domingo, 15 de fevereiro de 2015

Palavras de sabedoria – lição 8 |14 a 20 de fevereiro

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Cada qual entre os homens apregoa a sua bondade; mas o homem fiel, quem o achará?” (PV 20:6, ARC).
Leituras da Semana:Pv 20; 1Co 12:14-26; Jr 9:23, 24; Pv 21; Mt 25:35-40; Pv 22
Até certo grau (na verdade, em grande grau), todos somos produtos do nosso meio. Embora a hereditariedade tenha um papel muito importante, os valores que possuímos provêm daquilo que nos cerca: nosso lar, nossa educação, nossa cultura. Desde a infância somos influenciados pelo que vemos e ouvimos.
Infelizmente, o que vemos e ouvimos nem sempre é o melhor; o mundo ao nosso redor está caído em todos os aspectos, e não pode deixar de nos influenciar negativamente. Contudo, foi-nos dada a promessa do Espírito Santo, e possuímos a Palavra de Deus, que nos mostra algo melhor e mais elevado do que o que é mostrado pelo mundo.
Nesta semana examinaremos vários provérbios e as verdades práticas que eles expressam – verdades que, se internalizadas e seguidas, podem, de fato, nos ajudar a vencer a negatividade deste mundo caído e preparar-nos para um mundo melhor.

DOMINGO – SOMOS TODOS IGUAIS

1. Leia Provérbios 20:12. O que essa passagem nos ensina sobre o valor de todos os seres humanos?
Diferentemente da teoria da evolução, que nos considera a todos apenas como produto do acaso num universo impessoal, a Bíblia nos ensina que todos os seres humanos foram criados por Deus (veja também Atos 17:26). Não foi por acaso que Thomas Jefferson afirmou a igualdade de todos os seres humanos com base, precisamente, no fato de terem sido criados por Deus. É no Senhor, e apenas nEle, que se baseia nossa igualdade.
Embora, todos tenhamos o mesmo Criador, isso não significa que sejamos todos idênticos. Nem mesmo gêmeos idênticos se comportam exatamente da mesma forma. Em sua carta aos coríntios, Paulo fala sobre nossas diferenças, e enfatiza que elas não devem levar a um senso de superioridade, mas que, em vez disso, devem nos ajudar a ver a necessidade que temos uns dos outros. “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós” (1Co 12:21).
2. Leia Provérbios 20:9. O que mais nos torna todos iguais?
O pecado é outro equalizador universal. O pronome “ninguém”, que é a resposta à pergunta retórica encontrada nesse provérbio, evidencia a trágica e irremediável condição da humanidade. Os seres humanos são todos fracos e mortais, e
nem todo o dinheiro e poder do mundo poderão mudar isso. Contudo, no contexto da Bíblia, essa referência à pecaminosidade humana não deve nos levar ao desespero, porque a morte de Jesus na cruz e Sua ressurreição abriram caminho para que qualquer pessoa, não importa quão pecadora seja, tenha a promessa da vida eterna. Essa vida eterna vem unicamente pela fé nEle, não pelas nossas obras.
“Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem que ser inteiramente pela graça, recebida pelo ser humano como pecador, porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 20).
Alguma vez você já se surpreendeu abrigando o sentimento de ser superior (ou inferior) a outras
pessoas? Em caso positivo, o que a cruz lhe diz sobre a igualdade de todos nós?

SEGUNDA-FEIRA – O TESTE DA VIDA

“As suas obras os acompanham”, diz Apocalipse 14:13 com respeito à recompensa dos justos. Somente o futuro testificará do verdadeiro valor de cada pessoa. Indivíduos podem se vangloriar hoje de sua riqueza, de seu conhecimento, de suas proezas físicas, e talvez tudo isso seja verdade. Mas, o que essas coisas significam aos olhos de Deus? Muitas vezes fica demonstrado que as características, as consecuções e as realizações que os seres humanos exaltam como importantes ou admiráveis são, na verdade, refugo inútil. Basta você olhar para alguns dos personagens muitas vezes desprezíveis da indústria do entretenimento, que são idolatrados pelos fãs. Aquilo que idolatramos apresenta um poderoso testemunho
de quão caídos estamos.
3. Leia Provérbios 20:6 (veja também Jeremias 9:23, 24; Marcos 9:35). O que essas passagens estão nos dizendo sobre o que tem real valor para Deus?
Não é um ato isolado e sensacional de amor ou sacrifício que demonstra a alta qualidade de nossos relacionamentos, mas a longa série regular de pequenos atos que realizamos dia a dia, pacientemente e sem falta. A refeição diária servida para
seu cônjuge, a constante atenção a um pai ou mãe doente, o esforço contínuo no seu trabalho; todos esses atos humildes, ao longo da vida, são evidências de que sua fé é autêntica. A fidelidade perseverante é mais valiosa do que atos de amor
intensos, mas raros.
Esse princípio vale também para nosso relacionamento com Deus. É mais difícil e mais valioso viver para Deus do que morrer por Ele: se não por nenhuma outra razão, ao menos pelo fato de que viver requer mais tempo do que morrer. É maior o santo que vive por Deus do que o mártir que morre por Ele. Qualquer um pode afirmar que crê em Deus e que O serve; a pergunta é: Até quando isso vai durar? Como Jesus disse: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13).
Por meio da paciência, da bondade e da disposição para suprir as necessidades dos outros, você
pode revelar a alguém um pouco do caráter de Cristo? Você está disposto a fazer isso, não importa qual o custo para si mesmo?

TERÇA – ESPERAR PELO SENHOR

4. Leia Provérbios 20:17, 21:5. Que lição prática podemos encontrar nessas passagens?
O ladrão que rouba pão o obtém mais rapidamente do que aquele que precisa trabalhar para adquiri-lo. O vendedor que mente para vender mercadorias de má qualidade pode se tornar rico mais depressa do que o comerciante honesto (compare Provérbios 21:5 com o versículo seguinte). Contudo, diz o provérbio, o futuro transformará a suavidade em “pedrinhas de areia”, e a riqueza adquirida com rapidez se transformará em pobreza. A passagem dá vários exemplos para ilustrar a veracidade dessa afirmação:
1. A herança (Pv 20:21). A menção de uma herança obtida com demasiada rapidez (dando a entender que os pais ainda estão vivos) vem após a condenação daquele que amaldiçoa seus pais (Pv 20:20). A associação desses dois provérbios é significativa. É como se o filho (ou a filha) amaldiçoasse os pais e também quisesse vê-los mortos. Talvez tivesse até planejado a morte dos pais para obter a herança. O futuro desse comportamento é trágico: a lâmpada da qual ele atualmente desfruta sua luz se tornará em “densas trevas” (v. 20) e a maldição que ele pronunciou contra os pais se voltará contra ele, pois “o seu fim não será bendito” (v. 21, ARC).
2. A vingança (Pv 20:22). Dessa vez o provérbio se destina à vítima que pode ser tentada a buscar a vingança pelo mal que foi cometido contra ela. O conselho é, simplesmente: “Espera pelo Senhor.” Somente então você obterá livramento, o que implica que se você buscar a vingança, estará correndo sério risco. Provérbios 25:21, 22 enfatiza a mesma instrução, usando a metáfora de amontoar brasas vivas na cabeça do inimigo, um ritual egípcio que expressa arrependimento e conversão.
Se você se abstiver da vingança, como é prometido em Provérbios 20:22, você será salvo pelo Senhor e, nesse processo (como acrescenta Provérbios 25:21, 22), você salvará seu inimigo, vencendo assim o mal com o bem (Rm 12:21).
Como você pode aprender a imitar o caráter de Cristo no aspecto de vencer o mal com o bem?
Por que isso é tão contrário à nossa natureza? Por que a morte para o eu é a única maneira de alcançar esse fim?

QUARTA – COMPAIXÃO PELOS POBRES

O caráter de alguém não é medido tanto pela sabedoria, nem mesmo pelos compromissos religiosos, mas pela disposição para ajudar os pobres e os necessitados. Seu caráter não é formado pelo que você tem, mas pelo que você dá a seu próximo. A medida de seu caráter é quem você é para seu próximo. O samaritano que salva o próximo está mais perto do reino de Deus do que o sacerdote espiritual (Lc 10:26-37). O livro de Provérbios enfatiza e explica essa prioridade.
Por amor a Deus: A primeira razão para fazer disso uma prioridade está no próprio Deus, que prefere a compaixão humana pelos pobres ao nosso zelo religioso (Pv 19:17, 21:13). Sua sensibilidade para com os pobres e seus atos concretos em favor
deles contam mais para Deus do que qualquer de seus atos religiosos. Na verdade, Ele está pessoalmente envolvido nessa obra, de forma que, quando damos aos pobres, é como se estivéssemos dando ao próprio Deus (Mt 25:35-40).
5. Leia Mateus 25:35-40. O que isso nos diz sobre a maneira pela qual Jesus Se identifica intimamente com os necessitados? De que forma essa verdade afeta maneira de nos relacionarmos com essas pessoas?
Por amor aos pobres: A segunda razão está na pessoa pobre, que é tanto criatura de Deus quanto a rica (Pv 22:2). A igualdade entre os seres humanos, com base no fato de que Deus os criou a todos, torna o pobre tão digno de atenção quanto o rico. Devemos amar nosso próximo pelo que ele é: um ser feito à imagem de Deus.
Ao mesmo tempo, pense em como o ato de ajudar os necessitados faz bem a você. Nossa natureza básica é egoísta; automaticamente temos a tendência de pensar em nós mesmos antes e acima dos outros. Ao nos doarmos, aprendemos a
morrer para nós mesmos e a refletir melhor o caráter de Cristo. O que é de mais valor para nós do que isso?
Você obtém maior senso de satisfação pessoal quando ajuda os necessitados do que quando faz
coisas apenas para si mesmo?

QUINTA – EDUCAÇÃO

A palavra hebraica para “educação” vem de um termo que significa “edificar” e “começar”. Todos esses significados estão contidos na ideia hebraica de educação: quando ensinamos uma criança (Pv 22:6), edificamos, começamos e lançamos o alicerce para o futuro. Os pais e educadores são, portanto, responsáveis pelo futuro das crianças e, por implicação, pelo futuro do mundo. O que fazemos com nossas crianças hoje afetará a sociedade nas gerações futuras.
6. Leia Provérbios 22:6. O que isso diz sobre a importância de educar corretamente as crianças?
É significativo que a palavra hebraica para “educar” é a mesma palavra usada para a consagração do templo (1Rs 8:63). A educação inicial que recebemos na vida tem a mesma influência do templo: tem um impacto sobre nossa salvação que se estende para além de nossa própria vida. “Aos pais é comissionada a grande obra de educar e preparar os filhos para a vida futura e imortal” (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 38). Tal educação tem um efeito eterno. O apóstolo Paulo parece ter se referido a esta passagem quando elogiou Timóteo por sua educação desde criança no conhecimento das “Sagradas Letras, que podem tornar-te sábio para a salvação” (2Tm 3:15).
7. Leia Provérbios 22:8, 15. Que princípios encontramos aqui?
A educação pode ser comparada à atividade de semear. O futuro de nossa sociedade e de nossos filhos depende do que semeamos. Se nossa semente foi a “injustiça”, então nossa educação (“a vara”) falhará, e segaremos males (v. 8). Se nossa
semente tocar o coração das crianças (v. 15), então a vara de nossa educação afastará da criança sua insensatez.
Frequentemente ensinamos a outros (especialmente as crianças) pelo nosso exemplo. Pense sobre seu exemplo. Que tipo de legado você está deixando? Seu exemplo poderia ser melhor em alguma área? Em caso afirmativo, qual?

SEXTA – ESTUDO ADICIONAL

“Os pais devem ser modelos de veracidade, pois essa é a lição diária que deve ser impressa no coração da criança. Princípios firmes devem governar os pais em todos os negócios da vida, especialmente na educação e no preparo dos
filhos. … Pais, nunca mintam nem digam uma inverdade por preceito nem exemplo. Se quiserem que seus filhos sejam, sejam fiéis vocês mesmos (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 151).
“Muitos pais e mães parecem pensar que, se alimentarem e vestirem seus pequenos, educando-os segundo a norma do mundo, terão cumprido o seu dever. Estão ocupados demais com negócios ou prazeres para tornarem a educação dos filhos o estudo de sua vida. Não procuram educá-los de tal maneira que eles venham a empregar os talentos para a honra de Seu Redentor. Salomão não disse: ‘Dize ao menino o caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.’ Mas: ‘Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele’ (Pv 22:6)” (Ibidem, p. 38).

Perguntas para reflexão

1. Reflita mais na ideia de Provérbios 22:6. Muitos pais fizeram um bom trabalho ao criar seus filhos, mas quando adultos esses filhos fazem más escolhas. Por que, ao considerar o significado dessa passagem, nunca devemos nos esquecer da realidade do livre-arbítrio e da realidade do grande conflito?
2. Dê mais uma olhada na pergunta para reflexão que está no fim da lição de quarta-feira. O que ela nos diz sobre nós mesmos quando obtemos um senso de satisfação ao ajudar os outros, especialmente quando não recebemos nada em troca?
O que essa verdade deve nos dizer sobre o porquê de muitas pessoas que possuem tanto das riquezas deste mundo serem infelizes?
3. Embora não sejamos todos iguais em talentos, educação, experiência e assim por diante, somos iguais no que é mais importante: todos precisamos da cruz para ser salvos. O que isso deve nos ensinar sobre a igualdade e o valor básico
de todos os seres humanos? Como essa verdade deve afetar nossa maneira de tratar todas as pessoas?

Respostas sugestivas: 1. Todos os seres humanos são iguais porque foram criados por Deus. 2. O fato de sermos todos pecadores. 3. O que tem verdadeiro valor para Deus são a fidelidade, o relacionamento com Ele e o serviço em favor de outros. 4. A pressa em conseguir as coisas leva à infelicidade e à miséria. 5. Sempre que fazemos algo em favor de um necessitado, é como se estivéssemos fazendo ao próprio Cristo. O amor a Deus nos faz ter amor por Seus filhos. 6. Quando ensinamos uma criança, estamos promovendo em seu futuro um impacto que se estende para além desta vida. 7. Se educarmos mal a criança, colheremos males. Mas, se educarmos bem, a criança será afastada da insensatez
natural do coração humano.

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