verdadeira felicidade e a vida correta surgem quando desviamos nossos olhos dos bens que possuímos e olhamos para o Cristo vivo, que nos possui.
Nossa única esperança de escapar da sedução do mundo é um relacionamento vital e eficaz com Jesus. Nesta semana, estudaremos os elementos desse relacionamento, veremos como é fundamental para nosso sucesso espiritual reconhecer o poder por trás da máscara desse mundo e entenderemos a importância de Cristo como a verdadeira razão para viver.

No dia 3 de março teremos o lançamento do programa Primeiro Deus. Você vai ter a oportunidade de viver uma experiência intensa de comunhão com o Senhor. 
 
Domingo, 21 de janeiro
Relacionamento com Cristo
O amor aos bens materiais, mesmo para aqueles que não têm muito dinheiro, é uma poderosa corrente que nos liga ao mundo, em vez de nos unir a Cristo. Mesmo que não tenhamos muito em termos de bens terrestres, o desejo ardente de obter bens materiais pode se tornar uma terrível maldição que, se não for colocada sob o controle do Senhor, afastará a pessoa da salvação. Satanás sabe disso e, por essa razão, ele usa o amor às posses materiais para enganar o maior número possível de pessoas. Qual é a nossa única proteção?
1. “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra” (Cl 3:2). Como podemos fazer o que Paulo nos mandou? (Veja também Sl 119:11; Ef 6:18.) Assinale a alternativa correta:
A.( ) Guardando a Palavra de Deus no coração e orando sempre.
B.( ) Pensando no ouro e nas riquezas que teremos na Nova Terra.
2. De acordo com Filipenses 4:8, no que devemos pensar?
A única cura para o mundanismo, seja qual for a sua forma, é a contínua devoção a Cristo (Sl 34:1) nos altos e baixos da vida. Moisés “considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito” (Hb 11:26). Antes de qualquer outro relacionamento, Cristo deve ser nossa prioridade. Ele busca um compromisso fundamentado na convicção, não em preferência; isto é, devemos nos devotar a Jesus porque sabemos quem Ele é e o que tem feito por nós, não por causa de vantagens imediatas que nossa fé e compromisso com Ele possam nos oferecer.
Nossa vida deve ser escondida em Jesus e Seus planos devem ser os nossos planos. O verdadeiro compromisso é colocar nossa mão no arado sem olhar “para trás” (Lc 9:62). Quando fazemos esse tipo de compromisso, Jesus nos eleva ao nosso pleno potencial. Quando nos rendemos a Cristo, Ele rompe o domínio do mundo sobre nós. Nossa vida deve estar centralizada em Cristo, não nas coisas; somente isso preencherá o nosso vazio.

Pense em um bem material que você queria muito adquirir. Quanto tempo duraram a alegria e a satisfação quando você finalmente conseguiu obtê-lo?  

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Segunda-feira, 22 de janeiro
Na Palavra
Mais de 6 bilhões de Bíblias já foram distribuídas no mundo, mas quantas delas são vistas como a Palavra do Deus vivo? Quantas são lidas com um coração sincero, aberto ao conhecimento da verdade?
O estudo bíblico apropriado direciona nossa bússola espiritual e nos permite navegar em um mundo de falsidade e confusão. A Bíblia é um documento vivo de origem divina (Hb 4:12), e como tal, ela nos revela verdades que não encontramos em outros lugares. A Bíblia é o roteiro para a vida diária. Ela nos educa ao expandir nosso intelecto e refinar nosso caráter.
3. Leia João 5:39; 14:6 e 20:31. Os evangelhos apresentam as informações mais confiáveis sobre Jesus. O que esses textos de João revelam sobre Ele? Por que Cristo é tão importante para nós e para tudo o que cremos?
Estudamos a Bíblia porque ela é a suprema fonte da verdade. Jesus é a Verdade. Na Palavra de Deus encontramos Cristo da maneira que Ele nos foi revelado em suas páginas. No Antigo e no Novo Testamentos, aprendemos quem é Jesus e o que Ele realizou por nós; então nos apaixonamos por Ele e entregamos nossa vida ao Seu eterno cuidado. Ao seguirmos Jesus e obedecermos às Suas palavras, somos libertados dos laços do pecado e do mundo (Jo 8:36).
4. Leia Romanos 8:5, 6. Sobre o que o apóstolo nos advertiu? Como o estudo da Palavra de Deus nos ajuda nessa luta pela nossa mente?
Se não tivermos cuidado, o amor ao mundo e aos bens mundanos pode nos afastar de Deus. Por isso, devemos nos manter na Palavra, que nos mostra as realidades espirituais e eternas, tão essenciais para a vida cristã.
O amor às coisas mundanas nunca eleva a mente à moralidade espiritual; em vez disso, ele substitui os princípios bíblicos pela ganância, egoísmo e luxúria. O amor, conforme revelado nas Escrituras, edifica relacionamentos ao nos ensinar a importância de nos doar aos outros. Em contraste com esse princípio, a essência do mundanismo é obter coisas para nós mesmos, que é o oposto de tudo o que Jesus representa.

Terça-feira, 23 de janeiro
Vida de oração
E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Não é de admirar que os cristãos, muitas vezes, digam que sua fé se resume a um relacionamento com Deus. Se conhecer a Deus é ter “vida eterna”, então podemos encontrar essa vida mediante um relacionamento com Ele. E a comunicação é algo fundamental nesse relacionamento. Vimos ontem que Deus Se comunica conosco por meio de Sua Palavra. Consequentemente, nós comungamos com Ele por meio da oração.
Devemos pensar nas coisas celestiais e não nos assuntos deste mundo. Por isso a oração é essencial, pois, pela sua própria natureza, ela nos mostra um reino superior ao mundo.
No entanto, mesmo assim devemos ter cuidado, pois às vezes nossas orações podem ser meramente uma expressão da nossa natureza egoísta. Por essa razão, precisamos orar em submissão à vontade de Deus.
Anos atrás, uma mulher cantou com ironia estas palavras: “Ó, Senhor, Você não vai me comprar uma Mercedes-Benz?” À sua maneira, ela estava fazendo um ataque ao materialismo daqueles que professam fé em Deus. Devemos estar seguros de que nossa oração é, de fato, um ato de submissão a Deus e morte para o mundo. Só assim, buscaremos a vontade de Deus, não a nossa.
5. Leia Hebreus 11:1-6. Qual elemento fundamental deve estar associado às nossas orações? O que significa ir a Deus em fé e orar com fé? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Fé. Significa confiar em Deus em qualquer circunstância.
B.( ) Milagres. Significa exigir que Deus faça tudo que queremos.
Se não houver fé em nossas orações, haverá presunção, a contrafação satânica da fé. “A oração e a fé são aliadas íntimas, e necessitam ser estudadas juntas. Na oração da fé há uma ciência divina; é uma ciência que deve ser compreendida por todo aquele que deseja fazer do trabalho de sua vida um êxito. Cristo disse: ‘Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco’ (Mc 11:24). Ele deixa bem claro que o nosso pedido deve estar de acordo com a vontade de Deus; devemos pedir as coisas que Ele prometeu, e o que quer que recebamos deve ser empregado em fazer Sua vontade. Satisfeitas as condições, a promessa é certa” (Ellen G. White, Educação p. 257, 258).

Reflita sobre sua vida de oração. Por que você ora? O que suas orações lhe revelam sobre suas prioridades? Sobre quais outras coisas você precisa orar?  

Quarta-feira, 24 de janeiro
Vida sábia
Uma das histórias mais belas da Bíblia é o relato do pedido de Salomão a Deus, de que lhe desse, acima de tudo, um “coração compreensivo para julgar” Seu “povo, para que prudentemente” discernisse “entre o bem e o mal;” Salomão disse ao Senhor: “Quem poderia julgar a este grande povo?” (1Rs 3:9).
6. Leia 1 Reis 3:14; 1 João 5:3 e 1 Pedro 4:17. Quais palavras importantes Deus disse a Salomão que, se ele as tivesse atendido, o teriam poupado da ruína que suas posses lhe trouxeram? Por que essa orientação divina é tão importante para nós?
Salomão tinha grande sabedoria, mas a sabedoria em si mesma, se não for praticada e vivida, torna-se nada mais que uma boa informação. No sentido bíblico da palavra, a sabedoria que não é colocada em prática, não é verdadeiramente sabedoria. Muitos dos que estarão perdidos tiveram muitas informações corretas sobre Deus e Seus requisitos. A falta de obediência de Salomão fez com que ele se desviasse dos caminhos aos quais o Senhor o tinha chamado. Somente mais tarde em sua vida ele recobrou o juízo e escreveu com humildade: “Melhor é a sabedoria do que joias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela” (Pv 8:11).
Sabedoria é a aplicação do conhecimento e da compreensão. O conhecimento representa os fatos; a compreensão representa o discernimento; e a sabedoria surge no processo de aplicar essa compreensão e conhecimento na vida. Um mordomo sábio não precisa apenas de conhecimento e compreensão, mas da experiência resultante da prática desses dois.
O exemplo de Salomão mostra que, quando não se vive o conhecimento recebido, é muito fácil, até mesmo para os mais sábios e inteligentes, envolver-se no vazio de um estilo de vida materialista.
7. Compare 1 Coríntios 3:19 e Provérbios 24:13, 14. Qual é a diferença entre os dois tipos de sabedoria mencionados nesses textos?

Quinta-feira, 25 de janeiro
O Espírito Santo
O grande conflito é real; dois lados estão lutando pela nossa vida. Um nos atrai a Cristo (Jo 6:44) e o outro ao mundo (1Jo 2:16). O poder do Espírito Santo em nossa vida pode e vai nos guiar na direção certa, se apenas nos submetermos a Ele.
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 16:13; veja também Jo 14:16). O Espírito Santo nos capacita a viver por princípios e pela fé, não por caprichos nem emoções que tanto dominam o mundo. A preparação eficaz para a vida no Céu ocorre quando vivemos fielmente neste mundo sob a direção do Espírito Santo.
O propósito dos conselhos e da pregação de Paulo era que a fé dos cristãos “não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:5). Por meio de bens materiais, a sedução do mundo pode nos afastar do Senhor. Em contrapartida, o poder do Espírito Santo nos levará a Jesus, se apenas não resistirmos a Ele.
8. O sucesso na batalha contra o mundo e suas seduções será conquistado apenas a partir de um poder externo. Leia Ezequiel 36:26, 27; João 14:26 e Efésios 3:16, 17. Quando deixamos o Espírito Santo nos possuir, quais coisas Deus faz para assegurar que tenhamos a vitória espiritual? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ele nos dá um novo coração e coloca dentro de nós Seu Espírito.
B.( ) Ele apenas nos converte, pois, uma vez salvos, salvos para sempre.
“É por meio de falsas teorias e tradições que Satanás adquire seu domínio sobre a mente. Encaminhando os homens para falsas normas, deforma-lhes o caráter. Por intermédio das Escrituras o Espírito Santo fala à mente e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expelindo-o da pessoa. É pelo Espírito da verdade, operando pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 671).
O Espírito Santo é o que ensina a verdade. Ele é o dom supremo que Jesus poderia dar para representar a divindade na Terra depois de Sua ascensão. O Espírito Santo Se esforça para nos dar poder para vencer a poderosa sedução do mundo e seus “encantos”.

O mundo nos atrai, não é mesmo? Como podemos nos entregar diariamente ao Espírito Santo, o único que nos capacita para resistir às tentações do mundo?  

Coloque em sua agenda: de 4 de março a 2 de abril teremos a jornada espiritual de 30 dias. Prepare sua família. #PrimeiroDeus 

Sexta-feira, 26 de janeiro
Estudo adicional
Um mordomo age fundamentado no duplo princípio da obediência e do amor. “Lembrem-se de que o dever [obediência] tem um irmão gêmeo — o amor. Unidos, ambos podem realizar quase tudo; mas, separados, nenhum é capaz de fazer o bem” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 62). A obediência é o amor em ação. Precisamos apenas meditar no sacrifício de Cristo para que o amor desperte nossa obediência.
Em contraste com isso, estão os princípios do mundo: o ódio e sua irmã gêmea, a rebelião. A rebelião é o ódio em ação. Lúcifer se rebelou contra Deus (Ez 28:16, 17) e nunca deixará de fazê-lo até que seja destruído. Ele transformou a autoridade do amor em amor pela autoridade. Os líderes religiosos de Israel odiavam a autoridade e o poder que Jesus possuía (Mt 22:29). Mesmo quando eles deixaram o templo e se afastaram de Seu olhar penetrante, não mudaram seus caminhos.
Perguntas para discussão
1. O que Ellen G. White quis dizer quando, depois de chamar o amor e o dever de gêmeos, ela afirmou que, separados, eles não eram capazes de “fazer o bem”? O que é o amor sem a obediência, e como é a obediência sem o amor? Por que eles devem estar juntos?
2. Qual é o significado do verso para memorizar desta semana? O que ele revela sobre as riquezas?
3. Como a oração, o estudo da Bíblia e o relacionamento com Cristo podem nos manter no caminho espiritual certo?
4. As pessoas que não têm muitos bens neste mundo também podem cair nas armadilhas das ilusões de Satanás?
Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Naquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, amável, de boa fama, virtuoso e louvável. Pergunte aos alunos: o que nos impede de manter esse tipo de pensamento? 3. Peça que alguns alunos leiam os textos em voz alta. Peça a opinião deles. Incentive a classe a grifar os textos bíblicos que falam sobre Jesus quando estiverem estudando a Bíblia. 4. Ele nos advertiu sobre a inclinação para as coisas da carne, que levam para a morte. Pergunte aos alunos: como o estudo da Bíblia nos conduz para as coisas do Espírito? 5. V; F. 6. Peça que alguns alunos leiam os textos em voz alta. Depois, comente as passagens com a classe. 7. Peça que os alunos mencionem a diferença entre inteligência e sabedoria. Conversem a respeito disso. 8. A.




 
 

domingo, 14 de janeiro de 2018

Lição 3 - 13 a 20 de janeiro - Deus ou Mamom?



Sábado
VERSO PARA MEMORIZAR: “Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11).
LEITURAS DA SEMANA: Sl 33:6-9; Mt 19:16-22; 1Pe 1:18; Hb 2:14, 15; Êx 9:14; Sl 50:10

Deus não desperdiça palavras explicando o que pensa sobre o amor ao dinheiro e às coisas materiais. Em uma parábola, as palavras de Cristo a um rico ganancioso que, embora abençoado pelo Senhor, agiu com avareza, devem colocar em todos nós o temor de Deus: “‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’ Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus” (Lc 12:20, 21, NVI).
Servir a Deus e ao dinheiro são ações que se excluem. É um ou outro, Deus ou Mamom. É uma ilusão pensar que podemos fazer as duas coisas, pois, mais cedo ou mais tarde, seremos apanhados numa vida dupla. Podemos enganar aos outros, talvez a nós mesmos, mas não ao Senhor, a quem um dia teremos que prestar contas.
Temos que fazer uma escolha, e quanto mais tempo hesitamos, arrumamos desculpas ou adiamos, mais forte é a influência que o dinheiro e o amor a ele exercem em nossa vida. A fé exige uma decisão.
Ao nos concentrarmos no caráter de Deus, no que Ele fez por nós e no que devemos a Ele, nossa decisão se torna muito mais fácil. à tarde
De 22 de fevereiro a 3 de março teremos Dez Dias de Oração e momentos para jejuar. Prepare sua família e sua igreja para os milagres de Deus!
Domingo, 14 de janeiro
Cristo, o Criador
1. Leia Gênesis 1:1; Salmos 33:6-9; Isaías 45:11, 12; Jeremias 51:15 e João 1:3. O que esses textos nos revelam sobre o valor do mundo material? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Tudo o que há no mundo material é obra de Satanás.
B.( ) Jesus criou o mundo perfeito e excelente. O pecado corrompeu tudo.
Foi Cristo que estendeu os céus, e lançou os fundamentos da Terra. Foi Sua mão que suspendeu os mundos no espaço e deu forma às flores do campo. ‘Ele converteu o mar em terra firme’ (Sl 66:6). ‘Seu é o mar, pois Ele o fez’ (Sl 95:5). Foi Ele quem encheu a Terra de beleza, e de cânticos o ar. E sobre todas as coisas na terra, no ar e no firmamento, escreveu a mensagem do amor do Pai” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 20).
As coisas materiais não são ruins em si mesmas. Diferentemente de algumas religiões, que ensinam que o mundo material e a matéria, em si, são maus e apenas as coisas espirituais são boas, a Bíblia valoriza o mundo material.
Afinal, o próprio Jesus o criou. Como, então, o mundo poderia ser mau? Infelizmente, assim como ocorre com todos os dons de Deus, o mundo material pode ser pervertido e usado para o mal, mas isso não torna mau o dom original. A Bíblia nos adverte contra o abuso e a perversão das coisas que Deus criou neste mundo, mas não contra as próprias coisas.
Ao contrário, Deus criou o mundo material. Seu desejo era que Seu povo também se beneficiasse dos frutos e benefícios desse mundo: “Vocês e os levitas e os estrangeiros que estiverem no meio de vocês se alegrarão com todas as coisas boas que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês e às suas famílias” (Dt 26:11, NVI; veja também Dt 14:26).
Jesus é o Criador (Jo 1:1-3), e a Terra é apenas uma amostra da Sua criação. Sua capacidade criativa dá a Ele uma perspectiva singular a respeito da vida e daqueles que vivem na Terra. Cristo conhece o valor das coisas materiais e nos presenteou com elas para nosso benefício e felicidade. Ele também sabe o que acontece quando a humanidade perverte essas dádivas, ou faz delas um fim em si mesmas. Assim como todas as coisas, essas dádivas devem ser usadas para a glória de Deus.
Observe as dádivas maravilhosas do mundo criado. Mesmo depois da devastação do pecado, ainda podemos ver o bem inerente em muitas partes da criação. O que a natureza, em sua excelência, revela sobre a bondade de seu Criador?
Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org
Segunda-feira, 15 de janeiro
Filho de Deus/Filho do Homem
Como cristãos, acreditamos que Jesus era plenamente Deus e plenamente humano. Essa união da divindade com a humanidade torna Sua perspectiva singular em relação ao que é importante na Terra e importante para a eternidade. O fato de que não compreendemos como Cristo pode ter uma natureza divina/humana não anula essa verdade, assim como nossa falta de conhecimento sobre aerodinâmica não impede que um avião voe.
“Eis aqui dois mistérios em um: a pluralidade de pessoas na unidade divina, e a união da divindade e humanidade na pessoa de Jesus […]. Nada na ficção é tão maravilhoso quanto essa verdade da encarnação” (J. I. Packer, Knowing God [Conhecendo Deus], Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1973, p. 53).
Uma das razões pelas quais Jesus veio ao mundo foi mostrar quanto Deus é amoroso e quanto Ele cuida de cada um de nós. Embora alguns acreditassem que a divindade fosse fria e distante, Jesus revelou o verdadeiro caráter do nosso Pai celestial.
Entretanto, Satanás tem tentado separar de Deus os seres humanos. Ele tem tentado despersonalizá-Lo, caracterizando-O como alguém que não se importa conosco. Ele faz tudo o que pode, mediante todos os meios possíveis, para que não conheçamos nem experimentemos a realidade da bondade e da graça de Deus.
O amor excessivo pelas coisas materiais é uma das artimanhas de Satanás para alcançar esse objetivo, e isso tem dado certo!
2. Leia Mateus 19:16-22. Como Satanás pode usar nosso amor pelas coisas materiais para nos manter distantes do Senhor?
Imagine Jesus, o Deus encarnado, falando a esse jovem que obviamente sabia que Ele era alguém especial. Porém, o que aconteceu? O jovem permitiu que sua grande riqueza e seu amor pelas coisas materiais o separasse do próprio Deus em pessoa! O amor pelo mundo e pelas coisas materiais o cegou tanto que, embora ele estivesse triste, sua tristeza não foi suficiente para fazê-lo realizar a coisa certa. Ele não estava triste porque estava perdendo suas posses, pois ele não estava. Na verdade, ele estava triste porque estava perdendo a vida eterna por causa dessas coisas.
Sendo ricos ou pobres, como podemos nos relacionar corretamente com as coisas materiais?
Terça-feira, 16 de janeiro
Cristo, o Redentor
Dívida não é um princípio do Céu. Contudo, Adão e Eva pecaram, e a transgressão da lei significava morte. Portanto, a humanidade passou a dever à justiça divina. Estávamos falidos, espiritualmente inadimplentes de uma dívida que jamais poderíamos pagar.
O amor de Deus por nós colocou em ação o plano da redenção. Jesus tornou-Se nosso “fiador” (Hb 7:22). A identidade de Cristo como Redentor revela a transação mais importante já feita. Somente o sacrifício de Sua vida poderia realizar o pagamento exigido pela justiça divina. Jesus pagou a dívida do nosso pecado quando a justiça e a misericórdia se beijaram na cruz. O Universo nunca tinha visto nem testemunhado tamanha riqueza como no pagamento pela redenção da humanidade (Ef 5:2).
“Derramando toda a riqueza do Céu neste mundo, dando-nos todo o Céu em Cristo, Deus adquiriu a vontade, as afeições e a mente de todo ser humano” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 326).
3. Do que Cristo nos salvou? Leia cada um dos textos e assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso: Cl 1:13; 1Ts 1:10; 1Pe 1:18; Hb 2:14, 15; Gl 3:13; Ap 1:5
A.( ) Do dinheiro e de todas as coisas materiais.
B.( ) Da morte, da maldição da lei e dos nossos pecados.
A palavra grega tetelestai, em João 19:30, tem sido considerada a palavra mais importante já proferida. Ela significa “está consumado”, e foi a última declaração de Jesus na cruz. Essa declaração final significa que Sua missão foi cumprida e nossa dívida foi “paga integralmente”. Ele não a proferiu como alguém sem esperança, mas como Aquele que conseguiu redimir o mundo perdido. A cruz é um acontecimento passado com um efeito presente e uma esperança futura. Jesus deu a vida para destruir, de uma vez por todas, o pecado, a morte e as obras do diabo. Isso significa que, embora não mereçamos, somos redimidos (Ef 1:7). Vislumbrar as maravilhas da salvação é pisar em terreno sagrado.
Cristo como Redentor é a imagem mais sublime de Deus. Seu interesse supremo é nos redimir. Isso revela Sua perspectiva para com a humanidade e especialmente como Ele valoriza o relacionamento conosco. Tendo a justiça sido satisfeita, Cristo volta Sua atenção para nossa resposta a Seu sacrifício.
Pense nisto: Cristo pagou a dívida, completa e integralmente, por todo o mal que você já fez. Qual deve ser sua resposta? (Veja Jó 42: 5, 6).
Quarta-feira, 17 de janeiro
Um Deus zeloso
Ao confrontar Faraó, Deus declarou: “Esta vez enviarei todas as Minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus oficiais, e sobre o teu povo, para que saibas que não há quem Me seja semelhante em toda a Terra” (Êx 9:14).
4. O que o Senhor quis dizer quando afirmou: “Não há quem Me seja semelhante em toda a Terra”?
“Para a finita mente humana, é impossível compreender plenamente o caráter ou as obras do Infinito. Para o intelecto mais perspicaz, para o espírito mais poderoso e mais altamente educado, aquele santo Ser tem que permanecer para sempre envolto em mistério” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 698, 699).
Não há ninguém igual a Deus (1Rs 8:60). Ele pensa, lembra e age de maneiras que não compreendemos. Não importam nossas tentativas de transformá-Lo em nossa própria imagem, Deus continua sendo Deus. Foi Ele quem criou, de maneira singular, cada floco de neve, cérebro, rosto e característica individual, e “não há outro” além dEle (1R 8:60). Afinal, Deus é o Criador, e como Criador Ele é certamente distinto de Sua criação.
5. O que estes textos revelam sobre como Deus é diferente de Sua criação? 1Sm 2:2; Sl 86:8; Is 55:8, 9; Jr 10:10; Tt 1:2
Quando consideramos tudo o que Deus é, tudo o que Ele possui, e tudo o que Ele faz, é surpreendente que Ele possa ter competidores! Mas Ele tem, no sentido de que precisa “competir” pelo amor e afeição humanos. Talvez seja por isso que Ele afirma ser “zeloso” (Êx 34:14, que também pode ser traduzido como “ciumento”). Deus criou os seres humanos para que sejam livres, o que significa que temos a opção de servi-Lo ou servir a qualquer outra coisa. Em muitos aspectos, esse tem sido o problema humano fundamental: escolher servir a outros deuses, independentemente da forma em que eles se apresentem, em vez de servir ao único Deus que vale a pena servir, Aquele que criou e é o dono de todo o Universo. Por isso Ele é, de fato, um Deus zeloso.
Em sua vida, existe algo competindo com Deus por suas afeições?
Quinta-feira, 18 de janeiro
Propriedade verdadeira
Pertencemos a Deus, tanto pela criação como pela redenção. E não apenas pertencemos ao Senhor, mas todas as nossas posses também pertencem a Ele. Não possuímos nada além de nossas próprias escolhas.
Em contraste com isso, um princípio central do mundanismo é a ideia de que somos donos de nossas posses. Isso é um engano, pois o pensamento de que os cristãos são os proprietários finais dos seus bens é um conceito contrário ao que a Palavra de Deus ensina.
É Deus quem possui todas as coisas (Jó 38:4-11). Somos apenas estrangeiros e inquilinos (Lv 25:23), assim como os israelitas na Terra Prometida. Dependemos de Deus até mesmo para respirar (At 17:25). O que julgamos possuir, pertence a Ele. Somos apenas Seus mordomos e, como tais, devemos administrar posses tangíveis e até intangíveis para a glória de Deus.
6. De acordo com Deuteronômio 10:14; Salmo 50:10; 104:16; Ezequiel 18:4; Ageu 2:8 e 1 Coríntios 6:19, 20, quais coisas Deus possui? Como devemos ver as coisas materiais que estão em nossa posse? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Somente as coisas espirituais são propriedade divina. As coisas materiais pertencem aos seres humanos.
B.( ) O céu, a Terra e tudo o que neles há; animais, árvores, seres humanos, prata, ouro e o nosso corpo.
“Todas as coisas pertencem a Deus. Podem os homens ignorar Seus reclamos. Enquanto o Senhor derrama abundantemente Suas bênçãos sobre eles, talvez estejam usando tais bênçãos para satisfação egoísta, mas por certo serão chamados a prestar contas de sua mordomia” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja,
v. 9, p. 246).
Deus como dono e nós como mordomos devemos ter um relacionamento mediante o qual Ele possa nos usar de maneiras que nos preparem para o Céu e que beneficiem e abençoem os outros. Porém, os mordomos infiéis podem restringir o acesso do Proprietário às Suas próprias posses. Como vimos ontem, Deus não nos força a realizar Sua vontade. Ele nos criou e nos concedeu bens materiais para serem administrados para Ele até Seu retorno. O que fazemos com essas coisas reflete o tipo de relacionamento que temos com o Senhor.
Não somos donos de nada. Tudo pertence a Deus. Como devemos nos relacionar com os bens materiais?
Sexta-feira, 19 de janeiro
Estudo adicional
A mordomia teve início quando Deus colocou Adão e Eva em um lindo jardim do qual eles deveriam cuidar e administrar (Gn 2:15). Nesse ambiente perfeito, era tarefa deles tornar o jardim habitável, e isso não deve ter sido difícil. Deus deu autoridade ao casal em sua função e os ensinou sobre sua responsabilidade. Cuidar do Éden daria sentido e traria felicidade a eles.
O verbo hebraico para “domínio” (Gn 1:26, 28) significa “colocar sob controle e governo”. Dado o contexto, esse não era um domínio severo, mas um governo benevolente no cuidado para com a criação. A responsabilidade de cuidar da criação ainda não terminou. No paraíso, Adão e Eva deviam aprender que Deus era o
Proprietário, e eles, Seus administradores ou mordomos. Desde o início, Deus tinha a intenção de que eles tivessem posições de responsabilidade e confiança, mas não como proprietários. Eles deveriam demonstrar a Deus que eram fiéis às suas tarefas.
“Adão e Eva receberam a missão de cuidar do jardim do Éden. Eles deveriam cultivá-lo e guardá-lo (Gn 2:15). Estavam felizes em seu trabalho. Sua mente, coração e vontade atuavam em perfeita harmonia. Não encontravam, em seu trabalho, cansaço nem tarefa difícil. Suas horas eram preenchidas com trabalho útil e comunhão um com o outro. A ocupação deles era agradável. Deus e Cristo os visitavam e falavam com eles. Eles receberam a perfeita liberdade […]. Deus era o dono de sua casa no Éden. Eles a mantinham sob Seu domínio” (Ellen G. White,
Manuscript Releases, v. 10, p. 327).
Perguntas para discussão
1. Deus é o dono do mundo. O que isso nos ensina sobre nossa responsabilidade com o meio ambiente? Embora tenhamos que evitar o fanatismo político de alguns ambientalistas que adoram a própria criação, qual deve ser a nossa atitude em relação ao cuidado para com a natureza?
2. Pense na ideia de que Deus é “zeloso” ou “ciumento”. Não é fácil entender esse conceito, porque entendemos o ciúme como algo ruim. Dá para aplicar essa ideia a Deus sem os sentidos negativos dessa palavra?
3. Como distinguir a alegria e o uso apropriado das coisas físicas criadas por Deus do abuso dessas coisas? Por que essa distinção é tão importante?
Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Peça que os alunos deem exemplos de situações em que isso acontece em sua vida. 3. F; V. 4. Peça aos alunos que discutam essa questão em duplas e construam juntos uma resposta. 5.Distribua os textos entre as duplas. Cada dupla deve ficar responsável por um texto e destacar pelo menos um aspecto da diferença entre o Criador e Suas criaturas. 6. B.
#PrimeiroDeus – Receba o 3o sábado do ano na alegria do Senhor. Leia com a família a Meditação Pôr do Sol na Janela 10/40.