quinta-feira, 1 de outubro de 2015

“E Toda a Terra Se Maravilhou” com o papa

EM DIA COM O NOSSO TEMPO

Os fatos diários lidos a partir de um olhar teológico.
Em Apocalipse 13 encontramos duas bestas. A primeira emerge do mar (verso 1) e a segunda emerge da Terra (verso 11). Uma surge onde há multidões e a outra se levanta onde a população é esparsa. A profecia bíblica foi escrita em símbolos e existem algumas razões para isso: (1) Para que os perseguidores não destruíssem a mensagem profética. (2) Os símbolos servem de desafio ao leitor e desperta o interesse em descobrir o conteúdo. (3) A mensagem profética codifica a verdade criando um mistério que leva as pessoas a uma profunda reflexão. (4) Deus deseja que seu povo se unisse para compreender Sua mensagem.
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Besta é um dos símbolos mais importantes e, para a compreensão do livro do Apocalipse, é fundamental. A solução do que significa vem de outro livro profético da Bíblia: Daniel. No verso 3 do capítulo 7 a Bíblia esclarece que besta é um poder ou reino que se levanta contra Deus e as Suas verdades. É um poder antagônico à verdade e que usa da mentira para enganar as pessoas.
Os versos de Apocalipse 13 avançam com diversos simbolismos, como: 10 chifres, sete cabeças, diademas ou nomes de blasfêmia. Todos eles relacionados com a besta que sobe do mar e que apresentam características que levam o leitor para compreender quem é a besta que sobe do mar.

Entenda mais o assunto com esses vídeos:


Todas as características da primeira besta apontam para um poder religioso, que é o mesmo poder que aparece em Daniel 7:25. A interpretação é a mesma para os dois símbolos. Por exemplo, o livro do Apocalipse diz que sobre as cabeças da primeira besta existem nomes de blasfêmia. A palavra blasfêmia, em grego, significa “difamação” quando dirigida a seres humanos e “discurso ímpio” quando dirigida a Deus. Esses nomes representam os títulos blasfemos que a besta assume por “cuidar em mudar os tempos e a lei” como apresentado pelo profeta Daniel.
A descrição da besta diz que ela “era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão” (Apocalipse 13:2). Os animais fazem alusão aos simbolismo de Daniel 7, o que confirma a relação entre os dois poderes opositores. A besta do Apocalipse possui características proeminentes de Babilônia, Pérsia e Grécia. João menciona os animais na ordem contrária que aparece em Daniel pela sua perspectiva histórica e não futurística como no caso de Daniel.
Por trás de tudo isso sempre esteve a mão do dragão que, depois de tentar destruir a igreja cristã através da perseguição, mudou a sua estratégia porque não estava conseguindo seu objetivo. Mesmo debaixo de intensos sofrimentos pela fé, os cristãos continuavam crescendo. Por isso, Satanás criou um sistema religioso com aparência de verdade, mas com todos os elementos da falsidade. Por trás de uma organização supostamente cristã, seria mais fácil difundir a mentira do que por um sistema declaradamente pagão.
Ferida mortal curada
Uma das cabeças da besta sofre um golpe de morte (Apocalipse 13:3), mas, segundo a Bíblia, “a ferida mortal foi curada”. Essa profecia foi cumprida em 20 de fevereiro 1798, quando o general Berthier, a mando de Napoleão Bonaparte, invadiu Roma e declarou o fim do domínio político do papado com a captura do Papa Pio VI, assim finalizando temporariamente a supremacia da Igreja.
Mas em 11 de fevereiro de 1929, houve a assinatura do Tratado de Latrão por Benito Mussolini e Pietro Cardinal Gasparri restaurou os poderes temporais do Papado. Desde então, o Papado trabalha para reconstruir a sua força política de outros tempos. Depois disso é que a profecia bíblica diz que “toda a terra se maravilhou”.
O mundo ficou surpreso como o poder papal voltou a viver e se surpreendeu, também, com as questões sociais, culturais, ambientais, políticas e morais que o Papado discute. O mundo está maravilhado em ver essa instituição adaptar seu discurso para alcançar as pessoas com carisma, simpatia e afeto.
Depois de todo o calor da visita do líder máximo da Igreja Católica aos Estados Unidos, o Life Way Research publicou uma pesquisa com 1.000 pastores de igrejas e detectou alguns dados interessantes que reforçam uma mudança na visão de que representa o líder máximo do catolicismo romano:
  • Quase 4 em cada 10 dizem que o papa, conhecido por sua humildade e preocupação com os pobres, têm tido um impacto positivo sobre as suas opiniões a respeito da Igreja Católica.
  • Quase dois terços veem o Papa Francisco como um cristão genuíno e “irmão em Cristo.”
  • Metade dos pastores protestantes valorizam opinião do Papa Francisco em questões teológicas.
Longe do protestantismo de alguns séculos, para muitos líderes de hoje o papa passou de “anticristo” para “irmão em Cristo”. Isso surpreendentemente confirma a profecia quando diz que a “terra se maravilhou, seguindo a besta”.
Enquanto o mundo aplaude o Papado, meu convite é para que os seus olhos se voltem para a Bíblia, a Palavra de Deus, e nela procure encontrar a revelação da verdade que é atemporal e universal.
O conselho bíblico é “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros” (2Crônicas 20:20).

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