sábado, 6 de janeiro de 2018

Lição 2. 06 a 13 de janeiro- Vejo, quero, pego


Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (Mt 13:22).

LEITURAS DA SEMANA: 2Co 8:1-7; Mt 13:3-7, 22; Gn 3:1-6; Is 56:11; Mt 26:14-16; 2Pe 1:5-9

O amor ao dinheiro e aos bens materiais pode nos atingir de muitos ângulos diferentes. Ellen G. White descreveu a artimanha do diabo para nos atrair por meio das armadilhas do materialismo. “Vão, façam com que os donos de terras e de dinheiro se embriaguem com os cuidados desta vida. Apresentem o mundo diante deles em sua mais atraente luz, de modo que acumulem seu tesouro aqui, e fixem sua atenção sobre as coisas terrestres. Devemos fazer o máximo para evitar que os que trabalham na causa de Deus obtenham meios para usar contra nós. Conservem o dinheiro em nossas próprias fileiras. Quanto mais dinheiro obtiverem, tanto mais prejudicarão nosso reino tirando de nós os nossos súditos. Façam com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 154, 155).
Infelizmente, essa artimanha parece estar funcionando bem. Consideremos, então, esses perigos e o que a Palavra de Deus nos revela, a fim de que evitemos essa armadilha espiritual.
Domingo, 07 de janeiro
O evangelho da prosperidade
Um pregador popular da televisão tem uma mensagem simples: Deus quer abençoá-lo, e a prova de Sua bênção é a abundância de bens materiais que você possui. Em outras palavras, se você for fiel, Deus o tornará rico.
Esse pensamento, ou variações dele, tem sido chamado de “evangelho da prosperidade”. Sua mensagem é: “Siga a Deus, e Ele o enriquecerá com bens materiais”. Essa ideia não é senão uma falsa justificativa teológica para o materialismo, pois o que ela realmente está dizendo é o seguinte: “Você quer ser materialista e se sentir bem com isso? Bem, temos o ‘evangelho’ para você!”
No entanto, relacionar o evangelho à riqueza garantida é uma ênfase equivocada. Essa crença cria uma dissonância em relação às Escrituras e reflete uma
teologia egocêntrica que não é nada mais do que uma meia-verdade revestida em linguagem bíblica. Na essência dessa mentira está a questão central de todo pecado, que é o ego e o desejo de agradar a si mesmo acima de todas as outras coisas.
A teologia do evangelho da prosperidade ensina que, ao dar a Deus, recebemos em troca uma garantia de prosperidade material. Mas isso torna Deus uma máquina de venda automática e transforma nosso relacionamento com Ele apenas um negócio: eu faço isso, e você promete fazer aquilo em troca. Damos, não porque seja a coisa certa a fazer, mas pelo que ganhamos em troca.
Esse é o evangelho da prosperidade.
1. Leia 2 Coríntios 8:1-7. Quais princípios, nesse texto, vão contra a ideia do evangelho da prosperidade? O que Paulo quis dizer quando falou do “privilégio de contribuir” (NVI)?
Embora estivessem vivendo em “extrema pobreza”, essas pessoas eram muito generosas, doando ainda mais do que podiam (2Co 8:2; NVI). Textos como esse, e muitos outros, refutam a falsa teologia do evangelho da prosperidade, segundo a qual, se estamos vivendo corretamente diante de Deus, teremos muitos bens materiais como demonstração disso.
Você tem exemplos de pessoas fiéis a Deus, mas que não são ricas em bens materiais? E as que não são fiéis, mas têm prosperidade financeira? O que isso revela sobre o uso da riqueza como indicador das bênçãos de Deus?
Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org
Segunda-feira, 08 de janeiro
Visão espiritual obscurecida
Bíblia ensina uma verdade óbvia: os cuidados desta vida e as riquezas são temporários. Nada permanece, e as coisas do mundo não duram muito tempo. Como disse Paulo: “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4:18). A visão dos cristãos torna-se míope quando seu foco está nos cuidados deste mundo, e não no caminho para o Céu. Poucas coisas podem cegar seus olhos mais do que o engano das riquezas. Helen Keller, que era cega, disse: “A pessoa mais patética do mundo é aquela que enxerga, mas não vê.” A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que podiam enxergar, mas eram, de fato, espiritualmente cegas.
“Alguns amam tanto este mundo que ele consome seu amor pela verdade. À medida que seus tesouros aumentam aqui na Terra, seu interesse no tesouro celestial diminui. Quanto mais possuem deste mundo, tanto mais eles o abraçam, como se temessem que seu cobiçado tesouro lhes fosse tirado. Quanto mais possuem, menos têm para dar aos outros, porque quanto mais eles têm, mais pobres se sentem. Oh! O engano das riquezas! Eles não verão nem sentirão as necessidades da causa de Deus” (Ellen G. White, Spiritual Gifts [Dons Espirituais], v. 2; p. 267).
A visão espiritual obscurecida coloca a salvação eterna em risco. Não basta manter Jesus à vista; devemos mantê-Lo em foco.
2. Leia Mateus 13:3-7 e 22. Sobre qual perigo Jesus nos advertiu? Assinale a alternativa correta e reflita sobre a razão pela qual é tão fácil cair nessa armadilha, sendo nós ricos ou pobres:
A.( ) Das preocupações desta vida e do engano das riquezas.
B.( ) Dos falsos mestres e profetas.
Primeiramente, Jesus nos advertiu quanto às “preocupações desta vida” (Mt 13:22, NVI). Ele sabe que temos inquietações, inclusive financeiras. Os pobres se preocupam se terão o suficiente; os ricos se preocupam com seus desejos. Precisamos apenas ter a certeza de que não deixaremos essas preocupações sufocarem a Palavra em nossa vida (Mt 13:22).
Em segundo lugar, Jesus nos advertiu sobre o “engano das riquezas” (Mt 13:22). Embora as riquezas em si não sejam más, elas ainda possuem o poder de nos enganar de tal maneira que podem levar à destruição final.
De que maneira você observa o “engano das riquezas” em sua vida? Quais escolhas práticas você pode fazer para se proteger desse engano?
Terça-feira, 09 de janeiro
Passos da cobiça
Como todos os pecados, a cobiça começa no coração. Ela tem início dentro de nós e, em seguida, desenvolve-se em nosso exterior. Foi o que aconteceu no Éden.
3. Leia Gênesis 3:1-6. O que Satanás fez para atrair Eva ao pecado? Através dos séculos, como ele tem usado os mesmos princípios para nos enganar também?
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu” (Gn 3:6).
É posssível pensar que a indústria publicitária obteve seu exemplo paradigmático de como vender seus produtos a partir da história do Éden. O diabo apresentou o fruto da árvore proibida de maneira a criar em Eva o desejo de querer mais do que ela já possuía, e fazê-la pensar que precisava de algo de que realmente não necessitava. Genial! A queda de Eva é uma demonstração dos três passos que cada um de nós toma quando cai na cobiça: Ver, querer e pegar.
A cobiça pode ser um pecado silencioso. Assim como a luxúria, ela se esconde por trás do véu do nosso corpo. Mas quando finalmente produz frutos, é devastadora! Ela pode prejudicar relacionamentos, deixar cicatrizes em nossos queridos, e nos esmagar com a culpa depois.
Deixe a cobiça emergir, e ela passará por cima de qualquer princípio. O rei Acabe viu a vinha de Nabote, desejou-a, e ficou aborrecido até que sua esposa, a rainha Jezabel, matou Nabote por causa da vinha (1Rs 21). Acã não pôde resistir quando viu uma capa, prata e ouro. Ele então os cobiçou e tomou-os para si (Js 7:20-22).
A cobiça é, por fim, apenas uma outra forma de egoísmo.
“Se o egoísmo é a forma predominante do pecado, a cobiça pode ser considerada a forma predominante do egoísmo. Isso é sugerido de maneira impressionante pelo apóstolo Paulo. Ao descrever os ‘tempos difíceis’ da apostasia final, ele retratou o egoísmo como a origem prolífica de todos os males que predominarão, e a cobiça como seu primeiro fruto. ‘Pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes’ [2Tm 3:2]” (John Harris, Mammon [Mamon], Nova York: Lane & Scott, 1849, p. 52).
Por que é importante reconhecer em nós todas as tendências para a cobiça?
Quarta-feira, 10 de janeiro
Ganância: fazendo as coisas do seu jeito
4. Leia Isaías 56:11. Sobre qual pecado esse texto nos adverte? Complete a lacuna:
“Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua __________, todos sem exceção” (Is 56:11).
Para nós, seres caídos, a ganância pode ser uma tendência tão fácil e natural quanto respirar. No entanto, é difícil imaginar no caráter humano algo que reflita menos o caráter de Cristo do que a ganância. Paulo declarou: “Conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2Co 8:9).
Somente o Senhor sabe o dano que a ganância causou ao longo da História. A avareza provocou guerras; levou pessoas a cometer crimes que arruinaram a si mesmas e suas famílias. A ganância é um vírus que se prende ao seu hospedeiro e consome todas as suas virtudes, até que tudo o que resta é cada vez mais cobiça. Ela é um mal que deseja tudo: paixão, poder e bens. Novamente, vejo, quero, pego.
5. Leia Mateus 26:14-16. O que aprendemos sobre o poder da ganância nessa triste história? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A ganância domina o coração, tirando todos os escrúpulos.
B.( ) É necessário ter ganância. Ela nos motiva a progredir na vida.
Observe as palavras de Judas: “O que me darão se eu O entregar a vocês?” (Mt 26:15, NVI). Ele deixou a ganância dominá-lo! Judas tinha sido privilegiado como pouquíssimas pessoas em toda a História: viveu com o Cristo encarnado, testemunhou Seus milagres e O ouviu pregar as palavras da vida. Não obstante, veja o que a ganância e a cobiça o levaram a fazer!
“Quão ternamente o Salvador tratou aquele que havia de ser Seu traidor! Em Seus ensinos, demorava-Se sobre os princípios de generosidade que feriam pela raiz a cobiça. Apresentava diante de Judas o odioso caráter da ganância, e muitas vezes o discípulo compreendeu que seu caráter fora descrito, apontado seu pecado; mas não quis confessar nem abandonar sua injustiça” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 295).
Se não formos cuidadosos, quem de nós não manifestará ganância? Por meio da graça de Deus, como podemos manter essa tendência natural sob controle?
Quinta-feira, 11 de janeiro
Domínio próprio
6. Leia os textos a seguir. Como as pessoas, ricas ou pobres, podem se proteger dos perigos envolvidos na ganância, cobiça e amor ao dinheiro e coisas materiais?
Atos 24:24-26 _______________________________________________________________________________________________________________
Gálatas 5:22-25 _____________________________________________________________________________________________________________
2 Pedro 1:5-9 _______________________________________________________________________________________________________________
Esses textos são muito ricos e estão repletos de ordens divinas sobre como devemos viver. Mas observe algo em comum em todos eles: o domínio próprio. Desenvolver esse traço pode ser especialmente difícil quando se trata de ganância, cobiça e desejo de possuir coisas. Somente por meio do domínio próprio, primeiro de nossos pensamentos e depois de nossas ações, podemos nos proteger dos perigos das coisas que mencionamos.
Podemos exercer esse domínio unicamente na medida em que nos entregamos ao poder do Senhor. Nenhum de nós pode, por si mesmo, vencer esses traços pecaminosos, especialmente se eles têm sido cultivados e alimentados há muito tempo. Realmente precisamos da obra sobrenatural do Espírito Santo em nossa vida, se quisermos obter a vitória sobre esses enganos poderosos. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13).
7. Leia novamente 2 Pedro 1:5-9. Para qual caminho Pedro apontou? Quais são os passos e como podemos segui-los, especialmente em nossa luta contra a ganância e a cobiça?
Sexta-feira, 12 de janeiro
Estudo adicional
O maior objetivo do homem é ser feliz e satisfeito. Porém, obter realizações pessoais por meio do materialismo não nos fará alcançar esse objetivo. As pessoas sabem que isso é verdade, mas continuam em sua obsessão por posses: vejo, quero, pego. Os adventistas do sétimo dia também são confrontados com a tentação de aderir aos valores do materialismo. No entanto, a aquisição contínua de bens não produz felicidade, satisfação nem contentamento. Em vez disso, produz problemas, como na história do jovem rico, o qual se afastou de Jesus infeliz, abatido e desanimado por não ouvir nem obter o que queria. “Os valores materialistas estão associados ao enfraquecimento generalizado do bem-estar das pessoas, desde a baixa satisfação e felicidade na vida, à depressão e à ansiedade, e também aos problemas físicos como dores de cabeça, transtornos de personalidade, narcisismo e comportamento antissocial” (Tim Kasser, The High Price of Materialism [O alto preço do materialismo]; Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 2002, p. 22).
Cristãos materialistas, em outras palavras, orgulhosamente bebem do poço da riqueza, mas estão espiritualmente desidratados. Contudo, nunca teremos sede se bebermos da água que Cristo oferece (Jo 4:14).
Perguntas para discussão
1. Reflita sobre o evangelho da prosperidade. Quais textos as pessoas que acreditam nessa ideia utilizam para promovê-la? Quais exemplos bíblicos encontramos de pessoas fiéis cuja vida refuta esse falso ensino?
2. Alguém disse: “Aprendi duas verdades bíblicas com meu filho. A primeira é que nascemos pecadores. A segunda é que nascemos gananciosos.” Você conhece alguma história que mostra que até as crianças são gananciosas? O que isso revela sobre a nossa necessidade da graça divina?
3. Alguém escreveu: “Se procuramos a origem dos nossos problemas, não devemos submeter as pessoas a um teste de drogas, mas a um teste de estupidez, ignorância, ganância e amor pelo poder.” Você pode dar exemplos de situações em que a ganância causou danos aos envolvidos?
Respostas e atividades da semana: 1. Peça que um dos alunos leia o texto em voz alta. Enquanto isso, a classe deve refletir sobre as perguntas com base no texto bíblico. Em seguida, peça que os alunos compartilhem suas respostas. 2. A. 3. Escolha um aluno para responder à questão. Peça a ele que compartilhe sua resposta com a classe. 4. Ganância. 5. V; F. 6. Divida a classe em três grupos. Cada grupo deve ficar responsável por uma passagem bíblica. Após refletirem sobre a questão, peça aos alunos que compartilhem suas respostas com a classe. 7. Peça aos alunos que formem duplas e compartilhem uns com os outros os passos que devemos dar na luta contra a ganância e a cobiça. Depois, comente com toda a classe.
#PrimeiroDeus – Receba o 2º sábado do ano com a paz de Cristo. Leia com a família a Meditação Pôr do Sol na Janela 10/40.

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