Bom dia Amados! Mais uma vez o Provai e Vede vem falando do amor de Deus por nós. Vamos ouvir a história de Edson. Esta é uma produção da Divisão Sul Americana, com a direção de Melchi
Rodrigues, com a voz padrão do nosso amigo Daniel Gonçalves. Que todos possam usufruir deste trabalho. Um grande abraço e fiquem com Deus. Download aqui
Olá irmãos! Segue o material desta semana. Algo que muitas pessoas tem certeza, mas não é: O vídeo do
Informativo que produzimos não é oficial. É um material voluntário para
atender essa necessidade. Abração e fiquem com Deus. Vídeo – 720×480 MP4 (57,3 MB): Clique aqui Vídeo – 720×480 WMV (34,7 MB): Clique aqui Vídeo – 360×240WMV (10,3 MB): Clique aqui
“Senhor, Tu me enganaste, e eu fui engando; foste mais forte do que
eu e prevaleceste. Sou ridicularizado o dia inteiro; todos zombam de mim”
(Jr 20:7, NVI). O que é um terremoto? Quanto tempo antes de acontecer
você toma conhecimento dele? Quais são os seus planos e como é sua
expectativa de vida dez minutos antes de um terremoto? Em uma região de
terremotos, o seu acontecimento é sempre uma probabilidade potencial
para qualquer momento. Pode estar a segundos ou anos. Os sismógrafos o
acusam quando acontece, mas nunca conseguem antecipar o seu movimento
destruidor.
Se vivesse em uma região de terremotos sentir-se-ia
feliz em receber a advertência de seu tremor com alguns dias de
antecedência? Como reagiria à mensagem?
Nos dias do profeta
Jeremias, o povo de Judá e de Jerusalém, vivia na iminência de uma
catástrofe social. Jerusalém seria destruída e os judeus seriam levados
para o exílio. No entanto, as reações eram desanimadoras. O profeta
recebeu a alcunha: Terror para todos os lados. (Jr 20:10).
As
mensagens do profeta Jeremias não seguem uma cronologia sequencial, o
que torna difícil situá-las no tempo. O seu chamado para o ministério
pode ser localizado porque está relacionado com o décimo terceiro ano do
reinado de Josias, portanto, ano 627 a.C. (Jr 1:2). No capítulo 3:6,
ainda aparece Josias como rei, ao tempo da mensagem, mas sem definir a
data. Até o capítulo19 não há indicações de quando as mensagens foram
proferidas. No capítulo 20 aparece o sacerdote Pasur, filho de Imer, que
não deve ser confundido com Pasur, filho de Malquias, que não é
identificado como sacerdote, mas está relacionado com o rei Zedequias
(Jr 21:1), quando Nabucodonosor já estava em sua terceira campanha
contra Jerusalém.
O capítulo 22 contém mensagens dirigidas aos
três reis antecedentes de Zedequias: Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1-17),
identificando o rei no verso 11 como filho de Josias. Teve um curto
reinado de três meses, sendo levado preso para o Egito, pelo faraó Neco
(2Cr 36:2-4). Jeoaquim (Jr 22:18-23), identificado no verso 18, também
como filho de Josias. Exerceu o reinado durante onze anos (2Cr 36:5-8). E
Joaquim (Jr 22:24-30), identificado no verso 24 como filho de Jeoaquim.
Seu reinado foi de pouco mais de três meses, levado para o cativeiro
babilônico no ano no ano 597 a.C.
Por estes acontecimentos compreende-se a tristeza do profeta procurando despertar o povo para a sua realidade.
Pense:
“Ouço muitos comentando: ‘Terror para todos os lados! Denunciem-no!
Vamos denunciá-lo!’ Todos os meus amigos estão esperando que eu
tropece, e dizem: ‘Talvez ele se deixe enganar; então nós o venceremos e
nos vingaremos dele’” (Jr 20:10, Nova Versão Internacional).
Desafio:
“Eles dirão ‘O que houve com a promessa de sua vinda? Desde que os
antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação” (2Pe 3:4, Nova Versão Internacional).
Domingo, 25/10/2015
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SACERDOTES E PROFETAS ÍMPIOS
Já foi dito muitas vezes que o Deus do Velho Testamento é o Deus da
justiça, e o Deus do Novo Testamento é o Deus do amor. Há aqueles que
vão mais longe: Deus o Pai é da justiça e do castigo, e Jesus, é da
graça, do amor e do perdão.
Logo a seguir da síntese do evangelho
do amor de Deus (Jo 3:16), João faz a declaração conclusiva da justiça e
do amor de Deus: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (Jo 3:18, Nova Versão Internacional).
O
argumento é muito claro: tanto o amor como a justiça Deus, são
atribuídos dependendo da aceitação ou da rejeição da dádiva. Deus revela
o Seu amor e a sua justiça, aquele que crê no nome de Jesus, a justiça e
o amor de Deus manifestos, é envolvido pelo amor de Deus; aquele que
não crê, permanece na condenação da justiça. A decisão para receber uma
ou outra recompensa, é do pecador. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3:36, Nova Versão Internacional).
Porém,
o amor e a justiça de Deus são apresentados de modo muito amplo no
Velho Testamento, é apenas uma questão de avaliar. No capítulo 5 de
Jeremias, o profeta acusa duramente o povo porque são exploradores de
ganância ilimitada (Jr 5:27); não se importam com o infortúnio de seus
semelhantes (Jr 5:28); a liderança espiritual age com engano e falsidade
(Jr 5:31); “cometem adultério e vivem uma mentira. Encorajam os que praticam o mal, para que nenhum deles se converta”
(Jr 23:14, Nova Versão internacional); mas ainda assim usam o nome do
Senhor ao cometer as suas maldades (Jr 5:2); o Senhor pergunta: “Não devo Eu castiga-los?” (Jr 5:29).
No entanto, antes de fazer esta pergunta que parece apresentar a Deus como pronto para executar justiça, Ele faz a proposta: “Dai
voltas às ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas
suas praças a ver se achais alguém, se há um homem que pratique a
justiça ou busque a verdade, e eu lhe perdoarei a ela” (Jr 5:1, Nova Versão Internacional).
Poderia
Deus usar outra ilustração para manifestar a grandeza de Sua graça, Seu
amor e Seu perdão? Um pecador que confesse o nome de Jesus, a verdade e
a justiça personificada, seria o suficiente para afastar o castigo do
cativeiro iminente da cidade de Jerusalém. A justiça do amor e a justiça
do castigo estão condicionadas à resposta do pecador. É a escolha que
define a recompensa.
Pense:
“Por isso assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: ‘Eu
os farei comer comida amarga e beber água envenenada, porque dos
profetas de Jerusalém a impiedade se espalhou por toda esta terra” (Jr 23:15, Nova Versão Internacional).
Desafio:
“Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida” (1Jo 5:12, Nova Versão Internacional).
Segunda-feira, 26/10/2015
JEREMIAS NO TRONCO
Na introdução já falamos sobre a dificuldade em datar as mensagens do profeta porque não seguem uma sequência cronológica.
No
capítulo 3:6 é indicado que o profeta recebeu mensagens ainda durante o
reinado do rei Josias. Por causa dos pecados de Manassés, avô de
Josias, Deus já decidira o castigo do cativeiro para Judá. Com Josias
houve um reavivamento espiritual, mas que logo foi seguido pelo período
final de apostasia. Os capítulos 3 a 6, começam com uma mensagem
externando o desapontamento de Deus com o breve período de reformas
seguido pela apostasia; com a rejeição do apelo de Deus para voltar à
vida de fidelidade e a promessa de restauração (Jr 3:6-4:4).
Do
capítulo 4:5 até 6:30, são pronunciadas mensagens anunciando o cativeiro
iminente pelo invasor que está vindo do norte (Jr 6:22). Pelo teor das
mensagens, devem ter sido proferidas no final do reinado de Josias, pois
este tentou ajudar os babilônios lutando contra os assírios, procurando
impedir a marcha do exército egípcio do faraó Neco, para auxiliar os
assírios, sendo derrotado e morto no ano 609 a.C., na batalha de Megido
(2Cr 35:22). Neste ato de Josias vemos a ironia e falácia dos planos
humanos: para livrar-se dos assírios, império em decadência, procurou
auxiliar os babilônios que são os invasores do norte, não identificados
por Jeremias.
Neste contexto, o sacerdote Pasur do capítulo 20
deve estar relacionado com o rei Jeoaquim, não citado, mas como Jeremias
já estava anunciando o terremoto social da invasão babilônica, Pasur,
como sacerdote, líder espiritual, em vez de atentar à advertência do
tremor iminente, “mandou espancar o profeta e prendê-lo no tronco” (Jr 20:2), tentando assim silenciar a voz do profeta.
No dia seguinte, quando foi solto, Jeremias anunciou com clareza quem é o invasor do norte: “E você, Pasur, e todos os que vivem em sua casa irão para o exílio, para a Babilônia” (Jr 20:6, Nova Versão Internacional). Portanto, este incidente aconteceu antes da invasão de Nabucodonosor no ano 605 a. C.
Este
incidente traz uma seria lição de advertência para nós. Como reagimos
às claras mensagens de Deus em Sua palavra orientando o nosso
procedimento espiritual na iminência da breve volta de Jesus?
Pense:
“Eu entregarei nas mãos dos seus inimigos toda a riqueza desta
cidade: toda a sua produção, todos os seus bens de valor e todos os
tesouros dos reis de Judá. Levarão tudo como despojo para a Babilônia” (Jr 20:5, Nova Versão Internacional).
Desafio:
“Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque está próxima a redenção de vocês” (Lc 21:28, Nova Versão Internacional).
Terça-feira, 27/10/2015
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UM FOGO EM SEUS OSSOS
A dolorosa experiência nas mãos do sacerdote Pasur, sendo açoitado e
preso no tronco, atuou fortemente sobre o ânimo de Jeremias. Parece que
lembrou-se do dia em que questionou o seu chamado temendo não ser
ouvido: “Senhor, tu me enganaste, e eu fui engando (...). Sou
ridicularizado o dia inteiro; todos zombam de mim (...). Por isso a
palavra do Senhor trouxe-me insulto e censura o tempo todo” (Jr 20:7 e 8, Nova Versão Internacional).
Porém,
quando estas ideias negativas o assaltaram, o Espírito de Deus
interveio e ele mudou abruptamente o seu pensamento e retrata nestas
palavras o envolvimento de sua vida pelo poder divino: “Quando
pensei: Não me lembrarei dEle e já não falarei no Seu nome, então isso
me foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos” (Jr
20:9, Almeida Revista e Atualizada). Um fogo ardente irrompeu dentro
dele e ele não podia calar e ainda que não estivesse entendendo tudo o
que acontecia, sabia que fora comissionado por Deus e devia cumprir a
sua missão.
O salmista Davi passou por experiência idêntica e gravou-a nestas palavras para a posteridade: “Esbraseou-se-me no peito o coração; enquanto eu meditava ateou-se o fogo: então disse eu com a própria língua”
(Sl 39:3, Almeida Revista e Atualizada). Quando o Espírito de Deus
ateou o fogo no coração de Davi, ele não resistiu e precisou falar
testemunhando e glorificando o nome do Criador.
Lembrando a experiência apostólica depois do Pentecostes, a mensageira do Senhor declara: “Mas
o Espírito Santo com divino poder convenceu o coração pelos argumentos.
As palavras dos apóstolos eram como afiadas setas do Todo-Poderoso,
convencendo os homens de sua terrível culpa em haverem rejeitado e
crucificado o Senhor da glória (...). Com que abrasante linguagem
vestiam suas ideias quando testificavam dEle” (Atos dos Apóstolos, ps. 45 e 46).
Spurgeon, o grande pregador do século dezenove, exclama: “Um
coração abrasado logo encontra uma língua inflamada. Quão gloriosas são
as palavras do pregador cujos lábios são abrasados pelo fogo de Deus”
Para
despertar os homens mortos em ofensas e pecados, é preciso que nós
mesmos tenhamos primeiro passado pela experiência da ressurreição
espiritual. A ardente chama do fogo divino precisa incendiar nosso
coração. Só então estamos aptos para testemunhar. Jeremias passou por
esta experiência.
Pense:
“Mas o Senhor está comigo, como um forte guerreiro! Portanto,
aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão. O seu fracasso
lhes trará completa vergonha; e sua desonra jamais será esquecida” (Jr 20:11, Nova Versão Internacional).
Desafio:
“Ele nos incumbiu da realização duma grande tarefa. Façamo-la com
exatidão e determinação. Mostremos por nossa vida o que por nós fez a
verdade” (Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 51.
Quarta-feira, 28/10/2015
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“MALDITO O DIA EM QUE NASCI”
O ser humano foi feito de tal modo que precisa de esperança. A esperança
é a mola propulsora que impulsiona o homem para as atividades e
realizações. A esperança é a adrenalina espiritual que confere energia
ao homem nos momentos mais difíceis e árduos de sua peregrinação. A
esperança impulsiona para as conquistas ainda que requeira
sacrifícios.
Quando o ser humano é despojado da esperança,
torna-se um espectro ambulante, vegetando sem rumo. Destruída a
esperança, destruído fica o homem.
O profeta Jeremias recebeu uma
difícil e árdua missão: advertir o povo de Judá da rejeição de Deus e o
consequente castigo do cativeiro. Porém, recebeu também a certeza da
presença e direção de Deus. Ainda assim, foi dominado por circunstâncias
de altos e baixos no cumprimento da missão, entre o dever e o abandono
da missão, entre a certeza e o desespero. “Quando digo: ‘Não vou mais
tocar no assunto, não falarei mais em seu nome, a palavra então se
transforma num fogo que me devora por dentro, encerrado em meu corpo;
tento contê-lo, mas não consigo’” (Jr 20:9, Tradução Ecumênica da Bíblia).
Ouve
ameaças de todos os lados condenando as suas mensagens. Até mesmo
amigos de longa data conspiram contra ele e pensa em calar e evadir-se
do dever, mas ai surge diante dele a figura de “um forte guerreiro”
(Jr 20:11), protegendo-o e incitando-o ao cumprimento da
responsabilidade. Irrompe com um cântico de louvor exaltando seu
Protetor (Jr 20:13).
Mal termina a melodia de esperança e
certeza, para em desespero amaldiçoar o dia de seu nascimento. Se não
tivesse nascido não teria nenhuma responsabilidade e estaria em um
ambiente de paz. Agora questiona o seu nascimento: “Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção?” (Jr 20:18, Nova Versão Internacional).
Que
lições profundas da justiça, do amor e da graça de Deus! Os maus e o
mal não prevalecerão para sempre. Assim como chegou o dia para o castigo
do cativeiro para os escarnecedores impenitentes, a justificação para o
profeta sofredor com suas instabilidades emocionais, mas leal ao dever
mesmo sem penetrar no escuro amanhã, do mesmo modo o Juiz de toda a
Terra um dia, não muito distante fará justiça às Suas testemunhas fiéis.
Pense:
“Senhor de todo poder, tu que sondas o justo, e vês sentimentos e
pensamentos, eu verei tua vingança contra eles, pois a ti entrego a
minha causa” (Jr 20;12, Tradução Ecumênica da Bíblia).
Desafio:
“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me
está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua
vinda” (2Tm 4:7 e 8, Nova Versão Internacional).
Quinta-feira, 29/10/2015
PLANOS CONTRA O PROFETA
Dois importantes princípios são ensinados pela ilustração do oleiro: a
liberdade da escolha respeitada por Deus e a Sua superabundante graça
oferecendo um novo começo. Jerusalém e Judá, por livre escolha estavam
nas condições de um vaso estragado que o oleiro estava modelando com
muito cuidado e carinho, mas se voltassem a Deus e se submetessem às
Suas mãos com Seu poder transformador, Ele faria deles um vaso para Sua
gloria.
A ilustração também ensina sobre a presciência de Deus,
a Sua capacidade de conhecer todo o passado e prever todo o futuro, e
de recompensar em harmonia com os Seus decretos de apelos e advertências
(Jr 18:7-10).
Deus usa a expressão: “Eu me arrependerei”, como se Ele mudasse Seu comportamento no modo de agir em face de reações e situações.
Como
entender que Deus se arrepende? Deus mesmo fala de Si, de Seu
conhecimento de todos os acontecimentos e de Seu modo de agir: “Eu
sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu.
Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda
virá. Digo: Meu propósito permanece em pé, e farei tudo o que me agrada” (Is. 46:9 e 10, Nova Versão Internacional).
Considerando
o fato de que Deus sabe o fim desde o início, isto coloca perante nós
duas alternativas na maneira de Deus atuar. Ele responde em harmonia com
a reação do indivíduo aos Seus propósitos. Isto significa que Deus não
se arrepende, mas cumpre os Seus propósitos em harmonia com a reação
daqueles a quem envia os Seus apelos.
Quando os ninivitas se
arrependeram, Deus não se arrependeu, mas cumpriu o Seu propósito de
conceder a recompensa de amor, misericórdia, graça e perdão em resposta à
escolha que fizeram. Por outro lado, reteve o propósito da justiça,
porque este não estaria em harmonia com a escolha feita pelos ninivitas.
Ninguém
está excluído do amor, da graça, do perdão e da reconciliação revelada
pela morte substituta de Jesus. Deus não se arrepende para readmitir um
excluído. Quem se exclui é aquele que não se arrepende e rejeita a
dádiva do apelo e desconsidera a advertência. “Já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3:36, Nova Versão Internacional).
Pense:
“E se essa nação que eu adverti converter-se da sua perversidade,
então eu me arrependerei e não trarei sobre ela a desgraça que eu tinha
planejado” (Jr 18:8, Nova Versão Internacional).
Desafio:
“Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai” (Lc 15:18, Almeida Revista e Atualizada). Quem se arrependeu: o filho ou o pai?
Sexta-feira, 30/10/2015
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ESTUDO ADICIONAL
Pelo profeta Jeremias Deus enviou esta mensagem para o povo de Judá e
Jerusalém contendo uma advertência e um apelo: Estou preparando uma
desgraça e fazendo um plano contra vocês. Por isso, converta-se cada um
de seu mau procedimento e corrija a sua conduta e as suas ações” (Jr
18:11, Nova Versão Internacional).
O que Ele realmente fará? Dependerá da resposta determinada pela escolha do povo. Naquela oportunidade o povo respondeu: “Não adianta. Continuaremos com os nossos planos” (Jr 18:12, Nova Versão Internacional). E a resposta foi a desgraça do cativeiro.
Deus,
com Sua presciência, o conhecimento antecipado das reações ou
acontecimentos, não é colhido de surpresa, porque atua de conformidade
com os Seus decretos definidos na eternidade. “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 2:23, Almeida Revista e Atualizada).
A
morte de Jesus não foi decidida pelo julgamento repleto de falsidades
daquela sexta-feira dolorosa nos tribunais de Jerusalém. Antes de
comparecer perante criaturas Suas para ser julgado, Jesus declarou: “Por
isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la.
Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho
autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai” (Jo 10:17 e 18, Nova Versão Internacional).
O decreto eterno cumprindo as justas exigências da lei requeria a morte de Jesus. Em face da pergunta decisiva: “A quem quereis que eu vos solte”,
usando a sua liberdade da escolha, a decisão foi tomada. Em harmonia
com a decisão, o eterno propósito de Deus foi executado: Jesus entregou a
Sua vida, para retomá-la.
O propósito da presciência de Deus cumpre-se segundo o princípio da liberdade de escolha de cada indivíduo. “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (Jo 3:18, Nova Versão Internacional).
Deus,
com Sua presciência, não interfere na escolha do indivíduo, mas adverte
contra a escolha errada e apela para ser feita a escolha certa. Assim
ele agiu com Adão e Eva, com Judá e Jerusalém e do mesmo modo age com
todos os pecadores. “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de
Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas” (1Pe 1:2, Almeida Revista e Atualizada
Pense:
“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta ás nações” (Jr 1:5, Nova Versão Internacional).
Desafio:
“Eu predisse há muito as coisas passadas, minha boca as anunciou, e
eu as fiz conhecidas; então repentinamente agi, e elas aconteceram” (Is 48:3, Nova Versão Internacional).
Nos últimos anos, muitos adolescentes, jovens e adultos, cristãos e
não cristãos, tiveram coragem de se declarar homossexuais. Muitas
mudanças ocorreram em nossa sociedade e criaram um contexto propício
para que pessoas que até pouco tempo sofriam em silêncio acerca de sua
sexualidade. E fez com que pudessem agora se sentir um pouco menos
constrangidas em se revelar entre familiares, amigos. E tudo isso
publicamente.
Contudo, para pais cristãos este ainda parece ser um assunto
extremamente delicado. Há alguns meses, ao falar sobre quando contou a
sua mãe acerca da sua bissexualidade, a artista Miley Cyrus declarou que foi difícil para a mãe dela entender.
“Ela tinha medo que eu fosse julgada e também não queria que eu fosse
para o inferno.” Desconheço as convicções religiosas desta mãe, mas
percebo que estes dois receios são comuns a pais cristãos.
Como as pessoas irão tratar meu filho (ou minha filha)? É verdade
que, apesar de nossa sociedade estar um pouco mais aberta às relações
homoafetivas, ainda existe preconceito, julgamento, e sim, um filho gay
poderá encontrar muitas dificuldades em função de sua sexualidade.
Contudo, tenho observado que o maior sofrimento de jovens e adolescentes
homossexuais é gerado dentro das relações familiares. Como você lida
com esse assunto pai, ou mãe, pois a forma como trata seu filho ou sua
filha a partir do momento que toma conhecimento acerca de sua
sexualidade, pode feri-lo(a) muito mais do que como as pessoas lá fora
irão tratá-lo(a).
Meu filho vai se perder espiritualmente? Esta é uma questão
teológica, e eu deixarei sua resposta para os teólogos. Entretanto,
existe um ponto que me chama a atenção acerca da elaboração desta
pergunta. Quantas coisas poderiam levar o seu filho a perder a salvação,
queridos pai e mãe, e que você negligencia no dia-a-dia, desde antes
mesmo da criança nascer?
Ao ler o livro Orientação da Criança, de autoria da escritora Ellen
White, você poderá identificar muitos fatores para as quais pais e mãe
fecham os olhos, e que põem em risco a salvação de seus filhos. Ainda
que biblicamente os cristãos tenham uma posição contrária às condutas
homossexuais, a negligência existente em torno de tantos outros assuntos
que biblicamente são relevantes para o destino eterno de nossos filhos
me leva a pensar que o assunto da homossexualidade carrega um estigma
entre nós cristãos, enquanto outros assuntos são cada vez menos alvo de
preocupação. Então eu lhe pergunto: você que tem um filho gay está
realmente preocupado com o destino eterno de seu filho ou está usando
uma crença religiosa como forma de esconder o seu próprio preconceito?
Corro um tremendo risco de ser mal compreendida aqui, e quero deixar bem
claro que não estou defendendo nenhuma prática condenada pela Bíblia. A
Igreja Adventista, por exemplo, mantém-se firme contra a
homossexualidade baseada na Bíblia Sagrada.
Posição adventista sobre a homossexualidade
O que estou fazendo é o contrário. Quero chamar a sua atenção para a
existência de outras práticas condenáveis com as quais parecemos não nos
importar. Creio piamente que princípios cristãos não existem para velar
preconceitos, pois devem reger toda a vida, e não apenas a área da
sexualidade. Muitos filhos se sentem vítimas de preconceito por parte
dos pais cristãos, porque percebem esta tremenda incoerência que há em
tratar com leviandade tantos assuntos importantes e se apegar de forma
tão veemente ao assunto da sexualidade. Sabe o que eles aprendem com
isso? Que seus pais cristãos são homofóbicos. E queridos, de certa
forma, eles têm razão ao deduzir isto quando veem esta incoerência no
lar.
E falando em princípios, não poderia deixar de mencionar aquele que é
o mais importante de todos – o amor. Um texto bíblico bastante
contundente pode ser lido em I João 4:21 onde é dito que “E Dele temos
esse mandamento que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”. Há outras
menções interessantes como essa: “Ser cristão é ser semelhante a
Cristo”.(Ellen White, O Lar Adventista, página 427). E Cristo amava as
pessoas. Jesus tratava a todos com amor. A melhor forma de lidar com um
filho homossexual é o amando. Você não precisa concordar com o que ele
faz ou deixa de fazer. Você precisa apenas amá-lo. E como é difícil
isso! É muito mais fácil fazer um sermão para o adolescente, usar
palavras rudes e trata-lo com preconceito. Mas se você é um cristão,
querido pai/mãe, o seu dever é amar. E isso não se aprende lendo um
artigo em minha coluna. Isto, você poderá aprender ao ligar-se Àquele
que é o próprio amor.
A homossexualidade de seu filho pode ser visível aos homens, mas a
falta de amor e os pecados acariciados no lar estão sempre visíveis aos
olhos de Deus. E para um cristão, apenas um julgamento de fato importa –
aquele que Deus faz!
A lição em word estará DISPONÍVEL A PARTI de segunda aqui no blog
Sábado, 17/10/2015
INTRODUÇÃO
S
“Cura-me, Senhor, e serei curado, salva-me, e
serei salvo; porque Tu és o meu louvor” (Jr 17:14). Quando Deus terminou a
Sua obra de criação na Terra, transformando-a em um imenso jardim, nele colocou
o homem como administrador, concedendo-lhe uma residência muito especial: o
Jardim do Éden.
Todo o meio ambiente que ficou pronto no quarto
dia recebeu a vida animal nos oceanos, nos rios, na terra coberta de vegetação
e nos ares. É importante lembrar que toda esta criação não envolvia apenas o
jardim do Éden, mas o planeta Terra no seu todo. O jardim do Éden era a
residência do mordomo, que recebeu a ordem para administrar toda a criação
sobre a Terra, nos oceanos, nos rios e nos ares. (Gn 1:26).
Deus colocou para o homem apenas duas
alternativas: a promessa de vida mediante a obediência e a advertência de
morte, como resultado da desobediência. (Gn 2:16 e 17).
Satanás misturou as duas alternativas,
transformando a mistura em uma receita atrativa e cobiçada: a obediência
limita, mas a desobediência abre os olhos, expande a mente para conhecimento
mais amplo, além do bem, também conhecendo o mal, tornando o homem como Deus,
sem causar a morte. (Gn 3:4).
Satanás não condenou a obediência, a prática do
bem, mas declarou-a limitadora e liberou a desobediência, a prática do mal,
como conhecimento superior. O homem aceitou a proposta de Satanás, colocando em
dúvida o plano da sabedoria de Deus e assim o conflito cósmico espiritual foi
transferido para a Terra. No contexto do conflito espiritual as alternativas da
proposta de Deus não foram alteradas: a obediência a Deus, o bem, tem a
promessa da vida; a obediência a Satanás, praticando o mal, gera a morte.
A mensagem do bem, de Deus, adverte, instrui e
repreende. A reação do mal, Satanás, ataca com represálias, escárnio e
zombaria. É a guerra entre Cristo e Satanás.
Assim foi nos dias do profeta Jeremias. Do mesmo
modo continua hoje. O conflito somente terá fim quando com a batalha final o
mal for totalmente exterminado. (Ml 4:1).
Enquanto este grande momento não chega, o apelo
de Deus continua ecoando: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas
contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe,
pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19, Almeida
Revista e Atualizada).
Pense: “Quando viu
que muitos fariseus e saduceus vinham para onde ele estava batizando,
disse-lhes: ‘Raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se
aproxima? Deem fruto que mostre o arrependimento!” (Mt 3:7 e 8, Nova Versão
Internacional).
Desafio: “Veio para o que
era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1:11, Nova Versão Internacional).
Domingo, 18/10/2015
DUAS MANEIRAS
Nos dias do profeta Jeremias o povo de Judá
abandonara a alternativa da liderança de Deus e o Seu plano para Seus filhos,
e apegou-se a alternativa de Satanás, representada pela transitoriedade do
homem. A mensagem da condenação de Deus é clara e forte: “Maldito o homem
que confia nos homens” (Jr 17:5, Nova Versão Internacional).
Como resposta para a estupides do povo Deus
declara: “Mas bendito o homem cuja confiança está no Senhor” (Jr
17:7). E mostra a imensa diferença da proposta de Deus em confronto com a
proposta de Satanás: enquanto aquele que confia na palavra de Satanás, “é
como um arbusto no deserto”, sem esperança de futuro e prosperidade,
aquele que confia no Senhor é “como uma árvore plantada junto às águas”,
que desenvolve uma visão de crescimento e frutificação e alimenta o brilhante
futuro da eternidade.
Deus coloca na boca do profeta a mensagem da
malignidade da natureza humana dominada por Satanás: “Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá?” (Jr 17:9, Almeida Revista de Atualizada).
A mensagem do texto precisa ser avaliada de
maneira mais ampla: “Os pensamentos são sinuosos, mais que qualquer outra
coisa, incorrigíveis” (TEB). “A sua doença é incurável” (NVI).
Que tragédia! Confiar em alguém que é
enganoso, desesperadamente corrupto, sinuoso, incorrigível e sofrendo de
doença incurável. No entanto, esta tragédia envolve milhões de pecadores
porque recusam confiar no Único que é infalivelmente leal.
O problema está em não compreender a
malignidade da doença que acometeu o ser humano, o pecado. O profeta Jeremias
declara: ”Teu mal é incurável (...), por que gritas por motivo da tua ferida?
Tua dor é incurável. Por causa da grandeza da tua maldade, e da multidão dos
teus pecados” (Jr 30:12 e 15, Almeida Revista Atualizada)
Quando Satanás assume o controle da mente, a
doença do pecado contamina a natureza humana e provoca incontáveis mazelas de
comportamentos enganosos, aviltantes, depravados e corruptos.
Somente Deus tem o poder restaurador de cura
da enfermidade do pecado, mediante o sangue perdoador e justificador de
Jesus. “Porque te restaurarei a saúde, e curarei as tuas chagas, diz o
Senhor” (Jr 30:17, Almeida Revista e Atualizada).
Quando o ser humano se coloca em harmonia com
seu Criador, ele encontra a harmonia de espírito. A paz de espírito é um dom
de Deus.
Pense: “A coroa
caiu de nossa cabeça. Ai de nós, porque temos pecado! E por esse motivo o
nosso coração desfalece, e os nossos olhos perdem o brilho” (Lm 5:16 e
17, Nova Versão Internacional).
Desafio: “Pois todos
pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3:23, Nova Versão
Internacional).
Segunda Feira
O
PECADO DE JUDÁ
A metáfora usada pelo profeta: “nas tábuas dos
seus corações”, define o relacionamento direcionado pelo amor. A questão
fundamental da prática da verdadeira religião, do relacionamento com Deus é o
amor, expresso da parte de Deus revelado nos princípios da Sua vontade, e o
amor do homem, aceitando estes princípios e praticando-os em sua conduta. “Sabemos
que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos. Aquele que diz: ‘Eu o
conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade
não está nele” (1Jo 2:3 e 4, Nova Versão Internacional).
A questão mais chocante para Deus é a
transferência do amor, porque é a rejeição de Seu amor em um ato de rebeldia,
para dedicar o amor a deuses banais.
No discurso de Jesus em Mateus 24, Ele profere
estas palavras incisivas: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se
esfriará de quase todos” (Mt 24:12, Almeida Revista e Atualizada). A
palavra iniquidade corresponde a “anomian”, no grego, e traz o sentido
de conduta de rebeldia contra a lei.
O pecador que aceita o plano da salvação pela
graça de Deus manifestado em Cristo Jesus e ensinado pelo Espírito Santo,
enfrenta alguns problemas suscitados pelo inimigo de Deus, que exercem forte
influência. Três são seguramente os mais destrutivos do amor nascido por uma
decisão: Legalismo, liberalismo e secularismo.
O legalista torna-se crítico e destituído de
amor pelo próximo. O liberal transforma-se em cínico espiritual e seu amor é
direcionado para o secularismo.
Tudo começa com a dúvida, que gera a
desconfiança, incita a contestação e culmina com a rebeldia: “Por que
orientar a minha conduta por estas normas?” A advertência de Jesus: “Por
se multiplicar a iniquidade”, envolve a contestação do modo espiritual de
conduta. Logo, este problema não é de incrédulos, mas de quem diz amar a Deus
e viver em harmonia com as Suas orientações.
Foi o que aconteceu com o povo de Judá. Deus
os escolheu dentre os povos para que fossem as Suas testemunhas proclamando o
plano da Sua salvação para as outras nações. Em lugar de cumprir a missão,
brilhando a glória de Deus para os outros povos, foram influenciados pelas
práticas pagãs e se rebelaram contra o amor de Deus.
Pense: “Rogo-vos,
pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos
por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12:1 e 2, Almeida Revista e Atualizada).
Desafio: “Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento” (Mt 22:37, Almeida Revista e Atualizada).
Terça-feira, 20/10/2015 A ADVERTÊNCIA PARA JEREMIAS
Quando Jeremias foi chamado para o ministério
profético, ele questionou a Deus dizendo que não tinha idade e nem possuía
preparo para a missão. A missão realmente era desafiadora e certamente o
temor de ser ouvido era a maior preocupação, porque era jovem. Outro motivo
de temor encontrava-se no fato daquilo que o povo queria ouvir e do que não
queria ouvir. Apesar de viver a condição de apostasia, o povo vindicava o
direito da proteção de Deus, porque o templo do Senhor estava entre eles. (Jr
7:4).
Naquela oportunidade Deus assegurou para o
profeta: “Eles lutarão contra você, mas não o vencerão, pois eu estou com
você e o protegerei” Jr 1;19, Nova Versão Internacional).
Não temos condições para datar o
acontecimento, mas nos capítulos 11 e 12, encontramos o registro de uma
conspiração contra o profeta. Provavelmente a trama aconteceu ainda nos
primeiros anos de seu ministério, mas Deus, cumprindo a Sua promessa de
proteção, informou e orientou o profeta de como devia agir.
O comentarista Dr. S. J. Schwantes entende que
Jeremias 12:1-6 deve anteceder o capítulo 11:18-23, para dar clareza ao
conteúdo (Jeremias o Profeta Sofredor, p. 69). Assim, nos primeiros versos do
capítulo 12, o profeta questiona a aparente prosperidade dos maus e pleiteia
o castigo para eles. Neste contexto Deus revela para o profeta a trama de
familiares seus: “Até mesmo seus irmãos e a sua própria família traíram
você e o perseguem aos gritos. Não confie neles, mesmo quando lhe dizem
coisas boas” (Jr 12:6, Nova Versão Internacional).
Nos versos 18 e 19 do capitulo11, Jeremias
reconhece que Deus lhe revelou que estava convivendo com seus familiares como
um inocente “cordeiro manso levado para o matadouro; não tinha percebido
que tramavam contra mim” (Nova Versão Internacional). Observamos neste
detalhe uma figura de como Jesus foi levado para o julgamento “injusto e
mentiroso”, e condenado à morte.
Os familiares de Jeremias foram seus
companheiros de infância na pequena aldeia de Anatote. Atacavam o profeta com
as palavras: “Não profetize em nome do Senhor, se não nós o mataremos”
(Jr 11:21, Nova Versão Internacional).
Este incidente também lembra o início do
ministério redentor de Jesus, quando visitou a Sua aldeia natal, Nazaré, onde
tentaram lança-lO de um despenhadeiro para O matar.
Pense: “Ó Senhor
dos Exércitos, justo juiz que provas o coração e a mente, espero ver a tua
vingança sobre eles, pois a ti expus a minha causa” (Jr 11:20, Nova
Versão Internacional).
Desafio: “Digo lhes a
verdade: Nenhum profeta é aceito em sua terra” (Lc 4:24, Nova Versão
Internacional).
Quarta-feira, 21/10/2015
UMA
QUEIXA
De uma coisa Jeremias tinha absoluta certeza: Deus
é justo. Porém, uma grande dúvida o assaltava: Como a justiça de Deus é
manifestada para com os pecadores perversos? E o mais implicante para o
profeta: não eram pecadores descrentes de Deus, que se opunham às suas
mensagens, mas eram pessoas que professavam lealdade a Deus com os seus “lábios,
mas O mantinham longe dos seus corações” (Jr 12:2).
Em contraste, o profeta apresenta e reclama a
sua fidelidade: “Tu, porém me conheces, Senhor; tu me vês e provas a minha
atitude” (Jr 12:3, Nova Versão Internacional). E num ímpeto de vingança
pede a Deus que condene e destrua os perversos opositores. (Jr 12:3).
O profeta Habacuque também se queixou a Deus por
não compreender com clareza todos os Seus desígnios: “Por que ficas calado
enquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles?” Todavia, em
meio às suas incertezas decidiu ficar leal a Deus e atento à Sua voz: “Ficarei
no meu posto de sentinela e tomarei posição sobre a muralha; aguardarei para
ver o que o Senhor me dirá e que resposta terei à minha queixa”. E Deus lhe
respondeu: “Então o Senhor me respondeu: (...). Pois a visão aguarda um
tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda que demore, espere-a;
porque ela certamente virá e não atrasará” (Hc 1:13, 2:1-3, Nova Versão
Internacional).
O programa do plano da salvação, estabelecido
por Deus na eternidade, não sofre mudanças pelas interferências de Satanás, ou
pela indiferença ou ansiedade de seres humanos. Sem adiantamento ou sem
tardança, o seu fim chegará no momento determinado. Este não é um momento
aleatório, mas definitivamente definido e estabelecido. Ele não falhará. Mas é
da inteira competência de Deus. É inútil e tola toda a especulação humana.
Tremendas dúvidas assaltavam a mente de Asafe.
Quais os valores que conferem sentido real para a vida neste mundo de pecado?
Os maus têm vida melhor do que os bons, por que então servir a Deus? (Sl
73:2-16). Asafe não podia entender porque os maus aparentemente vivem mais
tranquilos do que os bons. Por que aqueles que não servem a Deus prosperam e
aqueles que O servem sofrem tribulações? Um dia ele encontrou as razões e a
resposta: “Até que entrei no santuário de Deus, (…). O teu caminho, ó Deus,
está no santuário” (Sl 73:17 e 77:13, Almeida Revista e Corrigida).
Pense: “Vi um homem
ímpio e cruel florescendo como frondosa árvore nativa, mas logo desapareceu e
não mais existia; embora eu o procurasse, não pôde ser encontrado” (Sl
37:35 e 36, Nova Versão Internacional).
Desafio: “Pois o Senhor
aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição”
(Sl 1:6, Nova Versão Internacional).
Quinta-feira, 22/10/2015 UMA SITUAÇÃO DESESPERADORA
O capítulo 14 descreve as consequências de uma seca
que se abateu sobre a região de Israel. Já dissemos que as mensagens de
Jeremias não seguem uma sequência cronológica e, portanto, torna-se difícil
situá-las no tempo. No entanto, o relato do capítulo 14 contém uma informação
que permite uma ideia do período em que a seca aconteceu. Falsos profetas
prometiam tempos de paz e prosperidade (Jr 14:13).O rei Josias baniu todo o
falso sistema de adoração e, portanto, não havia confrontação de Jeremias com
falsos profetas.
A partir do capítulo 23, onde as mensagens são
situadas durante os reinados de Jeoaquim, Joaquim e Zede quias, o profeta
Jeremias confronta e questiona os falsos profetas que predizem coisas boas,
opondo-se às mensagens de Jeremias predizendo o cativeiro. (Jr 23 e 28).
Portanto, esta seca pode ter ocorrido durante o reinado de Zedequias,
juntando-se com as desgraças das invasões babilônicas.
O que chama a atenção neste incidente é a
orientação de Deus para o profeta não orar pelo bem-estar do povo porque Ele
não os aceitaria (Jr 14:11 e 12).
Nos escritos de Ellen G. White, encontramos
algumas informações que auxiliam na compreensão da orientação divina para o
profeta: “Se depois de tanta luz que lhes foi dada, os filhos de Deus ainda
mantiverem hábitos errôneos, condescendendo com o apetite e recusando
reformar-se, sofrerão fatalmente as consequências da transgressão. Se desejarem
satisfazer o apetite pervertido, seja a que preço for, Deus não os salvará
miraculosamente daquilo que é o resultado de sua condescendência. ‘Em tormentos
jazereis’ (Is 50:11)” (Testemunhos para a igreja, 09, p. 164)
“Curvamo-nos naquela noite em oração, e
apresentamos seu caso perante o Senhor. Rogamos que pudéssemos conhecer a
vontade de Deus a seu respeito. Todo o nosso desejo era que Deus fosse
glorificado. Queria o Senhor que orássemos por esse enfermo? Deixamos o caso
com o Senhor, e recolhemo-nos para descansar. Num sonho o caso daquele homem me
foi claramente apresentado. (...). se orássemos, o Senhor não nos ouviria; pois
ele atendia a iniquidade em seu coração” (Testemunhos para a Igreja, 02, p.
350).
A obediência e submissão à vontade de Deus em
Suas orientações para a conduta é um forte apelo para ouvir as nossas orações.
A desobediência rebelde é a recusa declarada para ser ouvido por Deus.
Pense: “Se eu
atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66:18,
Almeida Revista e Corrigida”.
Desafio: “Se alguém se
recusa a ouvir a lei, até suas orações serão detestáveis” (Pv 28:9, Nova
Versão Internacional).
Sexta-feira, 23/10/2015
› ESTUDO ADICIONAL
Deus
traz em Seu caráter um conjunto de atributos que O identificam como a fonte
de todo o bem. Deus é uma unidade holística, É uma totalidade perfeita e
todos os Seus atributos se encontram dispostos de maneira perfeita. Todos os
Seus atributos atuam de maneira unida e perfeita na administração de todo o
Universo e na salvação do homem
Não pode ser afirmado que este ou aquele atributo do caráter de Deus é mais
importante. Como seres humanos, temos a tendência de exaltar este ou aquele
atributo, porque nos parece mais atraente e mais agrada ao nosso modo de
pensar e agir. Todavia, se um atributo Seu fosse melhor ou superior aos
outros, Ele deixaria de ser Deus, porque os Seus atributos são inseparáveis e
perfeitos e formam um todo perfeito, uma totalidade holística.
Em face do Deus perfeito em todos os Seus atributos e a fonte de todo o bem,
como explicar a existência do mal?
O Deus perfeito em amor e justiça criou criaturas perfeitas, mas
conferiu-lhes a liberdade de fazer escolhas, para que pudessem responder com
amor e justiça no relacionamento com o seu Criador. Na mente do ser mais
exaltado criado por Deus, Lúcifer, nasceram ideias de ambição que com o tempo
se transformaram em atitudes e culminaram em pecado, o mal. “Tu dizias no
teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estelas de Deus exaltarei o meu
trono (...), e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:13 e 14, Almeida
Revista e Atualizada). Como um ser criado perfeito deu origem ao pecado, o
mal? Paulo qualifica o surgimento do pecado como “o mistério da iniquidade”
(2Ts 2:7). O profeta Isaias exclama com assombro: “Como caíste do céu, ó
estrela da manhã, filho da alva!” (Is 14:12, Almeida Revista e
Atualizada). Não há explicação racional para o surgimento do pecado. Como
entender que um ser perfeito, na presença de um Deus perfeito, em um ambiente
de perfeição, pudesse gerar ideias de descontentamento, contestação, rebelião
e pecar contra o seu Criador perfeito?
O pecado de Lúcifer nasceu da contestação do amor e da justiça de Deus.
Começou a alimentar a ideia de que Deus não era nem amoroso nem justo com as
Suas criaturas. A ideia alimentada gerou um ato que foi caracterizado por uma
posição ostensiva de rebelião contra Deus. Rejeitou os valores de conduta do
caráter de Deus e definiu os seus próprios valores. Por este ato, rebelou-se
contra Deus. E o caráter de Deus acusou o ato como pecado. Portanto, pecado é
o ato de rebelião contra os valores dos atributos perfeitos do caráter de
Deus.
Pense: “Perfeito eras nos
teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em
ti. Na multidão do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e
pecaste” (Ez 28:15 e16, Almeida Revista e Atualizada).
Desafio: “Ninguém fará nenhum mal,
nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá
do conhecimento
Para o doutor Renato Gross, professores devem trazer um diferencial para a vida dos estudantes.
Jacareí, SP… [ASN] “Hoje, por menor que seja, o aluno espera do professor uma palavra: coerência”. Era fim de tarde de uma segunda-feira quando, depois de dois dias cheios de gravações em Curitiba, no Paraná, subimos quatro lances de escada carregando mais de 30 quilos de equipamento para a última entrevista da noite. Não sabíamos que ficaríamos naquele apartamento por mais cinco horas.
Lembro dos detalhes daquela residência. Móveis de madeira e livros, muitos livros, e por toda a parte. A sala era a biblioteca, só não sabíamos que o dono da casa era uma extensão dela também. E aí chegamos a quem realmente interessa nesta história. A frase do início deste parágrafo vem de um senhor que concede uma entrevista como se estivesse conversando com um de seus netos, e não pude imaginar outra coisa, senão, que suas aulas deveriam ser tão interessantes quanto aquela entrevista, em que mal via o tempo passar. Trata-se de Renato Gross, pós-doutor em História da Educação, ou, como ele mesmo prefere ser chamado, professor.
Então chegamos ao tal ponto que Gross defende como aquilo que os alunos de antigamente, os de hoje, e os que ainda nem nasceram, buscam nos seus professores: a coerência. Mas, o que seria isso? “Esta coerência está em enxergar na vida do seu professor aquilo que ele ensina”, explica.
Desafios da profissão
Ser professor, no entanto, não é simples, e por diferentes motivos. Financeiramente, a profissão é pouco valorizada no Brasil. Se comparada a outros países, é uma das mais mal pagas do mundo, segundo a Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico, que reúne 44 nações nas Américas, Europa e Ásia. De acordo com a última pesquisa realizada pela entidade em 2014, um professor em início de carreira no Brasil está na 43º posição nesse ranking, e recebe, em média, 10,3 mil dólares por ano – quatro vezes menos que o rendimento dos docentes dos países em análise.
Mas o rendimento no fim do mês não é o único entrave da procura pela profissão. Ao longo das últimas décadas, com a modernidade e a presença mais intensa da mulher no mercado de trabalho, coube à escola a função de educar as crianças cada vez mais cedo e por períodos de tempo ainda maiores.
Veja no vídeo abaixo uma homenagem a todos os professores:
Verônica Branco, doutora em Educação Integral pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica como a influência do professor sobre os alunos aumenta nesse contexto. “A mãe e o pai trabalham o dia inteiro, a criança fica na escola, e a escola acaba realizando essas múltiplas funções. A criança precisa de referências. E para que elas sejam saudáveis, devem mesclar a escola, o convívio em família e com a sociedade”, diagnostica.
Diferencial
Dentro da filosofia da Educação Adventista, o professor eficaz, além de ser aquele que se capacita e busca novos conhecimentos diários para a formação acadêmica e pessoal do aluno, também se preocupa com a espiritualidade deles. A escritora e educadora norte-americana Ellen White, no livro Visões do Céu, fala sobre a existência de uma escola celestial, para onde os professores devem preparar os seus alunos, mas, também, devem se preparar para a frequentar na posição de estudantes.
“Na escola celestial vamos aprender sobre questões que nunca conseguimos resposta, e vamos ter o próprio Deus como mestre. Aquele que entende que preparar seus alunos para a escola celestial é sua grande missão merece ganhar uma coroa, que é a da eternidade”, enfatiza Gross.
Antes dos treinos, equipe se reúne para orar e conhecer mais sobre a Bíblia.
É isso que tem feito, por exemplo, o docente Márcio Santos, que leciona Educação Física no Colégio Adventista de Taguatinga, no Distrito Federal. Antes de cada treinamento com o time de futsal feminino da escola, eles realizam um estudo da Bíblia. “Dez alunas já tomaram a decisão de entregar as suas vidas a Jesus, e demonstram essa escolha através do batismo”, conta.
Semelhante ao que tem feito a professora Lucimar Porangaba, do Colégio Adventista Campo Grandense, no Mato Grosso do Sul. Durante as aulas de Geografia, ela procura ser dinâmica para repassar o conteúdo, mas também está disponível para o que o aluno precisar. “É uma professora muito especial. Ela me ensinou principalmente sobre o amor de Jesus, a como me relacionar com Ele, e hoje sou uma pessoa melhor por causa da influência que ela me deu”, relata um de seus alunos, Rafael Batistoti, de 16 anos.
Edgard Luz, diretor da Rede de Educação Adventista para oito países da América do Sul, enfatiza a diferença que a organização tem proporcionado através dos seus mais de 20,7 mil professores. “Um professor aos olhos de Deus é aquele que tem o compromisso de ensinar os nossos estudantes a se destacarem na sociedade em que vivemos, mas, principalmente, que os prepara para a eternidade ao lado de Jesus”, argumenta. [Equipe ASN, Rebbeca Ricarte*]
*Rebbeca Ricarte é jornalista, apresentadora do programa Educação, da TV Novo Tempo, e filha de uma professora.
Assista ao programa especial sobre o Dia do Professor: