quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Lição 5 27 de janeiro a 02 de fevereiro-- Mordomos após o Éden

Sábado à tarde
 
Verso para memorizar: “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2:4).
Leituras da semana: Is 22:14-18; 1Co 4:1, 2; Cl 2:2, 3; Ef 6:13-17; 2Co 5:10 
O primeiro trabalho de Adão e Eva envolvia mordomia. Deus lhes tinha dado o jardim e todas as criaturas para que eles cuidassem, desfrutassem e dominassem sobre eles, embora não fossem donos de nada (Gn 2:15). Em vez disso, eles eram mordomos do que o Senhor lhes tinha confiado.
Nesta semana, vamos examinar mais atentamente a definição de “mordomia” após a queda, depois que nossos primeiros pais foram expulsos do Éden. Isso quer dizer que também somos mordomos, mas em um ambiente bastante diferente do que Adão e Eva desfrutaram anteriormente.
O que é “mordomia”? Certos personagens da Bíblia revelaram o que é ser um mordomo mediante seu estilo de vida. Outros textos o definem mais claramente. Quando nos tornamos mordomos de Deus, nosso foco sai do mundo e de seus valores materialistas e passa a se concentrar no Criador e Sua missão. Como ocorreu com Adão e Eva, Deus nos confiou sagradas responsabilidades. Desde a queda no Éden, no entanto, a tarefa de um mordomo mudou, pois, juntamente com a responsabilidade de cuidar do mundo material, recebemos também a incumbência de ser bons mordomos das verdades espirituais
Anote na agenda da sua família: de 24 a 31 de março teremos a Semana Santa. Comece a orar e consagrar a vida ao Senhor. Ele quer usar você para alcançar pessoas para Cristo!  

Domingo, 28 de janeiro
Mordomos no Antigo Testamento
A palavra “mordomo” ocorre apenas algumas vezes no Antigo Testamento. Na maioria dos casos, ela significa aquele que “administra a casa”, que é o responsável pelo funcionamento de uma residência; isto é, um “mordomo” (Gn 43:19; 44:1, 4; 1Rs 16:9). O mordomo tinha a responsabilidade de administrar os assuntos domésticos e os bens de seu senhor, fazendo o que lhe fosse pedido. A definição de mordomo no Antigo Testamento pode ser encontrada na identificação de suas características. Os mordomos não podem ser separados de sua mordomia, pois ela revela sua identidade.
Algumas caraterísticas de um mordomo são evidentes no Antigo Testamento. Primeiramente, sua posição era de grande responsabilidade (Gn 39:4). O mordomo era escolhido por causa de suas habilidades, e ele recebia o respeito e a confiança de seu patrão por realizar o trabalho. Em segundo lugar, o mordomo sabia que aquilo que tinha sido confiado a ele pertencia ao proprietário (Gn 24:34-38). Essa é a diferença suprema entre o mordomo e o dono. O mordomo compreendia sua função. Em terceiro lugar, quando o mordomo tomava para si o que lhe tinha sido confiado, a relação de confiança entre ele e o proprietário era rompida, e ele era dispensado (Gn 3:23; Os 6:7).
1. Leia Isaías 22:14-18. Durante o reinado de Ezequias, Sebna foi nomeado mordomo e tesoureiro, ambas importantes posições de autoridade. O que aconteceu com ele como resultado do abuso de sua posição? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.(     ) Foi condecorado pela sua vontade de crescer na vida.
B.(     ) Foi expulso e morreu vergonhosamente.
“O mordomo se identifica com o patrão. Aceita as responsabilidades de um mordomo e age em lugar do dono da casa, fazendo o que ele faria se estivesse presidindo. Os interesses do senhor se tornam seus. A posição do mordomo é de dignidade, porque o patrão confia nele. Se, de algum modo, ele atua egoisticamente, e reverte em proveito próprio as vantagens obtidas pela negociação com os bens de seu senhor, trai a confiança nele depositada” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 246)
Somos mordomos de tudo que possuímos. Como essa compreensão deve impactar tudo o que fazemos?  
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Segunda-feira, 29 de janeiro
Mordomos no Novo Testamento
As duas palavras básicas para “mordomo” no Novo Testamento são epitropos, que ocorre três vezes, e oikonomos, que ocorre dez vezes. Ambas descrevem funções que incorporam responsabilidades administrativas, confiadas ao mordomo pelo proprietário.
Tanto no Novo como no Antigo Testamento, os mordomos são definidos pelo que fazem. O Novo Testamento descreve especificamente o mordomo em termos de responsabilização (Lc 12:48) e expectativas (1Co 4:2). No entanto, o foco do Antigo Testamento se concentra mais em declarar a propriedade de Deus do que em nos definir diretamente como Seus mordomos. Portanto, embora o conceito de mordomo seja muito semelhante em ambos os Testamentos, o Novo Testamento expande o conceito para além da administração doméstica.
Na parábola do mordomo desonesto (Lc 16:1-15), Jesus ampliou a definição de mordomo. Sua lição é sobre algo mais do que um mordomo que escapa do desastre financeiro. Ela é aplicável àqueles que fogem do desastre espiritual mediante uma sábia manifestação de fé. Um mordomo sábio se preparará para a breve volta de Jesus, além do “aqui” e “agora” (Mt 25:21).
2. Leia 1 Coríntios 4:1, 2; Tito 1:7 e 1 Pedro 4:10. O que esses textos revelam sobre o mordomo e a mordomia?
“Abrirei meu coração ao Espírito Santo a fim de que sejam despertadas todas as faculdades e energias que Deus me confiou? Pertenço a Cristo e estou empenhado em Seu serviço. Sou um despenseiro de Sua graça” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 301).
Em Lucas 12:35-48, Jesus também usou o termo “mordomo” metaforicamente. Ele falou sobre o mordomo sábio que estava pronto para o retorno do Filho do Homem, e descreveu o mordomo infiel que abandonou os cuidados porque seu mestre demorou para voltar. O mordomo infiel se transformou num tirano e passou a abusar dos que estavam ao seu redor. Ele não era mais um padrão de boas obras nem um administrador de graça.
Quando aceitamos a Cristo, somos Seus mordomos, chamados a administrar os recursos de Deus. Ainda mais importante, devemos administrar as realidades espirituais da vida cristã em preparação para o Céu.
Leia Lucas 12:45. Na luta com o sentimento de “demora”, por que devemos tomar cuidado para não cair nesse engano? 

Terça-feira, 30 de janeiro
Mordomos dos mistérios de Deus
3. Leia Colossenses 2:2, 3 e 1 Timóteo 3:16. O que esses textos identificam como “mistério”?
Zofar, o naamatita, disse a Jó: “Você consegue perscrutar os mistérios de Deus?” (Jó 11:7, NVI). A palavra “mistério” significa algo enigmático, obscuro, desconhecido, inexplicável ou incompreensível. Embora os mistérios de Deus tenham sido registrados nas Escrituras, compreendê-los plenamente ainda está além do nosso alcance. Por isso eles são mistérios. É como se fôssemos míopes e estivéssemos olhando para o céu, esperando enxergar o menor detalhe. Não podemos enxergar tão longe a menos que Deus nos revele esses mistérios.
4. Em Deuteronômio 29:29, o que Moisés declarou sobre o que nos foi revelado? Assinale a alternativa correta:
A.(     ) As coisas reveladas não são úteis.
B.(     ) As coisas reveladas pertencem a nós.
Somos mordomos de coisas que não entendemos completamente. Conhecemos apenas o que a revelação e as Escrituras nos mostram. Nossa maior mordomia é viver “como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus” (1Co 4:1, NVI).
Como Seus mordomos, Deus deseja que cuidemos da verdade que Ele revelou, e que a preservemos, ensinemos e protejamos. Nossa maneira de fazer isso é a verdadeira mordomia, e significa que estamos “conservando o mistério da fé com a consciência limpa” (1Tm 3:9).
O maior de todos os mistérios é que todos podemos experimentar a Cristo, a “esperança da glória”. O plano da salvação é sobrenatural e não o podemos compreender plenamente. O fato de que o Criador de todas as coisas (Jo 1:1-3) desceu a esta Terra e foi “manifestado na carne” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 6, p. 122) apenas para oferecer a Si mesmo como sacrifício pelos pecados da humanidade, envolve mistérios que provavelmente nunca serão plenamente compreendidos por nenhuma criatura. Até mesmo os anjos estudam o mistério divino e tentam entender por que Jesus veio à Terra (1Pe 1:12). No entanto, o que eles sabem faz com que todos nós louvemos ao Senhor por Sua glória e bondade (veja Ap 5:13).
Você foi chamado para ser mordomo do evangelho. Quais responsabilidades isso coloca sobre você automaticamente? 

Quarta-feira, 31 de janeiro
Mordomos da verdade espiritual
Quando pensamos em mordomia, pensamos em coisas tangíveis, e com razão. Mas, como vimos, a mordomia vai além disso. Assim como bens tangíveis, os dons intangíveis também vêm de Deus. Eles são bens espirituais que Deus nos concede (1Pe 4:10) para que possamos, em Cristo, desenvolver um caráter cristão e nos tornar o povo que podemos ser Nele. Portanto, devemos administrar os dons intangíveis com ainda mais cuidado do que os tangíveis, pois eles são infinitamente mais valiosos.
5. Leia Efésios 6:13-17. Devemos ser mordomos das coisas que Deus nos concedeu. Quais são essas coisas? Por que a administração apropriada dessas dádivas é tão fundamental para nós?
“O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). O mundo, com tudo o que ele oferece, não pode nos conceder a redenção que temos em Cristo. A salvação, um dom que Deus nos dá, é o nosso bem mais valioso. Ter sempre em mente a realidade da redenção nos ajuda a manter a perspectiva na administração dos outros bens que também recebemos de Deus.
“Apenas à luz que resplandece do Calvário, pode o ensino da Natureza ser aprendido corretamente. Por meio da história de Belém e da cruz mostre-se quão bom é vencer o mal, e como cada bênção que nos vem é um dom da redenção” (Ellen G. White, Educação, p. 101).
A redenção é nossa somente porque Jesus pagou o preço máximo. Paulo claramente afirmou que Nele “temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua graça” (Ef 1:7). A expressão “temos a redenção” significa que a redenção é nossa, mas somente porque Deus a concedeu a nós. É fundamental, então, que nos revistamos “de toda a armadura de Deus” (Ef 6:11), para que o diabo não tome a nossa salvação, pois ele só pode fazer isso se lhe permitirmos, o que ocorrerá somente se não obedecermos ao que nos é revelado na “Palavra de Deus” (Ef 6:17). Nossa maior proteção é obedecer, pela fé, à luz que nos foi dada.
Como podemos nos revestir da armadura de Deus, descrita em Efésios 6:13-17? Em que aspectos somos mordomos de tudo o que recebemos nessa armadura? 
 
 Quinta-feira, 01 de fevereiro
Nossa responsabilidade como mordomos
Os mordomos sábios são definidos por sua disposição de aceitar e executar o princípio moral da responsabilidade pessoal. A aceitação da responsabilidade pessoal é a escolha que fazemos, revelada pelas ações que tomamos. Dessa maneira, é reconhecida a relação entre causa e efeito. A disposição de aceitar a responsabilidade pessoal é uma característica essencial que não pode ser ignorada na definição de mordomo, pois os mordomos devem ter a determinação de manter no coração o melhor interesse do Proprietário. Portanto, essa disposição é uma escolha que define o relacionamento que um mordomo tem com Deus.
“Deus deseja Se relacionar diretamente com as pessoas. Em Seu relacionamento com os seres humanos, Ele reconhece o princípio da responsabilidade pessoal. Procura encorajar um senso de dependência pessoal e destacar a necessidade de orientação pessoal. Seus dons são confiados às pessoas como indivíduos. Cada indivíduo tem sido colocado como mordomo de encargos sagrados; cada um deve cumprir sua responsabilidade de acordo com a orientação do Doador; e cada um deve prestar contas de sua mordomia a Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 176).
Quando nos tornamos mordomos, não transferimos nossa responsabilidade para outra pessoa ou organização. Nossa responsabilidade pessoal é com Deus e será refletida em todas as nossas interações com aqueles que nos rodeiam (Gn 39:9, veja também Dn 3:16). Abraçaremos a tarefa que está diante de nós aplicando o máximo das nossas habilidades. O sucesso aos olhos de Deus dependerá mais da nossa fé e pureza do que da inteligência e talento.
6. Leia 2 Coríntios 5:10. O que significa ser um mordomo sábio? Qual será a base do julgamento da nossa mordomia?
Teólogos e filósofos têm discutido durante séculos a difícil questão do livre-­arbítrio. Mas a Bíblia é clara: nós, como seres humanos, temos livre-arbítrio e liberdade de escolha. A ideia de que seremos julgados pelas nossas ações não teria sentido de outra maneira. Portanto, pela graça de Deus temos a responsabilidade pessoal de tomar as decisões corretas em tudo o que fazemos, inclusive sendo
fiéis mordomos de todos os bens divinos confiados a nós.

Sexta-feira, 02 de fevereiro
Estudo adicional
Em alguns textos do Antigo Testamento, a palavra “mordomo” não é traduzida de um único termo, mas da expressão asher al bayt, que significa “aquele que administra uma casa”. O texto de Gênesis 43:19 pode ser traduzido assim: “E se chegaram ao mordomo da casa de José, e lhe falaram à porta”. Se considerarmos que a família que reside na casa é parte da própria casa, então o que é mais valioso para uma pessoa do que a própria casa? Portanto, um mordomo é alguém a quem está sendo confiado algo muito valioso que, no entanto, não lhe pertence. Em muitos aspectos, isso torna a responsabilidade ainda maior do que se o mordomo fosse responsável pelos próprios bens.
Essa mesma ideia continua no Novo Testamento, que “toma ideias do Antigo Testamento e as une às ideias, conceitos e palavras do primeiro século, enriquecendo e ampliando o ensino sobre mordomia. As palavras gregas mais comuns usadas em relação à mordomia são derivadas de oikos e oikia, “casa”. O oikonomos é aquele que cuida da casa: o mordomo ou o administrador. Oikonomia é o substantivo abstrato, “administração da casa”, cujo significado é muitas vezes muito mais amplo” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, 2012, p. 721-724).
Perguntas para discussão
1. Em vez de assumir a responsabilidade por ter comido o fruto proibido, o que Adão disse a Deus, diante da pergunta sobre o que ele havia feito? (Veja Gn 3:12). Uma das primeiras atitudes provocadas pelo pecado foi a transferência da culpa para o outro! O que isso revela sobre nossa própria atitude? Como evitar culpar os outros pelos nossos erros?
2. Reflita sobre a ideia de ser mordomo de coisas intangíveis, espirituais. O que isso significa? Como “administrar” essas coisas?
3. Pense nas três mensagens angélicas (Ap 14:6-12). Recebemos a responsabilidade de ser mordomos dessas verdades. Que verdades são essas?
4. É importante acreditar nas coisas espirituais que não compreendemos?
Respostas e atividades da semana: 1. F; V. 2. Escolha três alunos e peça a cada um deles que leia um dos textos em voz alta. Discuta cada um dos textos com a classe e comente sobre maneiras práticas de ser um bom mordomo no século 21. 3. Escolha dois alunos e peça a cada um deles que leia um dos textos em voz alta. Em seguida, comente a questão com a classe. 4. B. 5. Divida a classe em dois grupos para discutir a questão. Peça a um representante de cada grupo que compartilhe sua resposta. 6. Escolha um aluno e peça que ele leia o texto em voz alta. Em seguida, comente a questão com a classe. O que significa fazer o bem por meio do corpo?



 
 

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