VERSO PARA MEMORIZAR:
“Melhor é um bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas” (Pv 17:1).
Leituras da Semana:Pv 17; 1Co 13:5-7; Jo 8:1-11; Pv 18; Pv 19; Dt 24:10-22.
O livro de Provérbios condena novamente o engano das aparências. Podemos parecer ter tudo o que o mundo oferece – riqueza, poder, prazer, fama – mas, por trás da fachada, podem estar florescendo a tensão e a miséria. É até possível que a causa dessa tensão e miséria seja precisamente a riqueza e o prazer que as pessoas tanto lutam para alcançar. Como declara um provérbio egípcio: “Melhor é o pão com um coração feliz do que a riqueza com aborrecimento” (Miriam Lichtheim, “Instructions”, Ancient Egyptian Literature: A Book of Readings, v. 2, p. 156). De acordo com o livro de Provérbios, o primeiro passo para resolver esse problema é reconhecer quais são nossas prioridades: relacionamentos harmoniosos são mais importantes do que a riqueza (Pv 17:1). O que conta não é tanto o que temos, mas quem somos no íntimo. O conselho que vem a seguir ajudará a restaurar essa prioridade e a nos levar à paz interior (shalom, no hebraico) que aumentará nossa felicidade.
DOMINGO – O PECADO E OS AMIGOS
1. Leia Provérbios 17:9; 19:11. Que ideia crucial está sendo apresentada nessas passagens? Como devemos tratar as pessoas que caem?
Quando alguém comete um erro, é tão tentador espalhar a história, contar tudo aos outros! “Você sabe o que fulano fez?” Embora possamos agir como se estivéssemos chocados com o ato, ainda gostamos de contar aos outros o que aconteceu.
Em resumo: estamos fazendo fofoca, e é contra isso que estamos sendo advertidos, porque esse comportamento irá gerar contendas, mesmo entre amigos chegados. Afinal de contas, se um amigo seu comete um erro, que tipo de amigo é você se sai contando isso para outras pessoas?
Em resumo: estamos fazendo fofoca, e é contra isso que estamos sendo advertidos, porque esse comportamento irá gerar contendas, mesmo entre amigos chegados. Afinal de contas, se um amigo seu comete um erro, que tipo de amigo é você se sai contando isso para outras pessoas?
Em vez disso, somos advertidos a “encobrir” o erro. Isso não deve indicar, porém, que tenhamos que esconder o pecado, agir como se ele nunca tivesse acontecido, como se a pessoa nunca tivesse cometido o erro. O pecado que é encoberto ainda existe, embora escondido. Na verdade, a palavra hebraica usada nessa expressão tem a conotação específica de “perdoar” (Sl 85:2; Ne 4:5). O amor, não a fofoca, deve ser nossa resposta ao erro da outra pessoa.
2. Leia Provérbios 17:17 e 1 Coríntios 13:5-7. Como o amor ajuda a lidar com o erro de um amigo ou irmão?
Ninguém ama seu cônjuge porque ele é perfeito. Ele é amado a despeito de seus erros e falhas. Somente através do amor aprendemos a não julgar os outros, porque, com nossas próprias faltas e falhas, poderíamos ser tão culpados quanto eles.
Em vez disso, podemos, junto com eles, lamentar o que fizeram, e procurar ajudá- los, de todos os modos que pudermos, a resolver o problema. Afinal de contas, para que são os amigos e irmãos senão para isso?
Em vez disso, podemos, junto com eles, lamentar o que fizeram, e procurar ajudá- los, de todos os modos que pudermos, a resolver o problema. Afinal de contas, para que são os amigos e irmãos senão para isso?
Pense numa ocasião em que você cometeu um grande erro e foi perdoado, teve suas necessidades atendidas e foi confortado. O que isso lhe diz sobre o dever de fazer o mesmo por outros?
SEGUNDA-FEIRA – SEJA JUSTO!
O verdadeiro amor não é cego. O fato de “encobrirmos” o erro de alguém por meio do amor não significa que não vejamos o pecado e que não o reconheçamos como tal. O amor e a justiça andam juntos. A palavra hebraica para “justiça”, tsedeq, também significa “amor”, “caridade”. Não podemos ter verdadeira compaixão se não somos justos, e não podemos ser justos se não tivermos compaixão e amor. Os dois conceitos precisam estar juntos.
Por exemplo, o exercício da caridade para com os pobres não deve ocorrer às custas da justiça; daí a recomendação de que não se deve favorecer o pobre no tribunal (Êx 23:3). Se, por um lado, o amor nos obriga a ajudar os pobres, por outro lado seria injusto favorecê-los quando estão errados, só pelo fato de serem pobres. Portanto, a justiça e a verdade devem cooperar com o amor e a compaixão. É esse sábio equilíbrio que caracteriza a Torah, a lei de Deus, e que é ensinado e promovido no livro de Provérbios.
3. Leia Provérbios 17:10; 19:25. O que essas passagens dizem sobre a necessidade de repreensão e confrontação?
Não é por acaso que Provérbios 17:10 vem logo depois da ordem para encobrir o erro por meio do amor (Pv 17:9). A menção da “repreensão” em conexão com o “amor” coloca o amor na perspectiva correta. O texto subentende uma forte censura.
4. Leia João 8:1-11. Como Jesus lidou com o pecado aberto?
“Em Seu ato de perdoar essa mulher e animá-la a viver vida melhor, resplandece na beleza da perfeita justiça o caráter de Jesus. Conquanto não tivesse usado de paliativos com o pecado, nem diminuído o sentimento da culpa, procurou não condenar, mas salvar. O mundo não tinha senão desprezo e zombaria para essa transviada mulher; mas Jesus proferiu palavras de conforto e esperança. O Inocente Se compadeceu da fraqueza da pecadora, e estendeu-lhe a mão pronta a ajudar. Enquanto os fariseus hipócritas denunciaram, Jesus lhe recomendou: ‘Vai-te, e não peques mais’” (Jo 8:11; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 462).
TERÇA – PALAVRAS, NOVAMENTE
5. Leia Provérbios 18. Concentre-se no que essa passagem tem a dizer sobre as palavras. Que importantes conceitos são apresentados com respeito ao que dizemos ou ao que não dizemos?
Somos novamente confrontados com a realidade e o poder das palavras; nesse caso, vemos como os insensatos usam a boca para sua própria destruição. O verso 13 é especialmente esclarecedor. Quão fácil é falar antes de ouvir cuidadosamente e discernir o que nos foi dito! Quantas vezes poderíamos ter poupado a nós mesmos, e a outros, de dor e contenda desnecessárias se tão somente tivéssemos aprendido a refletir cuidadosamente no que acabamos de ouvir, antes de responder. Há ocasião em que o silêncio é verdadeiramente a melhor resposta.
Somos novamente confrontados com a realidade e o poder das palavras; nesse caso, vemos como os insensatos usam a boca para sua própria destruição. O verso 13 é especialmente esclarecedor. Quão fácil é falar antes de ouvir cuidadosamente e discernir o que nos foi dito! Quantas vezes poderíamos ter poupado a nós mesmos, e a outros, de dor e contenda desnecessárias se tão somente tivéssemos aprendido a refletir cuidadosamente no que acabamos de ouvir, antes de responder. Há ocasião em que o silêncio é verdadeiramente a melhor resposta.
6. Leia Provérbios 18:4. Por que as palavras do sábio são como águas profundas?
A figura das “águas profundas” é usada positivamente no livro de Provérbios para representar a sabedoria (Pv 20:5). Transmite a ideia de calma, mas também de profundidade e de riqueza. Os sábios não são superficiais. Eles tiram suas palavras das profundezas da reflexão pessoal e da experiência. Quem nunca se maravilhou com os profundos pensamentos e ideias daqueles que, obviamente, têm sabedoria e conhecimento?
7. Leia Provérbios 18:21. O que essa passagem significa?
Provérbios nos diz novamente o que já deveríamos saber: nossas palavras são poderosas e podem ser uma força para o bem ou para o mal, e mesmo para a vida e para a morte. Quão cuidadosos precisamos ser, portanto, com nossa maneira de usar esse poderoso instrumento!
Pense sobre uma ocasião em que as palavras de alguém magoaram você terrivelmente. O que isso deveria ter-lhe ensinado sobre quão poderosas são as palavras e quanto cuidado você precisa ter com o que diz?
QUARTA – DOIS LADOS DE UMA HISTÓRIA
8. Leia Provérbios 18:2. Por que os insensatos não precisam de tempo para formar suas opiniões?
Os insensatos são tão seguros de si e tão ávidos para expressar suas próprias opiniões que não estão interessados em aprender com outros. Sua mente fechada combina com sua boca aberta, e esta é uma combinação mortal. Quanto cuidado precisamos ter para não fazer a mesma coisa, especialmente num assunto sobre o qual estamos convencidos de que estamos certos!
Afinal de contas, todos nós, em algum momento, já tivemos opiniões fortes sobre um assunto e depois descobrimos que estávamos errados! Isso não significa que devamos ser indecisos em nossos pontos de vista; significa apenas que precisamos de um pouco de humildade, pois nenhum de nós tem todas as respostas certas, e mesmo quando nossas respostas estão certas, a verdade é muitas vezes mais profunda e multifacetada do que podemos apreciar ou compreender.
Afinal de contas, todos nós, em algum momento, já tivemos opiniões fortes sobre um assunto e depois descobrimos que estávamos errados! Isso não significa que devamos ser indecisos em nossos pontos de vista; significa apenas que precisamos de um pouco de humildade, pois nenhum de nós tem todas as respostas certas, e mesmo quando nossas respostas estão certas, a verdade é muitas vezes mais profunda e multifacetada do que podemos apreciar ou compreender.
9. Leia Provérbios 18:17. Que ideia importante é apresentada?
Só Deus não precisa de uma segunda opinião, exatamente porque, devido à Sua natureza, Ele já a possui, uma vez que Seus olhos estão em todo lugar (Pv 15:3). Deus tem a capacidade de ver todos os lados de qualquer assunto. Nós, em contraste, geralmente temos uma visão bem estreita de tudo; uma visão que tende a ficar ainda mais estreita quando ficamos obcecados num ponto de vista, especialmente em assuntos que julgamos ser importantes.
Como já deveríamos saber, contudo, sempre há dois ou mais lados em toda história e, quanto mais informações tivermos, melhor poderemos formar um conceito correto sobre determinado assunto.
Pense numa ocasião em que você estava absolutamente convencido de alguma coisa, talvez um ponto de vista que tivesse defendido a vida toda, e depois descobriu que estivera errado todo esse tempo. O que isso devia lhe dizer sobre sua necessidade de estar aberto à possibilidade de que você pode estar errado com respeito a coisas nas quais acredita fervorosamente agora?
QUINTA – SEJA VERDADEIRO
Um rei precisava nomear um novo ministro para o cargo mais alto de seu reino. Com esse propósito, organizou uma competição especial: quem seria capaz de contar a maior mentira. Todos os seus ministros se candidataram para participar e, cada um veio e contou sua maior mentira. Mas o rei não ficou satisfeito, já que as mentiras deles pareciam esfarrapadas. O rei então perguntou a seu conselheiro mais chegado e de mais confiança: “Por que você não se candidatou?”
O conselheiro respondeu: “Desculpe desapontá-lo, Majestade, mas não posso me candidatar”.
“Por que não?”, perguntou o rei.
“Porque eu nunca minto”, respondeu o conselheiro.
O rei decidiu nomeá-lo para o cargo.
Por sermos pecadores, a mentira é mais fácil para nós do que pensamos; por essa razão, é preciso salientar novamente o cuidado que devemos ter com nossas palavras!
“Por que não?”, perguntou o rei.
“Porque eu nunca minto”, respondeu o conselheiro.
O rei decidiu nomeá-lo para o cargo.
Por sermos pecadores, a mentira é mais fácil para nós do que pensamos; por essa razão, é preciso salientar novamente o cuidado que devemos ter com nossas palavras!
10. Leia Provérbios 19. Embora muitos temas sejam apresentados, o que o capítulo diz sobre a mentira?
O livro de Provérbios exalta um elevado padrão ético. É melhor continuar pobre, ou mesmo perder uma promoção, se tivermos que mentir a fim de obtê-la, se tivermos que sacrificar nossa integridade (Pv 19:1), se tivermos que enganar, ou se ela vier às custas da infidelidade (Pv 19:22).
11. Leia Provérbios 19:9. Qual é a responsabilidade de uma testemunha?
Mentir é algo tremendamente mau; mas fazê-lo no tribunal e sob juramento é ainda pior. Em muitos países o perjúrio é crime grave. Portanto, a testemunha precisa dar um testemunho verdadeiro. Não é por acidente que esse verso vem após a menção dos “amigos do que dá presentes” (Pv 19:6) e do pobre que é odiado por seus amigos e até por seus irmãos (Pv 19:7). A ideia é de que as testemunhas não devem ser influenciadas por subornos nem pela condição social daqueles a respeito de quem estão testemunhando.
12. Leia Deuteronômio 24:10-22. Que importante princípio é visto, e como devemos aplicá-lo a nós mesmos e à nossa maneira de tratar os necessitados?
SEXTA – ESTUDO ADICIONAL
“O espírito de tagarelice e maledicência é um dos instrumentos especiais de Satanás para semear discórdia e luta, para separar amigos e minar a fé de muitos na veracidade de nossas crenças. Os irmãos e as irmãs estão demasiadamente prontos para falar das faltas e erros que julgam existir em outros, especialmente nos que têm apresentado firmemente as mensagens de repreensão e advertência que o Senhor lhes confiou” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 194).
“Os filhos desses queixosos escutam de ouvidos abertos e recebem o veneno da desafeição. Os pais fecham assim, cegamente, os meios pelos quais poderia ser alcançado o coração dos filhos. Quantas famílias temperam suas refeições diárias com dúvidas e críticas! Dissecam o caráter de seus amigos e o servem como delicada sobremesa. Um precioso bocado de maledicência é passado ao redor da mesa, para ser comentado, não só pelos adultos, mas também pelas crianças. Nisso Deus é desonrado. Disse Jesus: ‘Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes’ (Mt 25:40). Portanto, Cristo é menosprezado e profanado pelos que difamam Seus servos” (Idem, p. 195).
Perguntas para reflexão
1. Sempre é difícil quando aqueles que você ama e com quem se preocupa fazem alguma coisa errada. E é tão fácil tentar desculpá-los! Como alcançamos o equilíbrio correto em situações como essas? Certamente precisamos mostrar graça, da mesma forma que esta nos foi mostrada em relação aos nossos erros; nem seria preciso dizer isso. Mas a graça alguma vez, ou sempre, significa que a pessoa pode pecar impunemente, sem ter que enfrentar as consequências? Qual é então a atitude certa a tomar em situações como essas?
2. Como disse a lição desta semana, na vida a maioria das coisas são muito complicadas e têm muitos aspectos. Portanto, mesmo as coisas sobre as quais por acaso estejamos certos, geralmente são mais complexas do que entendemos que elas sejam. Como podemos ter mente aberta e, ao mesmo tempo, evitar a insensatez?
3. Quais são algumas das maneiras pelas quais podemos mentir sem usar palavras?
Respostas sugestivas: 1. Não devemos sair espalhando o que aconteceu, mas agir com amor para com essas pessoas. 2. O amor deve continuar a ser demonstrado pelo amigo mesmo quando ele erra. 3. Essas passagens dizem que devemos repreender a pessoa e, se ela for sábia, irá crescer com isso. 4. Jesus não condenou a mulher pecadora, mas a perdoou e recomendou-lhe que abandonasse o pecado. 5. Há grande poder nas palavras: a língua tem poder sobre a vida e a morte; as palavras do insensato o levam à destruição e o que fala antes de ouvir mostra que é tolo. 6. Porque não são superficiais, mas revelam grande conhecimento e reflexão. 7. O que você diz pode salvar ou destruir uma vida. 8. Porque não buscam aprender; têm uma opinião fixa e estão interessados apenas em expressá-la. 9. O primeiro a contar sua versão da história parece ter razão, mas é preciso ouvir o outro lado para se ter uma noção equilibrada do assunto. 10. Que é melhor ser um pobre honesto do que um rico mentiroso. 11. A responsabilidade de uma testemunha é dizer a verdade,
pois a testemunha falsa não ficará impune. 12. O princípio é que devemos ter compaixão dos necessitados e não tomar como penhor deles algo que seja essencial para sua sobrevivência ou bem-estar.
pois a testemunha falsa não ficará impune. 12. O princípio é que devemos ter compaixão dos necessitados e não tomar como penhor deles algo que seja essencial para sua sobrevivência ou bem-estar.
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