VERSO PARA MEMORIZAR:
“Porventura, não te escrevi excelentes coisas acerca de conselhos e conhecimentos, para mostrar-te a certeza das palavras da verdade, a fim de que possas responder claramente aos que te enviarem?” (Pv 22:20, 21).
Leituras da Semana:Pv 22, 23; Êx 21:21-27; Pv 24; Ef 5:20; Ez 33:8
Alguns dos provérbios desta semana mostram paralelos com textos egípcios. Sob inspiração, Salomão talvez tivesse adaptado esses textos a uma perspectiva especificamente hebraica. Aqui, as palavras dos egípcios encontram o Espírito do Deus de Israel, e assim se tornam revelação divina.
Essa observação é importante, pois nos faz lembrar o caráter universal da verdade. O que é verdade para o israelita também deve ser verdade para o egípcio; do contrário, não seria verdade. Algumas verdades têm aplicação universal, a todas as pessoas.
O âmbito dessas admoestações é comum a ambas as comunidades. Isto é, quem quer que você seja, quer seja um crente ou não, e onde quer que viva, há algumas coisas que você não deve fazer.
DOMINGO – O CONHECIMENTO DA VERDADE
1. Leia Provérbios 22:17, 18. O que é dito sobre a maneira pela qual a verdade deve impactar nossa vida?
O primeiro dever do estudante é ouvir e prestar atenção: “Inclina o ouvido, e ouve” (Pv 22:17). Em outras palavras: “Concentre-se!” A ideia fundamental é que aquele que busca a verdade precisa ser fervoroso, deve desejar aprender o que é certo e então praticá-lo.
O primeiro dever do estudante é ouvir e prestar atenção: “Inclina o ouvido, e ouve” (Pv 22:17). Em outras palavras: “Concentre-se!” A ideia fundamental é que aquele que busca a verdade precisa ser fervoroso, deve desejar aprender o que é certo e então praticá-lo.
Mas não é suficiente que o estudante ouça, ou mesmo que compreenda o que está sendo ensinado. Algumas pessoas que têm muitos fatos bíblicos na mente não têm nenhum conhecimento nem experiência real com a verdade em si (Jo 14:6).
Em vez disso, a verdade deve atingir o âmago do ser humano. A frase hebraica em Provérbios 22:18, “no teu coração”, se refere ao “estômago”. A lição não deve ficar apenas na superfície; ela precisa ser digerida, assimilada, e se tornar parte do íntimo do nosso ser. Depois que a mensagem penetrar profundamente em nós e se enraizar em nosso interior, aflorará então aos nossos lábios, e poderemos dar um testemunho poderoso.
2. Leia Provérbios 22:19-21. O que uma experiência com a verdade deve fazer por nós?
A. Fé (v. 19). O primeiro objetivo do ensino da sabedoria não é a sabedoria em si. A finalidade do livro de Provérbios não é fazer discípulos mais inteligentes e hábeis. O objetivo do mestre é fortalecer a confiança do discípulo no Senhor.
B. Convicção (v. 21). Os estudantes devem saber por que essas “palavras da verdade” são certas; devem saber por que acreditam nas coisas que acreditam. Fé, por definição, é crença naquilo que não compreendemos plenamente. Contudo, ainda assim precisamos ter boas razões para essa fé.
C. Responsabilidade (v. 21). O último passo da educação é compartilhar as “palavras da verdade” que recebemos. Isso é uma parte central de todo o nosso chamado como um povo.
Pense em todas as razões lógicas que temos para a fé adventista do sétimo dia. Quais são essas razões?
Por que nunca devemos hesitar em conservá-las sempre diante de nós e em compartilhá-las?
Por que nunca devemos hesitar em conservá-las sempre diante de nós e em compartilhá-las?
SEGUNDA-FEIRA – ROUBANDO OS POBRES
3. Leia Provérbios 22:22, 23; 23:10. A respeito do que somos advertidos?
Embora sempre seja errado roubar, essa proibição diz respeito a roubar dos pobres e oprimidos, que são os mais vulneráveis. Eles são verdadeiramente indefesos, e portanto estão qualificados a ser objeto do interesse especial de Deus (Êx 22:21-27). Vem-nos à mente o caso de Davi, que matou Urias para roubar-lhe a esposa, e a parábola da cordeirinha contada por Natã (2Sm 12:1-4). Roubar do pobre não é apenas um ato criminoso: é pecado “contra o Senhor” (2Sm 12:13). Tirar de alguém que tem menos do que você é pior do que roubar: é também um ato de covardia. Será que esses ladrões acham que Deus não vê seus atos?
Na verdade, Provérbios 22:23 implica que mesmo que o ladrão escape da punição humana, Deus lhe dará a paga. A referência ao Goel, Redentor ou Vingador (Pv 23:11), pode até ser uma alusão à cena do juízo divino no fim dos tempos (Jó 19:25).
Portanto, essa advertência fala contra aqueles que estão interessados apenas nos “lucros” imediatos de seus atos, e não nos resultados de longo alcance. Eles obtêm suas posses e as aumentam à custa de outros e estão dispostos a enganar e a matar para conseguir esse propósito. Talvez desfrutem disso agora, mas pagarão o preço mais tarde. Esse raciocínio não deve apenas desencorajar o ladrão; deve também mostrar que nossos valores éticos estão intimamente ligados à soberania de Deus.
Na Inglaterra, alguns ateus colocaram o seguinte slogan em ônibus municipais: “Provavelmente, Deus não exista. Agora, pare de se preocupar e desfrute a vida.” Se Deus não existisse, então aqueles que roubam dos pobres e conseguem se safar agora, realmente não têm nada com que se preocupar. Na verdade, todos os que já praticaram grandes males parecem ter-se dado bem. No entanto, o mal trará suas consequências. De que forma a fé em Deus e em Suas promessas de julgamento devem ajudar a dar-nos um pouco de paz mental com respeito a toda a injustiça que vemos no mundo hoje?
TERÇA – TER INVEJA DOS PERVERSOS
4. Qual é a advertência contida em Provérbios 23:17; 24:1, 2; e 24:19, 20?
Por que alguém invejaria os maus? Muito provavelmente não seria por causa dos pecados que eles possam estar cometendo, mas, de maneira geral, seria por causa dos ganhos imediatos (riqueza, sucesso, poder) que eles obtêm através de sua malignidade – é isso que as pessoas muitas vezes cobiçam para si mesmas.
Por que alguém invejaria os maus? Muito provavelmente não seria por causa dos pecados que eles possam estar cometendo, mas, de maneira geral, seria por causa dos ganhos imediatos (riqueza, sucesso, poder) que eles obtêm através de sua malignidade – é isso que as pessoas muitas vezes cobiçam para si mesmas.
Embora, é claro, nem toda pessoa que alcança sucesso ou riqueza seja má, algumas o são, e provavelmente seja a respeito desse tipo de pessoa que somos advertidos nesses versos. Vemos a “boa” vida deles e, de nossa perspectiva, especialmente se nós mesmos estivermos passando dificuldades, é fácil invejar o que eles têm.
Essa, porém, é uma visão estreita e míope das coisas. Afinal de contas, a tentação apresentada pelo pecado é o fato de que sua recompensa é imediata: desfrutamos a gratificação no presente. Uma perspectiva que enxerga além do presente pode nos proteger da tentação; isto é, precisamos olhar para além dos “ganhos” imediatos do pecado e pensar nas consequências de longo alcance.
Além disso, quem já não viu quão destrutivo é o pecado? Nunca escapamos das consequências dele. Podemos ser capazes de escondê-lo de outros de tal forma que ninguém, nem mesmo aqueles que estão mais próximos de nós, tenham sequer uma pista do que estamos fazendo (embora mais cedo ou mais tarde eles venham a saber); ou podemos ser capazes de iludir a nós mesmos pensando que nossos pecados não são tão maus assim. (Afinal de contas, veja quantas pessoas fazem coisas piores!) Porém, mais cedo ou mais tarde o pecado nos alcança.
Devemos odiar o pecado. Devemos odiá-lo por causa do que ele fez a nós, ao nosso mundo e ao nosso Senhor. Se desejamos ver o verdadeiro preço do pecado, olhemos para Jesus na cruz. Foi isso que o pecado custou. Só essa compreensão já deve ser suficiente para fazer-nos desejar evitar o pecado e nos manter afastados o máximo possível daqueles que nos levariam a praticá-lo.
Você já lutou contra sentimentos de inveja pelo sucesso de alguém? Qual é o melhor remédio para esse problema espiritualmente mortal? (Ver Ef 5:20.)
QUARTA – O QUE COLOCAMOS NA BOCA
Não foi por acidente que a primeira tentação humana foi com respeito à comida (Gn 3:3). Foi a desobediência e o ato de comer de uma coisa errada que trouxe o pecado e a morte ao mundo (Gn 3:1-7; Rm 5:12). Não devemos nos esquecer, também, do fato de que a primeira menção de ingestão de vinho na Bíblia é apresentada numa história terrivelmente negativa e degradante (Gn 9:21).
5. Leia Provérbios 23:29-35. Como o uso do álcool é apresentado nesses versos?
Quem já não viu, pessoalmente, quanto pode ser devastador o álcool? Certamente, nem todo mundo que bebe se torna um bêbado caído na sarjeta. Mas é muito provável que os bêbados que estão na sarjeta jamais imaginaram, na primeira vez em que tomaram uma bebida, que um dia acabariam nela.
“Aquele que adquiriu o hábito de ingerir bebidas alcoólicas está numa situação desesperadora. Não se pode argumentar com ele, nem persuadi-lo a se privar dessa condescendência. Seu estômago e seu cérebro estão enfermos, sua força de vontade está enfraquecida e seu apetite é incontrolável. O príncipe das potestades das trevas o mantém numa escravidão que ele não tem poder para quebrar” (Comentários de Ellen G. White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1317, 1318).
6. Leia Provérbios 23:1-8. Por que devemos controlar o apetite?
Essa admoestação se refere a algo mais do que boas maneiras à mesa. O texto bíblico é uma advertência àqueles que gostam de comer e têm grande apetite (Pv 23:2). A metáfora de colocar uma faca na própria garganta é algo particularmente forte: não significa apenas moderar o apetite, mas também sugere o risco que a comida pode representar para a saúde e até mesmo para a vida.
A palavra hebraica bin, traduzida como “atenta bem”, expressa a ideia de cuidadoso discernimento entre vários tipos de comida. A mesma palavra foi usada por Salomão quando ele pedia à sabedoria que o ajudasse a discernir prudentemente “entre o bem e o mal” (1Rs 3:9). O escritor inspirado tinha em mente algo mais do que simplesmente a questão do controle do apetite. Seu conselho pode se referir também a banquetes e a beber socialmente, quando somos pressionados e tentados a cobiçar “os seus delicados manjares” (Pv 23:3).
Pense em alguém que você conhece cuja vida foi destruída pelo álcool. Por que só esse exemplo já seria suficiente para nos ajudar a compreender a razão pela qual nunca devemos introduzir esse veneno em nosso corpo?
QUINTA – NOSSAS RESPONSABILIDADES
7. “Se Eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniquidade, mas o seu sangue Eu o demandarei de ti” (Ez 33:8). Que princípio
espiritual válido é revelado aqui? Como recebemos esse conceito e o aplicamos em nossa vida diária?
espiritual válido é revelado aqui? Como recebemos esse conceito e o aplicamos em nossa vida diária?
Anos atrás, numa grande cidade do Ocidente, uma mulher estava sendo atacada à noite numa rua. Ela gritou pedindo ajuda; dezenas de pessoas a ouviram, mas ninguém se importou em chamar a polícia. A maioria das pessoas olhou pela janela e depois voltou para o que estava fazendo. Logo os gritos da mulher cessaram. Mais tarde, ela foi encontrada morta com várias facadas.
Será que aqueles que ouviram os gritos, mas não fizeram nada, não foram responsáveis pela morte da mulher? Embora elas mesmas não a tenham atacado, será que a falta de ação delas não a matou?
8. Leia Provérbios 24:11, 12, 23-28. Que importantes mensagens há aqui para nós?
A lei de Moisés adverte claramente que aqueles que deixam de denunciar o que presenciam levam sobre si a iniquidade (Lv 5:1). Podemos não ser capazes de agir contra o crime, mas se guardamos silêncio sobre o que vemos, somos participantes da culpa junto com o criminoso. Pelo nosso silêncio, nos tornamos cúmplices.
Por outro lado, se revelarmos a verdade em nosso testemunho, dando a “resposta com palavras retas” (Pv 24:26), agimos da maneira correta e nos comportamos como pessoas responsáveis. Esse ato é comparado a um beijo nos lábios, o que significa que a pessoa se importa com o outro.
Já é suficientemente trágico ficar em silêncio e não fazer nada enquanto uma mulher estava sendo assassinada na sua rua. Mas, que dizer de muitos dos outros males que há no mundo: fome, guerra, injustiça, racismo, opressão econômica? Qual é nossa responsabilidade também nessas coisas?
SEXTA – ESTUDO ADICIONAL
“As pessoas que nos circundam precisam ser despertas e salvas, ou perecerão. Não temos nem um minuto a perder. Todos exercemos uma influência que fala em favor da verdade ou contra ela. Desejo levar comigo as inconfundíveis evidências de que sou uma discípula de Cristo. Queremos algo além da religião do sábado. Necessitamos dos princípios vivos e de sentir diariamente nossa responsabilidade individual. Isso é evitado por muitos e seu resultado é descuido, indiferença, falta de vigilância e espiritualidade” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 99).
“Falem de fé, vivam a fé, cultivem o amor de Deus; evidenciem ao mundo tudo quanto Jesus é para vocês. Exaltem Seu santo nome. Contem de Sua bondade; falem de Sua misericórdia, e contem de Seu poder” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, p. 18).
Perguntas para reflexão
- Reveja sua resposta à pergunta para reflexão no fim da lição de domingo. Quais são as maneiras pelas quais podemos aprender a aumentar a fé naquilo que cremos?
- Alguém escreveu: “Lembre-se de duas coisas: que Cristo morreu por você e que um dia você vai morrer.” No contexto da lição de terça-feira, que fala sobre a certeza de que teremos que responder pelo nosso pecado de uma forma ou de outra, que lição fundamental devemos tirar dessa ideia?
- Aqui está novamente a citação colocada nos ônibus de Londres: “Provavelmente, Deus não exista. Agora, pare de se preocupar e desfrute a vida.” Além do que a lição falou sobre isso, que outros problemas você vê nessa ideia? Para começar, por que a existência de Deus seria algo que faria as pessoas se preocuparem? O que esse sentimento nos diz sobre o quanto Satanás distorceu o caráter de Deus na mente de muitas pessoas? Pense em diferentes maneiras pelas quais você poderia responder a esse slogan. Quais são alguns slogans curtos e enfáticos que poderiam ajudar as pessoas a ver a esperança que podemos ter em Deus?
Respostas sugestivas: 1. Ela não só deve ser recebida intelectualmente, mas se tornar parte de nossa vida, e só então deve ser anunciada com os lábios. 2. Uma experiência com a verdade deve nos dar sabedoria, convicção do que cremos e nos tornar aptos a compartilhar essa verdade. 3. Somos advertidos a não roubar nem oprimir os pobres e aflitos, e a não tirar vantagem dos órfãos, pois Deus dará a paga desses atos. 4. Somos advertidos a não ter inveja dos maus. 5. O consumo do álcool é apresentado de forma negativa, como a fonte de muitos males e como algo traiçoeiro como uma cobra. 6. O provérbio nos adverte a não cobiçar as comidas enganadoras, provavelmente porque elas podem representar um risco à saúde e à vida. 7. Nossa falha em avisar o perverso do destino que o aguarda se continuar no caminho em que está nos torna responsáveis pela morte dele. 8. Devemos avisar aqueles que estão sendo levados para a morte, pois se não os avisarmos, Deus cobrará isso de nós. Os que dão aos perversos a impressão de que não há nada de errado
com eles serão malditos.
com eles serão malditos.
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