sábado, 25 de abril de 2015

Cristo como o Senhor do sábado lição 5 | 25 a 02 de maio

Resumo da lição em Vídeo


VERSO PARA MEMORIZAR:

“O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do sábado” (Mc 2:27, 28).
Leituras da Semana:Mc 1:21; 6:2; Lc 4:17-19, 31-37; 2Co 5:17; Lc 6:1-11; 13:10-16
Embora Lucas tenha escrito seu evangelho primariamente para os gentios, é significativa a frequência com que ele se referiu ao sábado. Das 54 vezes que os evangelhos e Atos mencionam o sábado, 17 estão em Lucas e 9 em Atos; há 9 referências em Mateus, 10 em Marcos e 9 em João. Como converso gentio, Lucas certamente acreditava no sábado como dia de descanso, tanto para os judeus quanto para os gentios. A primeira vinda de Cristo não fez nenhuma diferença com respeito à guarda do sábado.
Na verdade, “durante Seu ministério terrestre Cristo deu ênfase aos imperiosos reclamos do sábado. Em todo o Seu ensino, Ele mostrou reverência pela instituição que Ele mesmo dera. Em Seus dias o sábado tinha-se tornado tão pervertido que sua observância refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, em lugar do caráter de Deus. Cristo pôs de lado o falso ensino pelo qual os que proclamavam conhecer a Deus O tinham deformado” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 183).
A lição desta semana é voltada para Jesus como o Senhor do sábado: como Ele o observou e como deu o exemplo que devemos seguir. A prática de observar o primeiro dia da semana como dia de descanso não tem apoio nem em Cristo nem
no Novo Testamento.

Domingo – “Segundo o Seu costume” (Lc 4:16-30; ver também Is 61:1, 2)

“Entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o Seu costume” (Lc 4:16). Essa é uma boa passagem para os adventistas. A maioria de nós a usa em séries evangelísticas ou em estudos bíblicos para enfatizar o ponto de que a prática de Jesus era guardar o sábado.
As sinagogas desempenhavam um papel crucial na vida religiosa judaica. Durante o exílio, quando o templo não mais existia, as sinagogas foram construídas para a adoração e para o ensino das crianças. Podia-se construír uma sinagoga onde quer que houvesse pelo menos dez famílias judias. Enquanto crescia, em Nazaré, Jesus seguiu o “costume” de ir à sinagoga a cada sábado, e então, em Sua primeira viagem de volta à Sua cidade natal, no sábado Ele foi à sinagoga.
1. Leia Marcos 1:21; 6:2; Lucas 4:16-30; 6:6-11; 13:10-16; 14:1-5. O que esses textos nos ensinam sobre Jesus e o sábado? Ao lê-los, pergunte a si mesmo se, em alguma parte, você pode encontrar indicações de que Jesus estivesse abolindo
a obrigação de guardar o sábado ou designando outro dia para substituí-lo.

“Segundo o Seu costume” (Lc 4:16). Somente Lucas usou essa frase. Em Lucas 4:16, quando Jesus foi à sinagoga em Nazaré; e em Lucas 22:39, quando a cruz se aproximava, Jesus “foi, como de costume, para o monte das Oliveiras”. Em ambas as vezes o “costume” tinha que ver com a adoração e a oração. Por que devemos adquirir o costume de ir à igreja aos sábados, assim como Jesus ia à sinagoga?
Primeiro, Deus está em toda parte e pode ser adorado em qualquer lugar, mas há algo especial em nos reunirmos num lugar costumeiro, no dia designado na criação e ordenado em Sua lei moral.
Segundo, esse costume proporciona uma oportunidade pública de afirmar que Deus é nosso criador e redentor.
E, finalmente, ele oferece a oportunidade de companheirismo e de se partilhar as alegrias e preocupações uns dos outros.
Aqueles que nos acusam de legalismo, e de estarmos em escravidão porque guardamos o sábado, obviamente nunca experimentaram a grande bênção que o sábado pode trazer. De que maneiras você tem experimentado quão libertadora pode ser a guarda do sábado?

Segunda-feira – O sábado: sua mensagem e significado

“Abrindo o livro” (Lc 4:17). O sábado não era apenas para ir à igreja a fim de adorar, mas também para ouvir a Palavra de Deus. Uma vida sem Sua Palavra não está longe da armadilha do pecado: “Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti” (Sl 119:11).
2. Leia Lucas 4:17-19. Como compreendemos o significado dessas palavras hoje, tendo em vista o que sabemos sobre Jesus, sobre quem Ele era e sobre o que realizou por nós? Você já experimentou a realidade das reivindicações messiânicas
de Cristo em sua caminhada com o Senhor?

Após fazer a leitura de Isaías 61:1, 2, Jesus disse: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4:21). A palavra “hoje” é digna de nota. Os judeus esperavam que o reino de Deus viesse em algum momento futuro, de uma forma militar e dramática, removendo o regime estrangeiro da Judeia e inaugurando o trono de Davi. Mas Jesus estava dizendo que o reino já tinha vindo em Sua pessoa e que Ele quebraria o poder do pecado, esmagaria o diabo e libertaria os cativos oprimidos
que estavam sob o domínio dele.
Pense, também, em quão intimamente o sábado está ligado às reivindicações messiânicas de Jesus. O sábado é um dia de descanso em Cristo (Hb 4:1-4); o sábado é um símbolo da liberdade e libertação que temos em Cristo (Rm 6:6, 7); o sábado revela não só a criação de Deus, mas também a promessa de recriação em Cristo (2Co 5:17; 1Co 15:51-53). Também não foi coincidência o fato de que Jesus escolheu o sábado para realizar muitas de Suas curas, para libertar aqueles que haviam sido oprimidos e aprisionados pela enfermidade.
O sábado é um lembrete semanal, gravado em algo mais imutável que a pedra(o tempo!), que nos foi dado em Jesus.
Como a guarda do sábado ajudou você a compreender melhor a salvação somente pela fé, no sentido de que podemos descansar no que Cristo fez por nós, em vez de procurarmos conquistar o Céu por nossos esforços?

Terça – Curas sabáticas em Cafarnaum

A rejeição em Nazaré enviou Jesus de volta a Cafarnaum, onde Ele já havia trabalhado antes (Mt 4:13). Essa importante cidade se tornou a base para o ministério de Jesus na Galileia. Nessa cidade havia uma sinagoga, possivelmente construída por um oficial romano (Lc 7:5), e Jesus, segundo Seu costume, foi à sinagogano sábado.
Nesse sábado em particular, o ministério de Jesus envolveu uma vasta gama de atividades: ensino, cura, pregação. Não é dito nada a respeito do que Jesus pregou, mas a reação das pessoas foi de assombro: “porque a Sua palavra era com autoridade”
(Lc 4:32). Seu ensino contrastava com o dos rabis. Não consistia em simples paliativos. Ali estava uma pregação com autoridade, fundamentada nas Escrituras, proferida com o poder do Espírito Santo, que chamava o pecado pelo nome e
apelava ao arrependimento.
3. Leia Lucas 4:31-37. Que poderosas verdades são reveladas nesses versos sobre: (1) o grande conflito, (2) a realidade dos demônios, (3) o propósito do sábado,(4) o poder de Deus sobre o mal?
Em Lucas 4:31-41 temos a primeira de cinco curas no sábado registradas por Lucas (ver Lc 4:38, 39; 6:6-11; 13:10-16; 14:1-16). No sermão de Nazaré, Jesus anunciou que Sua missão era aliviar, curar e restaurar os quebrantados de coração e os oprimidos. Em Cafarnaum, no sábado, quando a sinagoga estava cheia de adoradores, um homem endemoninhado confrontou Jesus com uma confissão: “‘Ah! que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!’” (Lc 4:34, NVI). O demônio, que pertencia à hoste satânica, reconheceu rapidamente o Salvador encarnado. Nesse relato, o véu entre o mundo visível e o invisível foi afastado.
Como você está vendo o grande conflito se desenrolar em sua própria vida? Qual é sua única esperança
de vitória nessa batalha? (Ver também 1Co 15:2.)

Quarta – O Senhor do sábado

Lucas 6:1-11 apresenta dois relatos em que Jesus lidou com os fariseus a respeito do sábado.
4. Leia a primeira história em Lucas 6:1-5. Como Jesus enfrentou a acusação de que Ele e Seus discípulos não se importavam com a lei e o sábado?
Enquanto estavam andando por um campo, os discípulos colheram algumas espigas de cereal, esfregaram-nas em suas mãos e comeram os grãos. Mas os fariseus torceram o fato para acusarem os discípulos de transgressão do mandamento do sábado. Jesus corrigiu a história e citou para os fariseus o rei Davi que, com seus soldados, quando estavam famintos, entraram na Casa de Deus e comeram os pães da proposição, que somente os sacerdotes tinham permissão de comer. Ao fazer isso, Jesus estava destacando como os fariseus, por meio de uma longa história de legalismo, acumularam regra sobre regra, tradição sobre tradição, e transformaram o sábado, que devia ser uma alegria, em um fardo.
5. Leia a segunda história em Lucas 6:6-11. Que lições sobre o sábado são vistas também aqui?
Embora todos os evangelhos sinóticos narrem essa história, somente Lucas nos diz que a mão do homem que era ressequida era a direita. O detalhe adicional do Dr. Lucas nos ajuda a compreender o grande impacto que essa deficiência física deve ter exercido sobre a capacidade do homem de levar uma vida normal. A ocasião suscitou duas respostas: primeira, os fariseus esperavam para acusar Jesus de transgredir o sábado caso Ele decidisse curar o homem. Segunda, Jesus lia o coração deles e mostrou-lhes que Ele é o Senhor do sábado, Aquele que criou o sábado, e que não falhará em Sua missão de libertar o homem quebrantado da escravidão do mundo doente pelo pecado. Assim, Ele colocou a guarda do sábado em sua divina perspectiva: é lícito, no sábado, fazer o bem e salvar a vida (Lc 6:9-11).
Aqueles líderes estavam cegados por suas próprias regras e regulamentos que eles achavam ser do próprio Deus. Como podemos estar seguros de que não cairemos na mesma armadilha de permitir que as tradições e os ensinos humanos nos ceguem para as verdades divinas mais profundas?

Quinta – O sábado: o doente, o boi e o jumento

Dos três evangelhos sinóticos, somente o de Lucas registra essas duas curas de Jesus no sábado (Lc 13:10-16; 14:1-15). A primeira fez com que o chefe da sinagoga ficasse indignado com Jesus; a segunda silenciou os fariseus. Nos dois casos, os inimigos de Jesus estavam usando sua interpretação errônea da lei para acusar
Jesus de transgredir o sábado.
6. Leia Lucas 13:10-16 e 14:1-6. Que importantes verdades são reveladas sobre a facilidade de se perverter verdades bíblicas fundamentais?
Considere a mulher encurvada. Era do sexo feminino, considerado inferior pelos fariseus; a mulher estava com essa deficiência havia 18 anos, tempo suficiente para provar a paciência de qualquer pessoa e para fazer crescer nela o senso de que a vida é sem sentido; ela era totalmente incapaz de se libertar.
A graça divina personificada veio a ela. Jesus a viu, chamou-a para perto de Si, falou-lhe para que fosse curada, colocou a mão sobre ela, que “imediatamente se endireitou” (Lc 13:13). De repente a agonia que já durava 18 anos deu lugar a um momento de pura alegria, e ela “dava glória a Deus” (v. 13). Cada verbo que Lucas usou é uma forma pela qual a Inspiração reconhece o valor e a dignidade da mulher e, na verdade, de toda pessoa, qualquer que seja sua condição.
No segundo milagre (Lc 14:1-6), Jesus, a caminho da casa de um fariseu para uma refeição no sábado, curou um homem que sofria de hidropisia. Antecipando as objeções por parte dos líderes que O observavam atentamente, Jesus fez duas perguntas: a primeira, sobre o propósito da lei (“É ou não é lícito curar no sábado?” [v. 3]); a segunda, sobre o valor de um ser humano (“Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?” [v. 5, ARC]). Sua lição devia ter sido óbvia; e na verdade foi, porque, segundo Lucas, eles não tiveram resposta para o que Ele havia dito. Jesus revelou a hipocrisia deles, que era do pior tipo, porque estava velada por uma falsa santidade e por uma indignação supostamente justa diante do que eles consideravam uma grande transgressão da santa lei de Deus. Como precisamos ser cuidadosos!

Sexta – Estudo adicional

“Deus não poderia, nem por um momento, deter a mão, do contrário o homem desfaleceria e viria a morrer. E o homem também tem nesse dia uma obra a realizar. Devem-se atender às necessidades da vida, cuidar dos doentes, suprir as faltas dos necessitados. Não será tido por inocente o que negligenciar aliviar o sofrimento no sábado. O santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem, e os atos de misericórdia se acham em perfeita harmonia com seu desígnio. Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro dia qualquer” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 207).
“Nenhuma outra das instituições dadas aos judeus os distinguia tão completamente das nações circunvizinhas, como o sábado. Era a intenção do Senhor que sua observância os designasse como adoradores Seus. Seria um sinal de sua separação da idolatria, e ligação com o verdadeiro Deus. Mas a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser eles mesmos santos. Devem, pela fé, tornar-se participantes da justiça de Cristo” (Ibid., p. 283).

Perguntas para reflexão

1. Milhões de cristãos ainda insistem em declarar que o sábado já não mais está em vigor e que ele não tem importância, ou que guardá-lo é legalismo. Por que uma inabalável fidelidade à Palavra de Deus é tão importante? As massas estão enganadas a respeito de algo tão importante quanto a santa lei de Deus. Que advertência Jesus nos dá em Marcos 13:22?
2. Veja como Satanás tem trabalhado arduamente para destruir o sábado: ou ele usou os líderes de Israel para transformá-lo num pesado fardo, quase destituindo-o de tudo o que devia significar e ser; ou ele usou, e ainda usa, líderes de igreja para rejeitá-lo como antiquado, legalista, ou como simples tradição judaica. O que há no sábado que o torna alvo tão grande do ataque de Satanás?
3. Jesus é o “Senhor […] do sábado” (Lc 6:5). Que implicações essa declaração tem para os cristãos e para sua atitude com relação ao sábado?
Respostas sugestivas:1. Jesus tinha o costume de ir à sinagoga aos sábados e ensinar ali; Ele fez vários milagres no sábado, alguns na sinagoga. Não há nenhum indicativo de que Ele estivesse abolindo o sábado ou substituindo-o por outro dia. 2. Olhando para trás, vemos que essas palavras são um reflexo da missão que Cristo veio realizar, não só no âmbito físico, mas no espiritual: trazer o evangelho da salvação, curar os quebrantados de coração, libertar os escravizados e os oprimidos, fazer os cegos enxergarem. 3. O grande conflito é real, bem como os espíritos maus, que se opõem a Deus. Jesus demonstrou que o poder de Deus é superior ao desses espíritos. Jesus libertou o endemoninhado no sábado, o que significa que um dos propósitos do sábado é trazer cura e libertação do poder do mal. 4. Cristo enfrentou essa acusação com a Bíblia, citando o exemplo de Davi (que comeu os pães da proposição) para mostrar que ações que têm por objetivo
preservar a vida estão em harmonia com o sábado. 5. Aqui temos as lições de que fazer o bem e salvar a vida estão em harmonia com o espírito do sábado. 6. Aqui é revelado que tradições humanas podem perverter verdades bíblicas. Os fariseus chegaram ao absurdo de achar que era pecado no sábado aliviar a dor e o sofrimento, e ao absurdo de ter, no sábado, mais consideração com os animais do que com os seres humanos!

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