quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Evangelismo digital: desafios e oportunidades

Com o serviço de chatbot, a ESPERANÇA auxilia você na tarefa de dar estudos bíblicos pela internet via Whatsapp. (Foto: divulgação)
Você consegue ver alguma coisa no seu cotidiano que não seja regido pela tecnologia digital? Difícil, não é mesmo? É bem provável que uma de suas primeiras ações neste dia tenha sido conectar-se à internet e dar uma chegada nas mensagens no seu celular. Em uma pesquisa realizada pela Hoopsuite com a We Are Social, o Brasil é o segundo país do mundo que as pessoas passam mais tempo conectadas à internet, por exemplo.
“Estamos tão envolvidos com a tecnologia que não temos hoje a opção de fazer ou não fazer uso dela”, explica Rafael Rossi, diretor de Comunicação da Igreja Adventista na América do Sul. Ela domina praticamente todas as áreas da nossa vida. Modificou o comportamento social, nossa visão de mundo, a maneira como nos comunicamos e, até mesmo, a pregação do Evangelho.
Rossi explica ainda que diante das mudanças constantes, novas gerações surgem com um intervalo de tempo cada vez menor. Sem contar que a linguagem com que se comunicam e as suas características culturais também variam muito. “Nós vivemos em busca de alvos que se movimentam o tempo todo. A comunicação, portanto, é o ‘dom de línguas’ que eu peço diariamente a Deus, para que eu consiga me comunicar com as diferentes gerações que estão diante de nós”, finaliza.
Grandes oportunidades
Estudar a Bíblia ou formar uma classe bíblica, por exemplo, pode ser mais fácil e rápido. Usando o recurso de inteligência artificial, a Igreja Adventista ajuda você a conduzir um curso bíblico com seus amigos por meio de um aplicativo de mensagens. E esta é apenas uma dentre tantas possibilidades que as novas mídias oferecem.

Os benefícios da revolução tecnológica são inegáveis. Tanto que, de acordo com Jadson Rocha, diretor de Comunicação da Igreja Adventista no Nordeste, só no último trimestre de 2019, mais de 10 mil pessoas estudaram a Bíblia pela internet na região, graças a existência de plataformas EAD. Na América do Sul, 34.339 fizeram estudos bíblicos online de novembro de 2018 até hoje. E na última semana, foram atendidas 7.600 pessoas por dia.
É necessário ter equilíbrio
Embora o seu alcance seja impressionante, toda essa intimidade natural que desenvolvemos com a tecnologia tem um preço. Ela precisa ser vigiada. Um filtro das informações que chegam até nós e do que compartilhamos é extremamente necessário. Caso contrário, corremos o risco de comprometer a nossa espiritualidade. Além de perder de vista o nosso propósito como Igreja: a pregação do evangelho.

Por isso, Rafael Rossi e Jadson Rocha estiveram em cinco estados da região Nordeste para falar sobre os desafios e oportunidades do evangelismo na era digital. Os encontros aconteceram nas cidades de Caruaru e Recife (PE), Fortaleza (CE), Natal (RN), Maceió (AL) e Teresina (PI).
Encontro com liderança da Igreja Adventista em Fortaleza (CE)
Rafael Rossi deseja que a Igreja alcance, por meio da Comunicação, as mais diferentes gerações.
Encontro com liderança da Igreja Adventista em Maceió (AL)


Projeto Missão Calebe leva esperança a presídios no ES

Mais de 8 mil voluntários participam da iniciativa, que se estende até o dia 29 de janeiro
Por Rafael Brondani
Detentos recebem mensagem de amor e esperança de voluntários do projeto Missão Calebe. (Foto: Divulgação)
A Missão Calebe, uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, é conhecida pelo trabalho voluntário e social, especialmente entre a juventude. Este ano, o projeto se estende a quatro unidades prisionais no centro-norte do Espírito Santo: Barra de São Francisco, São Mateus, Colatina e Serra, levando uma mensagem da Bíblia para aproximadamente 2 mil internos.
O evangelista da Igreja Adventista no centro-norte capixaba, Moabi Novaes, explica que os voluntários da Missão Calebe têm desempenhado um papel transformador nos presídios. "Diariamente, nossos pastores e uma equipe dedicada de jovens voluntários visitam as prisões, oferecendo cânticos, testemunhos e estudos bíblicos aos detentos", comenta Novaes. Segundo ele, "é uma oportunidade ímpar para que nossa juventude amplie sua visão sobre a pregação do evangelho, alcançando corações atrás das grades."
O projeto não só beneficia os internos, mas também promove um impacto nos jovens voluntários, despertando empatia, compaixão e um senso de responsabilidade social. "A Missão Calebe nos presídios é uma experiência que transforma tanto aqueles que recebem a mensagem quanto aqueles que a transmitem", afirma Ribeiro.

A etapa final do projeto na Unidade de Colatina está agendada para 26 de fevereiro, às 15h. O encerramento será marcado por um musical apresentado pelo Ministério F4ces, seguido de uma cerimônia de batismo. O evento contará também com a presença de Allan Stênio, líder de evangelismo da Igreja Adventista para o sudeste do Brasil.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Greve geral na Argentina faz aéreas brasileiras cancelarem voos para o próximo dia 24

A greve geral na Argentina convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), para o dia 24 de janeiro, fez as aéreas brasileiras cancelarem voos para este dia, segundo uma pesquisa do g1 nos sites da GOL e da Latam. A Azul não opera no país vizinho.
O levantamento feito pela reportagem detectou 33 cancelamentos de voos de ida e volta, entre Brasil e Argentina, no dia 24 de janeiro. A pesquisa foi realizada na manhã deste sábado (20).
Só na GOL, estão previstos 22 cancelamentos, enquanto na Latam o g1 apurou 11 rotas canceladas e uma com status de atraso.
A greve geral na Argentina foi convocada ainda no final de dezembro, após o presidente eleito Javier Milei anunciar uma série de reformas econômicas e trabalhistas.
O que dizem as aéreas
Em nota, a GOL enviou orientações para os passageiros que tiveram seus voos cancelados e explicou que a decisão foi necessária, pois a paralisação afetará toda a atividade aeroportuária nas cidades em que a companhia opera (Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário), "impossibilitando a realização dos voos."
Já a nota da Latam apenas cita "possíveis cancelamentos" nos voos de ida e volta entre Brasil e Argentina no dia 24. E indica as alternativas para os passageiros com voos cancelados.
Os cancelamentos previstos são somente para o dia 24. Os serviços das aéreas estão normalizados antes e depois desta data.
Orientações da GOL e da Latam
GOL
A aérea informou que os seus clientes terão seus voos remarcados para outras datas e poderão realizar a alteração sem custos, podendo solicitar reembolso integral.
"Clientes com bilhetes marcados para esta data estão recebendo comunicação via e-mail e SMS, de acordo com os dados informados no ato da compra, já podendo realizar a autogestão de seus bilhetes nos Canais Digitais da GOL", diz a empresa.
A companhia disse ainda que criou operações extras para os dias 25 e 26 de janeiro;
Em caso de dúvidas, os passageiros podem entrar em contato com a Central de Relacionamento pelo número 0300 115 2121;
Para clientes na Argentina, o número de contato é o +55 11 3471 2973, com atendimento em espanhol das 8h às 20h;
Quem adquiriu passagem por agências de viagem deve procurar diretamente seus representantes, diz a GOL.
LATAM
A companhia informou que os passageiros afetados poderão utilizar uma das seguintes opções:
Alteração de data/voo: sem multa (tanto ida quanto volta) para uma nova data de viagem até 15 dias após a data original;
Reembolso: podem ser solicitados sem multa para todos os bilhetes não utilizados.
A aérea orientou ainda que os passageiros confirmem periodicamente o status dos voos no site.




domingo, 14 de janeiro de 2024

NÃO DISCUTA COM BURROS.

"O burro disse ao tigre:

- ′′ A grama é azul ".

O tigre respondeu:

- ′′ Não, a grama é verde ".

A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-lo a uma arbitragem, e para isso correram perante o leão, o Rei da Selva.

Já antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:

- ′′ Sua Alteza, é verdade que a grama é azul?".

O leão respondeu:

- ′′ Certo, a grama é azul ".

O burro apressou-se e continuou:

- ′′ O tigre discorda de mim e contradiz-me e incomoda, por favor, castigue-o ".

O rei então declarou:

- ′′ O tigre será punido com 5 anos de silêncio ".

O burro pulou alegremente e seguiu o seu caminho, contente e repetindo:

- ′′ A grama é azul "...

O tigre aceitou a sua punição, mas antes perguntou ao leão:

- ′′ Vossa Majestade, por que me castigou?, afinal a relva é verde ".

O leão respondeu:

- ′′ Na verdade, a grama é verde ".

O tigre perguntou:

- ′′ Então, por que você me pune?".

O leão respondeu:

- ′′ Isso não tem nada a ver com a pergunta de se a grama é azul ou verde O castigo acontece porque não é possível que uma criatura corajosa e inteligente como você perca tempo discutindo com um burro, e ainda por cima venha me incomodar com essa pergunta ".

A pior perda de tempo é discutir com um tolo e fanático que não se importa com a verdade ou realidade, mas apenas com a vitória de suas crenças e ilusões. Jamais perca tempo em discussões que não fazem sentido... Há pessoas que por muitas evidências e provas que lhes apresentamos, não estão na capacidade de compreender, e outras estão cegas pelo ego, ódio e ressentimento, e a única coisa que desejam é ter razão mesmo que não a tenham.

Quando a ignorância grita,

A inteligência cala.

A sua paz e tranquilidade valem mais."

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Saiba o que são as listras brancas no peito de frango e se é seguro comer

Conhecido como 'white striping', essas listras são comestíveis e não precisam ser retiradas da carne. Causa principal é o crescimento rápido da ave.
As listras brancas, também conhecidas como "white striping" são uma junção de fibras musculares e gordura da ave.
Para os fãs de culinária, alguns vídeos nas redes sociais ensinam técnicas rápidas para tirar aquele fio branco que está presente em peitos de frangos. Mas, na realidade, isso não é necessário, já que essas listras são uma junção de fibras musculares e gordura da ave, conhecidas também como "white striping" (listras brancas em inglês).
Essas fibras musculares são irrigadas pela corrente sanguínea do frango. "Por alguma condição que a gente não entende bem ainda, a célula que dá origem ao músculo morre", explica a pesquisadora Jane Peixoto, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves.
Quando isso acontece, o local passa a criar gordura e tecido conjuntivo - que é responsável por unir tecidos, servindo de conexão, preenchimento e sustentação.
😋Pode comer?
Apesar de afetar na aparência do peito de frango, não há problemas em consumir essa fibra, uma vez que ela não é infecciosa, aponta Peixoto.
A diferença mais importante para um peito que não tem essa fibra é que ele tem mais gordura e menos proteína.
Inclusive, pesquisas de degustação às cegas apontaram que os consumidores preferiram aves que tinham mais "white striping". Para Peixoto, a explicação disso é que a gordura deixa a carne mais saborosa.
Além disso, na parte visual, as carnes com estas fibras costumam ser mais amareladas, o que as torna mais atraentes para os consumidores.
🐓Crescimento rápido

Apesar de ainda não estar claro para a ciência todas as causas das listras brancas, uma das razões já descobertas é o crescimento rápido do frango, explica Peixoto.
"Até em humanos, por exemplo, uma pessoa que começa a fazer musculação, ela tem mais possibilidade de desgastar fibras, de ter alguma alteração no tecido muscular. O frango é um animal de crescimento rápido, mas não é pelo uso de hormônio", diz.
Ela explica que, no Brasil, aplicar hormônios na produção de frango não é usual, porque eles são caros, e, portanto, seu uso impediria de a ave ser vendida nas prateleiras pelo preço de mercado.
Para evitar o desgaste dessas fibras, a indústria, hoje, está tentando controlar melhor a alimentação do frango, reduzindo a quantidade e, assim, impedindo que o frango cresça rapidamente.
Outro fator que impulsionou o crescimento mais rápido das aves é que, ao longo das gerações, os pesquisadores e avicultores foram reproduzindo as aves com aquelas em que a genética oferecia uma tendência maior de velocidade.
Apesar do problema, agora é difícil reverter esse processo, uma vez que uma produção mais lenta talvez não atendesse à demanda, aponta a pesquisadora.


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

ANÁLISE: Facções do Equador reagiram a plano de presidente contra o crime

Fugas de chefes de grupos e caos causado por sequestros e explosões anteciparam as medidas anunciadas pelo presidente.

Noboa disse que medida extrema é necessária para resolver crise prisional do Equador — Foto: REUTERS

Na tentativa de assegurar o controle do país, o presidente Daniel Noboadeclarou, por meio de decreto, o estado de conflito armado interno no Equador; ou seja, guerra contra o crime organizado e o narcotráfico, que o desafiaram abertamente com ataques a emissoras de TV, hospitais, universidades e explosões em vias públicas.
Noboa nomeou duas dezenas de grupos como terroristas e deu aval aos militares para combatê-los.
É essa a situação da nação que se transformou na mais violenta do continente, que nos últimos sete anos registrou aumento de 500% na taxa de homicídios, 80% deles relacionados às gangues, de acordo com o Crisis Group.
O epicentro da atuação desses grupos está em Guayaquil, onde operam livremente de dentro das penitenciárias, denotando a corrupção no sistema prisional.
Herdeiro de uma fortuna produzida no comércio de bananas e eleito em novembro como o mais jovem presidente do país, o empresário Daniel Noboa, de 35 anos, prometeu agilizar reformas para combater as máfias e reduzir a criminalidade. A campanha eleitoral revelou-se violenta e marcada pelo assassinato do candidato Fernando Villavicencio, durante um comício.
Na semana passada, o presidente de centro-direita propôs um referendo de 11 perguntas com medidas de segurança mais rigorosas, que visavam a garantir o apoio da população à intervenção militar no combate ao crime, com penas mais severas para os crimes graves, como homicídio, tráfico, terrorismo, lavagem de dinheiro, mineração ilegal ou a contratação de um assassino.
“É possível combater o crime, ter um sistema de justiça que responda com penas mais duras e firmes e, acima de tudo, criar novos empregos para o Equador. Todos devemos contribuir para fazer o país avançar”, argumentou o presidente. Ele enviou o projeto ao Tribunal Constitucional, que teria 20 dias para responder sobre o referendo.
Na tentativa de assegurar o controle do país, o presidente Daniel Noboa declarou, por meio de decreto, o estado de conflito armado interno no Equador; ou seja, guerra contra o crime organizado e o narcotráfico, que o desafiaram abertamente com ataques a emissoras de TV, hospitais, universidades e explosões em vias públicas.
Noboa nomeou duas dezenas de grupos como terroristas e deu aval aos militares para combatê-los.
É essa a situação da nação que se transformou na mais violenta do continente, que nos últimos sete anos registrou aumento de 500% na taxa de homicídios, 80% deles relacionados às gangues, de acordo com o Crisis Group.
O epicentro da atuação desses grupos está em Guayaquil, onde operam livremente de dentro das penitenciárias, denotando a corrupção no sistema prisional.
Herdeiro de uma fortuna produzida no comércio de bananas e eleito em novembro como o mais jovem presidente do país, o empresário Daniel Noboa, de 35 anos, prometeu agilizar reformas para combater as máfias e reduzir a criminalidade. A campanha eleitoral revelou-se violenta e marcada pelo assassinato do candidato Fernando Villavicencio, durante um comício.
Na semana passada, o presidente de centro-direita propôs um referendo de 11 perguntas com medidas de segurança mais rigorosas, que visavam a garantir o apoio da população à intervenção militar no combate ao crime, com penas mais severas para os crimes graves, como homicídio, tráfico, terrorismo, lavagem de dinheiro, mineração ilegal ou a contratação de um assassino.
“É possível combater o crime, ter um sistema de justiça que responda com penas mais duras e firmes e, acima de tudo, criar novos empregos para o Equador. Todos devemos contribuir para fazer o país avançar”, argumentou o presidente. Ele enviou o projeto ao Tribunal Constitucional, que teria 20 dias para responder sobre o referendo.



A influência da religião na sociedade

A religião sempre esteve ligada ao ser humano, podemos dizer que está praticamente inerente ao mesmo. É criação humana, surge como primeira tentativa de explicar o mundo. O homem, ao se deparar com o mundo, se indaga sobre a sua existência, a partir do despertar e construção da sua consciência e, desta forma ao se confrontar com o mistério do mundo, encontra neste, uma sacralidade. Seu relacionamento com a natureza é direto, é sua fonte imediata de sobrevivência e de perigo. A própria vida e morte são grande mistério, então, o homem primitivo passa a ressignificar o processo da vida através das perspectivas religiosas, e é isto que lhe dá sentido e direção.


Basicamente, todas as grandes civilizações se estruturaram ao redor de sofisticados elementos religiosos. A civilização egípcia, por exemplo, tinha toda a vida social, econômica, cultural e arquitetônica moldada pela religião. Podemos dizer que a engenharia e arquitetura do antigo Egito foram desenvolvidas em decorrência da religião, que se torna um elemento agregador e solidificador da sociedade. Bernardi e Castilho, no texto, A Religiosidade como Elemento do Desenvolvimento Humano, afirmam que, “o desenvolvimento local é um processo que envolve as mais diferentes dimensões do ser humano e da sociedade onde ele está inserido. Essas dimensões podem ser: sociais, econômicas, culturais, artísticas, religiosas, etc.”

Assim foi com várias outras civilizações que tiveram seu início e desenvolvimento impulsionado pelo elemento religioso. Os Hebreus se agregam ao redor da construção do relacionamento com Deus, agregam sentido à sua história, a partir da ressignificação do seu passado, e assim constroem seu futuro. Seu sistema de leis, o esforço de engenharia e de arquitetura para construção do templo, tudo impulsionado pela sua concepção religiosa. E mais que isto, o sistema agregador da religião permitiu ao Judeu sobreviver como povo mesmo nos extensos momentos em que ele não tinha uma pátria, mesmo quando sofreu uma perseguição que buscava eliminá-los.

Na fundação do cristianismo, o mundo sofre um impacto bastante significativo, passando no decorrer da história a ser uma religião mundial. É através do dele que temos a valorização do indivíduo, iniciando-se a construção do conceito de dignidade humana. Com a queda do império romano, é através do cristianismo que se mantêm os principais pilares da civilização ocidental, seja material ou intelectualmente. No período da Idade Média, os mosteiros são fontes do reservatório cultural e intelectual da sociedade, e é por meio da teologia que surgem os primeiros centros acadêmicos que virão a tornar-se as universidades na Europa.

Os primeiros centros de assistência social para enfermos, nascem da caridade cristã, ou seja, hospitais para aqueles que não poderiam pagar pela assistência médica, talvez o SUS seja uma ideia que nasce do conceito de caridade que está presente nas religiões. As principais concepções éticas nascem dos preceitos religiosos, de forma geral podemos afirmar que a grande maioria das religiões possui um código de ética que fundamentalmente valoriza o respeito ao próximo, conforme podemos perceber no alinhamento das declarações de grandes líderes e livros religiosos.

Jesus: “Faça aos outros o que você quer que façam a você; Rabi Hillel: “Não faça ao seu vizinho o que você odeia”; Confúcio: “Não faça aos outros o que você não quer que façam com você”; Alcorão: “Não trate seu irmão de uma maneira que você mesmo não queira ser tratado; Mahabarta: “Não faça ao outro o que você não gostaria que fizessem a você, esta é a parte principal da lei”.

Por mais que se apregoe o fim das religiões, o mundo moderno é herança dos sistemas religiosos e ainda está impregnado de religiosidade. É preciso reconhecer a dívida que temos com toda a estrutura religiosa que a humanidade construiu. Claro que não podemos esquecer das críticas de Max, Freud e Nietzsche, não se pode negar que durante o decorrer da história os sistemas religiosos capturados pelas estruturas de poder usaram dela para justificar guerras e perseguições, esconder isto seria correr o risco de cometer os mesmos erros.

Por isto, devemos compreender que precisamos nos atentar para o uso que o poder faz da religião. É inegável a grande contribuição para o desenvolvimento humano, a partir disto, compreendemos que as religiões podem ser um significativo movimento em busca da harmonia, paz, progresso e dignidade humana.

Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024

O crescimento econômico global deve desacelerar de uma estimativa de 2,7% em 2023 para 2,4% em 2024. O desempenho estará abaixo da taxa de crescimento pré-pandemia de 3,0%, de acordo com o relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024, publicado pelas Nações Unidas. 

O principal relatório econômico da ONU apresenta uma perspectiva econômica negativa para o curto prazo. A previsão surge após o desempenho econômico global ter superado as expectativas em 2023.No entanto, o crescimento do PIB mais forte do que o esperado no ano passado mascarou riscos de curto prazo e vulnerabilidades estruturais. Taxas de juros persistentemente altas, escalada de conflitos, comércio internacional lento e desastres climáticos crescentes representam desafios significativos para o crescimento global.

As perspectivas de um período prolongado de condições de crédito mais rígidas e custos de empréstimos mais altos dificultam o avanço da economia mundial. Nessa realidade será necessário fazer mais investimentos para estimular o crescimento, combater a mudança climática e acelerar o progresso em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O Perigo do Cristão Desatento e Frouxo

INTRODUÇÃO Deus pede grande vigilância espiritual por parte daqueles que pretendem morar com Jesus. São várias as advertências que vêm de Deus sobre a manutenção da nossa fé. Acompanhe estes quatro textos inspirados: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Mateus 26:41.

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em redor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” I Pedro 5:8-9.
“Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apocalipse 12:12
“Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” I Coríntios 10:12-13
Quanto mais próximos estamos do fim da história do pecado e da 2ª volta de Jesus, o inimigo intensifica os seus ataques e sugestões para o pecado, e o cristão deve estar atento para não ser levado pelo vento impetuoso das tentações. Alguns filhos de Deus abandonam a Bíblia, a igreja e Jesus para viverem nos pecados de sua preferência e seu estilo de vida. Entre aqueles que caem em apostasia alguns acabam por voltar, depois de muita dor e sofrimento, outros; no entanto, perdem-se para sempre.
Nos textos bíblicos mencionados acima encontramos dois conselhos e duas ordens. Tanto os conselhos quanto as ordens necessitam de ser obedecidas. O crente não pode relativizar as ordens de Deus, mas sim as obedecer. A Palavra de Deus menciona que devemos conseguir o reino dos céus mediante muito esforço. Veja os textos: “E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz força para entrar no reino dos céus, e pelo esforço se apoderam dele." Mateus 11:12.
Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência”. Heb. 4:11.
Embora a salvação venha diretamente da graça de Deus, e a conseguimos através da fé que exercemos em Jesus, não temos dúvidas que necessitamos de fazer a nossa parte. O que tenho notado, é que tem muita gente pensando que vai para o Paraíso de Deus, sem fazer mudanças radicais na sua vida. O verdadeiro crente faz mudanças radicais em vários aspectos da sua vida; ele pensa, fala e age, apenas de acordo com os padrões bíblicos. ele frequenta ambientes onde os anjos de Deus possam se fazer presentes, ele procura fazer amizades com o máximo possível de pessoas, mas demora-se apenas com as pessoas que o ajuda na sua santificação. Fazer tudo isso demanda algum esforço. Mas, o verdadeiro crente também leva muito a sério a sua vida de comunhão com Deus.
Estudar a bíblia e fazer orações particulares requer algum esforço para planejar e executar essa ação. Não é tão simples dizer: “vou orar e ler a bíblia agora”. Isso requer vigilância, decisão, planejamento e algum esforço. Ele não é crítico e nem expõe o erro dos outros, e a sua vida motiva as pessoas para o seguir. Há um pensamento na teologia contemporânea que diz: “quanto mais próximo de Deus a pessoa se encontra, mais pecadora ela se considera”.
A vida do apóstolo Pedro serve como exemplo negativo para que você não abandone a fé cristã. Pedro viveu na corda bamba da sua espiritualidade, e quase pereceu. A história de Pedro, que quero destacar, está em Mateus 26:31-75. Vejamos atentamente o que devemos fazer e o que não devemos fazer, para continuarmos firmes na fé e defendendo as doutrinas bíblicas defendidas pela Igreja Adventista do 7º Dia, especialmente nestes dias finais, antes da volta de Jesus:
A) Orgulho - Quando Jesus advertiu os discípulos sobre a atitude reprovável que assumiriam em relação à Sua pessoa, Pedro disse: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei”. Verso 33. Esse foi o primeiro passo do seu lamentável descuido que o levou à uma tremenda queda espiritual. Devemos cuidar para que a nossa “ostentação orgulhosa” não nos traia, dando início ao processo danoso de nossa derrota espiritual. Nunca digamos: “Eu nunca farei isso!”. Paulo adverte: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia!” I Cor.10:12. Hoje tem bons cristãos ostentando santidade quando passam duas ou três horas em oração particular. Amém! Orar é necessário e quanto mais oramos, mais próximos de Deus nos encontramos; mas, fazer disso motivo de orgulho, para dizer que está cima da média dos irmãos que oram menos do que isso, é reprovado por Jesus no Sermão da Montanha. Ver Mateus 6. Quando damos ofertas e dízimos, jejuamos ou oramos, não precisamos tocar trombeta como os fariseus. Alguns fazem do seu trabalho missionário ou do seu estilo de vida e regime vegetariano um motivo para a sua "ostentação orgulhosa". Cuidado! Quando fazemos o que é correto com motivos errados, colocamos tudo a perder, como Pedro o fez. Cuidado com o seu “eu”! O "eu" de Lúcifer o tirou do céu, e o seu "eu" poderá o impedir de lá entrar.
B) Falta de Vigilância - O texto mostra como os discípulos foram descuidados ao dormirem, quando deviam estar vigilantes. O Senhor exortou-os, fortemente, à ficarem em vigilância. O que fizeram? Dormiram! o Senhor repreendeu duramente a Pedro, que se julgava o líder do grupo: Jesus disse: “Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?”. Em I Pedro 5:8 podemos perceber que Pedro aprendeu a lição, quando nos ensina: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. Por estarem tão envolvidos no trabalho, estudos, desporto, entretenimento, viagens, etc… nem percebem que são presas fáceis do diabo.
Tem crente que já não abre a Bíblia para fazer uma leitura e estudo. Tem crente que já não dedica nem 5 minutos para fazer uma oração particular. Tem famílias inteiras de crentes que já não se reúnem nem para fazer uma oração em conjunto. Há crentes que já não assistem as reuniões de oração. Tem crente que não participa de uma vigília de oração, etc… E quando chega a tentação, ele cede. O crente que quer morar com Jesus necessita de vigiar.
C) Ausência de Oração - A atitude de oração é uma das mais fortes armas para evitar o processo da derrota espiritual. Ver Efésios. 6:18. O Senhor não só exortou os discípulos a orar, como deixou o Seu digno exemplo, ao empregar-Se, sozinho e intensamente, na oração ao Pai, na difícil circunstância em que se encontrava. Jesus estava a um passo do Calvário! O inimigo ali estava para tentar O impedir! Mas, a cruz jamais poderia ser evitada! Jesus disse aos discípulos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Mateus 26:41. Então, você, que vai morar com Jesus na eternidade, não pode perder os eventos e reuniões de oração, adoração e louvor que a sua igreja promove. Seja sincero e diga-me o que você fica fazendo em casa quando não vai à igreja nos dias de culto? Quanto tempo você dedica à oração? Jesus ordenou-nos à oração!
D) Pedro foi Carnal. No confronto definitivo das forças do mal com o Senhor, Pedro cometeu um tremendo descuido ao pretender resolver tudo na base do “serviço na carne”. Veja o relato de Mateus: “E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo-sacerdote, cortou-lhe uma orelha.” Mateus 26:51. Agir, tendo como base os impulsos carnais são para os fracos! Carne é passo errado; é descuido inadmissível que fortalece o processo do fracasso espiritual! Agir através do Espírito Santo é para os fortes! Paulo ensina: “andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”. Gálatas. 5:16. Por que existem divórcios entre casais cristãos? Por que há divisões na igreja cristã? Por que acontece dissensões entre irmãos da fé? É porque as partes envolvidas agem através dos impulsos carnais e excluem Deus da vida. Leia atentamente este texto: “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.” Gálatas 5: 19-21
E) Pedro Seguiu Jesus a Distancia- Grave erro que não se pode cometer e sob pena de se comprometer a espiritualidade. Seguir o Senhor de longe é contrariar, frontalmente, Jesus disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Lucas 9:23. “E Pedro o seguiu de longe, até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.” Mateus 26:58.
Que feio! Pedro viveu com Jesus mais de três anos e não tinha se convertido inteiramente! Não estar comprometido com os cargos da igreja, com o trabalho missionário, com o estudo da lição da escola sabatina, com a oração particular, com o culto familiar, com a semana de oração, com a manutenção da igreja através dos dízimos e ofertas, não ajudar o próximo em suas necessidades, etc…, pense comigo; representa ou não seguir Jesus de longe?
F) Pedro Esquentou-se no Fogo do Inimigo - Pedro não só andou longe do Senhor, mas, aproximou-se do inimigo. Estando longe do Senhor Pedro sentiu frio. Pense comigo e responda com sinceridade: As novelas, os filmes, os desenhos animados, os jogos eletrônicos, com conteúdo violentos para a saúde física, emocional, familiar e espiritual do crente; estas coisas estão contribuindo para o seu crescimento espiritual? As horas passadas diante do computador, as conversas com amigos virtuais e reais, estão contribuindo para o seu desenvolvimento espiritual? O cuidado e atenção exagerados que você tem dado ao trabalho, corpo, filhos, netos, amigos, o têm aproximado de Deus? Os lugares que você tem frequentado, o têm distanciado de Deus? O tipo de roupa que você veste, tem glorificado o nome de Deus? Você tem o relacionamento sexual unicamente para dentro casamento? O estilo de vida que você tem adotado já é um ensaio para as moradas nas mansões celestiais com os anjos que não pecaram?
G) Pedro Negou Jesus - Afinal, Pedro chegou no fundo do poço no deplorável processo da sua queda espiritual. No convívio dos inimigos, longe do Senhor e no indesejável aquecimento do fogo estranho, cometeu o erro final do seu descuido, como cristão. Acabou por negar o Senhor, e isso foi lamentável! Ver Mateus 26:69-75

CONCLUSÃO - Nestes dias finais da história do pecado muitos cristãos estão atacados pelas flechas envenenadas pelo diabo. Vamos cuidar para não cometermos esse grave erro no nosso testemunho cristão. Vamos ser cristãos autênticos, sinceros e fiéis para com o nosso Deus, que tanto fez para nos salvar e restaurar. Após os continuados erros decadentes de Pedro, o Senhor Deus o restaurou. Mas a restauração só foi possível porque ele atendeu, humildemente, ao desafio do Senhor. Veja João 21:15-19 e perceba como Pedro O seguiu com fidelidade. O triste quadro da sua derrota espiritual transformou-se em honrosa evidência de sua utilidade no eterno propósito de Deu na fundação da Igreja de Cristo na terra.
Cuidemos para que as coisas deste mundo não tirem de nós o foco da eternidade. Jesus vai voltar, muito em breve, e Ele deseja que você esteja preparado. Deixo esta última advertência de Deus para você atender: “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” Romanos 13:11.

Rejeite o Desânimo

 O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. Prov. 17:22.

Está provado pela ciência médica que pessoas felizes vivem mais. Mesmo com câncer, aqueles que estão em paz com Deus e com os homens têm mais possibilidades de cura. Não se trata de pensamento positivo. Com autodisciplina e um pouco de esforço, você pode repetir um milhão de vezes: “Estou bem, estou bem. ” Porém, quando a noite chega, os fantasmas de sua própria consciência perturbam seu coração. Tudo continua igual.
A expressão “o coração alegre”, que o texto de hoje menciona, em hebraico, é Leb sámêh. Literalmente, significa um coração satisfeito e agradecido. Satisfação, não conformismo. É reconhecimento da soberania de Deus. Nada acontece debaixo do Sol sem que Ele o permita. O que você está vivendo neste momento, por difícil que seja, é o plano maravilhoso de Deus para você. Eu sei que você não compreende hoje. A dor impede de ver muitas coisas, o tempo encarregará de mostrar-lhe que Deus sempre tem razão.
A confiança em Deus coloca paz e otimismo em seu coração. Não são atitudes fabricadas. São caudais de água limpa que brotam de um manancial puro. Conectado ao poder infinito, o ser mais frágil torna-se forte e olha a vida sob um prisma diferente.
Como vencer o desânimo espiritual? Muitas pessoas têm feito esta pergunta ao longo do tempo. Ele é um inimigo que frequentemente bate a nossa porta. Vem como um ladrão.
O Senhor Jesus nos mostra na Bíblia Sagrada a fórmula para vencer o desânimo espiritual e mandar todos os seus sintomas para bem longe de nós. Assim poderemos ter vida, e vida com abundância.
Desânimo Causado Por Más Notícias?
Más notícias normalmente nos desanimam (João 16.6). Precisamos interpretá-las da forma correta, sem perder a esperança. Jesus diz aos discípulos que vai partir, mas isso será benção para eles. “Vou e volto”, disse. As vezes desanimamos por não entender os planos de Deus, para nossa vida.
Contudo, precisamos confiar que os planos que o Senhor tem preparado para nós são muito maiores que podemos imaginar e que os caminhos trilhados por Ele, nem sempre são facilmente compreendidos, porque são maiores que os nossos (Isaías 55:8,9).
Ao ouvir más notícias mantenha a calma;
Saiba que os pensamentos de Jesus são os melhores a seu.
Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Administrando a Crise
É muito comum que o desânimo se apresente nos momentos difíceis. Na crise. Em tempos de guerra e escassez. Em tempos de luto. Dessa forma faça como o profeta Jeremias, encha a sua mente com aquilo que produz esperança em sua alma (Lamentações 3:21-26)
Traga a memória o que pode lhe dar esperança. Aquilo que o motiva. O que o faz desejar viver.
Então como vencer o desânimo na crise?
1. Mantenha em mente aquilo que lhe traz esperança. Aquilo que o motiva.
2. Espere no Senhor. Ele é bom para quem nele espera. “Bom é ter esperança! ”
3. A fé é fundamental. Ela te faz ver o invisível.
Rejeitando a Falsa Satisfação
Na sociedade em que vivemos somos atacados pela falsa satisfação com muita facilidade. Constantemente cercados por muitas pessoas, poucas, no entanto se importam realmente conosco.
A rejeição produz a crise existencial. Faz com que achemos que não somos importantes. Uma vida feliz não é marcada pela alegria, apenas. As tristezas e aflições são fundamentais para nossa compreensão do que é ser feliz.
Saiba que não há alegria preparada para todo instante da nossa vida, há “Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar…” diz Eclesiastes 3:4
Então. Como vencer o desânimo na insatisfação?
1. Controle a tristeza sabendo que ela é temporária. “Não a mal que sempre dure e não há bem que nunca acabe” (Anônimo)
2. Procure ser uma pessoa transparente, sem ser rude ou arrogante. Não finja ser alegre, se é triste.
3. Tenha em mente que a vida é constituída por fases, e algumas delas incluem a tristeza.
4. Não Cause Desânimo
O coringa, um dos principais inimigos do Batman, tem como desígnio causar o desânimo, medo e terror. É a única coisa que ele leva a sério. Sobre isso, Paulo diz em 2 Coríntios 2:1-4, que ao visitar os Coríntios não foi com o objetivo de lhes causar tristeza, pelo contrário, queria fazê-los feliz. Dessa forma, eles compartilhariam alegria.
Não alimente atitudes que constantemente produzam desânimo nas pessoas. Pessoas animadas o animam. Aquilo que você produz em outros frequentemente é o que você recebe. Se você alimenta as pessoas com desânimo e tristeza com frequência, é isso que receberá.
Então. Como vencer o desânimo produzido pelas pessoas?
1. Não alimente seus relacionamentos com desânimo;
2. Reproduza ânimo;
3. O que você dá frequentemente é o que recebe.
5. Vença o Desânimo Rejeitando a Sensação De Morte
Quando tudo desaba diante de nós, normalmente nos sentimos impotentes. Inúteis. Mas o que o salmista diz no Salmos 116:1-5 nos dá esperança. Declarando seu amor pelo Senhor, ele agradece a Deus por ter ouvido sua oração e por livrar sua alma da angústia mortal que a cercava.
O desânimo é como o nevoeiro. Quando você menos espera está por todos os lados. Para vencê-lo, você precisa clamar a Deus. Foi o que fez o salmista. Cercado por todos os lados pelo desespero e pela sensação de morte ele clamou ao Senhor.
Então. Como vencer o desânimo produzido pela sensação de morte?
1. Invoque ao Senhor;
2. Fale para Deus sobre o que e como, está se sentindo;
3. Confie na misericórdia e na justiça de Jesus.
Desanimado? Não desista!
Chris Gardner interpretado por Will Smith, no filme “À Procura da Felicidade”, está vivendo um dos piores momentos de sua vida. Há um dia em que ele não tem dinheiro para pagar um hotel e não consegue vaga no abrigo.
Então, vai até o banheiro da estação de metrô tranca a porta, forra o chão com papel, senta e põe seu filho no colo, para dormir, nesse instante alguém bate na porta, para entrar e usar o banheiro, afinal é público. Chris com o pé segura a porta e o impede.
O mais interessante é que o dia amanhece e ele tenta mais uma vez no empreendimento que tanto desejava, e consegue. De agora em diante, Chris não dorme mais no banheiro. Precisamos tentar o número de vezes que for necessário.
Nos Salmos 13:1-6, o Salmista pergunta ao Senhor Deus, até quando ele ficará sem respostas. Até quando o Senhor vai “ignorar” suas orações. Ele descreve seus dias como tristes e inquietos, além disso há inimigos tirando sua paz. Por fim, ele diz ao Senhor que espera pelos dias em que cantará de gratidão pelo seu milagre.
É extremamente importante não nos acostumarmos a uma vida de desânimo. Precisamos sempre estar em busca de crescimento. Jesus prometeu para nós vida em abundância e o apóstolo Paulo disse que em Cristo somos mais do que vencedores.
Acostumar-se a uma vida desanimada sem perspectiva é o mesmo que morrer. Tome o salmista como seu exemplo. “Até quando, Senhor? ”.
Clame a Deus deixando claro para Ele que você tem esperança. Que não desistiu. Não perdeu a fé. Não importa o quanto esteja sentindo-se mal, continue crendo.
A filha de Jairo já estava morta quando Jesus lhe disse para continuar crendo (Lucas 8.50). O salmista preocupava-se com o fato de que seus inimigos zombariam dele por estar derrotado, mesmo confiando em Deus.
Deus quer ver você vencendo!
Todas as verdades apresentadas foram extraídas da Bíblia Sagrada que é a Palavra de Deus. Por isso digo que o resultado é garantido.
Nas horas mais escuras da vida, aprenda a confiar em Deus. Por mais que a adversidade pareça arrasar seus sonhos, Deus não perdeu o controle da situação. Ele continua ao leme de sua pequena embarcação e o levará ao porto seguro. O segredo é não desistir.

Os sete conselhos para você vencer o desânimo espiritual são:
1. Aprenda a lidar com as más notícias;
2. Administre a crise;
3. Rejeite a falsa satisfação;
4. Não produza desânimo;
5. Rejeite a sensação de morte;
6. Não se acostume com o desânimo;
7. Não se isole.
Se você tirar os olhos de Jesus e os colocar nas dificuldades, o barquinho começará a afundar. Só Jesus é capaz de ajudá-lo a atravessar o vale de trevas pelo qual você está passando.
Abra seu coração a Deus, clame! Diga-Lhe que já não tem forças para resistir à provação. Ele o ouvirá. Não é insensível ao sofrimento humano. Não precisa ser informado da dor que envolve sua vida. Mas quando você diz para Ele o que está sentindo, a sua fé aumenta, a confiança brilha, e isso lhe faz um bem extraordinário. Porque “o coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos”.
Não desistir/Hino inicial 464

É Proibido Julgar?

Ainda recentemente ví uma discussão no Facebook com vários amigos onde uma moça aborreceu-se com alguns comentários feitos a um terceiro  e retirou-se zangada, dizendo que Jesus havia ensinado que não se devia julgar os outros.


Eu sei que existem situações em que julgar é realmente errado, mas aquela não era uma destas situações. A pessoa que estava sendo "julgada" tinha feito declarações e expressado suas opiniões e os outros simplesmente estavam avaliando e rejeitando as mesmas. A atitude da mocinha, que ficou sentida, ofendida e magoada, é infelizmente comum demais no meio evangélico moderno, onde as pessoas usam as famosas palavras de Jesus de maneira errada como argumento em favor de que devemos aceitar tudo o que os outros dizem e fazem, sem pronunciarmos qualquer juízo de valor que seja contrário.

Mas, foi isto mesmo que Jesus ensinou? A passagem toda vai assim:

"Não julgueis, para que não sejais julgados.
Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Não deis o que é santo aos cães Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." (Mateus 7:1-6)

Alguns pontos ficam claros da passagem.

1) O que Jesus está proibindo é o julgamento hipócrita, que consiste em vermos os defeitos dos outros sem olharmos os nossos. O Senhor determina que primeiro nos examinemos e nos submetamos humildemente ao mesmo crivo que queremos usar para medir e avaliar o procedimento e as palavras dos outros. E que, então, removamos a trave do nosso olho,  isto é, que emendemos nossos caminhos e reformemos nossa conduta.

2) Em seguida, uma vez que enxerguemos com clareza, o próprio Senhor determina que tiremos o argueiro do olho do nosso irmão. O que ele quer evitar é que alguém quase cego com um tronco de árvore no olho tente tirar um cisco no olho de outro. Mas, uma vez que estejamos enxergando claramente, após termos removido o entrave da nossa compreensão e percepção, devemos proceder à remoção do cisco do olho de outrem.

3) Jesus faz ainda uma outra determinação no versículo final da passagem (verso 6) que só pode ser obedecida se de fato julgarmos. Pois, como poderemos evitar dar  nossas coisas preciosas aos cães e aos porcos sem primeiro chegarmos a uma conclusão sobre quem se enquadra nesta categoria? Visto que é evidente que Jesus se refere a pessoas que se comportam como porcos e cães, que não vêem qualquer valor no que temos de mais precioso, que são as coisas de Deus. Para que eu evite profanar as coisas de Deus preciso avaliar, analisar, examinar e decidir - ou seja, julgar - a vida, o comportamento e as declarações das pessoas ao meu redor.

Fica claro, então, que o Senhor nunca proibiu que julgássemos os outros, e sim que o fizéssemos de maneira hipócrita, maldosa e arrogante. Julgar faz parte essencial da vida cristã. Somos diariamente chamados a exercer o papel de juízes movidos por amor pelas pessoas e zelo pelas coisas de Deus. 

Quem nunca julga contribui para que o erro se propague, para que as pessoas continuem no erro. São pessoas sem convicções. Elas se tornam coniventes e cúmplices das mentiras, heresias e atos imorais e anti-éticos dos que estão ao seu redor. Paulo disse a Timóteo, "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro" (1Tim 5:22). Não consigo imaginar de que maneira Timóteo poderia cumprir tal orientação sem exercer julgamento sobre outros.

Em resumo, julgar não é errado, cumpridas estas condições: a) que primeiro nos examinemos; b) que nos coloquemos sob o mesmo juízo e estejamos prontos para admitirmos que nós mesmos estamos sujeitos a errar, pecar e dizer bobagem; c) que nosso alvo seja ajudar os outros a acertar e consertar o que porventura fizeram ou disseram.

A hora do julgamento



Em seu livro A Visão Apocalíptica e a Neutralização do Adventismo (CPB, 2010), George Knight chama atenção para a progressiva perda de visão do adventismo e o consequente enfraquecimento no cumprimento da missão. Ele também faz um apelo para que o adventismo se concentre na urgência de priorizar a comissão evangélica centrada no amor de Cristo nesses últimos dias, especialmente as três mensagens angélicas (Ap 14:6-12), e eu acrescentaria a mensagem de Elias (Ml 4:5, 6) [Roy Gane, Who’s Afraid of the Judgment? The Good News About Christ’s Work in the Heavenly Sanctuary (Nampa, ID: Pacific Press, 2006), p. 126-128].

No entanto, quero analisar um pouco mais detidamente algo que ele abordou sobre Daniel 8:14 que, a meu ver, poderia fortalecer sua mensagem geral (Clinton Wahlen, “The Pathway Into the Holy Places (Hb 9:8): Does it End at the Cross?”, Journal of Asia Adventist Seminary, n° 11 (2008), p. 47-51). Depois de afirmar sua crença de que a profecia foi cumprida em 1844, Knight continuou dizendo que não consegue ver um juízo pré-advento dos santos em Daniel 8:14, mas somente um julgamento sobre o chifre pequeno e a “purificação do santuário em relação com esse poder no fim dos 2300 dias” (George R. Knight, A Visão Apocalíptica e a Neutralização do Adventismo, p. 68). Ele encontra um juízo pré-advento contra o “chifre pequeno” a favor dos santos em Daniel 7 (p. 68, 69), mas somente é possível vê-lo começando em 1844 se tomar como base o paralelismo entre Daniel 7 e 8 (p. 69).

O CONTEXTO DE DANIEL 8:14

Penso que Knight esteja certo em sua análise sobre o julgamento em Daniel 7, ou seja, a existência de um forte paralelo entre os capítulos 7 e 8, e a necessidade de se chegar a conclusões por meio de uma interpretação sólida, e não apenas pela leitura de um texto com outro. É verdade que o paralelo entre os capítulos é suficiente para associar o juízo pré-advento (Dn 7) com a purificação do santuário (Dn 8), de modo que o momento do segundo se aplique ao primeiro. Mas o que há em Daniel 8:14? Será que o texto se refere apenas a um julgamento pré-advento do “chifre pequeno” no fim dos tempos, e não contém um juízo investigativo dos santos?

De fato, Daniel 8:14 também não menciona explicitamente o “chifre pequeno”. Diz apenas: “E ele me disse: ‘até 2.300 tardes e manhãs; e o santuário será [justificado]’” (grifo do autor). Isso não soa como pensamento completo porque está respondendo à pergunta do verso 13: “Até quando durará a visão do sacrifício diário [que inclui a] transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? (grifo do autor). Assim, justificar o “santuário” no fim dos 2.300 “dias” (v. 14) resolve o problema levantado no verso 13. Não podemos entender o significado de justificar o santuário sem compreender a natureza do problema que isso pretende resolver.

A questão apresentada no verso 13 tem quatro partes: (1) a regularidade (diário), (2) a transgressão assoladora, (3) um santuário, e (4) ser pisado (Roy Gane, “The Syntax of Tet Va. in Daniel 8:13”, em J. Moskala (ed.), Creation, Life, and Hope: Essays in Honor of Jacques B. Doukhan [Berrien Springs, MI: Andrews University, 2000], 367-382). Mas essa lista enigmática não não nos diz muito por si só. O que aconteceu com “a regularidade” e “o santuário”? Quem é responsável pela “transgressão assoladora” e por “pisotear o exército”?

O verso 13 é um resumo dos pontos-chave da visão descrita em Daniel 8:1 a 12 (a palavra “visão” em Dn 8:13 é hazon, que aparece várias vezes em conexão com essa interpretação; ver Dn 8:15, 17, 26; 9:21, 24). À luz da interpretação posterior, nesse mesmo capítulo (v. 15-26), a visão cobre os períodos da Medo-Pérsia ( v. 3-4, 20) e da Grécia, com seus quatro reinos helenísticos (v. 5-8, 21-22), os quais são substituídos por outro império maior, simbolizado por um “chifre” que começa pequeno, mas se expande horizontalmente na Terra, como poder político, e depois verticalmente em direção ao céu, como força religiosa (v. 9-12, 23-26).

A expressão “até quando durará a visão?”, significa: Qual será o ponto final da visão como um todo (a partir do tempo da Medo-Pérsia), quando os males perpetrados pelo “chifre pequeno” serão corrigidos? Os ataques principais incluem (na ordem do v. 13): (1) remover a regularidade (na adoração e no ministério) do Príncipe do exército do Céu, ou seja, Cristo (v. 11; cf. Js 5:13-15); (2) atribuir/nomear, de maneira hostil, outro contra essa “regularidade” (Dn 8:12); (3) derrubar o local do santuário que pertence ao Príncipe do exército (v. 11); e (4) derrubar e pisotear alguns do exército celestial (v. 10).

O chifre pequeno obviamente se destaca, mas onde está o povo fiel a Deus (os santos) em tudo isso? O “povo santo” aparece descrito no verso 24 (cf. v. 25), retratado como objeto de destruição pelo poder simbolizado pelo chifre pequeno. Visto que o povo santo pertence ao Deus do Céu e, portanto, ao Príncipe da hoste celestial, parece que destruí-lo literalmente expressa a mesma coisa que pisotear alguns do exército celestial (v. 10; cf. v. 13). Seja como for, Daniel 8 identifica explicitamente duas partes opostas: (1) o poder rebelde do chifre pequeno; e (2) o povo fiel de Deus, a quem o chifre persegue.

Descobrimos que Daniel 8:14 responde à pergunta referente a um determinado cenário (v. 13) que tem seu desdobramento no restante do capítulo, tanto em uma visão anterior quanto em sua interpretação. Assim, o todo de Daniel 8 se concentra no versículo 14: “Até 2.300 tardes e manhãs e o santuário será purificado [justificado]” (grifo do autor). Agora sabemos o que isso significa: No fim de um longo período de 2.300 “dias” (obviamente muito mais que dias literais), que vão do período medo-persa até o fim do período de dominação do chifre pequeno, um santuário seria justificado. Esse evento do fim dos tempos (v. 19, 26) repararia os problemas causados pelo chifre pequeno, o qual interrompeu a adoração ao Deus verdadeiro, levantou oposição, contrafez o sistema da adoração, atacou o local do santuário de Cristo e atentou contra alguns de Seus súditos.

NATUREZA DO JULGAMENTO

De que maneira o fato de justificar o santuário resolveu essas questões? É verdade que o ataque do chifre pequeno contra o santuário de Deus foi apenas um de seus crimes, mas os outros crimes também interferem no santuário, porque ali é o local em que os fiéis súditos de Deus regularmente realizam sua verdadeira adoração. O “santuário” celestial (literalmente, [lugar de] santidade, em Dn 8:14) se refere ao Templo no Céu, a sede do governo divino, a representação de Sua administração, assim como a Casa Branca representa o governo dos Estados Unidos ou o Kremlin a administração da Federação Russa. Portanto, justificar o santuário de Deus, o local real em que Ele reside no Céu (Sl 11:4;
Ap 4), compreende nada menos que vindicar Sua santa forma de governo, em oposição ao sistema do chifre pequeno.

“Será purificado”, ou justificado (niphal de tsdq), em Daniel 8:14, é uma linguagem forense que indica um processo judicial, que demonstra que a administração de Deus, representada por Seu santuário, está correta (Jó 9:15, 20; Sl 19:10; 51:6; 143:2; Is 43:9, 26, etc. Em Jó 4:17, aquele que é “justo” (tsdq) diante de Deus está “puro/limpo” (verbo thr), isto é, “vindicado”). O mesmo verbo hebraico (com suas variantes) é usado em outros contextos legais (inclusive tendo Deus como Juiz) e, nesse sentido, referindo-se ao julgamento em favor de alguém (por exemplo, Gn 38:26; 44:16; Dt 25:1; 2Sm 15:4; 1Rs 8:32; Sl 51:4 [heb. v. 6]; Is 5:23; 43:9, 26). Obviamente, o resultado de ter justificado o governo divino foi benéfico para o “povo santo” (v. 24), Seus súditos leais. Mas o resultado do poder do “chifre pequeno” foi decididamente negativo. Ele foi condenado pela vindicação do santuário de Deus e, finalmente, será “quebrado”/destruído, não pela ação de nenhum poder humano, mas pelo próprio Deus (v. 25) [2Ts 2:8, destruição dos ímpios na segunda vinda de Cristo.]. Essa execução do julgamento implica um processo de investigação pré-advento, que Daniel 8:14 descreve em termos de demonstração de que a administração divina está correta.

Observando Daniel 8 e seu contexto, verificamos que a vindicação do santuário de Deus no tempo do fim (v. 14) envolve um processo de justiça que resulta em benefício para Seu povo fiel e na condenação dos rebeldes. Portanto, após tudo isso, existe um julgamento envolvendo os “santos”, embora o texto não mencione isso com essas palavras.

O pano de fundo do Dia da Expiação para Daniel 8:14 é evidente. Ele indica uma relação tipológica: o Dia da Expiação típico aponta para um futuro julgamento antitípico no fim dos tempos. O Dia da Expiação anual era um dia de julgamento em Israel, quando o ritual de purificação do santuário terrestre representava a vindicação da justiça divina, a qual confirmava os fiéis (Lv 16:29-31), mas condenava os infiéis (Lv 23:29, 30) entre Seu povo. Todos aqueles cujos pecados já haviam sido perdoados em um estágio anterior de expiação (Lv 4:20, 26, 31, 35 etc.), e que haviam demonstrado contínua lealdade no Dia da Expiação (Lv 16:29, 31; 23: 26-32), ficavam moralmente “puros” (livres de qualquer impedimento no relacionamento divino-humano) como resultado da purificação do santuário (Lv 16:30) [Roy Gane, Cult and Character: Purification Offerings, Day of Atonement, and Theodicy (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2005), p. 305-333]. Estamos começando a descobrir que há mais do que parece em Daniel 8, incluindo um julgamento que envolve o povo leal a Deus.

Daniel 8 não detalha o processo investigativo por meio do qual o “povo santo” do Senhor é assim considerado, e pelo qual o “chifre pequeno” é irremediavelmente considerado culpado de alta traição. A relação dos crimes do chifre pequeno deixa claro as acusações contra ele. Por outro lado, o comportamento do “povo santo” não é explicitado. A ênfase não está no que eles fazem, mas no Príncipe a quem pertencem (Dn 7:13, 14; cf. 9:25; 1Jo 5:11-13). O fato de eles e o chifre pequeno estarem em lados opostos implica que o povo do Senhor está fazendo exatamente o oposto do trabalho realizado pelo chifre, mantendo uma adoração verdadeira, centralizada no verdadeiro santuário do Senhor (cf. Hb 8:1, 2).

RELAÇÃO ENTRE DANIEL 7 E 8

De acordo com Knight, é em Daniel 7 que o processo de investigação judicial é descrito com alguns detalhes. Ele também reconhece que há um estreito paralelo entre Daniel 7 e 8 (referindo-se em 8:1 à visão do capítulo 7), o qual demonstra uma correspondência entre o juízo pré-advento e a purificação do santuário respectivamente.
Daniel 7 Daniel 8
Leão
Urso Carneiro (Medo-Pérsia, v. 20)
Leopardo Bode (Grécia, v. 21)
Animal terrível Chifre pequeno: crescimento horizontal
Chifre pequeno Chifre pequeno: crescimento vertical
Juízo pré-advento (v. 9-14) Purificação do santuário (v. 14)


Daniel 8 repete o mesmo período histórico coberto por Daniel 7 (exceto Babilônia, que já havia passado e, portanto, não mais era relevante). Os impérios são os mesmos, e a natureza do problema do poder do “chifre pequeno” é a mesma. O fato de o mesmo símbolo ser usado (embora o chifre em Daniel 8 inclua expansão horizontal por Roma pagã/imperial no v. 9) reforça a proximidade do paralelo. Depois dos ataques do chifre, há uma solução divina em cada capítulo, que é regulamentada em favor dos santos e contra o poder que os oprimiu.

Os perfis proféticos correspondentes em Daniel 7 e 8 mostram que o juízo pré-advento e a justificação do santuário celestial são maneiras diferentes de descrever o mesmo evento: a vindicação de Deus diante dos seres criados por meio de um Dia da Expiação escatológico, que demonstra Sua justiça em condenar os desleais, mas salvar Seu povo leal e santo (Roy Gane, Who’s Afraid of the Judgment?, p. 40-45). Isso reforça a conexão entre Daniel 7 e 8 e confirma que o evento que começa no fim dos 2.300 “dias” proféticos nos envolve, como concluíram os pioneiros adventistas.

Temos o privilégio e a responsabilidade de levar o último convite evangélico a todo o mundo (Ap 14:6-12) durante a fase final da expiação, enquanto Cristo está realizando uma obra especial pela humanidade. O que poderia ser mais importante e urgente do que isso? Esse é o maior empreendimento da história da humanidade, e é totalmente impossível fazer isso somente pelo esforço humano. Como nunca antes, precisamos buscar e receber humildemente o poder do Espírito Santo (At 2; cf. Jl 2), que vem do santíssimo do santuário celestial, onde Jesus está ministrando agora. Esse poder nos impele a sair de nossa zona de conforto e alcançar pessoas para Cristo, a fim de que elas tenham oportunidade de ser resgatadas e desfrutar a vida eterna.

Continuemos respondendo ao desafio de Knight de explorar, viver e proclamar nossa visão apocalíptica em vez de neutralizá-la!

ROY GANE é professor de hebraico e línguas do antigo Oriente Médio no Seminário Teológico da Universidade Andrews

(Artigo publicado na edição de março-abril da revista Ministério)