sábado, 23 de maio de 2015

Jesus, o Mestre por excelência – lição 9 | 23 a 30 de maio

RESUMO DA LIÇÃO EM VÍDEO


VERSO PARA MEMORIZAR:

“E muito se maravilhavam da Sua doutrina, porque a Sua palavra era com autoridade” (Lc 4:32).
Leituras da Semana: Lc 8:22-25; 4:31-37; 6:20-49; 8:19-21; 10:25-37; Dt 6:5
“Quando Cristo veio à Terra, a humanidade parecia estar rapidamente atingindo seu ponto mais degradante. Os próprios fundamentos da sociedade estavam desarraigados. A vida se tornara falsa e artificial. […] Desgostosos com as fábulas e falsidades, e procurando abafar o pensamento, os homens volviam à incredulidade e ao materialismo. Deixando de contar com a eternidade, viviam para o presente.
“Como deixassem de admitir as coisas divinas, deixaram de tomar em consideração as humanas. Verdade, honra, integridade, confiança, compaixão, estavam abandonando a Terra. Ganância implacável e ambição absorvente davam origem a uma desconfiança universal. A ideia do dever, da obrigação da força para com a fraqueza, da dignidade e direitos humanos, era posta de lado como um sonho ou uma fábula. Pessoas do povo comum eram consideradas bestas de carga, ou instrumentos e degraus para que subissem os ambiciosos. Riqueza e poderio, comodidade e condescendência própria, eram procurados como o melhor dos bens.
Caracterizavam a época a degenerescência física, o torpor mental e a morte espiritual” (Ellen G. White, Educação, p. 74, 75).
Tendo em conta esse contexto, podemos entender melhor por que Jesus ensinou as coisas que ensinou.

DOMINGO – A AUTORIDADE DE JESUS

Como médico e erudito, Lucas estava familiarizado com o papel da autoridade. Conhecia a autoridade da filosofia na erudição e na cultura grega. Conhecia a autoridade da lei romana em assuntos civis e no funcionamento do governo. Como companheiro de viagem de Paulo, conhecia a autoridade eclesiástica que o apóstolo exercia sobre as igrejas que fundava. Assim, Lucas entendia que a autoridade está no âmago do cargo de uma pessoa, do papel de uma instituição, do funcionamento de um Estado e do relacionamento de um professor com seus alunos.
Havendo tido contato com todos os tipos de autoridade em todos os níveis de poder, Lucas afirmou a seus leitores que havia algo incomparável com respeito a Jesus e Sua autoridade. Jesus nasceu no lar de um carpinteiro, viveu por 30 anos na pequena cidade galileia de Nazaré, não era conhecido por nada que fosse grandioso segundo os padrões mundanos, mas confrontava todos com Seu ensino e ministério: governantes romanos, eruditos judeus, rabis, pessoas comuns, poderes seculares e religiosos. Seus concidadãos “se maravilhavam das palavras de graça que Lhe saíam dos lábios” (Lc 4:22). Quando Ele trouxe esperança para uma viúva em Naim ao ressuscitar seu filho (Lc 7:11-17), a cidade toda ficou tremendo de medo e exclamou: “Deus visitou o Seu povo” (v. 16). A autoridade de Jesus sobre a vida e a morte eletrizaram não apenas Naim, mas “toda a Judeia e […] toda a circunvizinhança” (v. 16, 17).
1. Leia Lucas 8:22-25; 4:31-37; 5:24-26; 7:49; 12:8. O que esses textos revelam sobre o tipo de autoridade que Jesus exercia?
Lucas tirou tempo para registrar, não apenas para seu amigo Teófilo, mas para as gerações por vir, que Jesus, por meio de Seu ministério, havia estabelecido a singularidade de Sua autoridade. Como Deus em carne, Ele de fato tinha autoridade
como ninguém jamais possuiu.
Como podemos estar certos de que, quando dizemos: “Deus me orientou a fazer isso”, Ele realmente o fez? Discuta as respostas na classe no sábado.

SEGUNDA-FEIRA – O MAIOR SERMÃO DE CRISTO

O Sermão do Monte (Mt 5–7) é muitas vezes aclamado na literatura como “a essência do cristianismo”. Lucas apresenta trechos desse sermão em Lucas 6:20-49 e em outras passagens. Pelo fato de Lucas ter colocado o sermão imediatamente após a escolha “oficial” dos discípulos (Lc 6:13), alguns eruditos o chamam de o “desafio de ordenação para os Doze”.
Conforme apresentado em Lucas 6:20-49, o sermão começa com quatro bem-aventuranças e quatro ais, e delineia outras características essenciais do comportamentocristão.
Estude as seções seguintes de Lucas 6:20-49 e pergunte a si mesmo quão de perto sua vida segue os princípios expressos ali.
1. A bem-aventurança cristã (Lc 6:20-22). Como a pobreza, a fome, o choro e o fato de ser odiado podem levar à bem-aventurança?
2. A razão do cristão para se regozijar em meio à rejeição (Lc 6:22, 23).
3. Ais contra os quais o cristão deve se guardar (Lc 6:24-26). Reveja cada um dos quatro ais. Por que o cristão deve se guardar contra eles?
4. O imperativo cristão (Lc 6:27-31). Nenhuma ordem de Jesus é mais debatida e considerada mais difícil de guardar do que a regra áurea do amor. A ética cristã é fundamentalmente positiva. Ela não consiste no que não fazer, mas no que fazer.
Em vez de dizer: “Não odieis” vossos inimigos, ela recomenda: “Amai os vossos inimigos.” Em vez da lei da reciprocidade (“dente por dente”), a regra áurea exige a ética da bondade pura: dar a outra face. A partir da regra áurea, Mahatma Gandhi desenvolveu toda uma filosofia política de resistência ao mal com o bem, e acabou usando esse princípio a fim de obter para a Índia a independência do colonialismo britânico. Da mesma forma, Martin Luther King Jr. empregou a ética da regra áurea para quebrar o mal da segregação racial nos Estados Unidos. Onde o amor reina, a bem-aventurança é entronizada.
5. O comportamento cristão (Lc 6:37-42). Note a insistência de Cristo no perdão, na doação liberal, no viver exemplar e na tolerância.
6. Os frutos do cristão (Lc 6:43-45).
7. O construtor cristão (Lc 6:48, 49).

TERÇA – UMA NOVA FAMÍLIA

Grandes mestres que viveram antes e depois de Jesus ensinaram a respeito da unidade e do amor, mas geralmente se referiam ao amor dentro dos parâmetros de um único grupo: uma família definida pela exclusividade de casta, cor, língua, tribo ou religião. Mas Jesus rompeu as barreiras que dividem os seres humanos e inaugurou uma nova família, que não fazia distinção entre as coisas comuns que dividem as pessoas. Sob a bandeira do amor ágape – o amor não baseado em merecimentos, não exclusivo, o amor universal e sacrifical – Cristo criou uma nova família. Essa família reflete o conceito original, universal e ideal exaltado na criação do Gênesis, a qual atesta que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus (Gn 1:26, 27) e, portanto, iguais perante Ele. Leia Lucas 8:19-21. Sem minimizar de qualquer forma os laços e obrigações que unem pais e filhos, irmãos e irmãs dentro de uma família, Jesus olhou para além da carne e do sangue e colocou ambos no altar de Deus como membros de “toda a família nos Céus e na Terra” (Ef 3:15, ARC). A família do discipulado cristão não
deve ser menos chegada e unida do que os laços que unem as pessoas que têm os mesmos pais. Para Jesus, o verdadeiro teste da “família” não são relacionamentos consanguíneos, mas fazer a vontade de Deus.
2. O que os textos seguintes ensinam sobre os muros que Cristo derrubou com respeito às distinções que, com tanta frequência, dividem os seres humanos? 
Lucas 5:27-32
Lucas 7:1-10
Lucas 14:15-24
Lucas 17:11-19
A missão e o ministério de Jesus, Seu coração perdoador e Sua graça abrangente incluíram todos os que quisessem aceitar Seu chamado. Seu amor eterno O colocou em contato com todo o espectro da sociedade.
Como igreja, de que forma podemos seguir melhor esse princípio fundamental?

QUARTA – A DEFINIÇÃO DE AMOR: A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO – PARTE 1

Dos quatro evangelhos, somente Lucas registra as parábolas do filho pródigo e do
bom samaritano (Lc 10:25-37). A primeira ilustra a dimensão vertical do amor extraordinário
do Pai para com os pecadores; a segunda mostra a dimensão horizontal
– o amor que deve caracterizar a vida humana, recusando-se a reconhecer qualquer
barreira entre os seres humanos e vivendo dentro da definição de “próximo” dada por
Jesus: todos são filhos de Deus e merecem ser amados e tratados de maneira igual.
3. Leia Lucas 10:25-28 e reflita nas duas perguntas centrais que são feitas. De que forma cada pergunta está relacionada às principais preocupações da fé e da vida cristã?
(1). “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (v. 25).
O doutor da lei procurava um modo de herdar a vida eterna. Ser salvo do pecado e entrar no reino de Deus é a mais nobre aspiração que alguém pode ter, mas o doutor da lei, como muitos outros, havia crescido com a falsa noção de que a vida eterna é algo que alguém pode conquistar por meio de boas obras. Ele não tinha nenhum conhecimento de que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23).
(2). “Que está escrito na Lei? Como interpretas?” (v. 26).
Na época de Jesus era costume que os judeus importantes, como esse doutor da lei, usassem um filactério no pulso. Era uma bolsinha de couro em que estavam escritas algumas porções notáveis da Torah, inclusive aquela que iria servir de resposta
para a pergunta de Jesus. Cristo conduziu o doutor ao que estava escrito em Deuteronômio (Dt 6:5) e em Levítico (Lv 19:18) – as próprias passagens que ele possivelmente estivesse carregando em seu filactério*. Ele tinha a resposta para a pergunta no pulso, mas não no coração. Jesus conduziu o doutor a uma grande verdade: a vida eterna não é questão de guardar regras, mas requer amor a Deus, de maneira absoluta e sem reservas, e, da mesma forma, amor à criação de Deus – para ser preciso, ao “próximo”. Contudo, por ignorância ou por arrogância, o doutor deu continuidade ao diálogo com outra pergunta: “Quem é o meu próximo?”
* Definição de filactério: “cada uma das duas caixinhas que contêm uma faixa de pergaminho com passagens bíblicas que os judeus trazem junto à testa e ao braço esquerdo, durante a oração matinal dos dias úteis, com o fito de lembrarem-se das palavras de Deus” (Dicionário Houaiss).
Que evidência exterior revela que você foi verdadeiramente salvo pela graça? Isto é, o que, em
sua vida, mostra que você está justificado pela fé?

QUINTA – A DEFINIÇÃO DE AMOR: A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO – PARTE 2

“Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?”(Lc 10:29).
Sendo especialista na lei judaica, o doutor devia saber a resposta da pergunta. Em Levítico 19:18, onde o segundo grande mandamento é explicado, o termo “próximo” é definido como “os filhos do teu povo”. Portanto, em vez de dar uma resposta
imediata à pergunta do doutor, ou entrar numa disputa teológica com ele e com aqueles que estavam observando o episódio, Jesus fez com que o doutor e os ouvintes se erguessem a um plano mais elevado.
4. Leia Lucas 10:30-37. Quais são os pontos-chave dessa história e o que eles revelam sobre nossa maneira de tratar os outros?
Note que Jesus disse que “certo homem” (v. 30) caiu em mãos de salteadores. Por que Jesus não identificou a origem étnica nem o status do homem? Tendo em vista o propósito da história, por que isso importava?
O sacerdote e o levita viram o homem ferido mas passaram de largo. Qualquer que tenha sido o motivo deles para não ajudar, para nós as perguntas são: o que é verdadeira religião e de que forma ela deve ser expressa (Dt 10:12, 13; Mq 6:8; Tg 1:27)?
O ódio e a animosidade marcavam o relacionamento entre judeus e samaritanos, e, na época de Jesus a inimizade entre os dois povos só havia piorado (Lc 9:51-54; Jo 4:9). Portanto, ao fazer do samaritano o “herói” da história, Jesus tornou evidente a ideia que queria transmitir, nesse caso para os judeus, de maneira ainda mais forte do que teria sido de outra forma.
Jesus descreveu o serviço prestado pelo samaritano em detalhes: ele se compadeceu, chegou-se até o homem, enfaixou-lhe os ferimentos, ungiu-os com óleo e vinho, levou o homem até uma hospedaria, pagou antecipadamente pela estada dele ali e prometeu pagar na volta qualquer despesa que houvesse a mais. Todas essas partes do serviço prestado pelo samaritano, juntas, definem o verdadeiro amor como algo sem limites. Além do mais, o fato de que ele fez tudo isso a um homem que possivelmente fosse um judeu, revela que o verdadeiro amor não conhece fronteiras.
O sacerdote e o levita fizeram a si mesmos a pergunta: O que nos aconteceria se parássemos para ajudar esse homem? O samaritano perguntou: O que aconteceria a esse homem se eu não o ajudasse? Qual é a diferença entre as duas atitudes?

SEXTA – ESTUDO ADICIONAL

“Em Sua vida e ensinos, Cristo deu um perfeito exemplo do abnegado ministério que tem sua origem em Deus. O Senhor não vive para Si. Criando o mundo, mantendo todas as coisas, Ele está ministrando constantemente em benefício de outros.
‘Faz que o Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos’ (Mt 5:45, ARC). Esse ideal de ministério Deus confiou a Seu Filho. A Jesus foi dado pôr-Se como cabeça da humanidade, para que, por Seu exemplo, pudesse ensinar o que significa servir. Toda a Sua vida esteve sob a lei do serviço. Serviu a todos, a todos ajudou. Assim viveu Ele a lei de Deus, e por Seu exemplo mostrou como podemos obedecer a essa lei” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 649).
“Isso não era uma cena imaginária, mas uma ocorrência verídica, que se sabia ser tal qual era apresentada. O sacerdote e o levita que tinham passado de largo, encontravam-se entre o grupo que escutava as palavras de Cristo” (Ibid., p. 499).

Perguntas para reflexão

  1.  Recapitule a importante pergunta feita no final do estudo de domingo. Quem já não ouviu pessoas dizerem que fizeram determinada coisa porque Deus lhes disse que fizessem aquilo? Quais são as maneiras pelas quais Deus fala conosco? Quais são os perigos envolvidos em invocarmos a autoridade de Deus para justificar nossos atos?
  2. Recapitule os quatro “ais” de Lucas 6:24-26. Como devemos entender o que Jesus estava dizendo ali? Na verdade, Ele está nos advertindo a tomar cuidado com o que nesta vida?
  3. Pense sobre toda a questão da autoridade. O que é autoridade? Quais são os diferentes tipos de autoridade? Que tipos de autoridade têm precedência sobre outros? Como devemos nos relacionar com os diferentes tipos de autoridade em nossa vida? O que acontece quando as autoridades a quem devemos obediência estão em conflito?
Respostas sugestivas:1. Ele exercia autoridade sobre a natureza, autoridade para falar das coisas divinas, autoridade sobre os demônios, autoridade para perdoar pecados, autoridade sobre a doença e a morte, autoridade para confessar no Céu o nome daqueles que O aceitam. 2. Distinção entre pessoas “pecadoras” e pessoas supostamente “justas” aos olhos humanos; distinção entre pessoas que fazem parte de uma comunidade religiosa e as que não fazem parte; distinção entre pessoas de classe mais alta e de classe mais baixa; distinção entre nacionais e estrangeiros. 3. A primeira pergunta é a de alguém que quer saber como herdar a vida eterna; a segunda pergunta contém a resposta da primeira, e diz respeito a conhecer, não a letra da Palavra de Deus, mas sua essência, que é o amor – praticado na vida. 4. Os pontos-chave são: o samaritano não pensou em si, mas na necessidade do outro, pois ajudou alguém, mesmo com o risco para a própria vida; ajudou alguém desconhecido e de um povo inimigo; compadeceu-se dele, prestou-lhe ajuda, gastou seus recursos financeiros com ele; seu amor foi sem fronteiras e sem limites.

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