terça-feira, 31 de março de 2015

Depressão: a vida em um avião em queda

MENTE SAUDÁVEL

Os cuidados para se ter uma vida mentalmente saudável.
Há alguns dias, soube de um acontecimento triste. Você deve ter lido ou assistido algo sobre a queda do avião Airbus A320 no sul da França. A princípio foi noticiado o acidente. Com o acesso às gravações da caixa preta, as atenções se voltaram para o copiloto Andreas Lubitz e sua saúde mental. Teria Lubitz derrubado o avião devido à sua depressão?
Esta não é a primeira vez que vejo depressão ou algum problema de saúde mental ser associado a algum tipo de crime. Imagino que você também já tenha visto algumas várias notícias em que estas doenças são abordadas quase que como a explicação para o comportamento criminoso.
Em outro post, publicado há algum tempo, escrevi um pouquinho sobre depressão (clique aqui para ler) e pensamentos equivocados que costumam circular no mundo cristão acerca desta doença. Portanto, não vou repetir o que já foi escrito. Gostaria de me ater, hoje, a um dos sintomas da depressão – ideação suicida.
Quero que fique bem claro que nem toda pessoa com depressão tem pensamentos de morte ou faz planos de se matar. A ideação suicida é apenas um sintoma, e não precisa estar necessariamente presente para que o diagnóstico de depressão seja feito.
Você já parou para pensar o que deve passar na mente de alguém que vê no suicídio uma solução para cessar a sua dor? Querido amigo leitor, você já gastou algum tempo refletindo sobre quão doloroso deve ser para alguém suportar seus conflitos emocionais para que esta pessoa opte pela morte?
Você ficou chocado quando ouviu ou leu que Andreas Lubitz voluntariamente provocou a queda do avião? Por que isto lhe choca? Talvez a sua mente não consiga conceber a ideia de alguém agir desta forma. Pode ser que para você ele tenha agido com crueldade. É possível que alguns de nossos leitores tenham pensado que ele poderia se matar sem matar outras pessoas com ele.
Eu não sei o que se passou na sua mente. Eu também não sei se a depressão supostamente sofrida por aquele copiloto teve alguma relação com o ocorrido. Eu não pensei tanto no ato suicida/homicida dele. Ao saber da notícia, pensei em quão terrível deve ter sido para as demais pessoas que estavam naquele avião o tempo em que eles tiveram consciência do que estava ocorrendo e tentaram de alguma forma agir em prol da preservação da vida. Não sei quantos segundos ou minutos isto pode ter durado, mas deve ter sido uma aflição terrível!
E se eu lhe disser que existem milhares de pessoas ao redor do mundo que vivem como se estivessem em um avião em queda? Diariamente, elas sentem uma aflição horrorosa, uma dor que mal conseguem descrever, e a sensação de impotência para se livrar de uma doença chamada depressão.
Sabe, querido leitor, eu conheço muita gente que já fez planos de tirar sua própria vida, e alguns que foram mal sucedidos em suas tentativas de suicídio. E eu não quero, de forma alguma, defender o comportamento suicida. Mas eu quero que você entenda que alguém não chega a tal ponto por que desejou isto. Imagine acordar todos os dias vendo a vida cinza, sem graça, sem propósito! Isso é triste demais, é pesado demais. Imagine agora acordar todos os dias se esforçando para dar cada passo, sentindo como se os pés pesassem uma tonelada, e uma força, muito maior que a gravidade, o puxasse para baixo.
Imagine a energia gasta para oferecer um simples sorriso às pessoas que estão ao seu redor. Pentear os cabelos, tomar banho, escovar os dentes… ah, isso é desgastante demais. Comer? Não há fome. Na verdade, parece que nada é capaz de produzir um pouquinho de prazer. Para estas pessoas, viver tem um custo muito alto, e por não verem mais alternativas para si, muitos procuram cessar a dor através da morte.
Pessoas para quem a vida não tem mais sentido passam todos os dias por nós. Elas estão nos elevadores que usamos, nos ônibus através dos quais nos deslocamos para o trabalho, nos supermercados e shoppings que frequentamos… pode haver alguém assim bem próximo a você. Pode ser que você, que está lendo estas palavras, esteja nesta condição.
Pessoas que vivem esta dor precisam de ajuda, precisam ser acolhidas ao invés de criticadas, precisam de suporte profissional e de esperança. Tomei a liberdade de escrever este post de forma bem pessoal, do ser humano que sou para o ser humano que você é. E porque escrevo assim, lhe pergunto: o que você tem para oferecer a essas pessoas?

Quero me dirigir agora a você que tem se sentido em um avião em queda. Acredite, existe solução, existe vida real, existe felicidade de verdade. Não caminhe sozinho! Busque ajuda! A Igreja Adventista possui clínicas em que você pode encontrar profissionais capacitados. Há, também, psicólogos e psiquiatras que podem trabalhar com você. E há um Piloto que deseja assumir o controle do avião para que o pouso seja tranquilo.

Encenação da Paixão de Cristo atrai milhares de pessoas em Pernambuco


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Encenação destacou sacrifício de Cristo pela humana.
Instituto Adventista Pernambucano de Ensino(IAPE) em Gravatá (PE), a 120km do Recife, reuniu cerca de quatro mil pessoas entre os dias 27 a 29 de março. A apresentação musical envolveu mais de uma centena de voluntários entre alunos da instituição, servidores, professores e voluntários de cidades vizinhas. Com o tema “Esperança e Paixão”, que reconstruiu momentos importantes da vida de Cristo, a encenação atraiu familiares, estudantes de outras escolas, cristãos e curiosos da região e de outros Estados próximos.
Para ver a encenação o público deveria trazer um quilo de alimento não perecível. Segundo os organizadores, cerca de seis toneladas de alimentos foram arrecadadas e entregues a ONG’s como a Casa dos Velhinhos de Gravatá e a famílias carentes do Povoado Insurreição, em Sairé, cidade próxima à instituição. O objetivo do evento foi tornar o internato mais conhecido na região. Além disso, incentivar a solidariedade, colocando em prática os ensinamentos de Jesus, que durante sua passagem pela Terra promoveu atos de amor ao próximo.
Além de exercitar o voluntariado, os alunos puderam desenvolver habilidades artísticas. Com o auxílio dos professores e funcionários do colégio, eles ajudaram na pintura e montagem dos cenários, que foram feitos de madeira, além exercer ações em cenas de interpretação.
A aluna Maria Isabel, 17, atuou em quatro papéis. Para ela, foi um desafio, especialmente por estar em uma semana de provas. No palco, a parte mais difícil foi segurar as lágrimas. Ao representar um dos personagens, a menina não poderia deixar de expressar uma reação de angústia ao ver Cristo sendo maltratado e levado à cruz. “Ao olhar para Maria (mãe de Jesus), as pessoas precisam sentir uma expressão tocante. E foi o que conseguimos vivenciar”, relata Isabel.
Na plateia, a autônoma Ana Rosa observava atentamente cada cena. Ela veio por um motivo especial: seu filho, ainda pequeno, é aluno do colégio e fez parte do espetáculo. O menino, vestido de anjo, parecia estar bem à vontade com o público. “Senti algo fantástico, extremamente emocionante”, comenta Ana. Segundo ela, a instituição possui um ensino diferenciado. “Estamos felizes. A educação daqui é sem comparação. Ele está aprendendo princípios que talvez não encontraríamos em outros lugares.”
Confira a galeria de imagens
Emoção
Ao fim do espetáculo, o público teve a oportunidade de ver a representação da segunda vinda de Jesus, o início da “eternidade”. Jesus aparece cercado de anjos. É então que entra em cena um coral formado por crianças e adolescentes. Em uníssono eles entoam os versos de um hino tradicional, dizendo: “Glória, glória, aleluia! Vencendo vem Jesus!” Segundo os alunos, um dos momentos mais emocionantes, pois é aí que finalmente eles podem dizer: “Conseguimos, deu certo!” Em seguida, a plateia contempla a Nova Jerusalém em que Cristo chama os fiéis. São momentos descritos pela Bíblia, no livro do Apocalipse.
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Mais de cem pessoas trabalharam no projeto.
Os irmãos gêmeos Matheus e Lucas Reed, 22, participam de projetos como este desde 2012. Caracterizados como Jesus Cristo, eles tentam vivenciar o personagem, imaginando o sacrifício do Salvador durante sua passagem pela Terra. Idênticos, eles conseguem intrigar a plateia durante a troca de cenas, que acontece tão rapidamente. Para eles, cada apresentação possui uma emoção única. De acordo com Lucas, a cena da cruz é um momento de reflexão em que ele tem a oportunidade de pensar na razão da morte de Cristo. Para Matheus, o desfecho da encenação é a parte mais importante. “As pessoas podem conhecer a história além do que normalmente é mostrado”, diz, referindo-se à segunda vinda de Jesus ao mundo e a representação da Nova Jerusalém.
De acordo com Israel Elpídio, diretor da instituição, foram cerca de 30 dias de preparação, desde os ensaios até a ornamentação de todo o cenário. A peça teve 1h30 de duração. No dia anterior à apresentação, alguns alunos chegaram a ensaiar até às 11h da noite. Todos os dias eles dedicavam momentos específicos para orar pelo programa – foi a primeira vez que realizaram um evento com esta proporção. Segundo Israel, trabalhar com a juventude é uma verdadeira surpresa. “Não há como prever o que vai acontecer, mas posso ter a certeza de que eles irão fazer tudo com carinho”, afirma.  Conforme o organizador e mentor do espetáculo, Marcondes Ricarte, “o objetivo foi alcançado: chegar aos corações através de uma história real e eterna.” Para ele, apesar de muito trabalho, dias e noites muito intensas, “no fim sentimos que Deus esteve à frente e a sensação de dever cumprido toma posse da gente, certos de que, valeu apena.” [Equipe ASN, Daniele Alves e Franck Oliveira]

Cristão relata situação atual na Tunísia após atentado

Passeata dos tunisianos foi uma resposta ao terrorismo no país - Agência EFE
Passeata dos tunisianos foi uma resposta ao terrorismo no país – Agência EFE
Túnis, Tunísia … [ASN] A equipe da ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) conversou nessa semana com cristãos que estão em Tunis, capital da Tunísia. Neste domingo, 29, mais de 10 mil pessoas participaram de uma manifestação e foram até o Museu Nacional do Bardo, ao lado do prédio do Parlamento do país, onde aconteceu o ataque terrorista dia 18 de março. Nessa data, 21 turistas e um tunisiano foram assassinados por dois homens armados que entraram de carro no local e abriram fogo. As autoridades tunisianas informaram que foi morto o suposto líder do ataque.
Mas, na prática, um cristão que prefere não se identificar disse à ASN que acabou de se mudar para o país e garante que a situação ainda é tensa. Esse religioso trabalha na chamada Região do Maghreb (termo que se refere a alguns países do Norte da África), explica que chegou ao local com muitas expectativas, mas que viu a gravidade pós-atentados. “Estou vendo o que significa viver em uma região onde a religião é o centro de tudo, até mesmo de um ataque terrorista. Esse ataque foi uma represália à abertura do país ao ocidentalismo, desde que os fundamentalistas islâmicos querem manter o país debaixo de um regime religioso rigoroso”, avalia.
Leia também:
Para o cristão ouvido pela reportagem, “não é fácil voltar à vida normal depois desse ataque, quando em cada esquina da cidade existem policiais parando os veículos e fazendo revisão em tudo e todos. Até mesmo para entrar nos grandes supermercados temos de passar por detectores de metal. Essa é uma das coisas que temos de nos acostumar trabalhando no Oriente Médio e Norte da África, o risco”. O entrevistado informou, ainda, que por conta do ataque da metade de março já houve repercussão na diminuição de cruzeiros de turistas que costumavam ser frequentes ao país.
A Tunísia é predominantemente islâmica (98% da população professa essa religião) e possui cerca de 10 milhões de habitantes. Extraoficialmente são cerca de 25 mil cristãos que vivem nessa nação. O Ministério Portas Abertas classifica a Tunísia como o 36º país com maior perseguição religiosa a cristãos. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

Provai e Vede – 04/04/15


Baixe no link:  http://mordomia.s3.amazonaws.com/2015/provaievede/2tri/04abril.zip

O Senhor que cura


Ouça o áudio: http://www.wgospel.com/?powerpress_pinw=14039-podcast


31 de março de 2015
“Eu Sou o Senhor que os cura” (Êxodo 15:26).
Mais de um milhão de israelitas foram libertos do cativeiro e seguiram Moisés pelo deserto. Seu júbilo pela libertação logo se transforma em tristeza por causa da desidratação. Eles caminharam durante três dias por uma terra sem sombra, rios, casas ou folhagens. Seus únicos vizinhos eram o sol e as serpentes.
Finalmente chegaram a um lago, mas a água era salobra, amarga e perigosa. Tenho certeza de que, na hora, não foi nada engraçado, mas você certamente daria risada diante do que aconteceu em seguida. “Moisés clamou ao Senhor, e este lhe indicou um arbusto” (Êx 15:25). Moisés está implorando por água e Deus lhe oferece madeira?
Moisés reage jogando o arbusto na água. Talvez tenha feito isso por pura provocação: “Veja só o que eu acho desse arbusto”. Ou talvez por inspiração: “Deus, o Senhor está no comando”. Seja qual tenha sido a razão, a água foi purificada, a sede dos israelitas foi satisfeita e Deus foi glorificado. Nesse caso, o próprio Deus revelou Seu nome: “Eu Sou o Senhor que os cura” (Êx 15:26).
A palavra que opera aqui é “Eu”. Deus é aquele que cura. Ele pode usar um ramo da medicina, a ala de um hospital ou um arbusto de um enorme carvalho sempre verde, mas é Ele quem elimina o veneno do sistema. Ele é Jeová-rafá. (ML)
Vamos orar? “Deus Pai, Tu És aquele que nos cura. Tu curas corações partidos. Tu curas lares feridos. Tu curas corpos doloridos. Obrigado por nos lembrar do Teu grande poder curador e do Teu cuidado fiel. Em nome de Jesus, amém!”

segunda-feira, 30 de março de 2015

O pote da oração

Ouça o áudio-http://www.wgospel.com/?powerpress_pinw=14036-podcast

30 de março de 2015
“Eu lhes disse essas coisas para que em Mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33).
Digamos que algo gerador de estresse cruze seu caminho. A médica decide que você precisa de uma cirurgia. Ela detecta um nódulo e acha que é melhor removê-lo. Assim, lá está você, saindo do consultório. Acabou de receber um copo de ansiedade. O que vai fazer com ele? Você pode coloca-lo em um entre dois potes.
Pode jogar sua má notícia na panela da preocupação e tirar uma colher. Acenda o fogo. Cozinhe-a. Mexa. Deixe ferver por um tempo. Não demora muito e você terá uma deliciosa travessa de pessimismo.
Que tal uma ideia diferente? O pote da oração. Antes de a porta do consultório da médica fechar, entregue o problema a Deus. “Aceito o Teu senhorio. Nada chega a mim que não tenha primeiro passado por Ti”.
Sua parte é oração e gratidão.
A parte de Deus? Paz e proteção. “E a paz, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp 4:7). (ML)
Vamos orar? “Senhor Deus, quando eu estiver cercado por desafios imensos, que meus pensamentos e minhas palavras se voltem para Ti. Em vez de discutir o problema, lembra-me de conversar contigo. Que meu primeiro pensamento pela manhã e meu último pensamento à noite estejam centrados em Ti. Quando for tentado a olhar para os gigantes da minha vida, optarei por olhar para Ti. Em nome de Jesus, amém!”

domingo, 29 de março de 2015

Lição 1 – A primeira vinda de Jesus

VERSO PARA MEMORIZAR:

Para Deus não haverá impossíveis” (Lc 1:37).
Leituras da Semana:Lc 1:2, 3; 2Tm 3:16; Lc 1:5-22; Dt 18:15; Lc 2:9-12, 25-32
Oevangelho de Lucas foi escrito primariamente para os gentios. O próprio Lu- cas era gentio (como está implícito no contexto de Colossenses 4:10-14), e o mesmo se pode dizer de Teófilo, a quem o evangelho foi endereçado.
Além de ser médico, Lucas era um historiador meticuloso. Na introdução do evangelho, ele localizou Jesus na história real, isto é, colocou a narrativa dentro do contexto histórico da época: Herodes era o rei da Judeia (Lc 1:5), César Augus- to reinava sobre o Império Romano (Lc 2:1) e um sacerdote cujo nome era Zaca- rias estava cumprindo seu turno no templo de Jerusalém (Lc 1:5, 9). No capítulo 3, Lucas mencionou seis datas contemporâneas relacionadas ao ministério de João Batista, o precursor de Jesus.
Assim, Lucas colocou a história de Jesus dentro da História, com pessoas reais e no tempo real, para afastar de sua narrativa qualquer ideia mitológica. Seus lei- tores devem ficar maravilhados com o fato de que Jesus é real e de que, por meio dEle, Deus invadiu a História com “o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2:11).

DOMINGO – “UMA EXPOSIÇÃO EM ORDEM”

Atos 1:1 nos diz que, antes que esse livro fosse escrito, seu autor escreveu “o pri- meiro livro”. Isso, além do fato de que ambos os relatos foram endereçados a Teófilo, nos ajuda a concluir que um só autor foi o responsável por ambos os livros. Os dois relatos podem ser considerados a parte 1 e a parte 2 da “Origem e História da Igreja Cristã”. A parte 1 é uma narrativa da vida e obra de Jesus (o Evangelho de Lucas) e a parte 2 (Atos dos Apóstolos) é um relato da propagação da mensagem de Jesus e da igreja primitiva.
1. Como o evangelho de Lucas foi escrito? Leia Lucas 1:2, 3 e 2 Timóteo 3:16.
Lucas tinha conhecimento de muitos que haviam escrito sobre os eventos que abalaram tanto a cidade de Jerusalém como outros locais além de suas fronteiras: os eventos relativos a Jesus Cristo. As fontes de tais obras literárias incluíam mui- tas “testemunhas oculares e ministros da Palavra” (Lc 1:2) – uma clara referência aos discípulos e a outros contemporâneos de Jesus. O próprio Lucas teve conta- to com essas testemunhas e ministros (como Paulo e outros líderes apostólicos), e possivelmente também com os evangelhos escritos por Marcos e Mateus. Lucas, obviamente, não foi uma testemunha ocular da história de Jesus, mas foi um au- têntico converso a Cristo, digno de confiança.
Mateus escreveu para um público judeu, apresentando Jesus como o grande mestre, o cumprimento das profecias e o rei dos judeus. Referiu-se muitas vezes a profecias do Antigo Testamento que se cumpriram em Cristo. Marcos escreveu para um público romano sobre Jesus como um homem de ação. Lucas, um médi- co gentio, escreveu para os gregos e os gentios sobre Jesus como uma figura uni- versal – o Salvador do mundo. Lucas mencionou que seu propósito ao escrever era duplo: apresentar uma “exposição em ordem” (Lc 1:3) e mostrar a certeza dos gran- des ensinos desse novo tempo. Um dos objetivos de seu evangelho é proporcionar certeza sobre a verdade tal qual é em Jesus.
Lucas, escritor bíblico inspirado, usou material de outras pessoas em seus escritos. Obviamente, esse uso de outras fontes não nega a inspiração nem a autoridade do que ele escreveu. Que li- ções isso deve ter para nós, como adventistas do sétimo dia, com respeito à questão de como a inspiração, canônica ou não canônica, atua nos escritores inspirados?

SEGUNDA-FEIRA – “A QUEM DARÁS O NOME DE JOÃO”

Por quase 400 anos, depois de Malaquias, o silêncio divino marcou a história de Israel. Com o anúncio do nascimento de João Batista e de Jesus o silêncio divino estava prestes a ser quebrado.
As histórias do nascimento de João e de Jesus têm paralelos. Os dois nasci- mentos são milagres: no caso de João, Isabel já tinha passado havia muito tempo da idade de ter filhos; no caso de Jesus, uma virgem teria um filho. O anjo Gabriel anunciou as duas promessas de nascimento. Ambos os anúncios foram recebidos com assombro, alegria e entrega à vontade de Deus. Os dois bebês cresceriam e se fortaleceriam no Espírito (Lc 1:80; 2:40).
Mas a missão e o ministério desses dois bebês miraculosos seriam distintos e di- ferentes. João deveria preparar o caminho para Jesus (Lc 1:13-17). Jesus era o “Filho de Deus” (v. 35) e o cumprimento das profecias messiânicas (v. 31-33).
2. Leia Lucas 1:5-22. embora seja dito que Zacarias andava “irrepreensivelmen- te”, sua falta de fé no anúncio do anjo motivou uma repreensão. Como isso nos ajuda a compreender o significado da palavra “irrepreensível” quando aplicada a alguém que crê em Jesus?
“O nascimento de um filho a Zacarias, como o do filho de Abraão, e o de Ma- ria, visava a ensinar uma grande verdade espiritual, verdade que somos tardios em aprender e prontos a esquecer. Somos por nós mesmos incapazes de fazer qual- quer bem; mas o que não somos capazes de fazer, o poder de Deus há de operar em toda pessoa submissa e crente. Por meio da fé foi dado o filho da promessa. Mediante a fé é gerada a vida espiritual, e somos habilitados a realizar as obras da justiça” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 98).
O milagre de João teve um propósito importante no trato de Deus para com Seu povo. Depois de 400 anos de ausência profética na história de Israel, João apareceu nessa história com uma mensagem específica e com poder decisivo. A missão e a mensagem de João era “deixar um povo preparado para o Senhor” (Lc 1:17, NVI). Ele devia ser o precursor do Messias, aquele que prepararia o ca- minho para a missão de Jesus.

TERÇA – “A QUEM CHAMARÁS PELO NOME DE JESUS”

Onascimento de Jesus não foi um acontecimento comum. Foi marcado no ca- lendário eterno de Deus, e “vindo … a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher” (Gl 4:4). Ele é o cumprimento da primeira promessa que Deus fez no Éden, após a entrada do pecado (Gn 3:15).
3. de que forma, nas passagens abaixo, o nascimento de Jesus aparece como um incrível cumprimento da profecia? O que isso nos diz sobre a razão pela qual devemos aprender a confiar em todas as promessas de deus? Dt 18:15; At 3:22-24; Is 7:14; Mt 1:22, 23; Mq 5:2; Lc 2:4-7
Seis meses depois de Gabriel ter anunciado a Zacarias o futuro nascimento de João, ele anunciou a Maria de Nazaré um milagre ainda maior: o de que ela, uma virgem, conceberia e daria “à luz um filho, a quem [chamaria] pelo nome de Jesus” (Lc 1:31).
O nascimento virginal de Jesus é totalmente contrário à natureza, e não pode ser explicado pela natureza nem pela filosofia naturalista. Até Maria perguntou: “Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” (v. 34). O anjo asse- gurou a ela que isso seria obra do Espírito Santo (v. 35) e que “para Deus não haverá impossíveis” (v. 37). A submissão imediata e fiel de Maria foi notável: “Que se cum- pra em mim conforme a tua palavra” (v. 38). Toda pergunta humana, não importa quão natural ou lógica seja, precisa dar lugar à resposta divina. Seja no caso da cria- ção ou da cruz, da encarnação ou da ressurreição, da queda do maná ou do derra- mamento do Pentecostes, a iniciativa divina requer a entrega e aceitação humanas.
Enquanto Maria respondeu à sua própria pergunta com submissão e entrega à soberania e ao eterno propósito de Deus, Gabriel a tranquilizou com outra gran- de resposta: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolve- rá com a Sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (v. 35).
Algumas culturas seculares têm sido forçadas a crer que tudo, em última análise, tem uma ex- plicação naturalista e científica. Por que essa é uma visão estreita, e até superficial, da grande- za da realidade?

QUARTA – A MANJEDOURA DE BELÉM

Lucas começou o relato da manjedoura de Belém com uma referência históri- ca. José e Maria saíram de sua casa em Nazaré para viajar até sua cidade na- tal, Belém, devido a um recenseamento decretado por César Augusto, imperador de Roma, quando Quirino era governador da Síria. Esses detalhes históricos de- vem levar o estudante da Bíblia a apreciar a submissão de Lucas ao Espírito Santo, que o levou a registrar os detalhes da Encarnação dentro da estrutura da História.
4. reflita sobre a pobreza de Jesus conforme vista em Lucas 2:7. Compare a imagem de “panos” (nVi), da “manjedoura” e de que “não havia lugar […] na hospedaria” com a descrição feita por Paulo, em Filipenses 2:5-8, sobre a con- descendência de Jesus. Que tipo de estrada ele teve de palmilhar por nós?
A história das circunstâncias pobres em que o Senhor do Céu Se encarnou con- tinua com os primeiros visitantes que foram à manjedoura: os pastores. A “boa- nova de grande alegria” (Lc 2:10) não foi dada aos ricos nem aos poderosos, nem aos escribas nem aos sacerdotes, nem aos governantes nem aos potentados que ti- nham domínio sobre o território, mas aos humildes e desprezados pastores. Observe a majestade e a simplicidade da mensagem: “Nasceu um Salvador para vocês na cidade de Davi. Ele é Cristo, o Senhor, o Ungido. Vocês O encontrarão envolto em panos” (tradução do autor). O mais precioso dom do Céu veio numa embala- gem simples, como frequentemente ocorre. Mas o presente trouxe “glória a Deus”, “paz na Terra” e “boa vontade para com os homens” (v. 14, ARC).
O relato de Lucas com respeito ao anjo (Lc 2:9-12) apresenta três assuntos vi- tais da teologia cristã. Primeiro, a boa-nova do evangelho é para “todo o povo”. Em Jesus, judeus e gentios se tornam um só povo de Deus. Segundo, Jesus é o Salvador; não há nenhum outro. Terceiro, Jesus Cristo é o Senhor. Esses três temas, tão cla- ramente estabelecidos no princípio dos escritos de Lucas, se tornaram, mais tar- de, o alicerce da pregação apostólica, particularmente a de Paulo.
Pense sobre aquilo que cremos como cristãos: o Criador de todas as coisas (Jo 1:1-3) não só en- trou neste mundo caído como um ser humano, mas também viveu uma vida dura, que termi- nou numa cruz. Se cremos realmente nisso, por que todos os aspectos de nossa vida devem ser vividos em submissão a essa verdade? Que partes de sua vida refletem sua crença na história de Jesus, e quais partes não a refletem?

QUINTA – OS QUE DERAM TESTEMUNHO A RESPEITO DO SALVADOR

E mbora estivesse escrevendo primariamente para os gentios, Lucas estava cien- te da importância da herança judaica transmitida por meio do Antigo Testa- mento. Ele teve o cuidado de ligar a história do Novo Testamento com o Antigo, e apresentou a bela cena de Maria e José circuncidando o bebê Jesus ao oitavo dia e levando-O ao templo de Jerusalém, tudo de acordo com a lei judaica (Lc 2:22-24).
5. Leia Lucas 2:25-32. note três pontos concernentes à teologia da salvação que simeão enfatizou: a salvação é através de Jesus; a salvação é preparada por deus; a salvação é para todos os povos, tanto para os gentios como para is- rael. Como essas verdades estão relacionadas à mensagem do primeiro anjo de apocalipse 14:6, 7?
A profecia de Simeão também predisse dois aspectos significativos do minis- tério de Jesus.
Primeiro, Cristo estava “destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel” (Lc 2:34). Sim, Cristo trouxe luz e salvação a todos, mas não sem um custo para quem as recebe. Com Cristo não há posição neutra: ou a pes- soa O aceita ou O rejeita, e a salvação depende da resposta apropriada. Cristo exi- ge exclusividade: ou permanecemos nEle, ou não. Aqueles que permanecerem nEle ressuscitarão e farão parte de Seu reino; os que O rejeitarem ou ficarem in- diferentes a Ele tombarão e perecerão sem esperança. A fé em Cristo é inegociável.
Segundo, Simeão profetizou para Maria: “Uma espada traspassará a tua pró- pria alma” (Lc 2:35). A referência foi, sem dúvida, à morte de Jesus na cruz, que Maria iria testemunhar. Maria e todas as gerações que vieram após ela deviam se lembrar de que sem a cruz não há salvação. A cruz é o eixo em torno do qual gira todo o plano da salvação.
A salvação é um presente no sentido de que não podemos fazer nada para merecê-la. Contudo, mesmo assim, ela pode ter um custo muito grande para aqueles que a aceitam. Qual foi o preço que você já teve que pagar por seguir a Cristo, e por que esse preço é muito pequeno?

SEXTA – ESTUDO ADICIONAL

“Lucas, o autor do evangelho que tem seu nome, era médico-missionário. Nas Escrituras ele é chamado ‘o médico amado’ (Cl 4:14). O apóstolo Paulo ouviu falar de sua habilidade como médico, e o procurou como a alguém a quem o Senhor havia confiado uma obra especial. Obteve sua cooperação, e por algum tempo Lu- cas o acompanhou em suas viagens de um lugar para outro. Depois de certo tem- po, Paulo deixou Lucas em Filipos, na Macedônia. Ali ele continuou a trabalhar por vários anos, tanto como médico, como na qualidade de professor do evange- lho. Em sua obra médica, ministrava aos enfermos, e orava então para que o poder restaurador de Deus repousasse sobre os aflitos. Assim o caminho era aberto para a mensagem evangélica. O êxito de Lucas como médico concedeu-lhe muitas opor- tunidades para pregar Cristo entre os gentios. É o plano divino que trabalhemos como os discípulos fizeram” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 140, 141).

Perguntas para reflexão

1. Se Lucas, ao escrever seu evangelho, levou em conta materiais publicados an- teriormente, como devemos entender a inspiração das Escrituras (2Tm 3:16)? Como a inspiração atua? Ver, de Ellen G. White, “A Inspiração dos Escritores Proféticos”, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 15-23.
2. O nascimento virginal ocorreu por obra de Deus, e é marcado por Seu misté- rio, Sua majestade e Sua missão. Também está além da compreensão humana. Mas a pergunta é: Que importa isso? Quantas coisas seculares também estão além da compreensão humana? Se Deus de fato existe, e se Ele tem o poder de criar e sustentar o Universo, o nascimento virginal estaria além de Seu poder? Afinal de contas, veja o que o anjo disse a Maria após lhe dar a incrível notícia: “Pois para Deus não haverá impossíveis” (Lc 1:37).
3. Um entrevistador de TV disse que, se tivesse oportunidade, a pessoa que ele mais gostaria de entrevistar seria Jesus, e que faria apenas uma pergunta: “O Senhor de fato nasceu de uma virgem?” Por que essa pergunta e sua resposta são tão importantes?
Respostas sugestivas:1. Lucas escreveu seu evangelho usando relatos escritos por testemunhas oculares e por minis- tros da Palavra (os apóstolos). 2. A palavra “irrepreensível” não significa que a pessoa tenha perfeição absoluta, mas que ela busca de todo o coração andar segundo a vontade de Deus. 3. O primeiro par de passagens apresenta o nascimento de Cristo como um profeta procedente do povo judeu, fato predito por Moisés; o segundo, o nascimento virginal, predi- to por Isaías; o terceiro, o local do nascimento de Cristo, predito por Miqueias. 4. A estrada da suprema abnegação. 5. O fato de a salvação ser através de Jesus está relacionado ao evangelho eterno, já que o evangelho é centralizado em Jesus; a verdade de que a salvação é preparada por Deus está relacionada à verdade de que Deus deve ser temido e receber a glória, porque proveu o evangelho; e o fato de que a salvação é para todos os povos está relacionado à verdade de que este evangelho eterno deve ser pregado a todos os povos.


sábado, 28 de março de 2015

Milhões vão estudar evangelho de Lucas por três meses




Pastores Edison Choque e Adenilton Aguiar durante gravação de vídeos que explicam todas as principais abordagens para o livro de Lucas no próximo trimestre
Pastores Edison Choque e Adenilton Aguiar durante gravação de vídeos que explicam todas as principais abordagens para o livro de Lucas no próximo trimestre
Brasília, DF … [ASN] Um médico grego, que não teve contato direto com Jesus, mas que escreveu um dos evangelhos considerado melhor escrito. Esse é o evangelista Lucas, autor do livro que será estudado de maneira mais aprofundada nos próximos três meses por milhões de pessoas em todo o mundo. O material se chama lição da Escola Sabatina e é produzido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia há mais de um século. A cada três meses, mudam as temáticas abordadas.
O autor da lição sobre o evangelho de Lucas, que começa a ser estudado dia 28 de março, é o pastor John Fowler, que serviu por 53 anos como professor de Teologia e Filosofia, editor e administrador educacional. Ele aborda vários aspectos do livro como a volta de Jesus, batismo, as tentações de Cristo, o chamado ao discipulado, as mulheres missionárias, entre outros aspectos.
O professor de Grego no Novo Testamento do curso de Teologia da Faculdade Adventista da Bahia (IAENE), Adenilton Aguiar, explica que o evangelho de Lucas registra o uso de 600 palavras que só aparecem nesse evangelho em todo o Novo Testamento da Bíblia. “Lucas escreveu para os gentios que entendiam o grego, ou seja, os que não eram judeus. Ele quis mostrar um Jesus mais acessível, inclusive com um grande número de relatos sobre a infância de Cristo. O autor procurou construir a ideia de uma graça universal disponível a todos”, comenta o teólogo.
Segundo as pesquisas feitas por Aguiar, é possível deduzir que Lucas usou, entre as suas fontes de pesquisa, entrevistas com o apóstolo Paulo e com a própria mãe de Jesus para compor a biografia do filho de Deus. Outro detalhe que chama a atenção do estudioso é o fato de o evangelho ressaltar um equilíbrio entre a divindade e a humanidade de Jesus. “Uma coisa é certa: Lucas usou provavelmente o vocabulário mais vasto e fluente do Novo Testamento”, ressalta o teólogo. [Equipe ASN, Felipe Lemos]
Veja o vídeo que introduz o tema no programa Esboço da Lição:



sexta-feira, 27 de março de 2015

Nascido de novo

http://www.wgospel.com/?powerpress_pinw=14027-podcast

27 de março de 2015
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas” (2 Coríntios 5:17).
Jesus declarou: “Digo-lhes a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo” (Jo 3:3). A resposta de Nicodemos é sincera. Ele não perguntou “por quê?”. Ele não perguntou “como?”. Talvez você esteja fazendo a mesma pergunta. Como uma pessoa pode nascer de novo?
Para ter uma ideia, pense no seu nascimento. Volte o filme de sua vida até o início e pause nos primeiros momentos. Olhe para si mesmo. Novo em folha. Novas mãos. Novos olhos. Nova boca. Nenhuma peça de segunda mão. Material totalmente original.
Agora me diga: quem lhe deu todas essas partes? Quem lhe deu olhos para que pudesse ver? Quem lhe deu mãos para que pudesse trabalhar? Quem lhe deu pés para que pudesse andar? Você criou seus olhos? Suas mãos? Seus pés?
Não, você não fez nada; Deus criou tudo. Foi Ele quem fez tudo novo da primeira vez, e é Ele quem faz tudo novo da segunda. O Criador cria outra vez! “Se alguém está em Cristo, é nova criação”. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2Co 5:17).
Aqui está (ouso dizer!) o maior milagre de Deus. É impressionante quando Deus cura o corpo. É extraordinário quando Deus ouve a oração. É incrível quando Deus arruma emprego novo, o carro novo, o filho novo. Mas nada disso se compara ao momento em que Deus cria uma vida nova. (ML)
Podemos orar? “Deus Pai, obrigado pela vida nova que criaste em mim. Venho a Ti livremente pela fé e pelo amor e, em Ti, encontro ajuda e esperança para minhas necessidades diárias. Tu És um amigo que caminha comigo a cada minuto e a cada passo do caminho. Não há lugar aonde eu possa ir no qual Tu já não estiveste. Em nome de Jesus, amém”