domingo, 12 de outubro de 2014

Lição da Escola sabtina-Suportando a Provação

VERSO PARA MEMORIZAR:

Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que O amam (Tg 1:12).
Leituras da Semana: Tg 1:12-21; Sl 119:11; Gn 3:1-6; Tt 3:5-7; Rm 13:12; Ef 4:22
Todos já passamos por isso. Resolvemos não ceder à tentação, mas no calor da batalha, nossa determinação se dissolve e, para nossa vergonha e decepção, caímos em pecado. Às vezes, parece que quanto mais nos concentramos em não pecar, mais impotentes nos sentimos contra a tentação, e mais desesperada parece nossa condição. Perguntamo-nos se, de fato, estamos salvos. É difícil imaginar qualquer cristão sério que não tenha duvidado da própria salvação, especialmente depois de ter caído em pecado.
Felizmente, podemos ter vitória sobre as tentações que tão facilmente nos enredam. Nenhum de nós, não importa quão envolvido esteja no pecado, está sem esperança, pois nosso “Pai das luzes” (Tg 1:17) é maior do que nossa propensão para o mal, e só nEle, e através de Sua Palavra, podemos ter a vitória.
Essa é a mensagem dos versos que estudaremos nesta semana. As tentações são reais, o pecado é real, e a batalha contra o eu é muito real. Mas Deus também é real, e por meio dEle, podemos mais do que vencer as tentações que atuam dentro de nós com o propósito de nos derrubar.

DOMINGO – A RAIZ DA TENTAÇÃO

1. Leia Tiago 1:13, 14. Onde a tentação se origina e como esse conhecimento pode ser útil em nossa luta contra o pecado?
Tiago é enfático. Deus não é o autor do mal nem é a fonte da tentação. O próprio mal é a fonte da tentação. De acordo com essa passagem, o problema está dentro de nós. Essa é a principal razão pela qual é tão difícil resistir à tentação.
Assim, a batalha contra o pecado começa na mente. Por mais que muitos não queiram ouvir isso, a verdade é que escolhemos pecar. Ninguém pode nos forçar (Rm 6:16-18). Desejos pecaminosos, inclinações e tendências captam constantemente a nossa atenção. Usando termos comuns da caça e pesca, Tiago 1:14 descreve esses impulsos interiores. Nossos próprios desejos nos atraem e seduzem, e quando cedemos a eles, somos finalmente fisgados e presos na armadilha.
2. Leia Efésios 6:17; Salmo 119:11; Lucas 4:8. Que tema comum é visto nesses textos, e como isso se relaciona à questão da vitória sobre a tentação?
Tiago separa claramente a tentação do pecado. Ser tentado não é pecado. Até mesmo Jesus foi tentado. O problema não é a tentação, mas como reagimos a ela. Ter uma natureza pecaminosa não é pecado. No entanto, é pecado permitir que a natureza pecaminosa controle nossos pensamentos e dite nossas escolhas. Assim, temos as promessas, encontradas na Palavra de Deus, que nos oferecem garantias de vitória, se as reclamarmos para nós mesmos e nos apegarmos a elas pela fé.
Se o pecado não fosse fruto de nossa escolha, como poderíamos ser condenados por praticá-lo? Na prática, o que podemos fazer para evitar as escolhas erradas?

SEGUNDA-FEIRA – QUANDO A COBIÇA CONCEBE

3. Leia Tiago 1:13-15. Quando a tentação se torna pecado?
Várias palavras gregas são usadas nessa passagem para descrever como o pecado começa, e todas elas estão ligadas ao parto. Quando um desejo errado é nutrido, o pecado é “concebido”, como um bebê no útero. “O pecado, quando está completamente desenvolvido, gera a morte” (Tg 1:15, tradução literal do autor).
O quadro é paradoxal. O processo que deveria dar vida resulta somente em morte (compare com Rm 7:10-13). O pecado, como o câncer, assume o controle e consome seu hospedeiro. Todos nós sabemos disso, pois todos fomos arruinados pelo pecado. Nosso coração é mau, e não podemos mudá-lo.
4. Leia Gênesis 3:1-6. A experiência de Eva ilustra vividamente o conflito com o pecado. Que passos a levaram ao pecado?
Em sua raiz, o pecado começa quando desconfiamos de Deus. Satanás, usando o mesmo método pelo qual ele enganou um terço dos anjos (Ap 12:4, 7-9), levantou dúvidas na mente de Eva sobre o caráter de Deus (Gn 3:1-5). O pecado não era aproximar-se da árvore proibida, mas tomar do fruto e comê-lo. Mesmo assim, pensamentos errados parecem ter precedido seu ato pecaminoso (Gn 3:6).
Ela aceitou as sugestões de Satanás.
O pecado sempre começa na mente. Como Eva, podemos pensar sobre os supostos “benefícios” da transgressão. Então, a imaginação e os sentimentos começam a assumir o controle. Logo mordemos a isca e caímos em pecado.
Muitas vezes nos perguntamos como isso poderia acontecer. A resposta é fácil: nós deixamos isso acontecer. Ninguém nos obrigou a pecar.
“Mediante oração fervorosa e fé viva podemos resistir aos ataques de Satanás, e manter nosso coração limpo da impureza.
“A mais forte tentação não é desculpa para o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a pessoa, a transgressão é ato nosso. Não está no poder da Terra nem do inferno compelir alguém a pecar. A vontade tem que consentir, o coração deve ceder, do contrário a paixão não pode dominar a razão, nem a iniquidade triunfar sobre a justiça” (Ellen G. White, “Privilégios e Deveres Cristãos”, Signs of the Times, 4 de outubro de 1883).

TERÇA – TODA BOA DÁDIVA E TODO DOM PERFEITO

“Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1:16, 17).
Embora o pecado gere a morte, Deus é a fonte da vida. Ele é o “Pai das luzes” (Tg 1:17), uma referência à criação (Gn 1:14-18). Deus nos gera para uma nova vida, que é o maior presente que podemos obter “do alto” (compare Tg 1:17 com Jo 3:3).
Assim como Paulo, que fala da salvação como resultado da graça de Deus (Rm 3:23, 24; Ef 2:8; 2Tm 1:9), Tiago 1:17 chama a salvação de “dádiva”. Além disso, no verso seguinte, ele deixa claro que a salvação, esse novo nascimento, é resultado do propósito e vontade de Deus para nós: “Segundo o Seu querer, Ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tg 1:18). Isto é, Deus quer que sejamos salvos. Sempre foi Sua vontade, mesmo antes de existirmos, que tivéssemos salvação e uma nova vida agora e por toda a eternidade.
5. Como a representação de Tiago acerca do novo nascimento se compara com as descrições feitas por Paulo e Pedro? Tt 3:5-7; 1Pe 1:23
Jesus, Paulo, Pedro e Tiago ligam a salvação com o novo nascimento. Todo o propósito de Deus no plano da redenção é religar com o Céu os seres humanos feridos e quebrantados pelo pecado. O abismo era tão grande e tão amplo que nada que os seres humanos fizessem jamais poderia superá-lo. Somente a Palavra de Deus em forma humana, Jesus, poderia reconectar o Céu à Terra. Unicamente a Palavra inspirada (2Tm 3:16) é capaz de comunicar vida espiritual àqueles cujo coração está aberto para receber a dádiva.
Em suma, nosso “Pai das luzes” nos ama tanto que, mesmo indignos como somos, Ele nos dá “toda boa dádiva e todo dom perfeito” (Tg 1:17), e o melhor de todos os dons: Jesus e o novo nascimento que Ele oferece.
Quais são os dons que você recebeu “do alto”? Por que é tão importante refletir sobre eles? O que acontece quando não fazemos isso?

QUARTA – TARDIO PARA FALAR

6. Leia Tiago 1:19, 20. Que ponto importante ele apresenta nesse texto?
A Palavra de Deus é poderosa. Mas as palavras humanas também são. Quantas vezes falamos palavras que depois gostaríamos de poder tomar de volta? Infelizmente, apenas estar ciente de quão nocivas podem ser as más palavras, e quão destrutiva é a ira, faz pouco para ajudar a nos manter sob controle. Deixados à nossa própria vontade, nunca podemos realmente mudar. Por isso, precisamos ouvir mais a Deus e deixar que Ele opere em nós.
“Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: ‘Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus’” (Sl 46:10; Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 58).
Por outro lado, surgem problemas quando deixamos de ouvir a Deus e uns aos outros. Seja em casa, no trabalho ou na igreja, discussões acontecem quando deixamos de ouvir. Quando isso ocorre, a fala começa a ficar acelerada e a ira aumenta.
Essa ladeira escorregadia da comunicação pecaminosa, como os desejos interiores descontrolados (Tiago 1:14, 15), nunca pode produzir a justiça de Deus.
Por isso, Tiago justapõe a justiça de Deus e a ira humana. Enquanto confiamos no que brota naturalmente de nossa natureza pecaminosa, o poder criador da Palavra de Deus é bloqueado e em seu lugar surgem nossas próprias palavras inúteis ou até mesmo ofensivas. Não é à toa que, logo após falar de tudo que nosso “Pai das luzes” faz por nós pelo dom de uma nova vida, Tiago nos diz para ter cuidado com o que dizemos.
7. O que as seguintes passagens ensinam sobre as palavras? Pv 15:1; Is 50:4; Ef 4:29; 5:4; Cl 4:6
Você já sofreu com ataques verbais injustos? A profundidade da emoção que você sentiu deve mostrar quão poderosas as palavras podem ser, para o bem ou para o mal. O que você pode fazer para controlar suas palavras? Por que é tão importante pensar antes de falar?

QUINTA – SALVOS PELO ACOLHIMENTO DA PALAVRA

8. Leia Tiago 1:21. Qual é a função da “Palavra” na vida do cristão?
Esse verso conclui tudo o que foi dito até aqui sobre fé e salvação. É um apelo para pôr de lado toda impureza e separar-nos da maldade. A ordem para que nos “despojemos” [deixar ou rejeitar] é usada em sete de nove vezes no Novo Testamento com referência a se desligar dos maus hábitos que não têm lugar em uma vida submetida a Cristo (Rm 13:12; Ef 4:22, 25; Cl 3:8; Hb 12:1; 1Pe 2:1). Ela pode se referir também a tirar roupas (At 7:58), de modo que a retirada do nosso “trapo da imundícia” do pecado (Is 64:6) pode estar implícita. De fato, a palavra original para imundícia, na carta de Tiago, refere-se às “roupas velhas e sujas” dos pobres (NVI), em contraste com as roupas limpas e luxuosas dos ricos (Tg 2:2).
Como Jesus, Tiago reprova a tendência humana de se preocupar muito com a aparência exterior, porque Deus está preocupado, sobretudo, com a condição do nosso coração.
Na tradução grega do Antigo Testamento, a palavra imundo (ryparos) é usada apenas em uma passagem: Zacarias 3:3, 4, onde Josué, o sumo sacerdote, representa o Israel corrompido. Deus tira as vestes imundas do sumo sacerdote e o veste com roupas limpas, simbolizando o perdão e a purificação de Israel.
Essa cena é muito diferente da imagem cristã popular na qual Jesus coloca um manto branco e limpo sobre as roupas sujas, imundas do pecador. Quem faria isso na vida real? Ninguém põe roupas limpas em cima de roupas sujas. Da mesma forma, em Zacarias, as vestes sujas são removidas antes que o manto limpo seja colocado.
Isso não significa que devemos estar sem pecado antes de podermos ser vestidos com a justiça de Cristo. Se isso fosse verdade, quem poderia ser salvo? Isso também não quer dizer que, depois de aceitar Jesus, perderemos a salvação se cairmos em pecado. Em vez disso, significa que devemos nos entregar completamente a Ele, escolhendo morrer diariamente para nossos velhos caminhos pecaminosos e permitir que Ele nos crie à Sua imagem. Então, a perfeita veste da justiça de Cristo nos cobrirá.
Leia novamente Tiago 1:21. Você está procurando aplicar profundamente esse texto à sua vida?
O que significa “enxertar” [implantar] a Palavra em seu coração, e como você pode fazer isso?

SEXTA – ESTUDO ADICIONAL

Leia o que Ellen G. White diz sobre o pecado e o poder para mudar, em Caminho a Cristo, p. 23-36: “Mudança de Rumo”, e resuma os pontos principais.
“O plano da redenção visa à nossa completa libertação do poder de Satanás. Cristo separa sempre do pecado a alma contrita. Veio para destruir as obras do diabo, e tomou providências para que o Espírito Santo fosse comunicado a toda pessoa arrependida, para guardá-la de pecar” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 311).
“Se você aceitou a Cristo como Salvador pessoal, deve esquecer você mesmo e procurar auxiliar a outros. Fale do amor de Cristo, conte de Sua bondade. Cumpra todo dever que se apresenta. Leve sobre o coração o fardo da salvação das pessoas, e tente salvar os perdidos por todos os meios possíveis. Recebendo o Espírito de Cristo – o espírito do amor abnegado e do sacrifício em favor de outros – você crescerá e produzirá fruto. As graças do Espírito amadurecerão em seu caráter.
Sua fé aumentará; suas convicções se aprofundarão, seu amor será mais perfeito.
Mais e mais você refletirá a semelhança de Cristo em tudo que é puro, nobre e amável” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 67, 68).

Perguntas para reflexão

  1. Por que as palavras são tão poderosas? Como a linguagem pode ser facilmente manipulada? Nossa forma de dizer ou escrever algo é tão importante, ou até mais importante do que o que dizemos ou escrevemos?
  2. De todos os dons que lhe foram dados “do alto”, qual é o maior? Por quê?
  3. Leia Tiago 1:12-21. Qual é a mensagem essencial do texto? Que esperança e promessas encontramos nesse texto?
  4. A cobiça dá à luz o pecado, e o pecado gera a morte. Diante de tudo que está em jogo, por que não obtemos as vitórias que deviam ser nossas? De que forma racionalizamos o pecado? Por que essa é sempre uma estratégia perigosa?
  5. Que conselho fundamental encontramos no texto do Parábolas de Jesus, acima, especialmente para os que estão vacilando na fé?

Respostas sugestivas:
1. Nos próprios desejos pecaminosos do coração humano. Esse conhecimento serve de alerta e de
incentivo a buscar a comunhão com Deus, que é o segredo da vitória.
2. Para estar protegido contra o pecado e o inimigo,
é preciso colocar a Palavra em nossa mente e em nosso coração.
3. Quando o desejo é alimentado; a cobiça concebe e dá
origem ao pecado, que gera a morte.
4. A) Ouviu a pergunta distorcida da serpente. B) Corrigiu as palavras da serpente. C)Ouviu a palavra da serpente que contradizia a Palavra de Deus. D) Desconfiou de Deus e confiou na serpente. E) Cobiçou o fruto proibido e a experiência proibida. F) Pegou o fruto e o comeu.
5. O novo nascimento é obra de Deus, do Espírito, com base na justiça de Cristo e não em nossas obras; é a Palavra inspirada pelo Espírito Santo que nos faz nascer de novo.
6. Devemos ser prontos para ouvir a Palavra de Deus, que nos torna justos, e tardios para falar as palavras humanas, e ser tardios para a ira humana, que não produz justiça.
7. As palavras podem provocar ira ou desviar a ira. Podem edificar ou destruir. Deus pode nos ensinar as palavras sábias e puras.
8. Salvar-nos e substituir a impureza e maldade do pecado em nosso coração.

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